A primeira vez que estivemos no Autódromo Internacional Zilmar Beux, na cidade de Cascavel foi em outubro de 2010. Vista aérea do Autódromo Zilmar Beux em Cascavel depois da reforma de 2012. Naquela oportunidade, o autódromo que foi nos anos 70 um dos mais importantes para o desenvolvimento do esporte a motor no nosso país e um dos mais desafiadores à perícia e à técnica dos pilotos, estava em um estado tal que não podia mais receber corridas das principais categorias nacionais. Os problemas mais graves era a necessidade de um recapeamento da pista, a remontagem das áreas de segurança (caixas de brita, barreiras de pneus e guard rails), além da estrutura dos boxes ser demasiadamente pequena para as categorias nacionais. Como empreendimento privado, o proprietário do autódromo – a empresa Autódromo S/A, criada no final dos anos 60/início dos anos 70, não conseguia custear as despesas de manutenção e financiar uma reforma que modernizasse o autódromo. A solução veio na parceria com a Prefeitura, que em um contrato, ficou com parte do terreno pertencente ao autódromo, que margeava a Rodovia BR 277, para a expansão do polo industrial da cidade, reformaria o autódromo e pagaria os dividendos dos sócios da Autódromo S/A. Uma "panorâmica" feita da torre de controle "adaptada" na estrutura dos camarotes. A reforma deu-se em 2012, com o autódromo sendo reaberto oficialmente com a etapa da Fórmula Truck daquele ano. Desde então, o Autódromo de Cascavel voltou a fazer parte do calendário de etapas nacionais das principais categorias, além das provas do regional de Marcas e Pilotos e corridas de arrancada. A reforma foi profunda, com a construção de novos boxes e a adequação das curvas e suas áreas de escape, com instalação de guard rails com três lâminas, barreiras de pneus aparafusados e nas curvas mais rápidas, áreas de escape asfaltadas e o alargamento da pista para 12 metros. Retornamos à Cascavel no início de março de 2015 para mostrar o resultado das reformas e como está sendo administrado o autódromo, agora sob a tutela da Secretaria de Esportes da prefeitura da cidade. Marcamos com o administrador, Sr. Jaci Pian, que nos ciceroneou naquela manhã. Direto para a Pista. Na chegada, vimos que o acesso principal não mudou muito. Uma coisa que poderia ter sido mudada seria o túnel de acesso à parte interna do circuito. Os caminhões e carros de serviço continuam tendo que usar uma entrada secundária e cruzando a pista no início da antiga reta dos boxes. A entrada e o acesso para a parte interna do circuito não mudou, mas os antigos boxes foram demolidos. Por falar nos antigos boxes, estes foram demolidos, ficando apenas a antiga torre de controle, onde no térreo fica o escritório do Sr. Jaci Pian. O espaço agora é totalmente aberto e nele podem ser montadas estruturas auxiliares provisórias. A parte das garagens permaneceu, assim como o antigo restaurante que serve como base para a equipe de trabalho que dá manutenção ao autódromo. Este é um ponto que deve ser exaltado. A prefeitura tem um acordo com o presídio local onde presos com regime semi-aberto estão sendo resocializados e trabalham na manutenção e limpeza da área do autódromo. O restaurante tem uma sala de estar e eles também preparam o próprio almoço, para o qual fomos convidados. Parte da antiga estrutura foi mantida e a administração tem planos interessantes para o uso do espaço. Fomos começar a nossa volta no traçado de Cascavel pela nova reta dos boxes, que tem uma parte do piso em placas de concreto para que nela possam ser feitas as provas de arrancada. Os 12 metros são mais que suficientes em termos de largura, apesar de um dos limites ficar rente ao muro dos boxes. No outro lado, a faixa de grama é grande. A reta tem um caimento de fora para dentro da mesma, algo que talvez devesse ser o inverso. Depois da reta dos boxes, vem a curva mais desafiadora dos autódromos “convencionais” do país: o “bacião”. Uma curva de raio longo, com sua primeira metade em descida, com um ângulo de inclinação acentuado e hoje dotada de uma vasta área de escape, asfaltada, com um guard rail de três lâminas bem distante. A reta dos boxes tem preparação para provas de arrancada... mas o caimento da pista está "invertido". Logo que o autódromo foi entregue, havia uma ondulação muito perigosa no ponto de tangência e frenagem desta curva, o que foi logo tratado, sendo hoje algo pouco perceptível. Na saída da curva do “bacião” fica a saída do Box, que contorna toda a mesma internamente. O "bacião" continuou sendo a curva mais desafiadora do país... e ficou com uma segurança que não tinha. A segunda metade do “bacião” é em subida e esta subida continua até as curvas 2 e 3, que formam um “S” bastante desafiador. Neste trecho encontramos os primeiros problemas com o asfalto, refeito há dois anos e meio, com pontos de desgaste excessivo, problemas na zebra e um grande remendo junto a zebra de saída da curva 3. Mais adiante, encontramos uma “fenda” no meio do traçado. Depois do 'Bacião', a subida e o "S" é uma sequência de curvas interessante, mas há problemas no asfalto. Depois da curva 3, a curva 4 é suave, feita sem freada, com o motor “enchendo”. Neste ponto o guard rail externo poderia estar um pouco mais distante. Em 2013 um acidente com um caminhão da Fórmula Truck assustou os espectadores que estavam ali, na “área das churrasqueiras”, quando este “escalou” o guard rail. O trecho dá acesso, em subida, à curva 5, que tem uma freada forte. A curva 4 é quase uma reta, mas o guard rail externo está muito próximo para a velocidade dos carros de hoje. Na curva 5 encontramos um problema grave. O sistema de drenagem não foi feito corretamente e a água acumulada das chuvas na parte externa da curva, que é mais alta que a parte interna, visto ser a curva bem inclinada, ao invés de passar sob a pista está “minando” através do asfalto. A curva 5 está com um problema sério e que precisa ser resolvido o quanto antes. Estávamos em um dia de sol, sem nuvens, mas a curva estava bastante molhada. Toda a área de escape desta curva é gramada. É bastante ampla, o guard Rail fica bem distante, mas neste ponto, a barreira de pneus não acompanha toda a curva e não parecia estar aparafusada como em outros pontos. Além disso, no final da curva, encontramos um outro remendo bastante grande no asfalto, por onde também minava água. Na curva 6 também temos problemas de asfalto e uma barreira de pneus no guard rail seria importante. A curva 6 é o ponto de cota mais alto do circuito de Cascavel. Como não é muito rápida, uma vez que é muito próxima da curva anterior, a sua área de escape mesmo gramada e sem barreira de pneus junto ao guard rail seria esta até um cuidado extra. No asfalto, encontramos uma falha com razoável profundidade, que precisa ser reparada. A saída da curva 6 ganhou um “apoio”, segundo Jaci Pian, um pedido dos pilotos da Stock Car, para “segurar o carro” para que a reta mais longa e mais rápida do circuito. A reta dos antigos boxes é em descida até praticamente a sua metade e a curva 7, a que dá acesso para a reta dos boxes, tem também uma excelente inclinação. A curva 7, no final da grande reta, deveria ter seu guard rail alterado. O acidente do Brasileiro de Turismo indica. A área de escape desta curva, caso o piloto saia em linha reta, é bem ampla, asfaltada, com uma boa barreira de pneus. Contudo, caso o piloto perca o carro na tangente, saindo da curva, a faixa de asfalto não é tão grande e o guard rail não tem nenhuma proteção. No ano passado, um carro do Brasileiro de Turismo bateu forte neste ponto e o piloto precisou de atendimento médico e os carros de resgate entrar na pista. Contudo, este não é o ponto de maior risco potencial da curva. A mureta de entrada dos boxes, apesar de não ficar rente à pista, é um ponto fixo, frontal, no local onde os carros atingem a maior velocidade no circuito. Um toque numa disputa de posição pode levar um carro, desgovernado, a chocar-se com violência naquele ponto, até mesmo em “T”. Mostramos isso ao Sr. Jaci Pian e sugerimos o prolongamento da mureta até um determinado ponto, com a eliminação do ponto impacto frontal. Noa boxes, há empoçamento de água e o caimento da mesma vai em direção aos boxes... tinha que inverter. A entrada dos boxes é cautelosa. Tem uma curva antes de se chegar à outra que dá acesso ao Pit Lane, o que obriga o piloto a reduzir a velocidade. O Pit Lane é espaçoso, sem apertos para quem passa por lá. O problema é que o caimento do asfalto não ficou bom e a água empoça em muitos pontos. A chuva da noite anterior e corridas com chuva já denunciaram isso. A saída dos boxes é muito segura. Felizmente uma ideia de jogar os carros na reta não foi adiante. A faixa para os profissionais das equipes trabalharem junto ao Pit Wall poderia ser mais larga, mas é bem protegida e a tela está bem conservada. O Pit Wall tem um portão aproximadamente no meio deste, o que facilita a entrada e saída do pessoal das equipes. Junto à mureta da área de trabalho das equipes, vimos que o mato brotava entre este e o asfalto. Os banheiros do autódromo sáo um padrão e um exemplo que deveria ser copiado por todos. Na parte de trás dos boxes, o Paddock, o grande ponto positivo são os banheiros. Bastante amplos, limpos e funcionando. O espaço de trânsito para as equipes é compatível com o porte do autódromo, mas se fosse maior, não seria problema. O restaurante estava fechado, mas continua funcionando bem durante as corridas como constatamos no ano passado quando estivemos com a Stock e a F. Truck. A área de serviços atrás dos boxes é muito boa. Ainda carece de asfaltamento, mas o piso atual é permeável. O pátio para estacionamento dos caminhões ainda não foi asfaltado. O espaço é bom e a projetada diferença de altura para o paddock facilita as operações de carga e descarga dos caminhões de serviço. Contudo, faltam escadas fixas para se passar do pátio para o paddock e o pessoal tem que se virar. O "heliponto gramado" é algo diferente. Ao lado do pátio de descarga de material fica o “heliponto”. Na verdade, uma área gramada, reservada para pouso e decolagens. Confessamos que nãoconsultamosa ANAC para saber se a mesma pode ser utilizada regularmente para pousos e decolagens diurnos, uma vez que não há iluminação nem marcação fixa no solo. Os boxes são espaçosos e com um ótimo 'pé direito'. Os boxes são amplos e possuem portas. Sobre eles está a área de camarotes e as salas de transmissão, cronometragem e uma acima deste onde está funcionando a torre de controle do diretor de prova e comissários. O problema é que a infiltração na laje faz cair água dentro dele. É aí que se encontra o problema mais complexo do autódromo. A obra foi entregue às pressas, antes das eleições municipais de 2012, onde o prefeito concorria à reeleição. Estivemos lá naquela corrida da F. Truck e pudemos ver os operários concluindo as obras, especialmente o trabalho de impermeabilização... e este não ficou bom. O problema de infiltração na laje sobre os boxes é simplesmente crítico... O resultado é que há infiltração em toda a estrutura sobre os boxes, e que piora a cada chuva. Na sala de cronometragem, é preciso se trabalhar sobre uma plataforma com tábuas de madeira tamanho o estado de umidade no piso. A sala da direção de prova também mostra no piso os sinais da infiltração. Não basta apenas "cobrir" a estrutura. Uma investigação estrutural faz-se necessária para medir os danos... Pior de tudo é que isso compromete a ferragem da estrutura de concreto de todo o Box e, caso não seja feito nada para corrigir o problema, toda a estrutura ficará comprometida, podendo até ter que ser demolida, o que seria um enorme prejuízo para a própria prefeitura e para o automobilismo local e nacional. O cenário mais negativo seria o extremo de ter que demolir e refazer tudo. Para entender melhor como está sendo feita a administração do Autódromo Zilmar Beux, depois da nossa visita guiada, fomos para o escritório do Sr. Jaci Pian conversar sobre tudo o que vimos e perguntar sobre as perspectivas para o autódromo. NdG: Sr. Jarci, Há quanto tempo o senhor está como administrador do autódromo? Jaci Pian: Desde 2012, quando veio a etapa da Stock Car. NdG: Nós estivemos aqui em 2010 quando viemos fazer a matéria para o “Raio X” e depois em 2012, na reabertura do autódromo. Nós vimos o projeto e ele foi quase todo colocado em prática. Como o senhor, que é daqui e ligado ao automobilismo local viu tudo o que aconteceu? O automobilismo está no sangue do cascavelense e toda a sociedade apoia o autódromo. Ele é uma referência. Jaci Pian: Foi um trabalho muito bom, que recolocou o autódromo de Cascavel de volta no calendário nacional e hoje temos um ótimo autódromo. Desde 2012 voltamos a receber grandes competições e desde a reabertura, não foi feito nenhum grande trabalho, mas procuramos corrigir problemas que foram detectados, como os “bumpings” da pista e isso melhorou bastante, os pilotos elogiam. A prefeitura agora é a responsável pela gestão. NdG: A prefeitura apostou neste projeto de recuperação do autódromo. Como foi que a sociedade, a opinião pública local viu esta decisão da gestão municipal? Jaci Pian: O apoio foi muito grande. O automobilismo está no sangue do cascavelense e o autódromo de cascavel sempre foi uma referência para a cidade e uma grande demonstração disso é que quando temos as corridas aqui, sejam elas de automóveis, de motos ou de caminhões, o autódromo fica sempre cheio. As pessoas vem para cá e acampam aqui na antiga reta dos boxes e ficam o final de semana inteiro. O autódromo é uma área de lazer e convívio social para nós daqui de cascavel e de toda a região. Vem muitas pessoas de cidades próximas para cá quando temos as competições. NdG: O senhor tem em valores o quanto foi investido para se fazer a recuperação do autódromo? Jaci Pian: O que se sabe é que foi em torno de 10 milhões de reais. Talvez tenha sido uma das melhores relações custo/benefício. Fez-se muito com este dinheiro visto que foram obras grandes como os novos boxes, refazer toda a pista, alargar, a parte da segurança com guard rails, áreas de escape e barreiras de pneus. Foi um dinheiro bem aplicado. NdG: No projeto tinha uma torre de controle, que não foi feita ainda. Além dela, ficou alguma coisa de obra por fazer? Jaci Pian: A torre realmente ficou para ser feita depois, precisando de um novo investimento por parte da prefeitura, mas um outro investimento que precisa ser feito é para o atendimento ao público que vem assistir as corridas. Um investimento em banheiros, em lanchonetes, em arquibancadas para dar uma condição melhor para o público que vier ao autódromo quando tivermos as competições aqui. Quando vem um evento de grande porte, como a Stock Car ou a Fórmula Truck eles montam a estrutura para o público, são colocados banheiros químicos, mas em outros eventos e no regional eles não tem como fazer isso e aí fica ruim pra quem vem assistir. Quem mais sofre é o pessoal de arrancada, que traz um público grande, mas que a organização não tem como montar essa estrutura. Outro ponto e que precisa ser feito o quanto antes é a cobertura dos boxes. NdG: O problema de infiltração que vimos aqui no ano passado quando viemos em corridas e agora nesta visita chamou muito nossa atenção. Porque isso aconteceu? Jaci Pian: No projeto inicial não previa cobertura, apenas laje impermeabilizada, mas eu não sei o que houve que alguma coisa não deu certo e estamos com este problema. O prefeito está ciente disso e prometeu que vai viabilizar verba para que este ano a cobertura seja colocada. Com isso, esperamos que o problema seja resolvido. Este é um assunto que está na prefeitura, que eles estão vendo com a construtora e que eu não tenho acesso nem acho que posso falar muito sobre o assunto. É o que nós vimos. O problema existe e tem que ser solucionado. A solução que foi pensada é a colocação de uma cobertura. A construtora chegou a refazer uma parte da impermeabilização, mas não deu certo. NdG: O autódromo recebe como eventos nacionais a Fórmula Truck, a Stock Car e a Moto 1000GP. E o restante do ano, como é feita a ocupação do autódromo, como ele é utilizado? Jaci Pian: Tomando como base 2013 e 2014, depois da metade do ano a ocupação é 100%. Todo final de semana tem evento. Temos as competições de arrancada, o regional de marcas, que é muito forte, temos também testes de concessionárias, track days, de carro e de moto... este então, se tivéssemos um calendário três vezes maior a gente teria ocupação, de tanta gente interessada. Fora eventos “sem motor”, como ciclismo e provas com skate. NdG: Todos estes eventos rendem dinheiro. Qual é o destino do que o autódromo arrecada? O problema da infiltração é grave e a solução que estamos vendo vai ser cobrir toda a estrutura. Jaci Pian: Todo o dinheiro recebido pela realização de qualquer evento aqui no autódromo vai para o caixa geral da prefeitura. Daí quando tem que se fazer uma obra,como será feita esta da colocação da cobertura nos boxes, é preciso se fazer uma licitação para que a prefeitura possa fazer tudo como deve ser com qualquer obra no município. NdG: E quanto custa, hoje, a manutenção do autódromo como ele está? Jaci Pian: Bom, a gente tem que separar o que foi feito como investimento e o que foi feito como manutenção. Nossa administração é bem enxuta. Tem eu, como administrador, um estagiário na área de informática e nós tempos um convênio com a Penitenciária Industrial de Cascavel via Secretaria de Esportes, onde o autódromo está vinculado, onde são cedidos para nós de 10 a 12 detentos que estão no regime semi-aberto. Daí criamos um regime de trabalho e refeições,com café da manhã, almoço, café da tarde, banho, tem também uma oficina e essa parte de cuidar do que tem que ser mantido, arrumado, é feita com eles. Foi uma forma interessante de se fazer este trabalho a um custo não muito alto e estamos fazendo uma parte social, de reintegração destes detentos. Não temos um custo fixo, mas posso dizer que a manutenção daqui fica em torno de 3 mil reais por mês. Como disse, é uma estrutura enxuta, onde trabalhamos com economia e que está sendo bem feita. NdG: A gente viu alguns problemas na pista como aquela infiltração na curva 5. O que está sendo feito em relação àquilo? Jaci Pian: A gente precisa atacar aquele ponto imediatamente. Essa água na antiga curva 6 já tem um projeto na Secretaria de Esportes para se fazer uma drenagem cerca de 300 metros pra cima da curva para essa água não infiltrar mais no asfalto. Este é um investimento que nós vamos ter que fazer para este ano. Temos ainda umas outras pequenas coisas para fazer em zebras e áreas de saída de curva, mas que não vão sair caro. NdG: O Prefeito é de um partido. Ele disse o ano passado que o autódromo gerou mais retorno do que qualquer outro evento realizado na cidade em 2013. Quando terminar seu mandato, em 2016, um candidato de oposição pode vir a ser eleito. E aí, como fica? Nós temos um orçamento de manutenção bastante enxuto e temos conseguido manter bem o autódromo. Jaci Pian: O autódromo aqui em Cascavel se não for uma unanimidade, é bem perto disso. Não acredito que uma mudança de administração municipal vá deixar de lado o autódromo só porque foi o antecessor que fez a obra. Mesmo a atual oposição não critica o autódromo uma vez que além de gostarem, reconhecem que o autódromo é algo bom para a cidade. NdG: Os boxes antigos foram demolidos, criando uma boa área para instalação de eventos, mas as garagens ficaram... Jaci Pian: Existe um projeto de se fazer um pequeno museu do automobilismo de cascavel com o uso de algumas delas. Em 2014 tentamos fazer uma exposição com painéis e alguns carros que correram no passado, mas acabou não dando certo. O plano agora é preparar algumas destas garagens e manter esta exposição aqui. Programa para melhorias. Ao longo destes mais de seis anos de atividade do Projeto Nobres do Grid, aprendemos alguma coisa sobre autódromos, conversando com administradores, projetistas, pilotos e ex-pilotos. Assim, decidimos nesta nova série de artigos sobre os autódromo brasileiros, apresentar uma lista se sugestões, para seus proprietários e administradores, no intuito de melhorar aspectos de segurança e condições de trabalho para aqueles que lá irão em eventos de treinos e competições. Na Pista: 01) Instalação de uma barreira dupla de pneus aparafusados ao longo do guard rail da curva 1 (Bacião). 02) Recuperação das zebras nas curvas 2 e 3. Problemas nas curvas 2, 3 e 6 com rachaduras remendos e quebras nas zebras. 03) Afastamento em 5 a 10 metros do guard rail externo, da saída da curva 3 até depois da chegada à parte interna da curva 5, afastando o barranco existente. 04) Estabelecer uma faixa de cobertura asfáltica com 10 metros de largura como área de escape ao longo da curva 5. Um sistema de drenagem na curva 5 tem que ser feito urgentemente. 05) Reparar as falhas no asfalto entre as curvas 2 e 6. 06) Prolongar a mureta da entrada dos boxes até a metade da curva de acesso ao mesmo, com barreira de pneus ao longo do prolongamento. 07) Afastar o guard rail na saída da curva 7, prolongando-o até a metade da reta dos boxes. Deslocar a parte final do guard rail da curva 7 pode evitar acidentes como o do brasileiro de turismo de 2014. 08) Ampliação da área de escape asfaltada na saída da curva 7 conforme novo desenho e disposição do guard rail. 09) Prolongamento da barreira de pneus (dupla e aparafusados) na saída da curva 7. Prolongar a mureta dos boxes pode evitar uma tragédia. aquela proteção é pouco para um choque em "T". Infraestrutura: 10) Fazer uma investigação na estrutura dos boxes para ver o comprometimento por conta da infiltração. 11) Providenciar a cobertura fixa para os camarotes e solucionar o problema de infiltração na estrutura. 12) Construção da torre de controle. 13) Ajustar o asfalto no Pit Lane para evitar o empoçamento de água.
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