Olá Amigos do site dos Nobres do Grid! Não é novidade para ninguém que a Stock Car decidiu trocar a etapa que realizava nas ruas de Salvador pelo Autódromo Internacional de Curitiba, em Pinhais. A decisão de se fazer uma prova de rua (que, em geral, são muito chatas com a falta de ultrapassagens) e levá-la para um autódromo bem estruturado é das mais sábias e fato para se comemorar. Apesar da região Nordeste perder mais uma prova nacional, a Bahia pode receber a Stock em um futuro não muito distante em um palco mais adequado para as provas da categoria mais potente do automobilismo nacional. A capital baiana ficará de fora do calendário desde 2009, quando os potentes motores V8 roncaram forte nas ruas do Centro Administrativo da Bahia (CAB). Levar a Stock Car para as ruas de Salvador parece ter sido a “picada da mosca da velocidade”. A decisão da VICAR, que ganhou a seguinte explicação do seu diretor, Maurício Slaviero: “Infelizmente não chegamos a um acordo com a prefeitura de Salvador e o governo do Estado da Bahia em tempo para a realização da prova em 2015. Por isso vamos para Curitiba, um dos autódromos que mais recebeu a Stock Car na história”. Entre 2009 e 2014 o Centro Administrativo da Bahia foi palco da etapa da Bahia. Este ano, a etapa não ocorrerá. Não deve ser um duro golpe para os baianos amantes da velocidade. Como todo boxeador experiente e forte, tal golpe será assimilado e uma reação não tardará a mostrar que ele estará pronto para reagir. No caso da Bahia, a reação foi anterior ao golpe, pois, no dia 17 de março deste ano, na cidade de São Francisco do Conde, localizada a 56 quilômetros de Salvador, foi lançada a pedra fundamental do Autódromo Internacional da Bahia. O local prevê a construção de um kartódromo e pistas para realização de provas de Arrancada e de Velocidade na Terra, que deverão ser finalizados ainda em 2015. Para 2016, um Autódromo será entregue no mesmo local, segundo comunicado da Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA). E é neste cenário otimista, embora as chuvas que caíram no mês passado tenham levado à paralisação das obras, que se apegam os que vão contar os dias para que a fita possa ser cortada e a primeira bandeirada possa ser dada neste novo palco para os artistas da velocidade. Depois de perder o kartódromo de Lauro de Freitas, o automobilismo baiano recebeu uma chance de ouro. Há uma esperança de que a Stock volte mesmo àquela praça. Pelo menos, como deixou nas entrelinhas o dirigente da Stock, a categoria tem motivos para querer retornar às terras baianas ao citar que, economicamente, a etapa sempre foi viável “A movimentação financeira em Salvador em todos esses anos em que corremos lá foi enorme, segundo o próprio governo do Estado da Bahia. Só entre organização, pilotos, equipes e patrocinadores, foram mais de 2.500 pessoas que viajaram para Salvador em cada um dos seis anos que realizamos a etapa lá. Foi uma excelente parceria que vivemos, em que ótimos resultados foram alcançados para todas as partes envolvidas. Com certeza a família Stock Car sentirá muitas saudades de Salvador e do povo baiano, sempre muito receptivo e hospitaleiro. Nada impede que o GP Bahia retorne futuramente ao nosso calendário”, disse Slaviero em comunicado oficial sobre o cancelamento da corrida deste ano. O terreno de 800 mil metros quadrados, foi cedido pela Prefeitura de São Francisco do Conde à Federação de Automobilismo da Bahia (FAB). A primeira fase da construção do complexo contemplará a construção de um Kartódromo, uma pista de Arrancada e um circuito para corridas de Velocidade em Pista de Terra. O circuito de terra deverá ser inaugurado entre os dias primeiro e três de maio, com uma prova regional. Kartódromo, autódromo para velocidade na terra, pista para arrancada e um autódromo com 4.081m de extensão. A fase final da obra contará com a construção de um autódromo apto para receber as principais competições do automobilismo nacional, com traçado de 4.200 metros. O projeto será construído graças a uma parceria entre o Governo do Estado da Bahia, através do programa FazAtleta, e da empresa Petrobahia. Para quem ainda acha que não é interessante reformar um autódromo para receber a Stock Car, como fazem os estados de Pernambuco e Ceará com seus cansados e maltratados autódromos de Caruaru e Eusébio, aqui vão alguns argumentos que tornam viável uma reforma para atrair uma competição tão bem organizada como a Stock, a Truck, o Moto 1000GP, o Mercedes Challenge, a Porsche Cup, a Lancer Cup... Salvador recebeu cerca de R$ 12 milhões de movimentação financeira nos fins de semana de cada corrida. Somando 2009, 2010, 2011, 2012, 2013, e 2014 temos R$ 72 milhões. Somente entre pessoas diretamente envolvidas nas corridas são 2.500 entre organização, pilotos, equipes e patrocinadores. Acima, Eusébio-CE. Abaixo, Caruaru-PE. Autódromos que, se reformados, poderiam entrar no calendário nacional. O público impactado pela transmissão da TV (no caso Globo e Sportv supera os oito milhões de telespectadores. Somente na semana das corridas, mais de 800 mil acessos individuais foram registrados no site oficial do evento, que contou com média de público superior a 38 mil pessoas por corrida E, o argumento mais importante para balizar investimentos públicos e privados é que mais de 1.500 empregos temporários foram gerados diretamente, entre profissionais que atuam na montagem das estruturas, limpeza, segurança, garçons e outros ramos de serviço. Vou ficando por aqui. Obrigado pela leitura e até a próxima. Robério Lessa
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