Olá pessoal que acompanha o site dos Nobres do Grid, Neste mês de julho estive nos Estados Unidos, a convite da matriz da Ford, empresa onde trabalho, para um seminário sobre tecnologia de motores híbridos sobre o nosso carro híbrido nos mercados em todo o mundo, o Ford Fusion. Foi muito construtivo estar com engenheiros dos quatro cantos do mundo e podermos falar sobre nossas experiências e também aprender mais sobre a evolução da tecnologia híbrida que a Ford vem desenvolvendo. A data foi também, de certa forma, comemorativa. Há 10 anos a Ford colocou no mercado dos estados Unidos o Ford Fusion, depois de apresentá-lo um ano antes, no Salão do Automóvel em Detroit. A minha coluna deste mês será sobre este nosso produto de alta tecnologia. Quando a Ford Motor Company apresentou o Ford Fusion no Salão do Automóvel de Detroit em 2005, como ano-modelo 2006, tinha como projeto fazer a substituição do seu sedã de porte médio que estava no mercado havia duas décadas, que era o Ford Taurus. Essencialmente, era uma versão atualizada do nosso seguimento para o século 21. O carro não tinha a intenção de ser chamativo ou esporte. Tratava-se de ser uma evolução de um produto de mercado que tinha uma boa faixa de vendas em seu seguimento. Continuar sendo um carro seguro e acessível da linha de sedãs da Ford e buscar conquistar uma fatia ainda maior no competitivo mercado norte americano e também ampliar as vendas em termos globais. Foto do Ford Fusion Hybrid 2016. É muito normal os consumidores brasileiros associarem sedãs norte americanos como o Fusion e outros fabricados por lá como mais um exemplar da longa linhagem de “beberrões de gasolina”. Contudo, a Ford tem em sua mentalidade inovadora toda a preocupação que envolve os motores a gasolina e as emissões de dióxido de carbono geradas por eles contribuindo fortemente para o aquecimento global, há uma enorme pressão para a criação de tecnologias mais limpas e mais eficientes em termos de tecnologia nos carros que dirigimos. Embora existam vários tipos de carros com combustíveis alternativos no mercado atualmente, os híbridos são uma ótima opção para o mercado consumidor, uma vez que oferecem o melhor das tecnologias dos motores elétricos e a gasolina – os motores elétricos emitem zero de emissões e motores de combustão interna fornecem ao veículo potência suficiente para velocidades de cruzeiro. Motor do modelo 2010. Desde que os híbridos foram lançados, fábricas como a Toyota e a Honda vêm obtendo relativo sucesso com seus veículos híbridos populares. Outras fabricantes, incluindo a Ford, pareciam estar perdendo esta corrida tecnológica para os fabricantes japoneses, mas em março de 2009, a Ford deu um grande passo numa tentativa de mostrar ao público que ela estava atenta. Naquele ano a montadora lançou no mercado mundial o seu primeiro veículo com tecnologia de propulsão combinada: o Ford Fusion Hybrid. Este projeto chegou ao mercado para mostrar que não estávamos desconectados do que vinha acontecendo no mundo. Pelo contrário, o modelo representava a primeira entrada da Ford na área dos sofisticados sedãs híbridos e isso, como a história recente mostrou, significou bastante em termos de produção de veículos fabricados nos Estados Unidos. Visão em diagrama do sistema híbrido de propulsão. Eu sei que o leitor aí do lado do outro lado da tela do computador, assim como marido, que quase sempre fica do meu lado quando estou escrevendo as colunas (pense num homem ciumento...) deve se perguntar até onde vai a eficiência do Ford Fusion Hybrid e que faz dele ser um carro diferenciado (e mais caro, claro, porque todo mundo tem que por a mão no bolso pra comprar um carro. Do lado de fora, o Ford Fusion Hybrid se parece com um típico sedã. Não é chamativo – e dá até para dizer que é difícil distingui-lo do modelo com motorização convencional – de certa forma, no olhar do consumidor, tudo se parece com os carros que você já está acostumado a ver nas ruas. Não há algo que chame a atenção em um primeiro momento, um diferencial em relação aos outros sedans. No caso do Ford Fusion, as atualizações externas foram praticamente as mesmas se comparado ao modelo com motor convencional de combustão. A frente do carro, incluindo a grade, é um pouco mais ampla do que a de um típico sedã; uma linha característica ao longo do capô ajuda a dar ao Fusion um novo visual sem a necessidade de uma reformulação completa. Detalhe do controle de consumo e uso de energia. E quando o potencial cliente entra no carro que ele vê o diferencial ou os diferenciais do Ford Fusion Hybrid. Além, é claro, de ter um sistema híbrido atualizado e em constane evolução, o principal recurso associado ao interior é o painel de instrumentos Smart Gauge, todo digital e personalizado que mostra visualmente a eficiência de combustível e, com a ajuda do programa “EcoGuide”, pode ajudar os motoristas a adquirirem melhores hábitos de direção no sentido de economizar energia e combustível. No painel de controle do console do Ford Fusion Hybrid aparece uma animação de folhas verdes, que cresce quando o motorista obtém uma boa economia de combustível. É possível escolher entre quatro diferentes telas que mostram informações durante a direção. A tela “Inform” mostra os níveis de combustível e o status da carga da bateria; a tela “Enlighten” acrescenta um tacômetro e notifica o motorista quando o carro está no modo elétrico; a tela “Engage” mostra a potência do motor e a bateria; e por fim a tela “Empower” mostra ao motorista quanta potência está indo para as rodas e outras partes do carro. Visão geral do console interno. E não é apenas na sua motorização que o Ford Fusion Hybrid busca ser ecologicamente correto. Os motoristas e passageiros do Ford Fusion Hybrid podem sentar-se confortavelmente sabendo que seus bancos são feitos de material ecologicamente correto e reciclável. O tecido que recobre os bancos do Ford Fusion Hybrid é uma fibra de poliéster feita com 85% de materiais pós-industrial. Os clientes também podem optar por incluir GPS, bancos de couro aquecidos, rádio por satélite Sirius e um moderno sistema de áudio da Sony, projetado especialmente para a Ford. É claro que todas as informações e demais recursos do interior são coisas ilustrativas para mostrar o diferencial do carro para quem senta nele, mas o aspecto mais importante do Ford Fusion Hybrid – e o que o diferencia dos demais Fusions – é o que está sob o capô: a sua tecnologia híbrida que nós da Ford desenvolvemos. O Fusion Hybrid obtém sua propulsão de duas fontes: um motor elétrico e um motor a gasolina. O motor elétrico obtém sua energia de uma bateria de níquel-hidreto metálico (NiMH), e é acoplado em uma única unidade com transmissão continuamente variável eletrônica (e-CVT), um tipo de transmissão que proporciona melhor eficiência de combustível ao usar um número infinito de relações de transmissão. O motor e a transmissão são acoplados a um motor a gasolina de 2,5 l e de 4 cilindros de ciclo Atkinson com válvula de admissão com atraso de fechamento (iVCT) que permite ao carro mudar suavemente do modo elétrico para o modo a gasolina e vice-versa. O motor gera 158 cv de potência e 18,8 metro•quilogramas-força (m•kgf) de torque. O motor elétrico desenvolve 107 cv e a potência combinada é de 193 cv. Motor de combustão interna do modelo 2016. Mas a grande vantagem que o Ford Fusion Hybrid oferece aos seus proprietários e que realmente se destaca é o fato de poder funcionar em modo totalmente elétrico a uma velocidade que, inicialmente, no primeiro modelo era de 75 Km/h. Com a evolução do sistema, esta velocidade chegou próximo aos 100 Km/h no modelo atual), algo que é muito mais rápido do que os seus concorrentes. Se o motorista não for como marido, que enfia o pé no acelerador até quase furar o assoalho quando o sinal passa de vermelho pra verde, o indicador de consumo de combustível vai parecer estar quebrado. O motor a combustão é acionado simplesmente com a força do pé no acelerador. Ele ajuda a fazer ultrapassagens, por exemplo, dando mais torque e potência ao veículo. Tudo, detalhadamente, explicado em uma tela colorida no painel em frente ao motorista. Com retomadas e acelerações suaves, o consumo é mínimo, o que dá ao motorista uma sensação inigualável em relação às capacidades do veículo. Para melhorar a experiência, o câmbio CVT, cujas polias ficam sempre em movimento, simulam marchas infinitas de trocas contínuas. Compartimento da bancada de baterias. O carregamento do sistema de baterias, instaladas de forma escondida no porta malas, são auto recarregáveis através da energia despendida na frenagem – o chamado freio regenerativo. Ela ainda recebe carga todas as vezes em que o motor a combustão é acionado. Isso não apenas mantém o Ford Fusion Hybrid silencioso por trechos mais longos, e mesmo em pistas mais rápidas, como pode economizar muito combustível. É possível conduzir durante cerca de 1.126 km com um único tanque de combustível. Se você dirige em áreas com baixos limites de velocidade, como bairros ou ruas movimentadas da cidade, você pode usar praticamente só a potência do motor elétrico, diminuindo as emissões e poupando dinheiro. A tecnologia desse modelo é tão grande que as alternativas para economizar combustível não param por aí. Selecionado o modo EV, é possível memorizar em três semanas os seus caminhos mais frequentes para, a partir daí, o computador programar a entrada do motor elétrico com mais frequência. Bancada de baterias do Ford Fusion Hybrid. O piloto automático inteligente, por outro lado, tem uma função econômica que em subidas, por exemplo, reduz a velocidade e mantém o foco na economia do combustível. Ao voltar para o piso plano, o sistema devolve a velocidade anterior. Além disso, ele mantém a distância do carro à frente e, em curvas, contorna para você com o assistente de mudança de faixa. No Brasil, com a nossa gasolina “batizada” com etanol, o consumo do Ford Fusion Hybrid é de 16,4 Km/l na cidade e 18 Km/l na estrada. E se você tiver o pé levinho, pode gastar ainda menos. Muito axé pra todo mundo, Maria da Graça
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