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WRC: Surpresas em alta velocidade PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Sunday, 19 February 2017 23:54

Depois da realização de duas etapas da temporada de 2017, o WRC está surpreendendo,  tanto em relação ao desempenhos dos novos carros, mais leves, largos e potentes, quanto aos vencedores, e estranhamente pelo fato de serem os mesmos da temporada passada.

 

Quando toda mídia especializada apontava o favoritismo em direção as equipes Citroen  e Hyundai, contrariando toda expectativa, a equipe Ford ficou com a vitória na primeira  etapa, em Monte Carlo, com Sebastien Ogier, enquanto a Toyota faturou o primeiro lugar em meio a neve da Suécia com o finlandês Jari Matti Latvala. Por um acaso do destino, dois ex companheiros de equipe VW.  Mudaram os carros, mudaram as equipes, mas não os vencedores.

 

Em que pese o fato da vitória na etapa sueca ter caído no colo de Latvala após uma tremenda falta de sorte de Thierry Neuville, o qual acabou danificando a suspensão dianteira de seu Hyundai i20 quando liderava a etapa com bastante tranquilidade, devemos levar em conta que a Toyota estava na posição certa  e na hora certa para conquistar sua primeira vitória no mundial de rallys depois de quase 18 anos, visto que a última vitória conquistada pela marca nipônica ocorreu em 1999, no rally da China, com o francês, Didier Auriol.

 

Mesmo trocando de carro e de equipe, Sebastién Ogier começou o ano onde treminou: vencendo.

 

Mas enquanto alguns pilotos surpreenderam positivamente, Kris Meeke e a Citroen, assim como Neuville e a Hyundai, vem até agora sendo a grande decepção da temporada até o momento, visto que tanto Meeke quanto Neuville cometeram erros até certo ponto infantis para pilotos do nível deles, demonstrando falta de controle emocional para conseguir administrar a velocidade e ainda encontrar o limite a bordo destes novos e rápidos carros do WRC.  E a Hyundai já deixou um recado claro para Neuville de que não irá tolerar novos erros nos próximos rallys.

 

Por falar em carros, logo na primeira especial da prova de  abertura do campeonato,  um fotógrafo mal posicionado no acostamento  do gélido asfalto de Monte Carlo, acabou atingido pelo carro de Hayden Paddon após uma saída de pista e acabou falecendo. Esse acontecimento acabou por lançar uma cortina de desconfiança sobre a segurança dos novos carros, tanto em relação aos competidores, quanto do público presente, visto que foram acontecimentos semelhantes que acabaram por causar a extinção dos lendários bólidos do conhecido e nostálgico Grupo B.

 

Com dois abandonos nos pisos gelados, Neuville fica sob pressão e deixa a Hyundai em grande desvantagem.

 

Procurando evitar problemas e devido ao aumento da velocidade em relação aos modelos de 2016, a organização, em conjunto com a FIA, acabou optando por cancelar a segunda passagem pelo trecho  de Knon pois praticamente quase todos os competidores obtiveram uma média de velocidade acima de 135 km/h.  

 

Havia uma grande dúvida também em relação a resistência  dos carros, mas a principal causa dos abandonos foi em virtude de erros dos pilotos, não de problemas mecânicos nos carros. Com todas essas variáveis, a liderança está nas mãos de Latvala, o qual soma 48 pontos, com uma pequena vantagem sobre Ogier com 44 pontos.

 

Passadas duas etapas, Kris Meeke não tem um bom início de campeonato.

 

Por outra coincidência, os dois pódios da temporada tiveram os mesmos integrantes, apenas invertendo as posições.  Além de Latvala e Ogier, quem teve a honra de sentir o gostinho de Champagne foi o estoniano Ott Tanak, companheiro de Ogier na M-Sport.  Só que para ele o gosto não foi tão doce quanto para os demais, pois tem visto a vitória escapar por entre seus dedos com grande frequência. 

 

Até mesmo seus concorrentes estão na torcida para que o estoniano conquiste logo sua primeira vitória, caso contrário, logo irá ficar com uma fama de pé frio, assim como certo piloto brasileiro, que fez história na F1, mas não conseguiu se livrar do estigma de ser abandonado pela sorte quando mais precisava dela.

 

Na segunda etapa, na Suécia, Latvala devolveu a Toyota ao lugar mais alto do pódio depois de 18 anos

 

E a próxima aventura do WRC será no México entre os dias 10 a 12 de Março. Mudará o piso, de neve para terra, e mudará de continente, do europeu para o americano, só resta saber se teremos mudanças também no lugar mais alto do pódio.

 

Até a próxima!

 

Marcos Tokarski