Olá pessoal que acompanha o site dos Nobres do Grid, Como prometi, vamos retomar o assunto da coluna do mês passado onde eu lembrava a todos que já passaram por esta situação: você para o carro no posto, pede para completar o tanque e o frentista pergunta: “Vai um aditivo, patrão/madame?” E aí você olha para o lado e ver aquele monte de tubos de diversas cores dispostos sobre prateleiras em postos de abastecimento. Para muitos motoristas, os aditivos ainda possuem essa definição, mas a verdadeira função dos produtos é desconhecida. Além disso, é comum a oferta dos frentistas para que o condutor aceite a aplicação do aditivo mesmo sem saber ao certo os benefícios que o produto poderia trazer. Na coluna passada, conversamos sobre os aditivos que cuidam do sistema de arrefecimento (ou anticongelamento) do seu carro, aquele líquido que circula pelo radiador e troca calor com o motor do seu carro. Na coluna deste mês, vamos falar sobre outro meio de se evitar o calor excessivo no motor do seu carro, mas desta feita, reduzindo o atrito entre as partes móveis metálicas. Esta é a funcão dos aditivos de óleo, que servem para auxiliar na redução do atrito provocado pelas peças mecânicas de um carro (ao menos esta é promessa dos fabricantes de aditivos) auxiliar na limpeza do motor a facilitar o atrito das peças. Logicamente o leitor vai perguntar: mas o óleo lubrificante já não faz isso? Sim, faz, especialmente neste sentido, a tecnologia de desenvolvimento avançou muito ao longo das últimas duas décadas. Fazer uso de um aditivo de motor não é algo que devamos descartar, especialmente para que roda muito. Contudo, é bom saber que estes tal aditivos não prolongam a vida útil do óleo, que precisa ser trocado no prazo orientado pelo fabricante. No óleo lubrificante, os aditivos também podem auxiliar na lubrificação do motor e evitam o acúmulo de sujeira, que, nesse caso, é popularmente conhecida como “borra”. A aplicação dos aditivos no óleo geralmente não é necessária em carros novos, mas sim, naqueles que há algum tempo não passam por revisões. Se o filtro de óleo já estiver com excesso de “borra”, o ideal é fazer a troca do equipamento, pois os aditivos não irão solucionar os problemas, já que possuem apenas a função de prevenir o acúmulo de impurezas. O uso de aditivos no óleo lubrificante serve para combater o acúmulo de sujeira no interior do bloco. Mas no caso de veículos novos, o aditivo não é necessário. Os carros, em muitos casos, já saem de fábrica com o nível adequado do fluido. Alguns manuais do proprietário são bem claros quanto ao uso – no caso o não uso – de aditivos. Segundo os fabricantes, os motores dos carros foram projetados para funcionar com um tipo específico de óleo recomendado pela montadora. Ponto. Qualquer aditivo oferecido para ser misturado ao lubrificante devem ser rejeitados. Mas será mesmo? Até onde um lado ou outro estão certos (ou não?). Existem correntes dos dois lados, logicamente defendendo seus interesses e, além disso, existe um outro fator relativamente recente que foi o surgimento dos aditivos sintéticos. Apesar de servirem para a mesma função, estes dois tipos de aditivos possuem suas diferenças, que podem ser notadas desde a cor em que são comercializados (que geralmente varia entre verde, vermelho e laranja para os aditivos orgânicos, e verde para os sintéticos), até na composição e na durabilidade dos mesmos. Enquanto o seu carro estiver na garantia, algo que algumas montadoras dão por 5 ou até 6 anos para quem compra um carro zero quilômetro, leia atentamente o manual do proprietário. Faça as revisões nos períodos determinados pelo fabricante e nelas estarão as trocas de óleo. Observe se há a adição de algum aditivo. Provavelmente não haverá. Caso você continue proprietário após o seu veículo sair da garantia, a opção de usar ou não um aditivo é 100% sua, mas dê um crédito ao fabricante do seu veículo. Afinal, você o comprou por achar que estaria realizando uma boa compra. Muito axé pra todo mundo, Maria da Graça p.s. Não posso encerrar esta coluna sem falar da minha experiência acompanhando a Fórmula Indy nas 500 Milhas de Indianápolis e na rodada dupla de Belle Isle, em Detroit, quase do lado de casa (Windsor). Pude sentir o gigantismo de um evento que não tem palavra no mundo para descrever, estar cercada de tantos pilotos que eu só via pela televisão e poder conversar com eles, conhecer o meio jornalístico que cerca um evento de automobilismo com esta magnitude, além de conhecer uma pessoa maravilhosa como é a Catarina Soares. Em Belle Isle eu estava sozinha, foi uma oportunidade de aprender mais sobre a mecânica e os sistemas de um carro nos boxes. Tive a chance de ser muito bem recebida na equipe Andretti, que me autorizou a acompanhar todos os trabalhos com os engenheiros e mecânicos.
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