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Aditivos (Parte 3): Combustíveis PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Wednesday, 26 July 2017 13:56

Olá pessoal que acompanha o site dos Nobres do Grid,

 

Vamos completar a nossa sequência de matérias sobre os aditivos relembrando aquela típica pergunta do frentista. Quem nunca passou por tal situação: você para o carro no posto, pede para completar o tanque e o frentista pergunta: “Vai um aditivo, patrão/madame?”

 

Tubos de diversas cores dispostos sobre prateleiras em postos de abastecimento. Para muitos motoristas, os aditivos ainda possuem essa definição, mas a verdadeira função dos produtos é desconhecida. Além disso, é comum a oferta dos frentistas para que o condutor aceite a aplicação do aditivo mesmo sem saber ao certo os benefícios que o produto poderia trazer.

 

Um dos aditivos mais comumente utilizados são os de combustível. Há vários anos, inclusive, todas as redes de postos e distribuidores já oferecem combustíveis aditivados. Contudo, se o usuário do veículo tiver por prática encher o tanque e consumir o combustível até chegar perto de deixar menos de 10% do volume do tanque de combustível (É em torno deste percentual que costuma acender a luz de nível baixo de combustível no painel do veículo), é mais interessante, se for do desejo do proprietário aditivar seu combustível, abastecer com o produto comum e colocar o aditivo à parte.

 

Os aditivos para gasolina têm a função de auxiliar na limpeza do motor. Segundo dados das empresas fabricantes de aditivos, o produto ajuda a prevenir o acúmulo de sujeira que se forma naturalmente com a queima do combustível. Principalmente quando se usa uma gasolina de má qualidade.

 

 

Contudo, o aditivo não terá muita eficácia se o motor já estiver sujo. Em caso de contaminação pela sujeira, o ideal é procurar uma oficina mecânica especializada para que um profissional analise a necessidade de uma descarbonização do motor.

 

Outro aditivo muito utilizado junto com o combustível é o do tipo “booster”. Em teoria, ele serve para elevar a octanagem do combustível e consequentemente a capacidade detonante. Isso elevaria a potência e o torque do veículo. Contudo, segundo a Sociedade de Engenheiros de Mobilidade (SAE) Brasil, o ganho de potência é relativo e seria mais perceptível em motores turbo.

 

Há quem conteste este procedimento de se consumir praticamente todo o combustível existente no tanque, especialmente em se tratando de Brasil. Com a enorme frequência de notícias sobre combustíveis adulterados, um dos problemas pode ser a quantidade de impurezas no produto, que caso tenha partículas sólidas poderá, com o tempo, afetar o funcionamento da bomba de combustível e também provocar o acúmulo de partículas sólidas nas câmaras de combustão.

 

 

Garantir a redução dos níveis de emissão dos veículos novos é fator fundamental, mas é necessário garantir também que os veículos sejam mantidos ao longo de sua vida útil conforme as especificações do fabricante e a melhoria das características dos combustíveis e o papel dos aditivos, que são desenvolvidos para serem adicionados à gasolina e o diesel e oferecer-lhes propriedades diferenciadas, como detergência e dispersância.

 

Alguns deles ainda podem oferecer poder antioxidante e demulsificante, este último no caso dos aditivos para diesel. Ao serem queimados, os combustíveis transformam-se em energia de movimento, gases (principalmente CO2, nos casos de diesel e gasolina) e resíduos (carbonização). Esses resíduos podem se acumular, formando depósitos que causam obstrução dos injetores, carbonização nas válvulas e na câmara de combustão, assim, interferindo no processo de combustão, fazendo com que o veículo gaste mais combustível e, consequentemente, emita mais gases poluentes.

 

Esses aditivos vão trabalhar, principalmente, para eliminar os resíduos formados naturalmente na queima dos combustíveis, ou no caso dos carros mais novos com sistema limpo, para evitar que os resíduos se formem. Os benefícios principais do produto estão estampados no rótulo dos frascos. Observar o rótulo e o contrarrótulo é sempre a melhor forma de evitar equívocos e um outro equívoco que costuma acontecer é quanto à função do aditivo, ou seja, se é de uso preventivo ou corretivo. Uma coisa é certa: é sempre melhor prevenir do que remediar!

 

 

O “fator Brasil” interfere ainda de uma outra maneira na vida do proprietário de veículos em nosso país. Com uma “política de conveniência” para o setor, o governo leva os fabricantes de aditivos a trabalhar mais do que seria o caso para atender o mercado nacional. Quando foi promulgada a lei que autorizou o aumento do teor de etanol anidro de 25% para 27,5%, mesmo antes de terem sido feitas todas as avaliações técnicas.

 

Motores modernos têm condição de lidar com esse aumento de mistura sem problema de partida a frio ou falhas de aceleração. Os testes conduzidos pela Petrobras deverão indicar isso, mas ninguém deu atenção aos motores antigos com carburador ou injeções de combustível de primeira geração. Além disso, o consumo pode aumentar marginalmente. A gasolina padrão para limites de emissões e metas de eficiência energética previstas no Inovar-Auto contém apenas 22% de etanol. Com 25% o motorista já perde um pouco em consumo e com 27,5%, mais ainda.

 

 

Devido ao que falei nos dois últimos parágrafos em particular, recomendo a todos no Brasil o uso de combustíveis aditivados para tratar, de forma preventiva, o bom funcionamento do processo de alimentação e queima de combustível em seus motores.

 

Muito axé pra todo mundo,

 

Maria da Graça