Olá pessoal, Olha eu aqui invadindo a praia dos nordestinos. Nosso querido Barbapapa tá passando por uns perrengues de saúde e como a gente não pode deixar de lado os nossos bravos pilotos da região nordeste, um pessoal que tem grandes adversários nas pistas, tem as pistas do nordeste como grandes adversárias por falta de condições para correr com decência, engolindo a seco o descaso das autoridades que são as donas dos autódromos de Caruaru e Eusébio e os erros do voluntarioso construtor do autódromo da Paraíba, a distância geográfica para os outros autódromos do país e um leque menor de potenciais patrocinadores, continuam indo à luta e acelerando contra tudo e contra todos. Tem dois “cabras da peste” que todo mundo conhece muito bem e há muito tempo. Valdeno Brito segue em mais uma temporada na Stock Car, correndo pela equipe do simpaticíssimo e bom de samba, Carlos Alves. O paraibano está começando sua 15ª temporada na categoria, ainda na luta para conquistar o primeiro título nacional para a região e para seu estado. A Stock Car é uma categoria extremamente equilibrada e os carros andam separados por centésimos, as vezes milésimos, onde cada vitória é muito suada e Valdeno é um dos grandes vencedores da categoria. Antes de ser piloto ele era veloz na água. Foi seis vezes campeão brasileiro de vela e quando decidiu trocar as velas pelo motor, saiu da água e foi para as pistas. Outro nordestino consagrado é o pernambucano Beto Monteiro. Bicampeão da Fórmula Truck, em 2004 e 2013, esse tem DNA de piloto. Seu pai, Zeca Monteiro, é um dos maiores pilotos do automobilismo pernambucano. Depois de ter feito carreira no Kart, Beto Monteiro foi correr na Fórmula 3 Italiana, mas acabou voltando para o Brasil e de forma radical trocou os leves monopostos pelos pesados caminhões... e continuou andando rápido do mesmo jeito. Tanto que no seu primeiro título, derrotou o “patrão”, Djalma Fogaça. Versátil, já disputou aqui no Brasil algumas etapas da Copa Petrobras de Marcas e da Stock Car. Nos Estados Unidos, disputou provas da categoria regional da NASCAR K&N Series e há algum tempo, sem patrocínio da fábrica, vem levando o caminhão IVECO nas costas. Este ano Beto está em mais uma temporada na agora Copa Truck e buscando o tricampeonato. Mas a região ainda tem mais pilotos disputando campeonatos pelo país. Adriano Rabelo é um dos pilotos mais fortes da categoria principal do Mercedes Challenge, a CLA AMG Cup. Vice campeão em 2015 e terceiro colocado em 2016, a temporada de 2017 não foi fácil. Ele terminou em nono lugar e 2018 é ano para se recuperar e voltar a andar entre os primeiros. Continuando com a equipe comandada pelo experiente José Cordova, Adriano Rabelo se preparou nesta intertemporada física e mentalmente para poder voltar a andar na frente. Com um trabalho direcionado a melhorar o condicionamento físico, além de fazer junto com seu preparador um processo de reeducação alimentar para encarar uma competição de elevado nível como o Mercedes Challenge. Da Paraíba temos o agora mais experiente Leo Barbosa, o maior fã do Ayrton Senna em seu estado, quem sabe no Brasil. Depois de sagrar-se vicecampeão da Fórmula 3 Academy, o piloto continua sua parceria com Darcio dos Santos e este ano vai disputar a Superfórmula Brasil, nome com o qual a categoria for rebatizada. Leo Barbosa continua sonhando em correr no exterior, quem sabe, uma Fórmula Três Europeia. Mas o sonho e o objetivo final logicamente seria e sempre será a Fórmula 1. Este ano é um ano para Leo Barbosa se afirmar como piloto de monopostos e com isso conseguir patrocínios para financiar seu sonho de seguir os passos do seu grande ídolo – Ayrton Senna. O mais novo “cabrinha da peste” é o pernambucano Kiko Porto. Um dos melhores kartistas já surgidos no estado nos últimos anos, Kiko está pensando alto e buscando uma carreira internacional, via automobilismo norte americano, só que não pelo caminho das pedras do programa “Road to Indy”, mas pela Fórmula 4, categoria que terá 6 rodadas duplas na terra do Tio Trump. No final do mês de março ele participou de quatro sessões de treinos, em duas equipes diferentes da Fórmula 4, com o objetivo de ganhar mais experiência na condução dos bólidos para a sequência de sua carreira no automobilismo, pilotando os carros das equipes Group-A Racing e da DEForce Racing. Neste período ele contará com o aconselhamento do seu conterrâneo e amigo da família, Beto Monteiro. Os testes realizados na pista do Vírgínia Internacional Raceway, na cidade Alton, pouco mais de 220 quilômetros de Richmond só foram possíveis porque no início de fevereiro Kiko Porto conseguiu a licença para carros fórmula nos Estados Unidos, aos passar pela certificação da Lucas Oil School, no Sebring International Raceway, mesmo tendo apenas 14 anos. A participação no campeonato ainda está enfrentando alguns problemas legais, mas tudo há de dar certo. Agora é rapadura entre os dentes e caldo de cana na veia (cachaça não pode... se beber, não dirija). Pra cima deles bravos nordestinos! Felicidades e velocidade, Paulo Alencar
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