É, amigos... O ano está acabando, e os assuntos que normalmente fazem parte desta coluna começam a escassear. Mas, enquanto tivermos velocidade, teremos atividade! O ingles Robert Huff (Chevrolet) venceu a primeira prova da última etapa do WTCC em 2009, realizada em Macau. Em segundo chegou Gabriele Tarquini (ITA, Seat), que ficou ainda mais próximo do título. O pódio foi completado pelo espanhol Jordi Gene (Seat). O vice-líder do campeonato, Yvan Muller (FRA, Seat), terminou a prova na quinta colocação, mais de 3 segundos atrás de Alain Menu (SUI, Chevrolet), e agora praticamente já não tem mais chances de disputar o título com Tarquini. O outro piloto que disputava o título, o brasileiro Augusto Farfus Jr. da BMW, deu adeus à suas pretensões ao terminar a prova apenas na oitava colocação. Ele largou na pole na segunda prova, pelo sistema de grid invertido até o oitavo colocado, e venceu... mas podemos dizer que foi uma vitória com sabor amargo, principalmente pela classificação do grid para a primeira prova. O brasileiro foi superado, na corrida, por seus adversários diretos. Augusto Farfus Jr. terminou o campeonato em terceiro lugar. O campeão foi Gabrielle Tarquini. No próximo ano a BMW deve deixar a categoria (por excesso de custo na funilaria que quase fez quebrar até a equipe de F1) e assim, não é certeza a permanência do brasileiro na categoria. No mesmo final de semana, aconteceu o famoso GP de Fórmula 3 em Macau... e NENHUM brasileiro esteve inscrito... atenção: isso pode ser um grave sinal de alerta quanto ao nosso futuro nas categorias no exterior. O campeonato argentino da TC 2000 terminou neste último final de semana, em Potrero de Los Funes, sendo também a última das 3 etapas do torneio de endurance, com a participação de diversos brasileiros formando dupla com os pilotos locais... na verdade, terminou na etapa passada e o título ficou nas mãos de Jose Maria ‘Pechito’ Lopes. Este, está com a cabeça nas alturas, com a concreta possibilidade de vir a ser piloto da USF1... só falta agora a equipe sair do papel! A etapa teve a vitória de Ponce de Leon, da equipe Berta Motorsport e que teve como parceiro o Brasileiro Daniel Serra, que fez uma prova sensacional, saindo de 26º para 14º na primenta volta e entregando o carro para o argentino em 11º. Com a diminuição da chuva, alguns abandonos e uma boa – e arriscada – estratégia, fecharam o ano com a única vitória da equipe na temporada. O piloto Jimmy Johnson conquistou pela quarta vez consecutiva o título da categoria mais popular dos Estados Unidos, a NASCAR, fato inédito na categoria.Durante todas as provas e em especial nas últimas etapas – os playoffs – Johnson conseguiu manter sob controle todos os seus adversários e, mesmo num momento de risco, quando acidentou-se, conseguiu retornar a pista e marcar preciosos pontos. Ao modo americano, Johnson vai seguindo as trilhas de Sebartian Loeb e Michael Schumacher. Quem assistiu a prova pela TV paga mal pode acreditar no que viu... e o piloto saiu inteiro! Essas coisas, só na NASCAR. Contudo, o campeonato não poderia terminar sem que houvesse mais um daqueles acidentes que só a categoria americana consegue proporcionar: O voo – de rodas para o ar – de Ryan Newman. A sequência das imagens falam por si. Com inteligência e regularidade, Cacá Bueno conquistou seu terceiro título na categoria de forma merecida. A Stock Car ainda terá mais uma etapa, Interlagos, 6 de dezembro, mas o campeonato já está decidido. Cacá Bueno conquistou seu terceiro título com uma campanha baseada na regularidade. Nos playoffs contou também com a valorosa ajuda de seu companheiro de equipe Daniel Serra, que não fez o menor esforço para impedir uma ultrapassagem em Brasília, na 10ª etapa e foi crucial para que Cacá pudesse não só abrir uma boa distância na largada após saída do safety car como também agiu de forma pouco ética, desacelerando após todos os carros estarem se lançando na reta e a bandeira sendo agitada para induzir uma ultrapassagem por parte do carro que vinha imediatamente atrás, o também postulante ao título Ricardo Mauricio. O piloto da Eurofarma RC abandonou a prova logo depois, devido a um pneu furado, mas já estava sendo punido com um “drive thru” pela “ultrapassagem indevida”. A punição de Daniel Serra, contudo, só veio após a prova haver terminado... e está sendo questionada pela equipe. Daniel Serra e Ricardo Mauricio: Até onde vale tudo no amor e na guerra? A questão está no tribunal da CBA. Curitiba foi palco nos dois últimos finais de semana do mês de dois importantes acontecimentos no nosso meio automobilístico. Na Fórmula Truck tivemos uma corrida com diversas alternativas, com mudanças de cenários impressionantes. Roberval Andrade teve problemas e Na demora para encher o turbo de seu motor, levou uma batida forte na traseira de seu Scania, rodou e bateu de frente no muro da reta dos boxes. Na batida, sem intenção de Regis Boéssio (Volvo), a confusão poderia ser bem maior se não fosse a habilidade dos pilotos em desviar do acidente na largada. A dupla da Mercedes, Cirino e Piquet fizeram a dobradinha numa corrida cheia de alternativas em Curitiba. A prova ficou à feição de Felipe Giaffone. Contudo, na nona volta foi a vez dele perder a liderança da prova por problemas no motor. Giaffone ainda tentou um reparar o problema nos boxes, mas não havia mais como recuperar-se e teve que contentar-se com apenas 1 ponto, da pole position. Daí chegou a vez de Valmir Benavides herdar a liderança da prova e se encher de otimismo para dar um passo grande ao título do ano... mas o piloto da Volkswagen perdeu três posições e na ânsia de recuperar a liderança da prova cometeu um erro difícil inacreditável: Na relargada após o acidente de Renato Martins, Benavides acelerou antes da bandeirada e ultrapassou Welington Cirino... acabou punido em 20 segundos pelos comissários da prova, caindo para a décima posição na prova. Cirino venceu, fazendo dobradinha com Geraldo Piquet e manteve-se – matematicamente – com chances de título, assim como Giaffone, Benavides e Andrade. A última etapa será em Brasília, dia 13/12 e, do jeito que vão as coisas, tudo pode acontecer! Na Fórmula 3, com o campeonato decidido, a atração foram os europeus. A equipe Hitech Racing, que pretende montar equipe no sulamericano da categoria, trouxe mais um piloto para “avaliar o potencial do carro”. Depois de trazer o vice-campeão da F3 Inglesa, Walter Grubmuller, para correr a etapa de Interlagos que abriu o GP de Fórmula 1, foi a vez de Giedo van der Garde, que correu a última temporada na GP2.
A equipe Hitech Racing se pretende chegar à Fórmula 3 Sul-americana com dois carros ano que vem e enquanto não começa a temporada está trazendo verdadeiras feras para acertar o carro e sentir o campeonato. Segundo o diretor técnico, não existem nomes para estes dois carros e esta pode ser uma aposta na busca de novos talentos no continente e também uma possibilidade de algum piloto participar do campeonato. Na Fórmula 3 Inglesa desde 2002, já contou com pilotos como o brasileiro Lucas Di Grassi, Danny Watts e Marko Asmer, campeão da F3 Inglesa em 2007 pela equipe.
O campeonato já estava decidido para Leonardo Cordeiro, que foi elogiado por Van der Garde como sendo um “piloto diferenciado dos demais”. Mesmo assim, sem conhecer o carro e nem a pista, o holandês “enfiou” .474 e .665 segundos no piloto da Cesário Fórmula nos dois treinos livres.
Neste final de semana, também terminam as temporadas da GT3 / Trofeo Maserati / Copa Clio em Interlagos. No Trofeo Maserati, Depois de cinco corridas, Pedro Queirolo refez as pazes com a vitória. O piloto, que largou da pole, segurou o então líder André Posses atrás de si e herdou a liderança após a quebra do Maserati de William e Melo. O resultado o recolocou na liderança da temporada 2009, dois pontos à frente de Posses, que hoje cruzou a linha de chegada na quinta posição. Cleber Faria, segundo colocado na corrida, foi a 85 pontos e também alimenta chances matemáticas de conquistar o título. Na GT3, a disputa pelo campeonato de equipes está indefinida. Apenas 6 pontos separam Ferrari e Porsche. No ano que vem, o Trofeo Maserati deixará de existir como um campeonato independente e passará a fazer parte do GT Brasil, como uma categoria agregada à GT3, sendo denominada de GTBR4. Os Maserati Trofeo, que hoje em dia disputam a categoria com modelos só da marca italiana, vão alinhar lado a lado com os Ferrari, Porsche, Viper, entre outros que fazem parte do GT3 Brasil, integrando a classe GTBR4, que poderá contar também com máquinas como BMW Z4, Nissan 350Z, Ford Mustang, Porsche 996 e Aston Martin N24 todas homologadas para disputar o campeonato na classe GTBR4. Esta pode estar sendo uma forma inteligente de se aumentar o grid das provas e aumentar a competitividade com redução de custos, contudo, se a divulgação continuar como está, vai ser aquela festa de amigos nos boxes e paddock e as arquibancadas continuarão vazias. A GT3 continuará com seus carros e regulamento, distintos, o que vai criar situações de tráfego semelhante as de muitas categorias na Europa e América do Norte. O título de pilotos do GT3 Brasil já foi conquistado pela dupla Cláudio Ricci e Rafael Derani, após a rodada realizada em Curitiba. Contudo, o campeonato de equipes continua aberto. A WB Motorsports, que prepara os Porsches 997 números 5, 6 e 7, soma 348 pontos e lidera o campeonato com apenas 6 pontos de vantagem para uma rodada para a CRT Brasil, que prepara o Ferrari F430 dos campeões da temporada, além de outras duas máquinas italianas. Como o regulamento desportivo do GT3 Brasil determina que apenas os dois carros mais bem colocados de cada equipe pontuem para o campeonato dos preparadores, tudo pode acontecer. A decisão da Copa Clio será em Interlagos, mas o título está nas mãos de João Vitte. Na Copa Clio, José Vitte é o líder do campeonato com 127 pontos, 22 a mais que seu companheiro na equipe W Racing, Rolf Gemperli, e 23 de vantagem para o terceiro colocado, Rodolfo Pousa. Como a pontuação máxima que cada piloto pode fazer em uma corrida é 27 pontos, Vitte está com as mãos no título... mas se Juan Manuel Fangio dizia, “carreara son Carreras” não sou eu quem vai desmenti-lo. E mais uma vez o Rally Dakar vai ser disputado no nosso continente... devíamos chamá-lo de “Rally De Cá”, não é mesmo? O grupo ASO, organizador do Rali Dakar, confirmou que a edição de 2010 será novamente realizado na Argentina e Chile, depois que em 2009 foi disputada na América do Sul, saindo da África onde esteve por 30 anos. Ao contrário do que ocorreu neste ano, Chile e Argentina deverão dividir de forma mais equilibrada as 14 ou 15 etapas do Dakar de 2010. Os organizadores da competição ainda farão o anúncio mais detalhado de como será o trajeto do rally, mas seguramente sabe que as maiores dificuldades não estarão nas especiais. A organização acredita que a crise financeira pode causar a diminuição do número de inscritos, já que a Mitsubishi não participará da edição de 2010. "O contexto mundial é de crise. É difícil antecipar qual será o impacto no número de competidores", afirmou Etienne Lavigne, diretor da competição, que pode voltar para a África no próximo ano e “até passar a fazer um revezamento entre os continentes. E na nossa querida Fórmula 1, a “silly season” está mais devagar do que os pais pessimistas poderiam imaginar... pelo menos a nível de fofocas. Mas, em relação aos acontecimentos... acho difícil – pelo menos até agora – alguém se queixar! Depois do furor do anúncio do Alonso para a Ferrari, apenas três fatos realmente foram de prender a respiração: O Jenson Button se largar da Brawn, a compra desta pela Mercedes e a saída da Toyota. No mais, tudo continua igual... o presidente da Renault fazendo cara de azedo e esnobando a categoria. Nem vou falar das que sairam com o rabo entre as pernas... o Willy e o Toni já disseram tudo. Vergonha! As novatas, equipes que vão estrear em 2010, começam a mostrar suas verdadeiras potencialidades... com a espanhola Campos e a inglesa Manor parecem estar mais adiantadas, inclusive com pilotos já anunciados (Timo Glock na Manos e Bruno Senna na Campos). A malaia Lotus aponta na direção de um projeto bem desenvolvido, mas ainda não anunciou nomes. A grande incógnita continua sendo a USF1, com muita conversa, muitas suspeitas e muitos candidatos... até o Argentino José Maria Lopez aparece como piloto cotado. Só que, em termos de especulação, nada maior do que um possível retorno do Michael Schumacher às pistas... sinceramente, isso tá com uma cara de falta de assunto que vou te contar... Daqui da nossa “terra Brasilis” a confirmação de Bruno Senna para a categoria já era esperada... faltava saber aonde o herdeiro do tricampeão iria correr e será na Campos Racing. Outros pilotos “tupiniquins” continuam buscando lugar. Lucas DiGrassi parece ser o que está mais próximo, no caso, de uma vaga na Manor. Antônio Pizzonia também busca um lugar e Nelsinho Piquet, trabalhando em silêncio, tenta sair do purgatório. As equipes pouco a pouco vão anunciando seus pilotos e alegrias e decepções se acumulam. Talvez as maiores sejam as dos pilotos Indianos Karun Chandhok e Narain Karthikeyan, descartados como opções para a Force Índia. Estranha deve estar sendo a sensação do Paul di Resta (da DTM) e do J.R Hildebrand (da Indy Lights), chamados para testar na equipe e pouco depois ver o anuncio da dupla que terminou a temporada como sendo a dupla de 2010. A BMW Sauber passou por uma reviravolta daquelas que roteirista de novela nacional desaprendeu a fazer faz tempo: O grupo que iria bancar a conta e financiar a equipe não tinha dinheiro! A BMW, ao que parece, vai acabar vendendo de volta a equipe para o Peter Sauber e agora um grupo financiador – estranhamente – dos EUA (por que será que não financiaram a equipe local?).
Com tanta coisa mal explicada, mal resolvida e sem pistas, podemos, ao invés de fazer um "amigo oculto" neste natal, fazermos um "equipe oculta"... que tal? O Colin Chapman pode ser o Diretor Técnico! No outro lado da moeda, a Fórmula Indy, temos uma grande possibilidade de termos mais um brasileiro na categoria... no caso, uma brasileira: Bia Figueiredo negocia com algumas equipes e poderemos ter no ano que vem, um belo duelo de “macacões perfumados” com Danica Patrick, que não quer saber de correr na Fórmula 1. Agora, feio ficou essa definição de última hora para a prova da categoria abrindo a temporada aqui no Brasil. Que papelão o do prefeito carioca... depois de tanto atrapalhar que queria fazer a prova a sério como Ribeirão Preto e Salvador. No final das contas, a conta ficou nas mãos da capital paulista e os paulistanos terão mais uma corrida internacional em seu calendário... e uma enorme dor de cabeça, uma vez que a prova será disputada num circuito de rua e como o trânsito de São Paulo é um “modelo para o mundo”, pobres paulistanos e demais residentes. Briatore e Symmonds apelaram de suas sentenças... e podem até ser absolvidos. Quem disse que é só aqui que tem disso? Mas a maior mesmo é "São Briatore" apelar da sentença da gestão anterior e - pasmem - ter chances reais de ter a pena abrandada e até suspensa! OLHA A PIZZA!!! E, como falei por aqui, na época, a culpa toda vai ficar nas costas daquele que é só um brasileirinho... Queria ser uma mosquinha para ver o clima do Desafio das Estrelas com o Nelsinho Piquet no meio dos pilotos que tanto o criticaram alguns meses atrás. Bacana foi o Felipe Massa ter mantido o convite. Um ato de muito cavalheirismo. Até o novo ano, CBM |