Olá pessoal que acompanha o site dos Nobres do Grid, Fazendo o terceiro artigo sobre este assunto maravilhoso que são os carros autônomos e o nível de capacidade de inteligência artificial que vai ser embarcada nos nossos veículos nos próximos anos eu fico pensando: aonde vamos chegar? Outro dia, estava cuidando da minha pequena e estávamos vendo televisão juntas. Passou aquele filme com o Will Smith (que nós duas amamos de paixão... o ator, claro, para ciúmes de Marido), Eu, o Robô. Baseado no livro de Isaac Azimov, que eu já tinha lido este e outros livros. No filme, aparecem cenas de carro inteligentes que andam nas ruas e rodovias em velocidades impressionantes (duvido que não vá ter engarrafamento no futuro) e aí a gente pensa: será que os carros inteligentes vão mesmo acabar com os motoristas burros? Eu não sei responder isso, mas que vou trabalhar e torcer bastante para isso, podem ter certeza. O processo evolutivo dos sistemas implementados nos níveis de autonomia dos veículos vem crescendo e a autonomia não é uma coisa de ficção científica. Vai demorar mais um pouquinho para termos os carros dos Jetsons, mas enquanto continuamos com rodas grudadas ao solo, hardwares como o NVIDIA vem sendo instalados depois que os fabricantes de automóveis perceberam que as GPUs poderiam alimentar seus recursos mais recentes, o fabricante de chips, mais conhecido pelas placas gráficas que fazem seus jogos parecerem excepcionais, o NVIDIA tornou-se o queridinho do mundo automotivo. Mas enquanto as montadoras ainda estão deixando o nível 2 e às vezes aventurando-se em veículos de nível 3 no mercado, o primeiro computador AI da NVIDIA, o NVIDIA Drive PX Pegasus, aparentemente é capaz de suprir as exigências do nível 5 de autonomia, onde os carros não terão pedais, nem volante, nem necessidade de alguém assumir o controle. Do tamanho aproximado de uma placa de carro (dos EUA) a placa do NVIDIA promete ser a revolução em autonomia. Existe no mercado atual um computador oferece 320 trilhões de operações por segundo, 10 vezes mais que seu antecessor. Antes de começar a gastar dinheiro para o seu próprio carro autônomo, o diretor sênior de automóveis da NVIDIA, Danny Shapiro, observa que é provável que seja a criação de robotaxis o motivador das atuais pesquisas. Este talvez seja o primeiro passo para a implantação de veículos autônomos. O ser humano que possui carro vai continuar – por algum tempo – considerando que ele dirige melhor que o computador e que o carro é dele, e não do computador. Tipo Marido, que até hoje reclama dos carros automáticos, mas que sempre raspava a marcha da 2ª pra 3ª. A empresa produtora do hardware informa que mais de 25 de seus parceiros já estão trabalhando em táxis totalmente autônomos. O objetivo com esse computador menor e mais poderoso é remover as enormes matrizes de computadores que ficam nos protótipos de veículos de OEMs, startups e qualquer outra empresa que esteja tentando “quebrar a porca” dos carros autônomos. Para Danny Shapiro, o futuro já está em nossa porta e precisamos deixá-lo entrar e fazer parte de nossas vidas. O anúncio da NVIDIA deve fazer todas essas empresas felizes. A computação necessária para impulsionar a IA de um carro autônomo e o processamento de dados, sem mencionar a enorme quantidade de dados provenientes de potencialmente dezenas de câmeras, sensores LIDAR, radares de curto e longo alcance é impressionante e geralmente significa que há uma pequena sala de servidores. armazenado no tronco. Todo esse poder de processamento suga uma tonelada de potência do veículo e, à medida que mais carros passam a circular, a última coisa que uma montadora deseja é um sistema que reduza o alcance de seu novo carro. O novo computador da NVIDIA Drive PX Pegasus AI tem o tamanho de uma placa de carro e usa muito menos energia do que o modelo atual. Mas vai demorar um pouco até que alguém ponha as mãos em um. O novo computador já está disponível no mercado e equipa os carros da Roborace, que o brasileiro Lucas Di Grassi está desenvolvendo. A próxima geração de GPUs que a NVIDIA ainda não anunciou quando virá, mas tenham certeza que o trabalho neste meio não para. O "LIDAR", sistema de sensores de luzes e radar, trabalhando em paralelo, seria a garantia de que a segurança estaria garantida. Já existem algumas instituições investindo fortemente na implantação de serviços autônomos. Uma destas é o serviço de correio e entregas ‘Deutsche Post DHL’. O serviço de entrega está procurando implantar uma frota piloto com o atual Drive PX e fez diversos experimentos em 2018. A ideia é ter um carro que seja capaz de trabalhar lado a lado, de forma inteligente, com os entregadores. Enquanto o motorista poderia sair do caminhão ou van com alguns pacotes para entregas em um prédio ou quarteirão de casas, o veículo vai se deslocar de forma autônoma e estará esperando por ele no final da rua. Evidentemente ainda há muito o que se fazer. Em janeiro aconteceu um acidente que atrapalha em muito esta ideia de autonomia de sistemas não gerenciados. Um robô do modelo ‘V4’ de uma empresa chamada Promobot, parte de uma coleção de “robôs autônomos projetados para fins comerciais”, alugáveis por US$ 2.000 por dia, foi atropelado e “faleceu” na Paradise Road, em Las Vegas, quando o robô saiu da feira e entrou na pista do estacionamento local. Nos últimos anos, Lucas Di Grassi stá liderando um projeto de carros autônomos que vai, primeiro, correr em autódromos. Engenheiros transportavam vários robôs para uma exibição do CES (Consumer Electronics Show), uma feira anual que se anuncia como “palco global de inovações”, introduzindo tecnologia de última geração no mercado. Este tipo robô é supostamente capaz de se comunicar com pessoas sobre qualquer assunto, reconhecer rostos, responder perguntas, mover-se, evitar obstáculos, movimentar os braços e a cabeça, mostrar vários materiais em sua tela e integrar-se a outros dispositivos e sistemas. Segundo a Promobot, pode executar funções de administrador, promotor, recepcionista, guia de museus, consultor, concierge e mais. O fato que constrangeu a comunidade defensora da aceleração do processo é que o atropelador foi um carro da Tesla, empresa que – em teoria – mais investe neste tipo de mobilidade e estaria mais avançada. Segundo relatos, o veículo operava no modo autônomo, embora houvesse um passageiro a bordo. O veículo continuou em movimento por mais 50 metros após o acidente, antes de finalmente parar. Na feira sobre veículos autônomos em janeiro deste ano, em Las Vegas, um "acidente fatal" chamou a atenção dos presentes. Ainda há um caminho longo a ser percorrido, mas a velocidade dos avanços está cada vez maior. Quem sabe Marido e outros tentos motoristas pelo mundo ainda terão que se adaptar a esta nova realidade, por mais que venham a reclamar. Muito axé pra todo mundo, Maria da Graça |