Olá pessoal que acompanha o site dos Nobres do Grid, Depois das férias eu ainda dei mais uma fugida para Salvador, porque eu não abro mão de meu carnaval, de sair no meu Afoxé, o Filhos de Gandhi, que eu saio desde adolescente (só não vou dizer a quantos anos). Mas tem um número do qual eu acho que posso falar com algum orgulho: Essa é a minha centésima coluna “Mão Na Graxa” e eu nunca pensei que eu ia ter tanto assunto pra falar sobre as coisas dos carros e outros veículos que andam pelas ruas do Brasil e do mundo, indo desde o início dos veículos movidos a motor de combustão até as modernidades – ou surrealidades – dos carros voadores. Os nossos leitores com mais de 40 anos certamente assistiram os desenhos animados dos Jetsons, que moravam em torres altíssimas, tinham uma robô como empregada doméstica e usavam um carro voador. Era o século 21 e agora, passadas duas décadas deste século, continuamos com os pés no chão e usando rodas ao invés de asas ou elementos antigravitacionais em nossos veículos urbanos. Mas existe um lugar onde podemos sonhar em ver este futuro ficar mais perto e sem ser em desenhos animados. Todos os anos, na Consumer Eletronic Show (CES), em Las Vegas, nos Estados Unidos. A Mercedes-Benz, a Ford, a Jeep, a Toyota, a Honda e até mesmo empresas que não fabricam carros como a Sony e a Samsung apresentaram concept cars e, no caso da Ford, um carro que já está disponível no mercado norte americano. Até o Salão de Detroit mudou de data para não competir com os lançamentos em Vegas. A Mercedes abusou no futurismo. O stand da marca alemã parecia um cenário do filme Avatar. A Mercedes-Benz se alinhou ao sucesso Avatar para criar o carro-conceito Vision AVTR. Nele, o visitante é convidado a ter uma imersão em um autônomo do futuro, proposto pela franquia de James Cameron. O carro possui design futurístico, com iluminação nas rodas e ausência de portas. O shape fluído lembram escamas de um réptil. O AVTR capta o pulso e a respiração do motorista, proporcionando uma conexão biométrica simbiótica da marca com o homem. A Jeep também entrou na aventura tecnológica com seu Wrangler Renegade Compass. As versões híbridas do carro receberam o emblema 4XE. Os três modelos PHEV possuem tração integral e motor elétrico com 60 cv, 50 km de autonomia e velocidade máxima limitada a 130 km/h. Famosa por seus carros grandes e "brutos", até a Jeep está de olho no mercado dos elétricos... Já a Sony apostou no Vision-S, elétrico com 33 sensores externos para detectar pessoas e veículos ao seu redor. No interior do carro, o sistema 360 Reality Audio oferece uma experiência sonora com auto-falantes nos bancos. Apesar de ser um conceito e de provavelmente não vir a ser lançado comercialmente pela Sony, o veículo até que é interessante, em especial por causa das tecnologias embarcadas nele. A Sony, que de tudo já fez um pouco no Japão também entrou na onda dos carros do futuro. Inovando com o cockpit digital, a Samsung utiliza a tecnologia 5G para conectar o sistema interno do veículo com o mundo exterior através de semicondutores e displays de expertise da Harman. A inovação tecnológica permite a conexão do automóvel com a casa, escritório e locais que fazem parte do dia a dia do proprietário ou condutor do veículo. A audácia ficou por conta da Hyundai, que anunciou uma parceria com a Uber para fabricar carros voadores de transporte de passageiros. O Hyundai S-A1 é um táxi voador em formato de eVTOL, sigla para veículo elétrico com decolagem e aterrissagem verticais. Ele carrega até quatro passageiros, atinge velocidade de 290 km/h e tem bateria para fazer viagens de até 100 km de uma vez só — sendo que uma recarga demora de cinco a sete minutos. A Hyundai acredita que, em 2023, deve produzir o carro voador em “escala automotiva”. Será? Quem ousou mesmo foi a Hyundai, com um carro voador. Imaginem isso nos ares das cidades brasileiras... #medo A Toyota exibiu seu carro conceito LQ com nível 4 de automação - quando o motorista já é praticamente dispensável. Outra marca japonesa, a Honda, fez um pouco diferente; o protótipo de veículo autônomo da marca também não tem mais pedais, mas o volante continua ali - apenas para quando o motorista estiver a fim de conduzir; caso contrário, é só sentar e relaxar. Além do design, o destaque da proposta dos japoneses da Honda são os controles de direção e aceleração integrados do veículo. Sem pedais, para mover o veículo basta empurrar ou puxar o volante em forma de disco para controlar a velocidade do veículo. Ao contrário das linhas extravagantes do Mirai, da concorrente Toyota, o protótipo da Honda é bem sóbrio. A Ford foi uma das responsáveis por transformar a CES, maior feira de tecnologia do mundo, aberta hoje em Las Vegas, em uma vitrine de inovações da área automotiva. E mais uma vez aproveita o evento para exibir suas novidades high-tech. O grande destaque da edição 2020 é o Mustang Mach-E, SUV elétrico com tecnologias inovadoras de conectividade e segurança. A marca apresenta também soluções de mobilidade que incluem um robô para entrega de encomendas, software para gerenciamento de trânsito nas cidades e um sistema de atualização sem fio dos módulos de seus veículos. Pioneiro da futura linha de carros elétricos da Ford, o Mustang Mach-E é também o primeiro modelo derivado do Mustang em seus 55 anos de história. Com autonomia de até 480 km, o SUV elétrico inova tanto no design e no sistema de propulsão como nas tecnologias de conectividade e infotenimento. Tudo isso sem abrir mão do espírito do Mustang, com potência de 465 cv e aceleração de 0 a 100 km/h na faixa de 3 segundos na versão GT Performance Edition. Transformar uma marca de sucesso em plataforma para um novo mercado. Esse é o desafio da Ford com o SUV Mustang. O Mach-E traz a próxima geração da central multimídia SYNC, um sistema inteligente que transforma o carro em assistente digital e aprende os hábitos do motorista, dando orientações de viagem conectado na nuvem. Com uma tela vertical sensível ao toque 15,5 polegadas no console central e interface semelhante a um smartphone, ela é capaz de responder perguntas de forma natural e facilita o planejamento de rotas. Além disso, permite salvar as configurações favoritas de vários motoristas e fazer sugestões personalizadas, como destinos de navegação, locais de recarga, mídia e telefones, favorecendo a mudança para um estilo de vida totalmente elétrico. A gigante norte americana introduz nesse modelo um novo conjunto de tecnologias de assistência e segurança, o Ford Co-Pilot360 Technology, que pode ser testado em um simulador especial no estande da marca na CES. O simulador permite aos engenheiros dirigir um veículo manualmente ao lado do modelo de teste em diferentes cenários, complementando os extensos testes de campo. Ele é usado para aprimorar o sistema de tomada de decisão computadorizado dos veículos, já que o algoritmo de inteligência artificial melhora com o aprendizado de diferentes cenários. O interior do carro ´r srrojado e interativo, chegando ao nível 4 de automação, umgrande passo para os norte americanos. A Ford também anunciou que em 2020 começará a equipar seus novos veículos nos EUA com um sistema avançado de atualização sem fio que permitirá melhorar a capacidade e experiência de uso do produto ao longo do tempo, sem o proprietário precisar ir a uma concessionária. O objetivo é fornecer atualizações sem fio para praticamente todos os módulos dos veículos da marca, incluindo modelos com motor convencional a gasolina. A CES também serviu para a Ford mostrar seus avanços no desenvolvimento de tecnologias de mobilidade urbana, como a plataforma City Insights, um conjunto avançado de ferramentas de software que permite às cidades explorar e equacionar vários problemas de mobilidade de forma dinâmica. A TMC – Transportation Mobility Cloud, primeira plataforma aberta baseada na nuvem que permite aos desenvolvedores e fabricantes de veículos criar novos serviços e experiências para os clientes de veículos conectados, é outra inovação nessa área. O motor do futuro vai ter o dobro da potência do motor atual (ambos elétricos). Dá pra imaginar você e um motor de 900cv? A Ford está investindo também na Spin, empresa líder em soluções de micromobilidade urbana, que já atua em 66 cidades e campus universitários dos EUA e tem planos de expansão no mercado em 2020, incluindo projetos de infraestrutura e veículos. O futuro está cada vez mais próximo. Ainda não veremos os carros dos Jetsons nesta década que começa, mas teremos muitas coisas que irão surpreender o público em geral. Muito axé pra todo mundo, Maria da Graça |