Alô galera que lê os Nobres do Grid... Salve Jorge! Estou de volta e estava morrendo de saudades de escrever para vocês, mas eu não tinha o que escrever. Com todos os campeonatos parados, sem perspectivas de retomada, sem novos calendários, tudo por causa desse maldito coronavírus. As coisas foram começando a ficar menos confusas a partir do final de maio e nesse mês de junho campeonatos alternativos, com novas datas e locais de competição foram sendo definidos e comunicados para que as categorias possam tentar “salvar o ano”. Infelizmente nem todos os campeonatos vão acontecer. A W-Series, categoria das meninas pilotas, que este ano teria a participação da catarinense Bruna Tomaselli, anunciou o cancelamento da temporada na pista e está fazendo um campeonato virtual. A Bruna que me desculpe, mas eu não farei matéria de campeonato virtual. Torço para que ela participe do campeonato na pista no ano que vem e ela pode ter certeza que assistirei tudo, todas as corridas e treinos. Escreverei sobre seu campeonato e torcerei muito por ela. Selecionada para disputar a W-Series em 2020, a brasileira Bruna Tomaselli vai ter que esperar até 2021 para acelerar. E nesse final de mês de junho tivemos corrida nos Estados Unidos e com brasileiro na pista. Depois de um período afastado das competições, o paulista Victor Franzoni assinou para correr a temporada da F3 norte americana, que é chamada de Fórmula Regional, como no caso da europeia. Esse vai ser um campeonato com rodadas duplas, como a da estreia em Lexiton, Mid-Ohio... e não vai ser fácil. Com 19 pilotos representando 10 países diferentes, o campo da FR Americas é, este ano, o maior e mais competitivo da história da categoria. O equilíbrio parece apontar para a tendência do campeonato e na qualificação da primeira corrida tivemos os 12 primeiros separados por menos de um segundo. Victor Franzoni fez um grande tempo, com 1m19.476s, conquistando o terceiro melhor tempo em uma pista sinuosa e estreita, atrás do pole, o sueco Linus Lundqvist e do norte americano David Malukas. A corrida de abertura do campeonato, realizada no sábado, também foi muito equilibrada, mas as disputas não foram muito grandes e os três primeiros só estiveram em posição de ataque quando das primeiras voltas e na entrada do safety car. Lundqvist colocou uma distância confortável para Malukas e este para Victor Franzoni, que também se afastou do 4° colocado. Assim, os três primeiros foram para o pódio na mesma posição em que largaram. Após um período afastado das competições, trabalhando como coach de pilotos, Franzoni volta a acelerar em 2020. Para a corrida 2, o grid foi feito com os melhores tempos obtidos na corrida 1 (método usado nas categorias de Fórmula nos Estados Unidos). E aí a coisa complicou para o brasileiro, que ficou apenas com o sétimo melhor tempo em corrida. Com isso, largar na quarta fila na corrida do domingo não era a melhor das situações, mas Franzoni é guerreiro. E mostrou ser guerreiro depois de uma largada onde foi tocado e caiu para 15° na primeira volta. Em uma pista complicada de se fazer ultrapassagens, ele veio recuperando até a 12° posição quando foi acionada uma bandeira amarela por um carro que parou em posição perigosa. Levaram 8 dos 30 minutos de corrida pra tirar o carro e, retomando a prova em 11°, ganhou mais três posições para terminar em 8°. Não deu pra avançar mais. Está em 3° no campeonato com 19 pontos. A próxima etapa será no Virginia Raceway entre 17 e 19 de julho. Voltando a questão dos calendários na Europa, uma coisa chamou a minha atenção com relação aos campeonatos da F4 italiana e alemã. Essas duas competições tem tido nos últimos anos praticamente os mesmos competidores (pelo menos das equipes mais fortes do continente) disputando os dois campeonatos e com as datas não coincidentes, um piloto poderia até vencer os dois ou então ter ótimas posições em ambos. Isso dá a esses pilotos uma pontuação quase que dobrada na busca da superlicença da FIA para chegar na F1. A molezinha acabou! Este ano vamos ter dois finais de semana onde teremos competição destes campeonatos acontecendo em autódromos diferentes e em países diferentes. Como o piloto – e nem ninguém – consegue estar em dois lugares ao mesmo tempo, isso vai fazer com que os pilotos optem em focar um campeonato ou outro. Cada final de semana tem uma rodada tripla e com isso são 6 corridas, ou 25% do campeonato. Gabriel Bortoleto estreia na Europa como piloto da equipe Prema nos campeonatos italiano e alemão da F4. Na F4 este ano temos o paulista Gabriel Bortoleto na forte equipe Prema. Na reunião e treinos coletivos da competição italiana a Prema continuou mostrando que tem tudo para continuar andando na frente dos concorrentes e com isso a competição para o brasileiro vai ser interna, contra o italiano Gabriele Mini e o sueco Dino Begamovic, que foram os dois mais rápidos na prática de Mugello, no final de semana do Corpus Christi. Bortoleto foi o 6°, mostrando que a coisa não vai ser fácil. Eu estou com uma ideia maluca e que vou tentar fazer dar certo. O meu plano é passar a fazer a coluna semanal, ao menos durante esse período de corridas de todas as categorias acontecendo loucamente, uma atrás da outra. Com isso, se deixo pra fazer uma coluna mensal, vai ter muita notícia velha e isso ninguém quer ler. Se fizer semanal, colocando no site na segunda ou terça-feira, acho que vai ficar mais legal. É isso aí, galera. Vamos ver se essa minha ideia maluca dá certo. Estou tendo o apoio do Fernando, da Catarina e de toda a equipe do site. Vamos nessa! Um abraço a todos, Genilson Santos |