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O filho do Dragão dá show em Barcelona PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Sunday, 16 August 2020 09:11

Alô galera que lê os Nobres do Grid... Salve Jorge!

 

Tivemos neste final de semana aquilo que eu passei a chamar de “rodadas triplas”. Tivemos a primeira, com as duas corridas na Áustria e a da Hungria e agora concluímos a segunda, com as duas corridas de Silverstone e a deste final de semana na Espanha.

 

As corridas na Espanha normalmente são em maio, com uma temperatura mais amena. Indo para a Catalunha em agosto, onde as temperaturas (do ar) chegam facilmente aos 40°C, o calor foi até “camarada”, não indo muito além dos 30°C no final de semana. Ainda assim, no asfalto, a coisa ficava em torno dos 50°C, o que iria desafiar o gerenciamento de pneus.

 

Mais uma vez tivemos um final de semana “pobrinho”, com apenas as categorias de acesso à F1 (ao menos com a presença de brasileiros) indo para a pista.

 

Depois do surpreendente melhor tempo do Stanek da Charouz no treino livre, com Igor Fraga conseguindo o 4° melhor tempo, deu pra se encher de esperanças para essa etapa em Barcelona. Enzo não foi bem, ficando em 23°, mas nesse início de tarde é que as coisas teriam que acontecer com a tomada de tempo para a corrida do sábado pela Fórmula 3.

 

 A Charouz teve um momento de alegria nos treinos livres, com Stanek sendo o mais rápido e Igor Fraga o 4°. Mas no classificatório...

 

Na primeira parte do treino parecia que a Charouz tinha “entortado” os carros. Os 3 pilotos estavam fora dos 20 primeiros. Fraga era só o 24°. Enzo Fittipaldi era o 18°, o mais lento entre os três carros da HWA. Depois daquela parada para tentar entender o que estava acontecendo e tentar um melhor ajuste, com pneus novos eles foram novamente buscar tempo e melhorar suas posições.

 

Igor Fraga vinha numa boa volta, mas foi atrapalhado no último setor quando tinha suas melhores parciais. Enzo Fittipaldi melhorou bastante seu tempo, subindo para 13°. Nos últimos segundos os brasileiros tentaram mais uma vez, mas o resultado de Igor Fraga foi um frustrante 28° lugar. Enzo Fittipaldi foi o 16°. Fraga foi o carro mais lento da Charouz.

 

 Enzo Fittipaldi manteve-se sempre no meio do pelotão nos treinos da sexta-feira, conseguindo a 8ª fila para a largada no sábado.

 

Depois do treino livre da F1, a Fórmula 2 voltou para a pista. No período da manhã, nos treinos livres, tivemos a repetição do vimos ao longo do campeonato até agora, com Felipe Drugovich sendo o mais rápido entre os brasileiros, ficando com o 9° tempo, tendo Pedro Piquet em 14° e Guilherme Samaia em 21°.

 

Na parte da tarde, com a pista bem mais quente, a briga pela pole ficou quente e na primeira metade do treino o cenário do treino livre continuou, com Drugovich em 8°, Piquet em 15° e Samaia em 21°. Todos voltaram para os boxes para tentar aquele ajuste capaz de melhorar o carro. 18 dos 22 carros estavam separados por menos de 1 segundo.

 

 Felipe Drufgovich foi, mais uma vez, o melhor dos brasileiros nos treinos livres e classificatórios para a F2 em Barcelona.

 

Os 10 minutos finais seriam “a hora da verdade” como fala o Téo José e todos voltaram pra pista. Drugovich marcou logo o 2° tempo, mas foi superado por Shwartzman e nos minutos finais, sem melhorar seu tempo, ficou na expectativa até todos concluírem suas tentativas, ficando por fim com o 4° tempo, superado apenas por Zhou. Piquet foi apenas o 17° colocado e Guilherme Samaia o 22°.

 

A manhã do sábado chegou e com a pontualidade de um Rolex os carros foram para o grid na ensolarada Barcelona e com 22 voltas pela frente. Todos estavam de pneus duros para aguentar até o fim. Apagadas as luzes vermelhas os 30 carros foram para o confronto... literalmente! Com Bent viscaal indo em uma das caixas de brita e e o safety car vindo para a pista. Enzo Fittipaldi perdeu uma posição e era o 14° enquanto Igor Fraga, na árdua missão de se recuperar do desastre de ontem, era o 26°.

 

 Da alegria a frustração, o carro que estava ajustado no treino livre nem parecia ser o mesmo na corrida. Igor Fraga sofreu no sábado.

 

Após 3 voltas tivemos novamente a bandeira verde e na relargada, Enzo Fittipaldi perdeu uma posição, caindo para 15°. Igor Fraga subiu para 25° após algumas curvas neste reinício, mas logo perdeu duas posições. Os 3 carros da Charouz estavam para trás da P20! Após 8 voltas ninguém abria grande frente para ninguém e mesmo com as asas abertas, quase não haviam ultrapassagens.

 

Na 9ª volta, Frederik Vesti parou sozinho na pista, trazendo o safety car de volta. Fittipaldi e Fraga ganharam posições, indo para 14° e 25°, respectivamente. tivemos bandeira verde novamente na volta 12 e os brasileiros mantiveram suas posições. Do 4° ao 25° os carros formavam uma longa serpente na pista e raras foram as ultrapassagens, que eram mais por erros de quem estava à frente. Assim, chegaram à bandeira quadriculada, com Enzo Fittipaldi em 13°, Igor Fraga em 24° e uma difícil perspectiva para o domingo.

 

 Enzo Fittipaldi conseguiu progressos na corrida 1, mas não alcançou o objetivo do 10° lugar pra largar na pole no domingo.

 

Meia hora após o treino da F1, os carros da Formula 2 foram para o grid. Felipe Drugovich, largando do lado “sujo” da pista, na 4ª posição teria um problema para segurar os carros que largavam do lado limpo da pista e isso aconteceu. Mas oprejuízo não foi tão grande, ele caiu para 5°. Pedro Piquet fez uma largada espetacular, pulando para 11°. Com a saída da pista de Marcus Armstrong ele foi para 10°. Samaia apenas herdou a posição do piloto que abandonou.

 

Com Armstrong atolado na brita, o safety car foi pra pista, mas o trabalho foi rápido e em duas voltas já tínhamos bandeira verde. Na relargada os carros mantiveram suas posições, com Drugovich em 5°, Piquet em 10° e Samaia em 21°. Com as ultrapassagens complicadas, a estratégia e as paradas de boxes seriam cruciais para o resultado da corrida ao final das 37 voltas.

 

 

 

Jack Aitken ajudou Drugovich, segurando os carros atrás de si e deixando o brasileiro respirar, mas ele foi ficando longe dos 4 primeiros. Na volta 7 começaram as paradas. Drugovich parecia estar mantendo uma certa distância para poupar os pneus, com folga para Mazepin. Piquet Parou na volta 9, caindo para 15°. Samaia também parou e era o 21°.

 

Drugovich parou na volta 15 e voltou na frente do chinês Zhou e era o 3° entre os que tinham parado até então. Os carros à frente estavam todos de pneus duros. Nessa altura Piquet já era o 13° e o objetivo era claramente ficar no top-10 para a corrida de domingo e marcar seus primeiros pontos. Samaia era o 20° na metade da prova, com Drugovich em 8° e uma boa vantagem para Zhou, com Piquet subindo para 12°.

 

 Pedro Piquet estava, potencialment, com o melhor acerto até o momento no campeonato e conseguiu avançar após a largada.

 

Retardar o pit foi começou a dar retorno para Drugovich, que avançava rápido e superava os carros que pararam antes, reduzindo a distância para o líder virtual, mas na volta 25, Alesi rodou e ficou enganchado na salsicha da zebra e isso mudou completamente as estratégias. A equipe de Drugovich errou feio ao não trazê-lo para os boxes e colocar pneus novos. Piquet parou novamente e era o 11°. Drugovich era o líder, mas com pneus duros e bem usados. Pararam o brasileiro uma volta depois e ele caiu para 9°. Um erro imperdoável!

 

A bandeira verde veio na volta 29. Drugovich largou bem e pulou para 8°. Piquet era o 11° e Samaia subia para 19°. Logo Piquet passou Aitken e assumia o 10° lugar. A corrida ficou selvagem, com os carros praticamente tocando rodas pela ponta. Drugovich passou Schumacher e foi para 7° antes do safety car voltar para pista graças a Roy Nissany.

 

 Depois de mostrar ser um piloto diferenciado ao conservar os pneus e mudar a estratégia, Drugovich pagou caro o erro da equipe.

 

A relargada veio na volta 34 e para uma última volta por estourar o tempo. Piquet foi superado por Ticktum. Schumacher se recuperou sobre Drugovich, mas Piquet, brilhantemente, retomou a posição de Ticktum na penúltima curva e conseguia seu primeiro ponto, mas acabou punido por infração durante o safety car e perdeu a posição, caindo para 14°. Samaia ficou em 16°, seu melhor resultado na temporada. Drugovich terminou em 7° e viu seu companheiro de equipe vencer a corrida, graças ao erro de estratégia que a equipe cometeu. Ele poderia estar tranquilamente no pódio.

 

O domingo pela manhã começava sua programação com a segunda corrida da Fórmula 3, onde os brasileiros precisariam fazer uma corrida bem diferente do que fizeram no dia anterior. Enzo Fittipaldi estava largando em 13° e Igor Fraga em 24°. Apagadas as luzes vermelhas, tivemos confusão na largada e dois carros foram parar na caixa de brita da curva 2, beneficiando os brasileiros. O safety car foi acionado e na primeira passagem, Fittipaldi que fez uma grande largada, era o 8°. Igor Fraga, apenas herdou posições, era o 21°.

 

 Igor Fraga foi obrigado a tentar uma corrida diferenciada no domingo, mas numa pista de ultrapassagens difíceis, ele ficou sem pontos.

 

Quando a bandeira verde foi acionada, na volta 6, Enzo Fittipaldi manteve sua posição e Igor Fraga subiu para 20°, mas era muito pressionado por Frederik Vesti. A diferença entre os carros, do 2° ao 21° era menos de 1s entre eles. Na volta 11 já tínhamos uma separação, com Nannini segurando o grupo do 2° ao 13° e Christian Das o do 14° ao 22°. Fittipaldi seguia na balada dos primeiros e Fraga resistia aos ataques de Vesti.

 

Na volta 15 o safety car voltou a ser acionado quando Malvestiti foi parar na caixa de brita da curva 5. Antes disso Fraga conseguiu passar por Dunner e Stanek, assumindo a 18ª posição. Os comissários foram rápidos e a ação estava de volta na volta 17. Os brasileiros mantiveram suas posições e nelas continuaram até o final das 22 voltas de corrida, com Enzo Fittipaldi voltando a pontuar e Igor Fraga sendo o mais rápido entre os pilotos da Charouz.

 

 Depois de uma grande largada, Enzo Fittipaldi conseguiu superar adversários e terminar em 8° lugar, conquistando alguns pontos.

 

No campeonato, liderado por Logan Sargeant (131 pontos), Enzo Fittipaldi é o 18°, com 7 pontos e Igor Fraga o 21° com 1 ponto no término de mais uma rodada tripla, das corridas na Inglaterra e Espanha, antes de seguirem para a Bélgica.

 

Meia hora depois os carros da F2 já estavam posicionados no grid para as 26 voltas programadas da corrida de domingo, com Felipe Drugovich largando na primeira fila, mas novamente no lado “sujo” da pista. Pedro Piquet, Punido na corrida do sábado, na 14ª posição e Guilherme Samaia em 16°, ambos também no lado “sujo” da pista.

 

 Mesmo largando do lado sujo da pista, sem borracha, Drugovich pulou na ponta e abriu uma vantagem impressionante sobre o 2°.

 

Apagadas as luzes vermelhas, o brasileiro ignorou essa coisa de “lado sujo da pista”, fez uma grande largada e tomou a ponta, abrindo vantagem nas primeiras curvas. O mesmo se deu para Piquet, que ganhou duas posições. Infelizmente, Samaia não fez o mesmo, passando na primeira volta na 20ª posição. Drugovich abriu impressionantes 2,4s na primeira volta, o que iria protegê-lo de ataques quando o DRS fosse liberado.

 

O brasileiro estabeleceu nas voltas seguintes as melhores voltas da corrida e ampliou a vantagem para mais de 3s em relação ao 2° colocado, Ghiotto, com um terço da corrida disputada, e precisava ficar na torcida contra os acidentes que poderiam trazer o safety car para a pista. Piquet continuava em 12° e Samaia caía para 21°, em mais um final de semana bem difícil.

 

 No final da corrida, depois de ficar quase 10s atrás, Luca Ghiotto disse que Drugovich estava inalcançável na corrida de domingo.

 

Na metade das 26 voltas a vantagem de Drugovich chegava a impressionantes 7,3s, obviamente também auxiliada pela disputa entre três carros pela segunda posição e quem acompanha a F2, sabe que Ghiotto é “enjoado”. Piquet não conseguia se aproximar da disputa entre Deletraz e Lundgaard para melhorar de posição na corrida. Samaia estava longe de Alesi, que largou dos boxes e não parecia encontrar um bom ritmo na Espanha também.

 

No terço final da prova, com mais de 8s de vantagem, Drugovich começou a gerenciar a distância e o consumo de pneus para não ficar em uma condição difícil no final da corrida, especialmente se tivermos um safety car nas voltas finais e as imagens dos pneus mostrava o desgaste acentuado. Alguns pilotos foram para os boxes colocar pneus macios. Piquet passou Deletraz e assumiu a 10ª posição.

 

 Depois de poupar seus pneus na primeira parte da corrida, Piquet partiu para o ataque e superou vários carros, em sua melhor corrida.

 

Com pneus bem cuidados, Pedro Piquet foi avançando e conquistando os pontos que lhe tiraram na corrida do sábado, ultrapassando carros normalmente mais rápidos que o seu e chegou ao 7° lugar. Felipe Drugovich foi soberbo, impondo mais de 9,5s sobre o segundo colocado, comemorando muito sua segunda vitória na categoria. Guilherme Samaia terminou em 20°, num final de semana complicado para a equipe Campos. Seu companheiro foi o 18°.

 

No campeonato, liderado por Callum Ilott (121 pontos), Felipe Drugovich é o 8°, com 67 pontos e Pedro Piquet o 18° com os 2 pontos de Barcelona no término de mais uma rodada tripla, das corridas na Inglaterra e Espanha, antes de seguirem para a Bélgica.

 

 Ao final das 22 voltas, Felipe Drugovich venceu sua segunda corrida no ano e certamente, na MP, está chamando a atenção da F1.

 

Gente, foi o que tivemos neste final de semana para nossos pilotos que buscam chegar na Fórmula 1. Um final de semana com os pontos conquistados por Rnzo Fittipaldi e a vitória sensacional de Drugovich no domingo, e que merecia um resultado melhor no sábado. Mais um desafio vencido e espero que todos tenham gostado. No próximo final de semana tem mais.

 

Um abraço a todos,

 

Genilson Santos

 

  
Last Updated ( Sunday, 16 August 2020 15:54 )