E aê Galera... agora é comigo! Nada como um dia após o outro e nesta semana vou mostrar como estou feliz com coisas que mudam, mudaram e mudarão. Como a gente fala de automobilismo (entre outras coisas) aqui nessa coluna, automobilismo lembra competição e a partir de 2021, não vai faltar competição (nas transmissões da Stock Car) para o bem de todos nós, fãs de automobilismo e certamente para o desconforto de algumas figurinhas globásticas, globêsticas e globósticas, que vão perder seus falsos protagonismos, seja pela internet, seja pelas transmissões de TV. A nova diretoria da Stock Car (Parabéns!) quebrou as algemas e está levando as corridas da categoria para uma outra emissora de TV aberta, onde ninguém vai precisar pagar assinatura pra ver as corridas. Não bastasse isso, vão colocar todos os treinos – livres e de classificação – além das corridas ao vivo pela internet e com imagens liberadas para todo o mundo. E tudo indica que no ano que vem teremos algo assim para a F1 também, quebrando o monopólio até então existente. Outra coisa que mudou – e que eu quebrei a cara – foi a reviravolta depois das três corridas disputadas em Goiânia neste final de semana na Stock Car. As Equipes de Andreas Mattheis, que mandaram na pista em Pinhais, não conseguiram repetir a performance em Goiânia e – para o bem do campeonato – está tudo indefinido para a corrida do final de temporada em Interlagos. A mexida dos ‘puxadinhos’ do Cruze fizeram efeito e os pilotos que correram de Corolla choraram com a cabeça no guard rail depois de ver a vitória do Chevrolet Cruze de Ricardo Maurício, com 7 carros da marca da gravatinha entre os 10 primeiros. No domingo, deu mais Chevrolet na cabeça, com Guilherme Salas “perdendo a virgindade” na primeira corrida, vencendo sua primeira corrida e Allam Khodair, que fez bobagem (o advérbio não era bem esse...) na primeira corrida, mas que estava com um carro tão bem acertado que conseguiu, vindo do fundo do pelotão, tomar a ponta da corrida 2, com o benefício da pane seca do Barrichello nos 500 metros finais. A Stock Car sai de Goiânia completamente aberta para a etapa final em Interlagos. (Foto: VICAR) Na saída do cerrado, com gente festejando e gente de cabeça inchada, 11 pilotos têm chances matemáticas de chegar ao título, graças ao regulamento de descartes e o fato da corrida final em Interlagos ter pontuação dobrada. . Nunca o campeão da Stock Car esteve tão indefinido faltando uma prova para o final. Sem os descartes os 7 primeiros estão separados por 30 pontos: 1º - Thiago Camilo – 243; 2º - Ricardo Maurício – 242; 3º - Daniel Serra – 242; 4º - Rubens Barrichello – 238; 5º - Ricardo Zonta – 226; 6º - Gabriel Casagrande – 224; 7º - Cesar Ramos – 213. Com os descartes Cesar Ramos fica mais longe, mas os 6 primeiros ficam separados por apenas 14 pontos: 1º - Thiago Camilo – 238; 2º - Daniel Serra – 237; 3º - Ricardo Maurício – 231; 4º - Ricardo Zonta – 226; 5º - Gabriel Casagrande – 224; 6º - Rubens Barrichello – 224. Está tudo aberto! Dessa vez não teve Copa Truck e a Stock Light foi pra pista com uma corrida no sábado e outra no domingo. No sábado o piloto da KTF (equipe que veio batendo na trave na categoria principal até o domingo), Pietro Rimbano, matou a pau fazendo barba, cabelo e bigode (Pole, volta mais rápida na corrida e vitória de ponta a ponta). A parte ruim foi ver apenas 17 carros no grid. Para categoria de base, a conta está muito cara e tem gente buscando outras alternativas. Andar num carro de ponta na categoria de acesso é o mesmo que o piloto investe pra andar na Porsche... que é carro de corrida! A Stock Light tem um grid com pilotos de alto nível. Qualidade sem grande quantidade e Rafa Reis com a mão no título (Foto: VICAR). No domingo, com o grid dos 10 primeiros invertido a corrida ficou “ao avesso”. E quem se deu melhor foi Arthur Leist, que venceu sua primeira na categoria, mas as sequência de resultados deixou o líder do campeonato Raphael Reis, que foi segundo no domingo e foi terceiro no sábado tem uma ótima vantagem para a final em Interlagos. Sem dos descartes, são 208 pontos contra 175 de Pietro Rimbano. Meu piloto, o Zezinho, mandou bem depois das dificuldades na corrida do sábado e terminou na P5 no domingo. O complemento da programação de Goiânia foi com a Copa HB20, categoria “one team” mais acessível do cenário nacional, que levou 31 carros para a disputa da rodada dupla que mostrou o quanto a categoria é equilibrada. Na etapa de Curitiba, Diego Ramos e Raphael Abbate tinham escapado na disputa pelo título, mas no sábado, o líder do campeonato não passou de uma discreta 11ª posição e Raphael Abbate foi apenas o 8°. O vencedor foi Alberto Cattucci, que “estreou no alto do pódio” em 2020 depois de largar na pole e liderar de ponta a ponta. A HB20 deu mais um show de competitividade em Goiânia. Rapael Abbate e Diego Ramos estão na luta pelo título. (Imagem - youtube) No domingo tivemos outro vencedor inédito. Kleber Eletric “chocou a concorrência” com a vitória de ponta a ponta. Quem decepcionou foi Raphael Abbate, que largando em 8° e pulou para 3° depois da largada. Diego Ramos fez uma grande corrida, largando de 11° e subindo rápido até a 4ª posição. No final do sábado a diferença entre Diego Ramos e Raphael Abbate era de apenas 2 pontos, mas Abbate se envolveu numa treta com Pablo Alves depois de ser superado por Diego Ramos e foi caindo de posição, terminando em um apagado 15° lugar. Como a categoria é muito equilibrada, tudo pode acontecer em Interlagos... inclusive, nada! No campeonato temos agora Diego Ramos com 131 pontos contra 125 de Raphael Abbate. Falando em Interlagos, tivemos no domingo a 36ª edição da histórica prova dos 500 Km de Interlagos, promovida pelo automóvel Clube Paulista e herança do Nobre do Grid Emílio Zambello, hoje promovida por seu filho, Silvio e uma história que começou nos anos 60, com algumas interrupções, mas quem viveu essa história sempre sentirá o coração pulsar mais forte. Os 500 Km de Interlagos foi um show de competitividade e tradição. Uma corrida onde todos são vencedores (Reprodução - youtube). Os 500 Km foi uma verdadeira festa da pluralidade, com carros de diversas configurações e em uma corrida com quase quatro horas de duração. Corridas longas tem aquelas coisas de que, quem larga na frente nem sempre tem a garantia de terminar na frente e a dupla pai e filho da família Faustini, que cravaram a pole position e começaram mandando na corrida nas primeiras voltas. Na segurança e na resistência o time do Protótipo MRX #73, liderado pelo ‘Marvado’ Leandro Totti e a parceria com José Vilela, Gustavo Ghizo e Leo Yoshi, rebebeu a bandeira quadriculada em primeiro lugar. Mas, como costumo dizer, em corridas como essas todos são vencedores. Sessão Rivotril. Seguindo meu mestre inspirador, está na hora de receitar as pílulas da semana. - Luc Monteiro, o melhor narrador de automobilismo que tenho acompanhado agora também está devidamente apelidado... seja bem vindo, Sinestro! Diretamente dos quadrinhos da DC Comics. - Na narração da HB20 senti a falta do enviado de Cristo nos comentários ao lado do filho do Deus do Egito. Quem quebrou o galho foi o assessor meia boca que eu já falei pra mudar de profissão. Ele comenta melhor do que assessora. - Por falar em transmissões, saiu das câmeras da TV aberta, os protocolos do COVID19 vão pra gaveta (o endereço não era bem esse...) Lá estava o assessor-comentarista sem óculos de proteção, sem protetor facial, piloto dando entrevista sem máscara, chefe de equipe sem a máscara profissional, sem protetor facial... uma esculhambação total! E não adianta negar. Está tudo no youtube. - Mas a diversão mesmo foi a narração do evento principal, com os perdidos no espaço – Will Robinson e Dr. Smith, com uma participação especial do Nhonho. Como eu estava de muito bom humor, dei boas gargalhadas com o que eles falaram. - Segundo o Dr. Smith, o problema do lastro nos carro .. é o peso! Não diga... - Segundo o Nhonho, o pessoal as Stock não tem experiência com essa “regra de descartes”. Ou seja, além de isso ter feito parte da categoria por muitos anos, ninguém da Stock Car assistiu Fórmula 1 nos anos 80/90. Muito sábio. - Will Robinson fez questão de enfatizar que os pilotos estavam precisando manter a concentração ao máximo e, durante a corrida, pontuou que “os pilotos estavam com o pé pesado demais”! - Mas a “pérola das pérolas” e forte concorrente ao “Troféu Rivotril 2020” vai para o comentário de que os “Comissários Desportivos estavam pensando na regra de descartes para dar as punições”!!! Nhonho, você não de decepciona! A gargalhada foi ouvida num raio de 5 Km do meu quintal. HUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUA... Vem logo, Bandeirantes. - Até agora só se fala nas mudanças e novidades da Stock Car... daí eu pergunto: Vai ter Copa Truck em 2021? Tem gente do lado de dentro dizendo que não. - Conversa de bastidores é que estaria surgindo um novo projeto de corridas de caminhões, com menos tecnologia, menores custos e mais identificação com as origens da categoria. Inicialmente, sendo um evento regional. Felicidades e velocidade, Paulo Alencar
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