Alô galera que lê os Nobres do Grid... Salve Jorge! Esta semana tivemos alterações no calendário da Fórmula 1 e estas alterações afetam diretamente os calendários das categorias da Fórmula 3 e da W-Series, a primeira antecipada em uma semana, para o final de semana de 18 a 20 de junho, mas a etapa da Áustria, continuou na mesma data, de 1° a 3 de julho. a W-Series correrá duas vezes no Red Bull Ring. Neste final de semana tivemos 6 brasileiros em ação. 5 deles em Mônaco, onde a F1 teve como categorias preliminares a Fórmula 2 e a Fórmula Regional Europeia by Alpine. Na Fórmula 2, Felipe Drugovich, Guilherme Samaia e Gianluca Petecof enfrentaram uma rodada tripla, enquanto na Fórmula Regional Europeia, Gabriel Bortoleto e Eduardo Barrichello correram pela primeira vez nas ruas do principado. E tivemos uma estreia, com a abertura da temporada da F3 inglesa, que tem uma história de glória para os pilotos brasileiros desde Emerson Fittipaldi, e depois de acompanhar sua temporada na F3 Ásia, assumimos o compromisso de seguir a temporada de Roberto Faria na tradicional categoria inglesa. Fórmula 2 No treino livre tivemos, logo no início do período de atividade de pista, a explosão do motor do carro de Gianluca Petecof entre a reta dos boxes e a subida para o cassino, com direito a fogo e muita decepção do brasileiro da Campos, contrastando com os bons tempos de Felipe Drugovich, que terminou a sessão com o 4° melhor tempo. Guilherme Samaia andou pouco no treino, ficando com a P10. Foi um final de semana difícil para Gianluca Petecof, que começou com a explosão do motor ainda nos treinos livres. Diferente do que acontece nos autódromos normais, o treino classificatório foi dividido em dois grupos (carros de números pares e carros com números ímpares), com 11 carros e uma forma bem estranha de definir o grid. O melhor tempo geral seria o pole position, mais o P2 não seria o 2° melhor no tempo geral, mas sim o melhor do outro grupo. Assim seriam definidas as filas seguintes, com o 2° do grupo do pole na P3 e o 2° do grupo do P2 na P4, seguindo assim até o 22° no grid. Dividindo os carros em 2 grupos, diminuía a quantidade de carros na pista e consequentemente, o tráfego. A Campos Racing conseguiu recuperar o carro do brasileiro para o treino classificatório e os carros de números pares foram para a pista. Cada grupo teria 16 minutos de tempo para estabelecer seus tempos de volta para tentar estabelecer a pole position. Os brasileiros Felipe Drugovich e Gianluca Petecof estavam neste grupo e viviam situações bem distintas. No qualificatório, Felipe Drugovich e a UNI Virtuosi não conseguiram repetir a performance usual. Enquanto Felipe Drugovich partia em busca da pole position, mas quando completou a sua volta mais rápida, no final da mesma, deu um leve toque no guard rail e, mesmo tendo estabelecido o melhor tempo naquele momento, depois daquela volta ele não conseguiu mais melhorar seus tempos de volta e acabou sendo superado por outros pilotos, ficando com a P5 no grupo, o que o colocava na 5ª fila na corrida da tarde do sábado (as corridas seriam na sexta-feira e duas no sábado). Com um novo motor instalado e parte da carenagem substituída depois do fogo após a explosão do motor, Gianluca Petecof foi fazendo uma crescente melhoria nos seus tempos de volta, aquecendo os pneus e conseguindo ir melhorando ao longo do treino, mas a perda de tempo entre o treino livre interrompido e o trabalho de recuperação do carro, não conseguindo ir além da P10 no grupo, o que daria a penúltima fila nas corridas 1 e 3. Guilherme Samaia enfrentou os desafios das ruas do principado e, se não foi mais rápido, foi consistente. Guilherme Samaia fez parte do segundo grupo e, estranhamente, os pilotos do grupo não estavam conseguindo estabelecer tempos ao menos razoáveis na primeira metade do tempo. Na segunda metade do treino os tempos caíram, mas não foi tão rápido quanto o primeiro. O brasileiro teve um desempenho muito discreto, não conseguindo fazer bons tempos e também ficou com a P10 no seu grupo, formando uma fila brasileira para a corrida 1 e a a corrida 3, ao lado de Gianluca Petecof. Na manhã da sexta-feira tivemos a corrida 1 da rodada tripla, com a inversão dos 10 primeiros acontecendo de forma diferente, separados pelos grupos e com a P5 no grupo “par”, Felipe Drugovich largaria na P2, na primeira fila. Na 10ª fila, os outros dois brasileiros: Gianluca Petecof e Guilherme Samaia. Com 30 voltas de duração e a quase impossibilidade de ultrapassagens, largar e evitar acidentes seria fundamental. Em ritmo de corrida, Felipe Drugovich foi rápido e consistente e ter largado com o grid invertido ajudou a ir pro pódio. Apagadas as luzes vermelhas, Felipe Drugovich perdeu a P2 na tomada da Saint Devote para Christian Ludgaard. Petecof e Samaia mantiveram suas posições, a P19 e a P20, mesmo com a ida de Shwartzman para os boxes. No final da primeira volta, por pouco Felipe Drugovich não bateu no guard rail externo da saindo da Saint Devote. Os 2 primeiros abriram vantagem e Drugovich conseguiu uma certa folga para Roy Nissany e podia se concentrar em tentar buscar os dois carros da frente. Petecof e Samaia continuavam na P19 e na P20, na “procissão monegasca”. Depois do “susto” Felipe Drugovich começou a tirar a diferença para o 2° colocado e na volta 9 já estava colado em Christian Lundgaard e na volta 10, o começou a fumar o motor e Felipe Drugovich quase bateu por conta do óleo derramado pelo carro da frente e na volta 14 ele foi forçado a parar. Com isso, Drugovich subiu para a P2, mas perdeu muito tempo e estava a 5 segundos do líder, Zhou. Com o carro recuperado, Gianluca Petecof tentou "correr mais do que o equipamento permitia". Com a parada de Lundgaard, Gianluca Petecof e Guilherme Samaia estavam na P18 e P19, bloqueados por Marino Sato, que não acompanhava o ritmo de Jack Aitken. Sem o carro de Lundgaard bloqueando, Felipe Drugovich foi pra cima começou a tirar a diferença para seu companheiro de equipe e líder da prova, mas ele cometeu um outro erro na volta 19 e a diferença subiu para 6 segundos. Quem ficou para trás foi Guilherme Samaia, que não estava mais acompanhando Gianluca Petecof, enquanto ele continuava colado em Marino Sato, mas a perseguição acabou mal e, na saída dos “esses” da piscina Gianluca Petecof acabou batendo na volta 25 e isso levou o safety car para a pista. Com a saída de Petecof, Guilherme Samaia subiu para a P18. Guilherme Samaia continuou fazendo o que era possível. Mas ultrapassagens no principado são quase impossíveis. A relargada foi a 3 voltas para o final, com os dois primeiros fugindo do 3° colocado, mas sem ataque de Drugovich para cima de Zhou. Marino Sato bateu na Saint Devote e com isso Guilherme Samaia subiu para a P17. Com as posições bem definidas dentro da equipe, Felipe Drugovich terminou a corrida na P2, o que dará a P9 no grid da corrida 2. Guilherme Samaia foi o 17° e Gianluca Petecof ficou classificado em 20°. Com dobradinha da UNI-Virtuosi, Felipe Drugovich foi o 2° colocado e subiu ao pódio na primeira das 3 corridas. Na manhã do sábado, os pilotos da F2 voltaram para a disputa da 2ª corrida da rodada tripla com os 10 primeiroa da corrida 1 formando o grid invertido. Felipe Drugovich largando na P9 precisaria de uma largada limpa, tentar manter a posição e fazer o máximo de pontos possíveis. Guilherme Samaia seria o 17° no grid e Gianluca Patecof o 20°. Corrida com pista molhada foi um desafio extra para os pilotos. Apagadas as luzes vermelhas, Felipe Drugovich subiu para a P8 e Guilherme Samaia para a P17 com largdas seguras e a vantagem de verem o pole position tendo que largar dos boxes. Quem ficou mal foi Gianluca Petecof, que tocou rodas no final do grid e acabou batendo – de leve – na saída da Saint Devote, mas o suficiente para ficar fora da corrida. Na segunda corida, a pista começou molhada e os pilotos tiveram uma doficuldade extra. a UNI-Virtuosi tentou e errou a estratégia. Tentando recuperar o prejuízo, Marcus Armstrong saiu da pista na Saint Devote e forçou o acionamento do safety car virtual por uma volta. Na relargada, a liderança mudou de mãos e Felipe Drugovich errou, caindo de 8° para 12°. Guilherme Samaia subiu para 16° e a pista foi secando. Felipe Drugovich não conseguia acompanhar os carros da frente e segurava o pelotão do 12° ao 18° Na volta 10 foi a vez de Guilherme Samaia ter problemas e cair para a P20. O safety car virtual voltou a ser acionado e os dois carros da Uni Virtuosi foram para os boxes e colocaram pneus pra pista seca. Drugovich caiu para P18 com isso e, com a volta da bandeira verde, Samaia foi para 19° com o abandono de Marino Sato. A aposta não deu certo e Felipe Drugovich não conseguia andar rápido na pista ainda úmida. Guilherme Samaia e a Charouz teve dificuldades com as condições de pista molhada. Na volta 16, Felipe Drugovich voltou para os boxes e colocou novamente pneus para pista molhada, caindo para P19 e a corrida ficou completamente perdida. A equipe errou feio em levar os carros da equipe para trocar os pneus com a pista ainda muito úmida. O brasileiro tinha quase 2 voltas de desvantagem para o líder. Na volta 22 Drugovich subiu para P17 depois que Zhou saiu na Saint Devote. Guilherme Samaia era o 16°. A pista estava mais seca do que molhada. Na volta 25 uma batida de Viscaal e Beckman na Saint Devote levou o safety car pra pista Com isso Guilherme Samaia foi para 14° e Drugovich para 15°. A corrida foi retomada na volta 26, mas a corrida terminaria por tempo e não pelas 30 voltas programadas. Uma péssima manhã para nossos pilotos, que ainda voltariam para a pista à tarde, para a terceira corrida da rodada tripla. No final da prova, com pneus de pista seca e com a pista mais seca Petecof ainda não conseguia virar rápido. Encerrando a programação de sábado, os pilotos vieram para a última corrida desta etapa da F2 para a corrida principal, com 42 voltas e um pit stop obrigatório para troca de pneus. Felipe Drugovich largaria na P9 e os outros brasileiros, Gianluca Petecof e Guilherme Samaia formando a fila 10, com a P19 e P20, respectivamente, mas em um final de semana terrível, Petecof largaria dos boxes por ter saído quando estes já estavam fechados. O céu estava nublado, mas a pista estava seca. Apagadas as luzes vermelhas, Felipe Drugovich segurou a sua posição e Guilherme Samaia foi pra 18°, ganhando as posições de Gianluca Petecof que largou dos boxes e de Jack Aitken, que não largou e por pouco não gerou um safety car. Roy Nissany ia sendo uma “rolha”, na P7, segurando o pelotão onde estava Drugovich, indo do 7° ao 11° Guilherme Samaia estava em outro pelotão, puxado por Brent Viscaal (P16) e Guilherme Samaia foi pra P17 com a parada antecipada de Lirin Zendeli. Guilherme Samaia tentou uma estratégia inversa na corrida 3 da rodada tripla, mas não conseguiu ser efetivo o suficiente. Na volta 7 alguns pilotos partiram para antecipar suas paradas e tentar andar com ar limpo e sem tráfego para ganhar tempo. Lawson, Petecof e Daruvala fizeram isso. Guilherme Samaia fez isso na volta seguinte. Na volta 9, Felipe Drugovich fez o mesmo e voltou na P15, à frente de Guilherme Samaia, o primeiro dos que pararam antes. Ele estava a 14,5s de Marino Sato. Samaia e Petecof eram o P18 e P19. Os carros começaram a parar na volta 14 e com isso Drugovich, que vinha virando mais rápido que os líderes, estava ganhando tempo. Como ele sempre soube cuidar bem dos pneus virando rápido, a esperança é de ganho de posições. Na volta 16 Drugovich fez a volta mais rápida, sendo mais de 1s mais rápido que os carros à sua frente. A demora dos pilotos da frente em parar pode ser bom, de momento, para Felipe Drugovich, mas ele terá menos pneu que os qu pararem depois. Boschung, o P6, parou na volta 21 e conseguiu voltar logo â frente de Drugovichmas o brasileiro tomou a posição do alemão aproveitando que ele ainda tinha pneus frios. As paradas dos carros da frente levaram Drugovich para a p11, mas não alteraram o posicionamento de Guilherme Samaia e Gianluca Petecof, na P18 e P19. Com uma estratégia combinada com o engenheiro pouco antes da corrida, Drugovich ganhou muitas posições e ficou entre os primeiros. Nissany Lundgaard e Armstrong pararam e Drugovich foi para a P8 enquanto Drugovich foi considerado culpado por por um toque com Daruvala e tomou 10s de punição. Vershoor parou na volta 26 e Drugovich foi pra P7. Na volta seguinte, parou Ticktum, mas esse voltou à frente do brasileiro. Drugovich deve ganhar a posição de Zhou e Vips tenha problemas e isso colocaria o brasileiro na P5. Vips parou na volta 29 e Grugovich ganhou a posição, indo para P6. Com problemas na parada, Shartzman e Zhou foi pra liderança. Sorte do chinês, que na volta 32 Marcus Armstrong foi fechado, bateu e foi acionado o safety car virtual com Drugovich na P5. A posta fois limpa rapidamente, mas Lirin Zendeli bateu em seguida e novamente acionaram o safety car virtual. A bandeira verde voltou na volta 35. Piastre e Ticktum dividiram a rascasse e ficou parado, sem bater. Bom para Drugovich, que subiu para a P4 e com Zhou ainda tendo que parar. Terceiro virtual safety car na volta 35, mas coisa rápida. Depois de trocar os pneus, Gianluca Petecof mostrou que tem capacidade de andar rápido e foi o 2° mais veloz. Retomada a corrida na volta 36 e Felipe Drugovich vindo na P4, com 2s de vantagem para Shwartzman. Guilherme Samaia era o P15 e Gianluca Petecof o P16, 12,3s à frente de Deledda. A diferença para Xhou era de 25s na volta 37 e baixando. Zhou parou na volta 38 e voltou atrás do brasileiro que foi para a P3, mas o chinês tinha pneus supermacios e 4 voltas para voar, mas como Shwartzman tambpem passou, isso daria uma folga para Drugovich, que tinha 2,9s de vantagem para o russo. Nas voltas finais, não tinha como Felipe Drugovich, em condições normais de corrida, atacar Oscar Piastri, mas estava tranquilo com relação a Shwartzman. Isso garantia 15 pontos e o pódio. Petecof tomou 5s por vazar a chicane da piscina, mas tinha 26s de vantagem para Deledda, mantendo a P16 e tendo feito a 2ª melhor volta da corrida. Guilherme Samaia foi o P15. Depois de uma primeira etapa bem difícil, Felipe Drugovich foi duas vezes ao pódio no principado de Mônaco. Felipe Drugovich conquistou o segundo pódio no final de semana e subiu para o 7° lugar na classificação do campeonato com 29 pontos. Seu companheiro de equipe, o chinês Guanyu Zhou é o líder com 68 pontos. Guilherme Samaia e Gianluca Petecof ainda não marcaram pontos. A próxima etapa será em Baku, Azerbaijão, no primeiro final de semana de junho. Fórmula Regional Europeia Dentro da programação do final de semana da F1 em Mônaco, tivemos a terceira etapa – em rodada dupla – com os treinos na sexta-feira e suas corridas sendo uma no sábado e outra no domingo. Um novo e grande desafio para Gabriel Bortoleto e Eduardo Barrichello, que nunca correram nas ruas do principado. A qualificação foi feita na manhã da sexta e os brasileiros precisavam melhorar os tempos que conseguiram no treino livre, onde Gabriel Bortoleto ficou com a P16 e Eduardo Barrichello com a P20 e diferente do que se viu na etapa de Barcelona, onde os tempos de volta eram muito próximos, as diferenças em Mônaco foram bem consideráveis. Gabriel Bortoleto chegou a ficar entre os 5 mais rápidos do seu grupo, mas não conseguiu uma grande volta no final. Assim como fizeram na F2, dividiram o grid com seus 33 carros em um grupo com 16 e um grupo com 17 carros, com 30 minutos de treino para cada grupo. Como era de se esperar, a categoria fez uma bela confusão para definir os grids das duas corridas. Os pilotos, para garantir vaga nas duas corridas, precisavam ficar entre os 12 primeiros nos dois grupos. O mais rápido do grupo 1, seria o pole do da corrida 2, com o 1° do grupo 2, largando ao seu lado na primeira fila. Para a corrida 2, a lógica (que lógica) seria o inverso. Gabriel Bortoleto estava no grupo 1 e com os carros indo pra pista antes das 8 da manhã no principado, aquecer os pneus levaria algumas voltas. A transmissão da demorou para colocar os tempos dos pilotos, mas nos inicio as coisas estavam sob controle para Gabriel Bortoleto, ficando entre os 10 primeiros, e por um bom tempo no top5. Com 20 minutos de treino, ele era o P4, mas os tempos estavam caindo e Bortoleto chegou à P2, mas 1 minuto depois estava na P7. Depois de uma parada nos boxes, Bortoleto voltou pra pista e voltou pra P4 faltando 8 minutos de treino. Nos 5 minutos finais os tempos foram caindo e Bortoleto precisava de outra grande volta, pois estava na P10. Emilio Pesce atrapalhou 2 voltas rápidas de Bortoleto, a 2° quase batendo no Brasileiro, que ficou com a P11 quando podia ter ficado entre os 6 primeiros. Quando vinha para fazer uma volta que o colocaria nas primeiras filas, Bortoleto foi atrapalhado por Emilio Pesce. Dez minutos depois os outros 17 pilotos foram para a pista e entre eles, Eduardo Barrichello com o mesmo objetivo de Gabriel Bortoleto: ficar entre os 11 primeiros e garantir um lugar no grid nas duas corridas do final de semana nos 30 minutos de treino. Com a pista um pouco mais quente, eram esperados tempos mais baixos do que o dos pilotos do primeiro grupo. Nos 10 primeiros minutos Eduardo Barrichello conseguiu se manter entre a P8 e a P12, mas os tempos estavam muito próximos entre os pilotos do “meio” do grupo 1 com o carro de Axel Gnos parado na saída dos boxes após bater na Saint Devote, o safety car virtual foi acionado com 17 minutos para o fim e Eduardo Barrichello na P12, precisando melhorar seu tempo de volta. Eduardo Barrichello teve que lutar muito para garantir a participação nas duas corridas da etapa em Mônaco. O resgate foi rápido e em 3 minutos já tínhamos bandeira verde. Faltando 9 minutos para o final do treino Barrichello continuava na P12 quando o safety car virtual voltou pra pista com a batida de Alessandro Famularo na curva que antecede o túnel. Tanto ele como Gnos tinham tempos piores que Eduardo Barrichello, que precisava baixar seu tempo de volta e sair da P12. A bandeira verde voltou com 7 minutos para o fim e era tudo ou nada para os 15 pilotos que ainda estavam na pista. Barrichello conseguiu uma volta que o colocou na P11 por alguns minutos, mas Brad Benavides voltou a superá-lo e devolvê-lo para a P12 no minuto final do treino e Barrichello conseguiu uma volta salvadora já com o cronômetro zerado para ficar na P11 e também garantir a presença nas duas corridas do final de semana. A corrida 1 teve o grid definido e a organização estabeleceu que 28 carros alinhariam para a prova. O melhor tempo do grupo 2 foi 9 décimos de segundo mais rápido que o melhor tempo do primeiro grupo e este foi apenas o 7° melhor tempo geral. Mas regulamento é regulamento e dentro do que foi estabelecido, Eduardo Barrichello e Gabriel Bortoleto garantiram vaga nas duas corridas e, na corrida 1, Barrichello largando na P20 e Bortoleto na P21. A primeira das duas corridas da Fórmula Regional Europeia aconteceu pouco mais de uma hora após a corrida da F2. O céu bem nublado colocou todos em uma dúvida grande. A pista estava seca na maior parte do traçado, mas com muitos pontos ainda úmidos. O risco chuva era real. O dia não começou bem para Eduardo Barrichello, que teve problemas para alinhar seu carro antes da corrida e assumir sua P20. Gabriel Bortoleto era o P21 entre os 28 pilotos classificados para a corrida. Com problemas no carro, Eduardo Barrichello não conseguiu largar para a primeira corrida, no sábado. Apagadas as luzes vermelhas para os 30 minutos de prova, os pilotos passaram ilesos pelas primeiras curvas e, mesmo nas ruas apertadas de Mônaco, Gabriel Bortoleto fez uma ótima largada, pulando para a P18 e, na passagem para a abertura da 2ª volta, já era o 17°. Eduardo Barrichello, com problemas, nem chegou a deixar os boxes no final da primeira volta e tinha a corrida totalmente comprometida com um abandono precoce. O pelotão do 7° ao 21° estava compacto, mas em Mônaco, como sabemos, é muito difícil ultrapassar. Ainda assi, Gabriel Bortoleto conseguia avançar e na volta 7 avançava para 16°. O pelotão estava mais dividido e o P13 Delli Guanti segurava o grupo. Eduardo Barrichello voltou pra pista, mas com muitas voltas de atraso. O acidente com Marinangelli colocou o safety car na pista e agrupou o pelotão faltando 14 minutos para o fim. Depois de uma excelente largada e de conseguir fazer ultrapassagens, um toque nos guard rails e troca de asa freou Bortoleto. A bandeira verde veio pouco mais de 2 minutos depois. Tem Brinke teve problemas e isso foi bom para Bortoleto, que subiu para a P15 antes mesmo da relargada. As imagens não mostraram, mas Gabriel Bortoleto “sumiu” da cronometragem pouco depois da narração elogiar sua performance como quem mais tinha ganho posições. Um toque em um guard rail e a quebra da asa dianteira o levou para os boxes e ele caiu para o final do grid. Com outra recuperação, terminou a corrida em 23° lugar. Na manhã do domingo os pilotos da Fórmula Regional Europeia voltaram para as ruas do principado, fechando a etapa monegasca com a segunda corrida. Eduardo Barrichello estava largando na P18 e Gabriel Bortoleto na P22. O dia estava ensolarado e sem perspectivas de mudanças para os 30 minutos + 1 volta que os pilotos teriam pela frente. Apagadas as luzes vermelhas, diferente do que aconteceu ontem, os pilotos foram para o tudo ou nada... e ‘deu ruim’! Uma batida generalizada na subida para o cassino envolveu vários carros e 3 deles ficaram atravessados, bloqueando a pista, mas foram mais do que esses os que tiveram avarias nos carros. A bandeira vermelha foi imediatamente acionada. Gabriel Bortoleto e Eduardo Barrichello conseguiram passar ilesos, mesmo vendo tudo o que acontecia à sua frente. Com um grande acidente logo após a largada, Gabriel Bortoleto teve sorte em passar ileso pelo problema. Enquanto eram removidos os carros e limpada a pista, os carros voltaram para os pits e quem teve o carro avariado pode trocar peças, mas o grid teria vários espaços vazios na relargada. Apenas 15 minutos depois os 23 que ficaram inteiros voltaram para largar, com Eduardo Barrichello na P16 e Gabriel Bortoleto na P19. Foram 12 carros avariados no total. Pontualmente as 12:22 os carros saíram dos boxes na ordem determinada pela direção de prova atrás do safety car e com o relógio na regressiva. Após duas voltas tivemos a bandeira verde e com os carros em fila a probabilidade de acidente ia diminuir. Todos passaram limpos pela Saint Devote e na volta seguinte Barrichello foi superado por Seppanen e caiu para P17. Pior para Gabriel Bortoleto, que precisou ir para os boxes após mais uma avaria em seu carro por excesso de arrojo, caindo para a P23. Algumas voltas se passaram até que Paul Aron batesse sozinho na saída da Saint Devote e ficasse fora da prova, parado no meio da pista, levando o acionamento do safety car faltando 16 minutos de prova + 1 volta. Os brasileiros avançaram uma posição, com Barrichello indo para a P16 e Bortoleto para P21 com a parada de Fluxa, tendo a vantagem de se juntar ao pelotão. Com os problemas resolvidos, Eduardo Barrichello consegiu disputar a corrida do domingo nas ruas de Mônaco. Duas voltas depois e faltando pouco mais de 11 minutos tivemos a bandeira verde novamente. Duas voltas bastaram para Emilio Pesce, que fez burrices o final de semana inteiro, bateu sozinho na curva do cassino e Gabriel Bortoleto teve que se virar pra não bater no italiano, colocando o safety car de volta na pista. Quem também teve problema foi Seppanen, parando depois da descida do túnel. Com isso, Barrichello foi para a P15 e Bortoleto para a P19. A corrida foi reiniciada faltando 4 minutos para o fim e, com a bandeira verde, os sobreviventes aceleraram para as últimas voltas e sem novos incidentes e mudanças de posição, Eduardo Barrichello terminou na P15 e Gabriel Bortoleto na P19. A vitória foi do piloto de Barbados, uma ilha no Caribe, Zane Maloney, de apenas 17 anos. Os brasileiros não marcaram pontos em Mônaco e o próximo desafio já seria na semana seguinte, em Paul Ricard. F3 inglesa A abertura do campeonato inglês de F3 teve como palco o circuito curto de Brands Hatch. 19 pilotos estão na disputa e entre eles o brasileiro Roberto Faria, que nos treinos livres ficou entre os 5 primeiros por quase todo o tempo, mesmo com as condições de pista se alternando entre o piso seco e o molhado ao longo da sexta-feira. Nos tempos combinados, os 10 primeiros estavam separados por apenas meio segundo! No sábado tivemos o treino classificatório pela manhã e também estava programada a primeira das três corridas da rodada tripla de abertura. A qualificação foi realizada em condições muito mais favoráveis em comparação com a sessão de treinos desta manhã, com os tempos caindo ao longo dos 20 minutos e o nosso representante conquistou o 4° melhor tempo. Desde os treinos livres, Roberto Faria ficou sempre entre os mais rápidos. Classificou-se na P4 para a corrida 1. Algumas horas depois os pilotos voltaram para a pista para a primeira corrida. A corrida não correu bem como o nosso piloto gostaria. Roberto Faria não largou bem e perdeu algumas posições caindo para a P7. Na busca para recuperar o prejuízo, ele pegou uma zebra interna com mais força e saiu da pista no lado oposto. Com isso caiu para 13°. Mas, apesar da problemática primeira volta, ao longo da corrida o brasileiro veio se recuperando e conseguiu recuperar algumas posições, mas na última volta, ao tentar superar o P9, foi tocado pelo piloto Alex Fores, atravessou na pista e os doi bateram, abandonando a corrida. Roberto Faria ainda ficou classificado na P13, mas muito longe do que esperava para a abertura do campeonato. Depois de uma primeira volta complicada, fazendo uma corrida de recuperação, na volta final Faria foi atingido e tirado da prova. Na manhã do domingo tivemos a segunda corrida da rodada tripla de abertura e sob um céu bem carregado os pilotos foram para a pista. Com o grid formado com a referência da corrida 1, de ontem, Roberto Faria estava largando na P9, mas ele tinha um carro rápido como se mostrou nos treinos e poderia recuperar posições durante as 12 voltas ou 20 minutos de prova. A chuva começou a cair na volta de apresentação e um carro bateu antes de apagadas as luzes vermelhas. A direção de prova adiou a largada até que o carro fosse retirado e a corrida foi reduzida para 11 voltas. A chuva não era forte e ninguém trocou os pneus slicks para pneus de chuva e 15 minutos depois, mudaram a corrida para 10 voltas ou 18 minutos. Apagadas as luzes vermelhas, os dois primeiros proporcionaram um acidente bizarro, com um dos carros montado na asa traseira do outro. Os dois saíram da pista e o safety car foi imediatamente acionado. Com isso e o que fez, ganhando uma posição, e os abandonos antes da interrupção das bandeiras amarelas, Roberto Faria foi para a P6. Na corrida 2, Roberto Faria foi combativo, ganhou posições e terminou em 6°, depois de largar em 9°. O safety car saiu na abertura da volta 4 e Roberto Faria atacou forte na relargada para tentar tomar a P5, mas Connor resistiu bem. A corrida provavelmente terminaria por tempo. Completada a primeira volta sem confusão, o brasileiro continuava no ataque e tinha uma boa vantagem para o 7° colocado. Na volta seguinte, após um erro, quase perdeu a posição, mas se defendeu bem de Lebbon e nas bias voltas finais, o brasileiro segurou um pelotão de 5 carros para garantir a P6. Cinco horas depois, já na parte da tarde, os pilotos voltaram para pista e encararam a terceira corrida da rodada de abertura do campeonato, que teve o grid com a inversão dos 8 primeiros da primeira corrida, Roberto Faria, pelo mal resultado do sábado, estava largando apenas na 16ª posição e teria que fazer uma grande corrida de recuperação em 20 minutos (ou 12 voltas). Apagadas as luzes vermelhas, tivemos logo após a primeira curva, com a ida de Sebastian Alvarez indo para a brita, a entrada do safety car. Roberto faria tentou avançar por fora, mas foi bloqueado e só conseguiu ganhar uma posição, indo pra 15°. O resgate levou 2 voltas para ser concluído e com a retomada da corrida, Roberto Faria ganhou uma posição, subindo para 14°. A terceira corrida teve muitos acidentes e Roberto Faria não teve tempo para ir além do 12° lugar. Antes de completarem a volta a batida entre Reema Juffali e Alex Fores, com os dois indo para a brita trouxe de volta o safety car. Melhor para o Brasileiro, que subiu para a P12. Fores foi quem bateu em Roberto Faria e o tirou da corrida 1. Desta vês, a vítima foi Juffali. Desta vez foram 3 voltas até voltarmos a ter bandeira verde e, na relargada, Roberto Faria errou o bote e quase perdeu a P12. Os pilotos decidiram focar na corrida e não na brita, antes que acabasse tudo por tempo, como realmente aconteceu, mas que eles tivessem algumas voltas de corrida real. Roberto faria vinha na briga pela P9, com 5 carros na disputa. A corrida acabou completando as 12 voltas no limite de tempo. Roberto Faria não conseguiu avançar mais e teve que se contentar com a P12 na corrida 3. No campeonato, o brasileiro somou... E assim concluímos assim mais um desafio, acompanhando duas categorias, com os brasileiros buscando uma oportunidade de crescer no automobilismo internacional em dois continentes e vamos continuar tentando manter o compromisso da coluna semanal. Um abraço a todos, Genilson Santos Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid. |