Alô galera que lê os Nobres do Grid... Salve Jorge! Nesse final de semana tivemos novamente a combinação de corridas nos Estados unidos, com uma categoria, e na Europa, uma boa combinação, sem conflito de horários e boas transmissões pela TV e pelo youtube. Nos Estados Unidos, Gabriel Fonseca foi para o Wisconsin, para mais uma rodada tripla da FIA Fórmula 4 Américas, buscando voltar a marcar pontos como nas etapas anteriores. Na Europa a atividade ficou concentrada no icônico circuito de Silverstone, palco da abertura do mundial de Fórmula 1 e onde tivemos quatro corridas, com a rodada tripla da FIA Fórmula 2, com a participação de Felipe Drugovich e Guilherme Samaia e a terceira etapa da W Series, com a catarinense Bruna Tomaselli. Vou continuar tentando ser objetivo e evitar um textão (pedido da editora). Vamos às corridas! FIA F4 Américas A rodada tripla no traçado de Brainerd, no Wisconsin, com seus 2,5 milhas (praticamente 4 km) era um novo desafio para Gabriel Fonseca em mais uma rodada tripla da categoria primeiro degrau rumo à Fórmula 1 nas Américas. Depois de um bom 8° tempo no primeiro treino livre, a 16ª posição no segundo treino foi o suficiente para criar uma preocupação para o brasileiro, que viu um colega de equipe ser o primeiro. No treino classificatório, Gabriel Fonseca melhorou em relação geral ao grid, mas certamente não ficou satisfeito com a 12ª posição que conquistou, apesar de ser o segundo mais rápido entre os 6 pilotos da equipe. Isso o obrigaria a fazer uma corrida de recuperação na tarde do sábado, que teria duas corridas separadas por menos de duas horas. Na primeira corrida, após as luzes vermelhas serem apagadas, vimos Gabriel Fonseca fazer uma grande corrida desde a largada, onde já saiu ganhando posições. E ao longo das 16 voltas da corrida, o brasileiro teve uma grande atuação, superando seis adversários nas seis primeiras voltas e segurou o ritmo contra adversidades para receber a bandeira quadriculada numa convincente 6ª colocação. Pouco menos de duas horas após o final da primeira corrida os pilotos da categoria estavam de volta à pista para disputar a segunda das três corridas da rodada tripla programada. Gabriel Fonseca estava novamente largando na 12ª posição e confiante em poder repetir a performance da primeira corrida. Após a largada, o brasileiro conseguiu ir bem, brigando por posições e tentando entrar novamente na zona de pontos, mas faltando 3 voltas para o final, Gabriel Fonseca foi forçado para fora da pista e com isso teve que a abandonar a prova. Na tarde do domingo os pilotos voltaram para a pista a fim de completar a programação de três corridas para o final de semana. Gabriel Fonseca estava largando na 9ª posição e confiante em poder deixar para trás o que aconteceu na segunda corrida do sábado e sem ter um grande prejuízo na formação do grid. Apesar da confiança e todo o esforço do nosso representante na categoria, depois de apagadas as luzes vermelhas, as coisas não correram como desejava Gabriel Fonseca, que após uma entrada do safety car, na relargada, em disputa pelo 9° lugar com o pelotão do 9° ao 11°, para evitar uma colisão Gabriel teve que fazer um correção de trajetória e foi superado por vários carros, cruzando a linha de chegada em 18°. Com os pontos da P6 na primeira corrida no sábado, o nosso piloto tem 23 pontos e ocupa a 13ª colocação no campeonato, que terá sua próxima etapa na Virginia. W Series O circo da categoria feminina seguiu para a Inglaterra para o histórico e icônico circuito de Silverstone onde as pilotos enfrentaram as velozes curvas e a grande força G a que serão submetidas. No treino livre de 30 minutos Bruna Tomaselli, correndo pela primeira vez em Silverstone, conseguiu o 12° tempo, ficando a 1,3s de Alice Powell. Na parte da tarde as pilotos voltaram pra pista, encarando os 30 minutos de treinos classificatórios. As equipes realmente “copiaram a receita” da F3 e F2, dividindo o treino em “duas saídas para voltas rápidas”, mas a nossa representante mostrou alguma dificuldade – natural – para se adaptar ao longo traçado inglês e ficou apenas com o 15° tempo. Na tarde do sábado, com sol e tempo seco, as pilotos voltaram à pista para a disputa com 30 minutos +1 volta de prova e o Brasil largando na 15ª posição e confiante em fazer uma boa corrida. Apagadas as luzes vermelhas, Bruna Tomaselli largou bem e ganhou duas posições logo nas primeiras curvas, completando a primeira volta na P13. Os carros da W Series não tem asa móvel e as ultrapassagens tem que ser “no braço”. Bruna Tomaselli acompanhava de perto a Vicky Piria, piloto à sua frente e conseguiu abrir uma distância segura para Marta Garcia, e depois algumas voltas perdendo tempo para a italiana, a disputa pela P9 agrupou o pelotão e entrou na briga pelos pontos. A Miki Hoyama parou carro numa das áreas de escape e forçou a entrada do safety car e isso agrupou todo o pelotão faltando ainda 10 minutos de corrida. O carro de segurança deixou a pista em pouco tempo e faltando 7 minutos para o tempo de prova tivemos bandeira verde, não houve mudanças de posição, mas ao final da volta vimos Bruna Tomaselli sob forte pressão de Marta Garcia e sem conseguir acompanhar Vicky Piria. Belém Garcia rodou e abandonou na penúltima volta e, com isso a brasileira subiu para a P11, posição na qual recebeu a quadriculada. Alice Powell retomou a ponta do campeonato (54 pontos) e Bruna Tomaselli agora é a 9ª, com os mesmos 10 pontos que marcou na Áustria. A próxima etapa será em Hungaroring, junto com a com a FIA Fórmula 3, na programação da Fórmula 1. FIA Fórmula 2 Tendo como palco o icônico Silverstone e suas curvas extremamente velozes, Guilherme Samaia e Felipe Drugovich tinham pela frente uma rodada tripla numa pista rápida e complicada, com altas velocidades e curvas desafiadoras. No treino livre pela manhã, as coisas não foram nada bem para nossos representantes. Felipe Drugovich pareceu não se acertar com o carro e ficou apenas com o 16° tempo e a Charouz como um todo não foi bem, com Guilherme Samaia ficando na P20. Na parte da tarde os pilotos voltaram à pista para 30 minutos de tempo classificatório. Diferente do que aconteceu no treino Livre, Felipe Drugovich começou bem o treino, andando entre os primeiro e, por algum tempo até conseguiu manter a pole provisória. Guilherme Samaia também teve uma performance melhor do que no treino livre e depois da “primeira sessão de tentativas, antes de retornarem para os boxes, Felipe Drugovich era o 3° e Guilherme Samaia o 17°. Depois dos ajustes e conversas com os engenheiros os pilotos voltaram para a pista faltando 12 minutos para o final do treino. Guilherme Samaia caiu para 19°, mas nas primeiras tentativas, de uma forma geral, os tempos estavam mais altos do que na primeira metade do treino. Felipe Drugovich estava com o 6° tempo quando Schwartzman errou, rodou e ficou em posição perigosa, chamando uma bandeira vermelha faltando 2m16s e os comissários decidiram por não reiniciar o treino, justamente quando Felipe Drugovich vinha baixando o tempo de suas parciais. Guilherme Samaia terminou com a P20, lembrando que este grid é para a corrida do domingo e é o grid invertido dos 10 primeiros para a corrida 1. Um belo dia de sol recebeu os pilotos da Fórmula 2 para a primeira das três corridas do final de semana. Felipe Drugovich, com o grid invertido, largava na 5ª posição enquanto Guilherme Samaia saía da P20 para as 21 voltas programadas. A colocação nesta prova definem um grid invertido dos 10 primeiros para a corrida 2, disputada na parte da tarde. Apagadas as luzes vermelhas, Felipe Drugovich largou bem, mantendo a P5 e atacando os carros da frente nas primeiras curvas, pressionando Roy Nissany e o israelense errou, tocou o carro da frente e passou reto na seqüência de curvas. Com isso Drugovich foi para 4°. Zhou rodou sozinho e ficou atravessado na pista o que levou o safety car pra pista. Guilherme Samaia fez uma largada sem complicações e estava na 19ª posição. A corrida foi retomada na volta 4 e Felipe Drugovich largou muito bem, e segurou a P4. Antes de completarem uma volta, Alessio Deledda se tocou com outro carro e ficou atravessado na pista, chamando o safety car de volta à pista. A corrida foi retomada na volta na volta 7 e novamente Drugovich largou bem e foi pra cima de Lundgaard, mas era também atacado por Pourchaire. Com as confusões, Guilherme Samaia subiu para a P15 e na volta 9 superou Viscaal, indo para 14°. Felipe Drugovich não conseguia atacar Lundgaard, estando a mais de 1s e sem poder abrir asa. Pourchaire vinha a menos de 1s, mas não conseguia atacar o brasileiro. Na volta 12 ele tinha 2s de desvantagem. Guilherme Samaia vinha bem até que rodou e foi parar em uma caixa de brita e com isso o safety car voltou pra pista na volta 13, agrupando o pelotão. Alguns pilotos foram a box e trocaram pneus para tentar ter algumas vantagens e quando tivemos a volta da bandeira verde na volta 15, os pilotos teriam 6 voltas para definirem suas vidas. Felipe Drugovich largou bem mais uma vez e manteve sua posição, mas não conseguiu atacar Lundgaard. Piastri atacava Pourchaire que com isso não atacava o brasileiro, novamente sem conseguir seguir o ritmo dos 3 primeiros, liderando um pelotão com Pourchaire e Piastri até receber a quadriculada na P4. Pouco depois da corrida da W Series os pilotos da FIA Fórmula 2 voltaram para a segunda corrida curta da programação e Felipe Drugovich largando na 7ª posição e Guilherme Samaia na 18ª. Apagadas as luzes vermelhas, Felipe Drugovich largou bem e chegou a ganhar uma posição, mas foi superado por Juri Vips antes do fechamento da primeira volta, voltando à P7, onde os pilotos “foram recebidos” pelo safety car devido a um acidente no fundo do pelotão nas primeiras curvas entre Boschung e Deledda. A bandeira verde veio na 5ª volta e Felipe Drugovich conseguiu manter a sua posição. Guilherme Samaia, que havia mantido a 18ª posição na largada, avançou duas posições, subindo para a P16. A ação não durou muito, com o toque entre Daruvala e Viscaal, o safety car voltou para a pista. Guilherme Samaia herdaria mais duas posições, mas foi para os boxes e colocou pneus mais novos pra tentar ter uma melhor performance após a relargada, voltando na P17. A bandeira verde só voltou na volta 11 e novamente Felipe Drugovich conseguiu manter sua posição. Guilherme Samaia não conseguiu, na primeira volta de bandeira verde, avançar na classificação. Nas voltas finais Felipe Drugovich aproveitou uma escapada de pista de Jury Vips e foi pra cima do estoniano para tentar a P6, mas não conseguiu supera-lo. Guilherme Samaia terminou em 18°. Na manhã do domingo os pilotos voltaram à pista para a disputa da corrida longa, com a parada de box obrigatória para troca de pneus, em algum momento das 29 voltas programadas. Felipe Drugovich, largando em 6° e Guilherme Samaia em 20°, teriam que contar, provavelmente, com estratégias diferentes. Apagadas as luzes vermelhas, Felipe Drugovich conseguiu subir para a P5, mesmo muito atacado por Robert Shwartzman, que conseguiu superar o brasileiro na antiga reta dos boxes, jogando Drugovich para 6°. Guilherme Samaia fez uma largada segura e na primeira volta conseguiu subir para 18° e, ao contrário do que aconteceu nas corridas do sábado, todos passaram bem pelas duas primeiras voltas. Enquanto os 4 primeiros fugiam na frente, Shwartzman liderava o segundo pelotão com Drugovich, Lundgaard e Pourchaire, tendo que se preocupar com os carros da Art Grand Prix. Na abertura da volta 7, Ticktum e Shwartzman foram para os pits e colocaram pneus duros. Com isso Felipe Drugovich subiu para a P4, assim como outros pilotos do pelotão abaixo da 10ª colocação. Com isso, Guilherme Samaia subiu para P12. Os pilotos da frente foram tentar o “undercut” e para sorte de Felipe Drugovich, seu perseguidor direto, Lundgaard, teve problemas na parada e perdeu muito tempo de parada. Os carros foram parando e Felipe Drugovich parou na volta 10, junto com Pourchaire, mas ele teve problemas com a pistola da roda dianteira direita. Felizmente sem perda imediata de posição, com ele voltando P13. Samaia parou uma volta antes e caiu para 21°. Na metade da prova, seis pilotos ainda não haviam parado e entre os que tinham parado, Felipe Drugovich era o 12°, pouco mais de 2s atrás de Shwartzman, mas com pouco mais de 3s de vantagem para Pourchaire, enquanto Guilherme Samaia tinha subido para 19° e Felipe Drugovich vinha tirando a diferença para Shwartzman volta a volta, enquanto Guilherme Samaia caia para 20°. Faltando 10 voltas para o final. Felipe Drugovich estava a menos de 1s de Robert Shwartzman e o russo estava a mais de 5s do potencial 4° colocado, Verschoor. Tirar a diferença foi relativamente rápido. Complicado é ficar em posição de atacar em Silvrestone. O problema estava sendo a aproximação de Pourchaire, que já estava a menos de 2s do brasileiro. Guilherme Samaia recuperava a P19. Faltando 5 voltas, Shwartzman segurava o pelotão com Drugovich, Pourchaire e Vips. Apenas Matteo Nannini não havia parado e Felipe Drugovich era o 7° enquanto Guilherme Samaia voltava a ser o 20° Naninni parou a volta 25 e com isso Drugovich voltou para a P6 enquanto Vips passava Pourchaire e vinha buscar o brasileiro. Na penúltima volta Piastri e Verschoor excederam os limites de pista na disputa pela P3. Felipe Drugovich tentou um ataque final sobre Shwartzman na última volta, mas cruzou a linha de chegada em 6°. Guilherme Samaia foi o 20°. Os pilotos e equipes saem de de Silverstone com Oscar Piastri liderando o campeonato (108 pontos) e Felipe Drugovich pontuando nas 3 corrida do final de semana, subindo para 7° no campeonato com 59 pontos. Guilherme Samaia ainda não pontuou. A próxima rodada tripla será em Monza, apenas em setembro. E assim concluímos assim mais um desafio, acompanhando duas categorias, com os brasileiros buscando uma oportunidade de crescer no automobilismo internacional em dois continentes e vamos continuar tentando manter o compromisso da coluna semanal. Um abraço a todos, Genilson Santos Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid. |