Alô galera que lê os Nobres do Grid... Salve Jorge! Nesse final de semana não tivemos corridas envolvendo os pilotos brasileiros, aspirantes ao topo da carreira nas categorias mais importantes do automobilismo mundial. Nesta semana que passou tivemos três dias de testes da FIA Fórmula 3 no autódromo Ricardo Tormo, em Valência, na Espanha. Um circuito extremamente técnico e que tanto permite aos pilotos descobrirem todos os recursos técnicos que os carros da categoria oferecem com serve para as equipes avaliarem a capacidade técnica dos pilotos em seus carros e o potencial para conseguirem se estabelecer na categoria que teve em 2021 um grid com 30 carros e muito equilíbrio nas disputas. Em cada um dos dias, pilotos se revezaram na pista pela manhã e pela tarde, onde começamos a ver algumas mudanças nas composições das equipes e algumas caras novas, a maioria vindas da Fórmula Regional Europeia, mas também de outras categorias, como foi o caso do brasileiro Roberto Faria, que fez algumas corridas com destaque na GB3, a Fórmula 3 inglesa. Roberto Faria foi um dos pilotos que treinaram na Jenzen Motorsport, equipe que somou apenas 29 pontos no campeonato recém encerrado, 15 com Calan Williams e 14 com Johnathan Hoggard. Filip Ugran não pontuou. Destes, apenas Ugran esteve na pista com o brasileiro no primeiro dia. O outro foi o também novato Nazin Azman, da Malásia, que disputou a Eurofórmula em 2021 e a GB3 em 2020, com 2 vitórias. Na sessão de treino realizada pela manhã, Roberto Faria ficou a 1s256 do melhor tempo, feito por Jack Doohan. Já na sessão realizada à tarde a diferença para o melhor tempo do dia, estabelecido pelo mesmo Doohan, caiu para 993 milésimos. Mas o melhor foi a evolução em relação a Filip Ugran, reduzida de 880 milésimos pela manhã para 24 no treino da tarde em comparação com um piloto que fez toda a temporada recém encerrada. Este foi o único dia de pista para Roberto Faria, que nos dois dias seguintes viu os carros da equipe serem utilizados também por Enzo Trulli (filho do ex-F1 Jarno Trulli), William Alatalo e Ido Cohen. Quem esteve na pista pelos três dias foi Caio Collet, que continua na MP Motorsport, sem a “sombra” do seu rival desde a Fórmula Renault, o francês Victor Martins, que também esteve presente nos testes, mas pela equipe ART. No lugar dele, juntou-se ao brasileiro e ao holandês Timjen Van Der Helm, o argentino Franco Colapinto, que destacou-se na Fórmula Regional Europeia este ano. Caio Collet andou sempre entre os mais rápidos, ficando entre os 5 primeiros em três das seis sessões de treinos, ficando sempre entre os 10 primeiros, mostrando que o nosso representante pode continuar sendo um dos mais rápidos na categoria para a temporada de 2021. No combinado das seis sessões, ele registrou o terceiro melhor tempo (1min21s392), atrás apenas do suíço Gregoire Saucy, da ART Grand Prix, que virou em 1min21s300 na manhã da quarta-feira, e o norte-americano Jak Crawford, da Prema, que fez o tempo de 1min21s368 numa das sessões de terça-feira. Enquanto isso, nos Estados Unidos, Francisco ‘Kiko’ Porto continuou seu trabalho com a equipe DEForce Racing, pela qual sagrou-se campeão da USF2000, no novo desafio para a temporada de 2021, no campeonato da PRO2000, passo seguinte do processo Road To Indy, que tem sempre o objetivo de levar seus pilotos até a categoria máxima de monopostos nos Estados Unidos. O brasileiro não precisou de muito tempo para se sentir à vontade no carro da Indy Pro 2000. Kiko Porto foi um dos destaques dos testes coletivos da categoria (ao lado da Indy Lights e da USF2000) no misto do Indianapolis Motor Speedway, com o Tatuus IP17 da equipe. Na última sessão, o brasileiro registrou sua melhor marca do fim de semana: 1min30s9188, sendo o terceiro mais rápido. Só consegui fechar a coluna agora, tarde da noite de domingo porque precisava espera a confirmação de nosso furo de reportabem: nosso super kartista será confirmado nesta segunda-feira como piloto da academia da Ferrari! Depois de passar por várias etapas ao longo dos últimos meses, extrapolando talento e evidentemente nosso piloto não podia contar apenas com seu enorme talento: a ação da Telmex foi fundamental para que o brasileiro entrasse para o processo como representante da América Latina. Tendo a chance, foi só mostrar a enorme capacidade que ele tem. Além de ter feito o processo na Academia da Ferrari, que é associada da equipe Prema nas categorias de base até a Fórmula 2, Rafael Câmara testou em carros de outras equipes e em todas elas, impressionou os chefes de equipe que não acreditavam que ele jamais havia andado em monopostos, apenas em karts. Temos grandes motivos para comemorar, mas é preciso ve aonde vão colocar o nosso piloto: se na Prema ou em uma outra equipe, com menos recursos técnicos e financeiros. Não podemos esquecer que, sem um grande suporte financeiro, Enzo Fittipaldi e Gianluca Petecof foram desligados do programa da Ferrari por falta de combusível financeiro. Rafael Câmara ainda fará outros testes antes do início da temporada e a equipe onde ele correrá ainda não está definida. E assim concluímos assim mais um desafio, acompanhando as categorias de base, com os brasileiros buscando uma oportunidade de crescer no automobilismo internacional em dois continentes e vamos continuar tentando manter o compromisso da coluna semanal. Um abraço a todos, Genilson Santos Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid. |