Olá pessoal que acompanha o site dos Nobres do Grid, Já tem um tempo que está o maior “disse-me´disse” sobre carros elétricos como sendo os carros do futuro, que o futuro já chegou, que o mundo já está pensando adiante e que a indústria automobilística dos Estados Unidos tá comendo poeira em relação ao que está sendo feito na Europa e na Ásia. E a Ford fez presença na CES de 2022. Não é bem assim, não. Primeiro que assim como carros com motor a combustão interna precisa de posto para abastecer, carro movido à energia elétrica (baterias recarregáveis, no caso) precisam de locais para carregamento e hoje, mesmo nos países mais adiantados no seguimento de carros elétricos, não se vê postos de abastecimento em cada esquina como se vê para carros com motores de combustão interna. Não basta criar o carro, tem que dar a ele e a seu proprietário os meios para que este carro possa ser plenamente usado. A Ford vem difundindo em várias partes do mundo sua tecnologia de veículos na área da eletrificação. Inicialmente oferecendo modelos totalmente elétricos, híbridos e híbridos plug-in. Com o objetivo de mostrar as diferenças dessas propostas de veículos, a empresa preparou um guia com informações sobre a autonomia e sistema de recarga da bateria e as vantagens e condições de uso que cada versão oferece. A empresa norte americana anunciou em 2013 um investimento de US$ 4,5 bilhões para o lançamento de 13 novos veículos elétricos até 2020. O primeiro da lista, com lançamento marcado para o mesmo ano nos Estados Unidos e na Europa, foi o Focus Electric. O maior atrativo do modelo era um sistema de recarga ultrarrápido em 480 V, corrente contínua, que repõe 80% da energia da bateria em apenas 30 minutos, com uma autonomia estimada de 160 km. Porém, para recarregar o carro em 30 minutos é necessário o conector de carregamento rápido. Na tomada convencional, o tempo de recarga é de até cinco horas. Aquela geração do Focus vinha equipado com um motor elétrico de 145 cv e possuia autonomia de 225 km com a bateria totalmente carregada. Algo bom para 2013, mas totalmente insuficiente e nada competitivo para os dias de hoje. No Brasil a transformação da linha de motores de combustão interna foi representada pelo Fusion Hybrid, que foi o carro híbrido mais vendido e líder nacional do ranking de eficiência energética do Inmetro. Na cidade de São Paulo, ele contava também com o incentivo do desconto no IPVA e isenção do rodízio municipal válido para veículos híbridos e elétricos. O híbrido, como o Ford Fusion Hybrid, é um veículo que combina um motor a gasolina e um motor elétrico alimentado a bateria. Ao rodar, o carro muda automaticamente entre os dois, para oferecer a melhor eficiência e desempenho. Mas o mercado queria – e quer – mais. Foi trabalhando na necessidade de se carregar mais rápido as baterias dos carros e tentar poder fazer desta operação algo fácil de ser feito “em qualquer lugar” que surgiu o sistema “Plug-in” Já um híbrido plug-in, como o Ford C-Max Energy, é um veículo similar ao híbrido, mas com a opção de ser recarregado na tomada. Em baixa velocidade, ambos podem rodar no modo elétrico, significando menos paradas no posto de combustível. Um carro totalmente elétrico, como o Ford Focus Electric, é alimentado exclusivamente por uma bateria recarregável. Ou seja, não precisa de uma gota de gasolina e produz zero emissões de CO2. A Ford programou para os os anos seguintes outros lançamentos, incluindo um utilitário esportivo com autonomia estimada de pelo menos 480 quilômetros, dentro deste cronograma até 2020. Outros modelos são a nova van Transit Custom plug-in híbrida, com previsão de produção comercial em 2019, testada atualmente em um projeto em Londres, e uma versão do Mustang que já é comercializada desde 2020. O segundo Focus Electric chegou ao mercado nos Estados Unidos em 2016, contando com motor elétrico de 145 cv e bateria de 33,5 quilowatts – capacidade quase 50% maior que a do seu antecessor. Tanto a bateria quanto o motor possuem resfriamento e aquecimento líquidos, que aumentam a eficiência energética e prolongam o ciclo de vida da bateria. O carro que está sendo lançado em 2022 pode ser considerado revolucionário em relação ao modelo de seis anos atrás. O modelo sai de fábrica com sistema de conectividade SYNC 3, com comandos de voz para áudio, navegação e smartphones, compatível com os sistemas Apple CarPlay e Android Auto. Ele permite ainda a conexão com relógios inteligentes para verificar o estado da bateria, localizar, travar e destravar o carro remotamente através do aplicativo MyFord Mobile. Nos últimos dias, a montadora anunciou que o sistema SYNC 3 tem a capacidade de conexão à internet para os passageiros dos automóveis. A Ford vem lançando com sucesso seus carros elétricos e uma boa mostra disso foi o Crossover Mustang, carro 100% elétrico apresentado inicialmente no CES, maior feira de tecnologias do mundo, que acontece todos os anos em Las Vegas, nos Estados Unidos. E que entrou em venda em 2020, com um sistema plug-in e – o mais importante – uma autonomia de 230 a 300 milhas, dependendo da bateria do modelo escolhido. Esta foi a resposta imediata da tradicional montadora de Detroit, para concorrer diretamente com o Model X, primeiro utilitário 100% elétrico do mundo, lançado em 2015 pela Tesla. Com autonomias concorrentes, o fator financeiro vai acabar sendo o ponto que pode fazer a diferença no mercado, algo que também é uma corrida entre as montadoras para fazer os carros elétricos terem preços competitivos com os carros movidos por motores de combustão interna. Na visão de Raj Nair, Diretor de Tecnologia da Ford, obter volumes de elétricos onde todos nós gostaríamos, temos que nos certificar de que fazemos metas de preços acessíveis ou de outra forma eles vão ficar como um item de nicho ou de puro luxo e esse não é o caminho natural da fabricante que criou a linha de montagem e popularizou o automóvel nos Estados Unidos. A Ford já chegou a informar que um SUV de grande porte elétrico, com uma grande autonomia com menos 320 milhas é um objetivo que está sendo perseguido, bem como uma opção de um dos ‘trucks’ mais queridos do mercado norte americano: o Ford 150! Esse passo largo vem para até ao final de 2023, sendo que dois deles serão SUVs semelhantes ao Ford Edge e ao Lincoln Nautilus. Conhecidos pelos codinomes CDX746 e CDX747. Os dois novos modelos serão construídos na fábrica de Flat Rock da empresa e devem chegar ao mercado em 2023. A montadora tem como meta uma produção anual de 65 mil unidades. Mas para isso é preciso ampliar a autonomia das baterias e a montadora acredita já possuir um caminho tecnológico que levará seus carros a uma faixa superior à dos concorrentes para ser totalmente competitiva. Mais informações devem ser reveladas ao longo dos próximos meses e é bom lembrar que foi a Ford quem revolucionou a produção de veículos com a criação da linha de produção. Portanto, não são concorrentes a serem subestimados. Muito axé pra todo mundo, Maria da Graça |