E aê Galera... agora é comigo! Nada como um dia após o outro pra gente ver coisas que não deveriam ser exceções, mas sim regras. Que não deveriam ser notícias, mas sim fato corriqueiro. Do que eu estou falando? De gente correndo atrás pra corrigir a bobagem (o advérbio não era bem esse...) e recuperar sua imagem perante a sociedade onde transita. Como já comentei aqui nessa coluna algumas semanas atrás, a temporada 2022 da mais importante categoria do nosso automobilismo, a Turismo Nacional, vai começar no próximo fim de semana, entre sábado e domingo (30 de abril e 1º de maio), no Autódromo Zilmar Beux, em Cascavel, no Oeste do Paraná, o mesmo autódromo onde foi realizada a primeira corrida da categoria, em 2017. Normalmente o acesso às arquibancadas nessas categorias mais populares, como os campeonatos regionais é livre, gratuito, mas a VICAR não faz nada de graça, nem solidariedade! A entrada do público será feita com a doação de 1 kg de alimento não perecível para cada dia de evento (1 kg para sábado e outro para domingo), que serão revertidas a um programa social, PROPOVAR (Programa do Voluntariado Paranaense) de Cascavel, instituição que, segundo informação do release, alimenta mais de 450 pessoas carentes diariamente. Um ato muito nobre. Espero que esta “nobreza” levem a Stock Car e a Copa Truck de volta em até este autódromo em 2023 e nos anos seguintes. Um dos mais tradicionais do país e em uma cidade que tem uma verdadeira cultura de velocidade, bem diferente – por exemplo – do gourmet Velocittà. Por falar no autódromo mais chique e estiloso do país, foi lá que aconteceu a segunda rodada do campeonato mais endinheirado do país, o Foie Gras sobre rodas, a Porsche Carrera Cup (que tem cada vez mais nomes, mas eu não vou fazer publicidade de graça e também não preciso da grana), com os verdadeiros carros de corrida das categorias de turismo do Brasil, que sempre faço questão de prestigiar pelas boas corridas e pela narração do meu camarada, o Sinestro, melhor narrador de automobilismo do país e que teve o Goleiro de Pebolim nos comentários, poupando a todos nos da imagem e som do Prosdócimo. A primeira corrida foi a do pessoal mais habilitado, no caso, a Carrera, com os Porsche 992 e onde a brincadeira é sempre mais séria e onde está acontecendo um confronto de pilotos mais rodados e uma molecada que tem dado preferência a correr numa categoria competitiva, com carros de corrida de verdade e a um custo bem mais baixo. O desafio extra foi a retirada do sistema ABS – equipamento de série dos modelos alemães – mas que dava uma nivelada nos pilotos. No braço fica mais difícil. Depois da volta de apresentação, o Gomalina, diretor de prova da categoria liberou a largada em movimento. Os dois ocupantes da primeira fila, Werner Neugebauer e Christian Hahn, frearam muito além do que deviam e quem vinha na fila de trás, Miguel Paludo e Enzo Elias agradeceram, Com Elias tomando a ponta seguido de Paludo. Marçal Muller também aproveitou e passou os dois tomando a P3. Neugebauer e Hahn fechavam o Top 5 e na segunda volta Hahn tomou a P4. Num circuito sem reta, ultrapassagens são mais difíceis e sem o ABS a gente precisou ver gente atravessando carro pra ganhar posição na parte sinuosa (quase a totalidade) da pista. Os 5 primeiros deixaram o restante do pelotão pra trás, mas a briga mais dura era pela P3, onde – aparentemente – Marçal Muller era o mais lento. Não deu para Marçal Muller e Christian Hahn tomou a P3. Problema para Neugebauer que ficou lento com 10 minutos de corrida e teve que ir para os boxes. A briga de 5 virou de 4, mas Christian Hahn veio babando pra cima de Muguel Paludo enquanto Enzo Elias abria vantagem. Pedro Aguiar, outro dos “moleques da Porsche”, também passou Marçal Muller e tomou a P4. Christian Hahn chegou, mas Miguel Paludo tinha o pára-choque largo e segurou a P2. Na abertura da Última volta, Sylvio de Barros rodou, pateu no muro dos boxes e ficou atravessado na grama praticamente na linha de chegada. O Gomalina segurou a situação com uma bandeira amarela local e a corrida terminou sem Safety Car. Na GT3, a pole position tinha uma colheitadeira de soja, com Raijan Mascarello e ao seu lado o veterano bom de roda, Cristian Mohr. Quando o Gomalina autorizou a largada, o pessoal da primeira fila quase foi surpreendido por Daniel correia que veio de trás e contornou por fora a curva 1... mas a colheitadeira é larga e Mascarello segurou a ponta. Correia ficou na P2 e Mohr na P3. Só que a liderança não durou uma volta. Daniel Correa tomou a ponta na entrada do saca-rolha e foi seguido por Cristian Mohr, jogando Mascarello pra P3. A briga ficou boa pela P2, com Marcelo Tomasoni chegando no pelotão da frente enquanto Daniel Correa. Correa e Mohr se enrolaram e Mascarello agradeceu. Tomou a ponta e abriu vantagem. Marcelo Tomasoni foi na carona e assumiu a P2, mas não tinha ritmo pra seguir o líder, que foi abrindo. O carro de Correa passou a perder rendimento enquanto Mohr recuperou o ritmo e passou a atacar Tomasoni. Mascarello agradecia a briga e abria volta a volta. Ayman Darwich veio escalando o pelotão, mas uma briga boa entre Ricardo Fontanari, Ayman Darwich e Daniel Correa, que recuperou rendimento. As três primeiras posições não mudaram e Raijan Mascarello venceu com sobras, com Marcelo Tomasoni na P2 e Cristian Mohr na P3. Corridaça de Urubatan Jr. largou em último e chegou em 7°. No domingo, depois da F1, tivemos as corridas de encerramento da rodada. Pelo sorteio (treco estranho, mas é assim, 7 carros tiveram inversão no grid e Renan Pizii era o pole, com Alceu Feldmann fechando a primeira fila. Na largada, Alceu Feldmann fez valer sua experiência e, por fora, tomou a ponta. Marçal Muller aproveitou a brecha e veio junto pra ser o 2°. Enzo Elias fez uma grande largada e era o P4, seguido por Christian Hahn. Werner Neugebauer vinha voando e em uma volta e meia saiu de 23° pra 10°. Renan Pizii ia segurando um pelotão de outros quatro pilotos, mas ainda assim, nem Alceu Feldmann nem Marçal Muller conseguiam fugir muito. Muller errou na curva da paciência e Pizii foi para o ataque, trazendo o pelotão inteiro, até o 6° colocado. Logo Marçal Muller se recuperou e deixou Pizii numa saia justa. Todos que estavam atrás vieram pra cima. Enzo Elias errou o bote e Christian Hahn se aproveitou e tomou a P4. Estranho foi ver Miguel Paludo errar e rodar no começo da reta dos boxes. Ele caiu para P17. Inspirado, Christian Hahn, na volta seguinte, fez o que Enzo Elias gastou 15 minutos tentando sem conseguir e passou Renan Pizii pra tomar a P3. Werner Neugebauer, que vinha alcançando essa briga, tinha tomado a P5 de Enzo Elias, mas rodou duas curvas depois e caiu pra 10°. Na volta seguinte, Renan Pizii errou e perdeu a posição para Enzo Elias, que agradeceu pela P4. Alceu Feldmann seguia tranquilo na liderança. Marçal Muller vinha tranquilo em 2° com Christian Hahn na P3. Assim eles terminaram a corrida... na pista! Depis da corrida, eles, sempre eles, os “comissacos”, puniram Christian Hahn com 5s e Elias, que terminou na P4, trocou de posição com ele. Logo em seguida veio a corrida da Challenge e, com a inversão de 7 carros, Urubatan Jr. largava na pole, com Ricardo Fontanari fechando a primeira fila. O Gomalina liberou as feras e Urubatan Jr. fez tudo certinho pra contornar a curva 1 na liderança, seguido de Ricardo Fontanari. A colheitadeira de Sapezal veio ceifando tudo e Raijan Mascarello veio de 7° pra 3°. Teve gente na grama no meio do pelotão, mas os pilotos acabaram voltando pra pista. Ayman Darwich tomou a P3 de Mascarello antes do saca-rolha. Marcio Mauro tentou uma manobra pra cima dos dois, mas um toque numa zebra alta tirou-o da pista e ele foi direto para o guard rail. Ele que passou direto na largada no sábado e abandonou precocemente no domingo, devia trocar o patrocinador... seu carro tinha escrito, enorme, a palavra “EQUIVOCO”. Assim complica. Voltando pra corrida, Urubatan Jr. sumiu na frente e deixou a encrenca lá pra P2, onde Fontanari tinha que segurar Darwich e Mascarello. Logo tinha um pelotão de 5 carros atrás do P2. Na briga do pelotão atrás de Fotanari, Cristian Mohr tomou um toque e rodou no saca-rolha, ficando atravessado na pista. Incrivelmente, ninguém bateu nele. Ayman Darwich passou Fontanari e deicou a encrenca com Mascarello e Marcelo Tomasoni. Algumas batidas e o acúmulo de detritos na pista fez o Gomalina botar pra fora o Safety Car e agrupar o pelotão enquanto davam um trato na pista. Três minutinhos e bandeira verde! Na relargada, Ricardo Fontanari recuperou a P2 de Ayman Darwich. Na entrada do saca-rolha, Marcelo Tomasoni passou a colheitadeira de Sapezal e tomou a P4. Urubatan Jr, sobrando, foi abrindo novamente enquanto Fontanari segurava a fila com 7 carros. Cristian Mohr rodou e bateu na barreira de pneus na curva 1 e o Safety Car voltou pra pista. Faltando 5 minutos para o fim do tempo de prova. Urubaten Jr. ignorou o pelotão na relargada, mas errou na curva 1 e Fontanari colou no líder. Raijan Mascarello recuperou a P4 sobre Marcelo Tomasoni. Urubatan Jr. colocou ordem na casa e voltou a abrir enquanto Fontanaro, Darwich e Mascarello brigavam pela P2. Daniel Correa voou pra cima do grupo e chegou a tomar a P3, mas Darwich deu o X. Daniel Correa fez um derby da demolição, veio batendo porta com Ayman Darwich. Bateu tano que quebrou o carro! Urubatan Jr. venceu sem problemas. Ricardo Fontanari escapou das confusões e foi o P2. Ayman Darwich, o sobrevivente, ficou com a P3. Foi a corrida mais animada do final de semana! Sessão Rivotril. Seguindo meu mestre inspirador, está na hora de receitar as pílulas da semana. - Com o Goleiro de Pebolim trabalhando na Porsche Cup (onde é assalariado) tivemos que aturar a nulidade do Dr. Smith, que mostrou toda a sua incapacidade como “tradutor de pilotos”, com ou sem capacete, falando inglês ou mesmo o “vizinho” espanhol. - Absurdo mesmo é a Band não dar um freio no Arrelia Jr. e na Chapolim Colorada, que se acham engraçados, irritam o telespectador, atrapalham os já atrapalhados comentaristas com suas interrupções inoportunas e sem nenhum sentido. - Minha gargalhada ecoou por toda Palmas quando vi a Cadeiruda “Pererê”, correndo (pinotando) numa perna só atrás do prejuízo. O substituto é muito mais competente que ela como jornalista e deu um show nas três primeiras etapas. Vou chama-lo de “El Matador” (os entendedores entenderão). - Quem eu quis matar foi a dupla que comentou a F3, que meu moleque colocou pra gravar. Com o “Bob Esponja calça quadrada”, vulgo Prosdócimo, ocupado com a Porsche Foie Gras, colocaram o tal do Lipe Pária ao lado do Pedro Martelo. Foi um desastre! Eles não sabiam as regras da categoria, como inversão de grid, pontuação, não existência de parada obrigatória... a Band podia fazer uma busca na internet e contratar gente que estuda, conhece e fala melhor. Vai ser o bom e barato! - Tive que ouvir (ler) um absurdo neste final de semana. O Caprchoso estava tão mal que teve gente dizendo estar com saudades dos narradores de futebol globêsticos (a segunda vogal não era bem essa...). Menos galera. Isso não dá pra aguentar e meus vizinhos iriam reclamar ainda mais. - A senilidade do Matuzaleme está saindo do cômico-triste para o deprimente-irritante. Ele – repetitivo como os portadores do mal de Alzheimer – insistiu tanto afirmando que a pista de Ímola era estreita que eu fui atrás do site durante a corrida: a largura mínima da pista (e é em alguns trechos) é de 12 metros! Isso não é nada estreito. - A coisa tá tão feia na narração da Fórmula 1 que eles estão se enrolando até na leitura das informações do livetiming mostrado na TV para passar informações que nós, telespectadores, também estamos lendo. Alguém precisa chamar o pessoal para uma conversa sobre uma possível ansiedade. Será que não está rolando um bom clima pra renovar o contrato da F1? - Pra coroar, no final da transmissão, o Caprichoso esqueceu o nome do Helmut Marko pra criticar o carrasco da Red Bull, o Dr. Smith tentou socorrer falando o nome do Christian Horner enquanto o Matuzaleme ou estava cochilando na cadeira ou estava buscando a resposta no Google. Tá ficando difícil. Pior, só se contratarem o Nhonho! Felicidades e velocidade, Paulo Alencar Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid. |