Lewis Hamilton está no auge de sua forma como piloto, mesmo a bordo de um Mercedes W13 tendo muito espaço ainda para ser melhorado. No GP da Espanha largou em 6º lugar, foi tocado pelo carro de Kevin Magnussen – mais uma vez ele - no início da corrida, foi para boxes com um pneu furado, caiu para o 19º lugar, guiou com o entusiasmo de um juvenil e a competência de um digno campeão mundial, e terminou a prova na 5ª colocação. Será que o Elia Júnior assistiu à corrida? O final de semana teve o domínio, desde o 1º treino livre, de Charles Leclerc. Com o Ferrari F1-75 o monegasco sempre foi o mais rápido. Dessa vez as equipes Ferrari, Red Bull e Mercedes não deixaram espaço de crescimento para as demais. Sim, a Mercedes, que muitos julgavam fora da briga. Subestimar a capacidade do time alemão é acreditar que o projeto do carro já nasceu errado, o que está longe da realidade, já que foi desenvolvido por engenheiros que se encontram no patamar mais alto da excelência profissional. Leclerc largou muito bem, abriu distância segura para os demais e tinha o controle da corrida, facilitado ainda por erros de concorrentes mais próximos, como Verstappen e Sainz, que erraram na tomada da mesma curva, rodaram e perderam posições, sendo o espanhol mais prejudicado. Na volta 27 (de 66) o motor do F1-75 de Leclerc perdeu totalmente a potência e o monegasco se recolheu aos boxes para não mais de lá sair. Perez liderou, Russell também liderou, mas no final Verstappen os superou para vencer a assumir a liderança do Campeonato. Mesmo tendo errado, Carlos Sainz (Ferrari) fez uma ótima corrida de recuperação e terminou em 4º lugar. Sergio Perez (Red Bull) foi o 2º e George Russell (Mercedes) o 3º colocado. Ambos guiaram o melhor que puderam. Merece destaque também o 6º lugar de Valtteri Bottas (Alfa Romeo). George Russell está escrevendo um capítulo à parte na história da Fórmula 1. O piloto britânico está guiando como se fosse um veterano. Parece que está na categoria há 10 anos. É o único a ter pontuado em todas as seis etapas, com dois terceiros, dois quartos e dois quintos lugares. Está pronto para substituir Hamilton no comando da equipe Mercedes. O próprio Lewis tem consciência de que está em fase final de carreira e tem dado todo o apoio que o companheiro precisa para evoluir. As quebras em carros, especialmente de motor, tem sido comuns esse ano, notadamente para carros de ponta. A confiabilidade não tem sido o ponto forte da atual temporada. Verstappen teve esse problema duas vezes e Leclerc uma. A deficiência, que no início atingiu a Red Bull, já aconteceu com a Ferrari e pelo andar da carruagem vai acontecer com outras. O Campeonato está totalmente aberto, mas creio que será conquistado por uma das três equipes: Red Bull, Ferrari ou Mercedes, tanto entre pilotos como entre construtores. Vem aí o GP de Mônaco, já no próximo domingo, dia 29 de maio. Em circuitos de média horária mais baixa os carros da Mercedes apresentam um melhor comportamento. Será uma ótima oportunidade para Lewis Hamilton e George Russell conquistarem a primeira vitória do ano. Competência de sobra os dois têm. Luiz Carlos Lima Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid. |