E aê Galera... agora é comigo! O final de semana (nas pistas brasileiras) ficou restrito ao Campeonato Brasileiro de Turismo 1.4 e ao Campeonato Brasileiro de Endurance. Fora das pistas, uma ótima notícia chegou aqui para o Ogro do Cerrado. O Mercedes Challenge, que perdeu seu promotor – Roberto Santos – precocemente, não só mostrou força para se recuperar da perda como deu um passo adiante no processo de reerguimento da categoria, que este ano voltará a ter corrida em outros estados. Com um projeto mais acessível e – anunciado pela sua assessoria de imprensa – com 38 carros no grid, os caros passaram por alterações técnicas e, fora da pista, foi montado um novo esquema promocional vai levar os CLA45 AMG e os C-300S para Goiânia e para o Velopark em 2022. Além de duas rodadas no Velocittà Gourmet. Como serão 8 etapas com rodadas duplas, as outras quatro serão em Interlagos (Se não tivessem destruído o autódromo de Pinhais, com certeza o estado do Paraná poderia ter uma etapa também). O Campeonato Brasileiro de Endurance teve sua segunda corrida da temporada no último sábado no autódromo de Interlagos com a sempre excelente narração do meu camarada Alexi Lalas (cada dia mais gordo) e os “pitacos” (não dá pra chamar de comentários) do camarada que trocou de sobrenome. Felizmente os promotores trouxeram para essa etapa (por favor, mantenham para o restante da temporada) ou dos melhores comentaristas do automobilismo brasileiro, o Taquara Rachada, que faz dupla com o narrador nas transmissões da Fórmula Indy na TV Cultura. Na pista, tivemos grid cheio, com 35 carros, puxados pelos carros da equipe Motortech, com Vicence Orige e Gustavo Kyrila na Pole Position e do lado, o trio com Emílio Padron, William Freire e Fernando Ohashi, puxando 11 carros da categoria P1. Só que todo mundo sabe que em corrida de endurance, largar na frente não é garantia de chegar na frente. Além do aumento no grid da da GT3, tivemos a vinda de mais carros da P2 (que teve apenas um carro na abertura do campeonato em Goiânia). Em Interlagos foram 5 carros largando. Dada a bandeira verde na largada lançada, Gustavo Kyrila manteve a ponta, mas o Sigma que largava na P3 deixou Emilio Padron na saudade e os 35 carros passaram limpos pelo ‘S’ da Sadia. Se eu for comentar uma corrida de 4 horas como faz o Falcon, o boneco de ação que escreve a coluna Radar, a minha editora, Chica da Silva, a Rainha da Bahia vai “rodar a baiana” com o tamanho do textão. Vamos resumir, então! A gente sabe que o que os protótipos P1 tem de rápidos tem de frágeis e alguns sempre ficam pelo caminho, apesar das corridas só terem quatro horas de duração e não as seis – ou mais – do mundial da categoria, só que a corrida em Interlagos foi uma tarde de horrores para pilotos e equipes da categoria. Todos tiveram problemas! Um a um os protótipos foram apresentando problemas até que na última hora Cacá Bueno assumiu a liderança da corrida após a bizarra pane seca no AJR Chevrolet #99 (Leandro Romera/Edinho Coelho/Pietro Rimbano), que vinha na liderança. A seqüência de problemas com os protótipos foi surreal. Carros terem problemas em uma corrida é algo que acontece. Em uma corrida longa, mais ainda, só que nessa corrida as coisas começaram antes mesmo da largada. Os vencedores da corrida em Goiânia, A Ligier JS P320 da dupla Guilherme Bottura e Gaetano di Mauro nem largou! Uma batida no aquecimento danificou a direção. Pole, o AJR #444 de Vicente Orige/Gustavo Kyrila abandonou com problema na pressão de óleo, mas ver o Sigma P1 #2 deixar a corrida após perder uma roda no ‘S’ da Sadia foi para matar o Ogro do Cerrado de tanto rir. Problemas no sistema de direção tirou a liderança da Ginetta G58 da família Ebrahim (Wagner, Fábio e Pedro Ebrahim), que chegou a andar na frente na segunda metade da corrida. Mas também tivemos os acidentes que exigiram dele, o diretor de prova, o PIROCA (esse é o sobrenome dele...) botar pra fora o Safety Car. Teve “toque de corrida” como o entre o MRX #7 P2 Light e o Mustang #22 GT4, mas teve também aquelas de panca forte como o da Ferrari 458 GT3 #155 com Tom Filho, na Reta Oposta. Com os P1 fora das primeiras posições, a gente tem que reconhecer o trabalho da dupla Ricardo Baptista / Cacá Bueno, que largou na última posição e conseguiu chegar à liderança. Mesmo com este feito, a vida da dupla do Mercedão AMG GT3 não teve sossego, com a aproximação de Ricardo Maurício a bordo do Porsche GT3R #55 da equipe Stutgart nas voltas finais, tirando uma diferença de mais de 9 segundos para apenas 7 décimos, muito em conta da necessidade do líder precisar gerenciar o consumo de combustível. A ultrapassagem parecia inevitável quando um furo de pneu no Porsche a apenas 2 minutos do final acabou com as chances de vitória. Com isso a P2 caiu nas mão da dupla Xandinho Negrão / Marcos Gomes com Mercedão #9 AMG GT3 da equipe de Andréas Mattheis, mesmo após uma punição por um toque com a McLaren 720S GT3 #18 da dupla Allam Khodair / Marcelo Hahn, com este último ao volante. Fechando o surpreendente pódio em Interlagos, Átila Abreu e Leo Sanchez levaram pela primeira vez o novo BMW M4 da dupla à bandeirada na terceira posição geral e na categoria. Entre os problemáticos P1, o primeiro veio na P4, com Robbi Perez, Sarin Carlesso e Gustavo Martins e seu o AJR #28 da equipe JLM. Na GT4, dobradinha dos Porsche Cayman 718 GT4 da Stuttgart – Luís Landi, Marcel Visconde e Bruno Xavier superaram Danilo Dirani e Jacques Quartiero. Nas demais categorias, após as revisões dos ‘comissácos’, Rodrigo Lemke e Júlio Martini ficaram com a vitória na P2 com a Lamborghini Gallado #199. O MRX #34 de Mario Marcondes e Ricardo Haag foi o primeiro a ver a quadriculada na categoria P2 Light. Como fala meu camarada e colunista aqui do site, o Taz, o cara mais feio da imprensa nacional (e olha que ele tem uns concorrentes de peso, como o Chucky, assessor de imprensa da Copa Truck), o Circuito dos Pequizais em Curvelo, perdeu mais um evento. A Turismo Nacional 1.4 continuou em Minas Gerais, mas foi fazer a segunda etapa do ano no Potenza, aquele circuito sem retas longas e com uma primeira curva onde os erros são profusos, levando nada menos que 46 carros para o grid, seguindo o mesmo modelo de 4 corridas curtas (e insandecidas). Como a reta dos boxes é pequena e a quantidade de carros era grande, as largadas foram feitas com os carros praticamente com quatro lado a lado por filas muito próximas. Lógico que em uma categoria extremamente disputada e equilibrada como a Turismo 1.4, a pista sempre será estreita e ao longo das quatro corridas do final de semana, alguns pilotos não conseguiram largar para as corridas seguintes. Vou fazer como nas colunas Espaço Karting, assinadas pelo meu camarada Boneco de Olinda, que eu traduzo do ‘bonequês’ para o português todos os meses: vou passar aqui o top3 de cada uma das corridas. A corrida do sábado teve como vencedor, depois de uma briga com 5 carros no pelotão da frente, Wanderson Freitas foi o primeiro a ver a bandeira quadriculada, seguido de Guto Rotta e Wellington Justino. No domingo, tivemos 3 corridas. Na primeira, segunda corrida das quatro programadas, o vencedor (e sobrevivente das bandeiras amarelas) foi Gustavo Mascarenhas, seguido de Thiago Takagi e Arthur Gama. A terceira corrida do programa teve a vitória de Wilton Pena em uma corrida com muitos acidentes e carros bastante avariados. O pódio foi completado por Gustavo Ribeiro e Thiago Takagi. Encerrando a maratona de velocidade no Potenza, tivemos a quarta prova e o vitorioso foi Pablo Alves, com Thiago Takagi e Fabio Alves fechando o top 3 de uma maneira que ninguém gosta de ver. Nesta prova tivemos a interrupção da corrida com bandeira vermelha devido ao fogo no carro do piloto Rafael Teixeira, que corre em outras categorias nacionais e também no TCR, com a ação das equipes de segurança sendo rápida e efetiva e o piloto saindo bem do veículo. Prejuízo no carro e no campeonato. Rafael Teixeira chegou ao Potenza como líder do campeonato. A demora para desobstruir a pista foi complicada e o carro, mesmo depois de retirado da pista com o fogo aparentemente extinto, voltou a arder quando fora da pista. A direção de prova encerrou a corrida com bandeira vermelha. Sessão Rivotril. Seguindo meu mestre inspirador, está na hora de receitar as pílulas da semana. - Vou começar as pílulas da semana com uma enviada pelo meu camarada e colunista das segundas-feiras, Gargamel, que chama o Caprichoso de Quasímodo. Segundo ele, a quantidade de reclamações sobre suas narrações estaria estimulando o canal globêstico (a segunda vogal não era bem essa...) a buscar retomar as transmissões da Fórmula 1. - Sobre a transmissão, ta dureza (o advérbio não era bem esse...) de aturar. O Caprichoso parece estar mais preocupado em pescar os elogios no twitter do que em olhar pra tela. O Matuzaleme ta pra lá de gagá e como o Goleiro de Pebolim competiu no Brasileiro de Endurance, tivemos que aturar o Dr. Smith. - Dr. Smith, pais perdido do que um cego num tiroteio ficou calado na maioria dos rádios que não saíram com legenda... quando ele não entendeu que o problema na curva onde o pessoal andou saindo da pista eram as rajadas de vento (gusts), minha gargalhada ecoou por toda Palmas. - Pessoal da promoção do Campeonato Brasileiro de Endurance, vocês perceberam a diferença e o nível de conhecimento do Taquara Rachada para comentar as corridas da categoria? - Apesar dos anúncios de que, em parte da rede a pré-hora da Fórmula 1 teria uma hora em algumas praças (em todo o país foi de 30 minutos), em Palmas-TO foram só 30 minutos. A parte boa foi ser poupado de aturar o Arrelia Jr. e a Chapolim Colorada. - O desempenho do novo repórter de pista da Band tá deixando a Cadeiruda Pererê descadeirada... até a muleta ela largou pra tentar segurar o microfone! Felicidades e velocidade, Paulo Alencar Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.
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