O Campeonato Mundial de Pilotos de 2022, depois de nove GPs disputados, tem uma situação bem definida no que se refere aos postulantes ao título. Max Verstappen (175 pontos no campeonato), com seu Red Bull, visivelmente mais rápido que os demais em condições de corrida, é o grande favorito. O que pode atrapalhar o holandês é a confiabilidade de seu motor, que o fez abandonar em duas corridas. Apesar de ter concluído muito bem as seis últimas provas, seu companheiro de equipe, Sergio Perez (129 pontos), não terminou o GP do Canadá por quebra do motor. O que parecia resolvido volta a preocupar a Red Bull (304 pontos no campeonato). O sinal de alerta foi ligado. A Ferrari continua muito próxima à Red Bull. A equipe italiana (228 pontos no campeonato) enfrenta também deficiências em seus motores, que são mais rápidos nas qualificações e perdem para a marca austríaca durante as corridas. Curiosamente, em nove corridas Leclerc (126 pontos) cravou seis pole positions contra duas de Verstappen e, invertendo as posições, Verstappen venceu seis provas contra duas de Leclerc. O favoritismo é de ambos, com Perez ameaçando colocar água no chopp. Mas essa possibilidade não é levada muito a sério. Os pilotos da Ferrari tem sido eficientes, guiando dentro das possibilidades que o carro permite. Leclerc cometeu poucos erros e andando no limite possível. Sainz (102 pontos) pode ser considerado o mais azarado entre os que lideram o campeonato, foi tirado da corrida por Riccardo na Austrália e sofreu quebra de motor no Azerbaijão. Guiou muito bem no Canadá. A Ferrari tem cometido erros comprometedores nos boxes, difíceis de acreditar numa equipe grande. Parecendo irremediavelmente derrotada na presente temporada, a Mercedes se firmou como a terceira força. Os técnicos da equipe alemã têm trabalhado dia e noite para melhorar o carro. A evolução é notável e vem sendo mais evidente a cada corrida, culminando com o terceiro lugar de Hamilton (77 pontos) no Canadá. Russell (111 pontos) tem sido o piloto mais regular da temporada. É o único no grid que pontuou em todas as corridas, sendo sua pior colocação o quinto lugar. A Mercedes vai evoluir ainda mais e que ninguém se surpreenda se a marca alemã vencer pelo menos uma corrida. Muitos apostavam na Mclaren (65 pontos) antes do início da temporada. A marca britânica surge como a quarta força entre as participantes. Lando Norris (50 pontos) tem sido mais regular, terminando na zona dos pontos seis vezes, mas em posições normalmente inferiores às do ano passado. Daniel Riccardo (15 pontos) é uma das maiores decepções do ano, já que só pontuou em três das nove corridas e, mesmo assim, sua melhor colocação foi um sexto lugar. A equipe britânica tem grande potencial e pode recuperar parte do prejuízo. Alpine (57 pontos), Alfa Romeo (51 pontos), Alpha Tauri (27 pontos) e Aston Martin (16 pontos) misturam as tintas pelas posições intermediárias, brigando normalmente entre o sexto e o décimo lugar. A Aston Martin está dando lições de como errar nos momentos mais decisivos. Quando não erram os pilotos individualmente erra a equipe, às vezes os dois ao mesmo tempo. A equipe inglesa poderá conseguir a façanha de perder para a Haas no final do ano. Haas (15 pontos) e Williams (3 pontos) são as piores equipes do ano, repetindo o ano passado. Encontro marcado para o Grande Prêmio da Grã-Bretanha, dia 3 de julho. Luiz Carlos Lima Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid. |