A Fórmula 1 vai definindo os pilotos que disputarão o Campeonato Mundial em 2023. A rigor só restam quatro vagas a serem preenchidas: uma na Alfa Romeo (hoje de Guanyu Zhou), uma na Alpine (hoje de Fernando Alonso, que vai para a Aston Martin), uma na Haas (hoje de Mick Schumacher) e uma na Wiliams (hoje de Nicholas Latifi). Isso se não ocorrer uma reviravolta no caso de Oscar Piastri, anunciado pela Mclaren, em substituição ao já demitido Daniel Ricciardo, mas tem sido contestado pela Alpine, com a qual teria um contrato. O piloto brasileiro Felipe Drugovich já assinou como piloto reserva da Aston Martin. A Williams já anunciou que Latifi, que está fora dos planos para 2023. Pode parecer cruel, mas a Fórmula 1 só admite em seus quadros pilotos que consigam comprovadamente, no cronômetro, explorar todo o potencial que o carro oferece, registrar tempos sempre muito próximos do companheiro de equipe, cometer apenas pequenos e poucos erros, levar o carro ao final das corridas e vencer todas as disputas individuais. Exceções como Mazepin e Latifi não deverão se repetir mais. Tem que chegar como Nick De Vries, que substituiu Alexander Albon, com apendicite, na última corrida. O holandês brilhou ao chegar em 10º em sua primeira corrida, marcando um pontinho. A Mclaren não poupou nem mesmo Daniel Ricciardo, piloto com oito vitórias na carreira. O australiano, apesar da vitória de 2021, dava sinais de desânimo, de falta de concentração, a exemplo de Vettel. A Fórmula 1 cobra dedicação total, empenho comparável ao do companheiro de equipe. O piloto da categoria cumpre uma extenuante rotina, totalmente monitorada, que incluem treinamentos físicos muito específicos, pilotagem em simuladores, que estão cada vez mais próximos da realidade, além de rigoroso acompanhamento psicológico. Matar um leão por dia é rotina. Atualmente os pilotos que tem como objetivo chegar à Fórmula 1 passam por uma preparação adequada, fase por fase, para pilotagem de monopostos. Os pilotos que disputaram a Fórmula 2, por exemplo, já estão prontos para a categoria máxima. Como campeão Drugovich teve a preferência, mesmo assim como piloto reserva. Está cada vez mais difícil para um piloto participar de corridas da Fórmula 1. A falta de opções obriga os pilotos a decidirem por outras categorias, como aconteceu com muitos deles, como Sérgio Sette Câmara, que vai para o segundo ano de Fórmula E, contando com o apoio de todos na categoria. Felipe Nasr já foi campeão duas vezes na IMSA, categoria de protótipos dos Estados Unidos. Augusto Farfus e Lucas Di Grassi são pilotos com carreiras respeitadíssimas na Europa. Aguardamos ansiosamente as definições das cadeiras restantes e torcendo para que a sorte sorria para um dos brasileiros que já fazem parte da Fórmula 1. Temos como pilotos reservas Pietro Fittipaldi (Haas) e Felipe Drugovich (Aston Martin). Luiz Carlos Lima Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid. |