Partindo de um início de Campeonato dos mais lamentáveis de sua história, a Mercedes voltou aos seus melhores dias de sua existência ao vencer, com dobradinha, o GP São Paulo de Fórmula 1. A equipe alemã dominou totalmente as ações desde os treinos e a, até então, suprema Red Bull amargou os sexto e sétimo lugares na classificação final. George Russell, o vencedor da corrida, guiou como um veterano, deixando evidente que é um campeão mundial em potencial, pronto para atingir o mais alto grau de excelência na pilotagem de um carro de Fórmula 1. Lewis Hamilton, companheiro de equipe e segundo colocado na prova, guiou no mesmo ritmo de Russell, apostando num erro que não veio. Interlagos marcou a penúltima etapa da temporada e motivou discussões internas dentro das equipes Ferrari e Red Bull, sobre o favorecimento dos pilotos Leclerc e Perez, que lutam pelo vice-campeonato. Sainz chegou em terceiro, à frente de seu companheiro de equipe Leclerc. A direção da Ferrari não pediu que trocassem as posições, o que levaria o monegasco ao segundo lugar na tabela, com 193 pontos. A Ferrari achou que correria o risco de perder para Alonso (Alpine) as duas posições. Perez pediu que Verstappen cedesse a posição que significaria dois pontos a mais e a chegada ao segundo lugar na tabela de pontos. O piloto holandês decidiu por conta própria não facilitar a passagem do mexicano. Resultado: Perez e Leclerc chegam para a última prova do Campeonato empatados com 190 pontos, quando tanto um quanto outro poderiam estar liderando. Verstappen não se lembrou de que quando precisou Perez o ajudou, em pelo menos duas oportunidades. Agora, já campeão, deixa de apoiar o companheiro. A Ferrari decidiu erroneamente mais uma vez. O GP São Paulo foi um dos mais emocionantes do ano, com disputas por muitas posições. Como vinho, revivendo seus bons tempos, Fernando Alonso levou seu Alpine ao quinto lugar, à frente dos dois carros da Red Bull. Com o outro Alpine, Ocon chegou em oitavo. Excelente para a equipe francesa, que soma 167 pontos entre os Construtores, contra 148 pontos da Mclaren, na luta pelo quarto lugar na temporada. O GP de Abu Dhabi, no próximo dia 20, encerra o Campeonato Mundial de 2022. Como não ocorrerão mudanças nos regulamentos técnico e esportivo, dá para projetar um 2023 ainda melhor que este ano. E a ideia nos agrada profundamente. Luiz Carlos Lima Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid. |