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Dificuldades na Carreira de Pilotos Profissionais PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 19 December 2022 19:16

Vai longo o tempo em que chefes de equipe de Fórmula 1 assistiam de perto às corridas de Fórmula 3, ávidos por encontrar novos talentos que poderiam levar seus carros a vitórias. Ao acompanhar algumas voltas, visão e ouvidos aguçados, um experiente chefe de equipe, em tempos muito anteriores à telemetria, escolhiam os melhores para testes na Fórmula 1.

 

Foi assim com Emerson Fittipaldi no final de 1969, quando seu chefe de equipe nas Fórmulas Ford e 3, o apresentou a Colin Chapmann, o todo poderoso da Lotus. Em apenas um teste Colin reconheceu no brasileiro um futuro campeão mundial. E provou que estava certo.  A mesma ocorreria com Nelson Piquet, em 1978, e Ayrton Senna, em 1983.

 

A realidade hoje é completamente outra. As equipes hoje possuem grandes estruturas profissionais, mesmo as de acesso, como as Fórmulas 2 e 3. O piloto postulante ao título de campeão deve chegar para competir na Fórmula 3 com um histórico vitorioso, além de uma quantia de dinheiro que envolve alguns milhões de dólares por temporada. Não cravamos um valor específico porque normalmente os envolvidos têm razões para não divulgar. O piloto que consegue superar todos essas dificuldades, se destacando sempre, estará apto a enfrentar o desafio da Fórmula 1. Ocorre que de 4 a 5 pilotos, no mínimo, atingem esse nível. É impossível para a Fórmula 1 absorver todos.

 

Quando o piloto consegue atingir o mais alto nível surgem as possibilidades mais realistas: aceitar convites, nesse caso ganhando dinheiro para pilotar, na Fórmula E, Protótipos (em diversas categorias), ou até Fórmula Indy. O que é difícil é conseguir uma vaga na Fórmula 1. Dois brasileiros são pilotos reserva na categoria: Pietro Fittipaldi, na Haas, e Felipe Drugovich, na Aston Martin. Qual será o futuro deles? Como brasileiros só nos resta torcer.

 

O apaixonado por automobilismo deve, cada vez mais se acostumar a acompanhar o desempenho dos brasileiros em outras categorias. Bons espetáculos têm sido constantes em várias competições, principalmente a Stock Cars Brasil.

 

Precisaremos esperar muito tempo para termos um piloto brasileiro guiando um carro de ponta na Fórmula 1. Enquanto não passar o domínio da geração de Verstappen, Russell, Norris, Leclerc, Sainz, Ocon e Gasly não haverá espaço para outros, de qualquer nacionalidade. Sem contar os que estreiam agora em temporada completa: De Vries, Piastri e Sargeant, que estarão mostrando serviço.

 

Conclusão: Brasileiro em carro vencedor na Fórmula 1 só daqui a uns dez anos, se tudo correr muito bem.

 

Luiz Carlos Lima

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.