Entre os dias 23 e 25 deste mês de fevereiro os motores da Fórmula 1 voltarão a roncar, com realização dos primeiros testes de pista, no Bahrein. O mesmo circuito sediará a prova de abertura do Campeonato, em 5 de março. Considerando o resultado da ultima corrida de 2022, em Abu Dhabi, quando Max Verstappen faturou sua 16ª vitória no ano, o Red Bull do holandês é o carro a ser batido. É uma situação absolutamente clara. A equipe austríaca assumiu um risco que nenhuma outra jamais assumiu ao lançar a Red Bull Power Trains, setor da fábrica que se dedica exclusivamente à continuidade do desenvolvimento dos motores Honda, com todo apoio da montadora japonesa, que deixou de participar oficialmente da categoria. Porém, a concorrência vem mais forte neste ano. A Mercedes, que enfrentou um ano difícil, com sérios problemas no início do ano, fechou a temporada com uma a vitória de George Russell, em Interlagos, recuperando grande parte do terreno que havia perdido. Lewis Hamilton aceitou pagar o preço do desenvolvimento de um carro cheio de problemas, que comprometiam o bom desempenho na pista. O veterano britânico assumiu a responsabilidade de entregar o carro competitivo novamente. E tudo indica que conseguiu. Rumores indicam que a Mercedes está atrasada na execução do projeto do caro de 2023. De qualquer forma, se isso for verdade, a equipe alemão sacrificará uma ou duas corridas, no máximo. Mais tradicional equipe do grid, a Ferrari tem tudo para realizar uma temporada bem melhor que em 2022. Seus pilotos são competentes e, se o carro permitir, poderão vencer corridas. Os italianos só precisam deixar de cometer erros primários nos boxes, inadmissíveis na Fórmula 1 moderna. Se a Ferrari não conquistar o título de construtores este ano, chegará ao período mais longo sem ser campeã de sua história. Convenhamos, não e bom para a Fórmula 1 que a Ferrari fique muitos anos sem títulos. O ideal seria assistirmos a uma disputa bem equilibrada entre Red Bull, Mercedes e Ferrari. E que vença o melhor! No final do ano a Alpine, com 175 pontos, conseguiu superar a McLaren, com 159 pontos, consolidando da posição de quarta força. Em 2023 a equipe francesa terá dois franceses guiando seus caros, Pierre Gasly e Esteban Ocon. Ambos são talentosos e mostram que, com um carro melhor, poderão triunfar. Resta saber a qualidade do carro que a Alpine colocará à disposição deles. A McLaren vem se esforçando muito para dar a volta por cima e novamente figurar entre as melhores da categoria. Conta com um piloto de ponta, Lando Norris, e uma promessa, o australiano Oscar Piastri. A equipe britânica dispõe de grande estrutura, profissionais competentes, mas que sofreram com o carro do ano passado. Faz alguns bons anos que a McLaren não figura entre as favoritas. Está no caminho de voltar a seus melhores dias. Fernando Alonso preferiu trocar a Alpine pela Aston Martin. O espanhol bicampeão do mundo confiou numa total reestruturação pela qual está passando a equipe britânica. Será uma das mais modernas entre todas do grid. O filho do patrão, o canadense Lance Stroll, será o parceiro do espanhol, que precisará se esforçar muito para desenvolver o carro. O que vai acontecer exatamente ninguém sabe. Mas se espera resultados melhores. Alfa Romeo, Haas, Alpha Tauri e Williams formam o famoso fundo de grid. O fato de serem as atuais piores equipes da Fórmula 1 não significa que continuarão nessa condição. Pilotos e técnicos de grande competência integram essas equipes, que sofrem principalmente com os mais baixos orçamentos, que acabam por limitar seus resultados. Surpresas podem acontecer. O Campeonato Mundial da Fórmula 1 começa logo ali, no dia 5 de março. Queremos que o tempo passe mais depressa. Luiz Carlos Lima Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid. |