O Campeonato Mundial de Fórmula 1 começou dominado pela equipe Red Bull, com diferença ainda maior que a do início do ano passado entre a equipe austríaca e as demais. Verstappen e Perez estiveram na frente nos treinos livres, qualificação e corrida, não dando a menor chance para a concorrência. Isso tornará o campeonato monótono? Claro que não! Além dos 2 dominantes existem outros 18 carros disputando segundo por segundo as demais posições, com brigas interessantes acontecendo o tempo todo. Lembremos que a Formula 1 é disputada por pilotos de alto nível técnico, que sempre proporcionarão bons espetáculos. Desde os primeiros treinos livres algumas conclusões foram rapidamente estabelecidas: a superioridade da Red Bull e a chegada da Aston Martin ao pelotão dianteiro, em condições de se igualar ou superar Ferrari e Mercedes. A equipe britânica se colocou no meio das duas. Marcou o 5º tempo no grid, atrás dos dois carros da Ferrari (Leclerc e Sainz) e à frente dos Mercedes (Hamilton e Russell). Stroll (Aston Martin), Ocon (Alpine) e Hullkenberg (Haas) fecharam os 10 primeiros do grid. Max Verstappen guiou com extrema competência na corrida, cravando tempos constantes volta a volta. Pulou na frente na largada e não foi ameaçado por ninguém a corrida inteira, sem forçar o carro, vencendo com 12 segundos de vantagem sobre o companheiro Perez, 38 segundos sobre Alonso (Aston Martim) e 48 segundos sobre Sainz (Ferrari). O mexicano também guiou com incrível regularidade, o que leva à conclusão de que a Red Bull entregou aos seus pilotos carros quase perfeitos. A Aston Martin foi a grata surpresa em todo o fim de semana. Depois de perder duas posições na largada, o espanhol guiou no limite o tempo todo, até superar seu compatriota Sainz e se estabelecer em terceiro no final da prova. Foi uma atuação perfeita, digna do bicampeão mundial que é, em sua 20ª temporada na Fórmula 1, aos 41 anos de idade. Lawrence Stroll, megaempresário canadense, em janeiro de 2020, anunciou que se tornaria acionista majoritário da Aston Martin Lagonda, conhecida fabricante de carros esportivos de qualidade, com sede na Inglaterra. A equipe Racing Point então foi rebatizada como Aston Martin. Stroll anunciou também um monstruoso investimento na equipe britânica, sediada em Silverstone. Ele queria montar uma nova fábrica no mesmo nível de Mercedes, Ferrari e Red Bull. E com pessoal técnico de primeira linha. Juntando muito dinheiro, competência e um pouco de sorte, Lawrence criou a quarta força da Fórmula 1, que poderá em breve vir a ser a segunda ou a terceira força, o que se pode chamar de uma revolução. Ao conhecer o projeto, Fernando Alonso aceitou logo participar da equipe, se juntando a Lance Stroll, piloto filho do dono. E tudo indica que estava certo. A Mercedes ficou decepcionada com os resultados obtidos no primeiro GP do ano. Bahrein pode indicar que a equipe alemã caiu para a 4ª posição entre os construtores. Lewis Hamilton largou em sétimo e terminou a corrida em 5º, enquanto George Russell largou em 6º e terminou em 7º. As opiniões sobre a situação interna entre pilotos e técnicos se dividem em abandonar o desenvolvimento do presente projeto e partir para um novo ou mergulhar de cabeça no atual e ver até onde se pode chegar. Esse drama só pode resultar em perda de espaço nas posições dianteiras. Os alemães estão com a cabeça fervendo. Grande decepção no grid e na corrida foi a Mclaren. Lando Norris largou em 11º lugar e terminou em 17º, enquanto que Oscar Piastri largou em 18º e terminou em 20º, abandonando a corrida na 13ª volta. Resultados lamentáveis para a tradicional equipe britânica. Algumas mudanças importantes precisarão ser feitas. Próximo encontro: GP da Arábia Saudita, dia 19 de março. Luiz Carlos Lima Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid. |