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Enzo Fittipaldi faz boa corrida de recuperação no domingo e pontua na F2 em Jeddah PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Sunday, 19 March 2023 19:26

Alô galera que lê os Nobres do Grid... Salve Jorge!

 

Nesse final de semana não muitas corridas envolvendo os pilotos brasileiros, que estão aspirando o topo da carreira nas categorias mais importantes do automobilismo mundial.

 

Apenas a FIA Fórmula 2 esteve em ação e com ela, Enzo Fittipaldi. Antes de vermos carros na pista desde o domingo o nome Fittipaldi voltou ao noticiário com o anúncio de Emerson (Emmo) Fittipaldi Jr. para a temporada 2023 da Fórmula Regional Europeia. Um passo audacioso após uma temporada na FIA Fórmula 4 italiana.

 

O filho do bicampeão mundial de Fórmula 1 vai ser um dos três pilotos da equipe francesa Saintéloc Racing, que ainda tem um lugar disponível. O outro piloto confirmado no time é Nicolas Baptiste Velasco. Ainda restam quatro vagas nas 12 equipes inscritas para o campeonato, o que ainda dá uma chance de termos a confirmação de Eduardo Barrichello dando continuidade na sua carreira em monopostos na Europa.

 

Tivemos brasileiros na pista em um teste coletivo da FIA Fórmula 4 italiana no circuito de Mugello no último dia 14. Matheus Ferreira, pilotando para a Van Amersfoort Racing terminou os testes na P11, 981 milésimos acima do melhor tempo do treino e 780 milésimos mais lento que o piloto mais veloz da equipe. Aurélia Nobels, com um carro da Prema, ficou com a P15 entre os 20 pilotos que treinaram, mas ficou a 2,451s do tempo da melhor volta.

 

FIA Fórmula 2

Apenas duas semanas após a abertura do campeonato os pilotos e equipes da FIA Fórmula 2 voltaram à pista para a segunda rodada dupla da temporada, ainda no Oriente Médio, na Arábia Saudita, no reformulado circuito de Jeddah, que sofreu alterações para melhorar a segurança e pontos cegos nas curvas. Próximo do Mar Vermelho, o asfalto não sofre tanto com a areia do deserto. Enzo Fittipaldi chega sob pressão? Eu diria que sim. Zane Maloney fez uma corridaça no domingo de abertura do campeonato e foi ao pódio. O brasileiro vai precisar reagir logo.

 

No início da tarde da sexta-feira tivemos o treino livre, com 45 minutos de tempo, e diferente do que vimos em Sarkir, os carros foram logo pra pista. E no primeiro terço de treino Enzo Fittipaldi, em sua melhor volta, ficou – temporariamente – com a P3, mas a pista estava muito ‘verde’ e a diferença de tempo entre a primeira e a segunda volta rápida com o mesmo pneu foi de mais de 1,5s.

 

 

Até os pilotos colocarem um novo jogo de pneus médios, Enzo Fittipaldi era o P5, 4 décimos mais rápido que Zane Maloney, o P9. Nos 15 minutos finais o brasileiro voltou pra pista e quando vinha tentando melhorar seu tempo, Amauri Cordeel vateu em um dos muros e ficou atravessado na pista, provocando uma bandeira vermelha a 5 minutos do final do treino. Zane Maloney teve tempo de completar uma volta rápida, Enzo Fittipaldi, não. Com isso o brasileiro ficou com a P12, uma posição atrás do companheiro de equipe, mas com uma performance promissora na primeira metade do treino. Com a lentidão dos fiscais de pista, o treino acabou!

 

Após o treino livre 1 da Fórmula 1, os pilotos da Fórmula 2 voltaram à pista para os 30 minutos de treino classificatório e Enzo Fittipaldi, tomando como referência o que foi feito na primeira parte do treino, antes de ser atrapalhado pela bandeira vermelha, o brasileiro tinha possibilidades reais de largar entre os 6 primeiros. O risco de termos bandeiras vermelhas no treino era alto e fazer uma volta boa logo de cara seria fundamental.

 

 

Disparado o cronômetro e ninguém perdeu tempo em ir pra pista. Os pneus eram o médio e o supermacio e todo mundo foi pra pista de pneu lilás. Na primeira tentativa de volta rápida Enzo Fittipaldi ficou com a P12, pouco mais de 1 segundo atrás do mais rápido e 1 décimo mais rápido que seu companheiro de equipe. Ainda com o mesmo pneu da primeira saída dos boxes Enzo Fittipaldi conseguiu uma segunda volta rápida 511 milésimos atrás do mais rápido e deu sorte, logo em seguida Richard Verschoor provocou uma bandeira vermelha faltando 18 minutos para o fim do treino, o que antecipou a volta de todos aos boxes para aquele ajuste para o novo jogo de pneus. Enzo Fittipaldi era o P9.

 

Com a bandeira verde alguns pilotos não esperaram os 10 minutos finais como é comum e foram pra pista, mas retornaram aos boxes sem marcar tempo. Sem inventar, faltando 12 minutos os primeiros carros saíram para a pista em busca da volta que definiria o grid de largada no domingo (e a inversão do sábado). Enzo Fittipaldi melhorou seu tempo de volta, mas todos foram melhorando e faltando 5 minutos para o fim do treino o brasileiro tinha a P14. Naquela que seria a tentativa final, o carro parado de Arthur Leclerc em uma das agulhas do setor 3 faltando 2 minutos para o fim e frustrou as chances de Enzo Fittipaldi, que ficou com a P14 (3 à frente de Zane Maloney), mas que foi um péssimo resultado.

 

 

No cair da tarde do sábado chegava a hora da corrida sprint, com todos os pilotos indo para a pista com os pneus supermacios para fazer as 20 voltas. Enzo Fittipaldi teria que fazer – mais uma vez – uma corrida de recuperação para tentar chegar aos pontos (não apenas no sábado, mas também no domingo). Largaria na P14, seria preciso uma pilotagem agressiva para ganhar posições e escalar o pelotão.

 

Tivemos pilotos punidos depois do treino de classificação e com isso Enzo Fittipaldi ganhou uma posição, largando na P13 no sábado. Todos foram pra pista de pneus médios, que não deveriam ter problemas de durabilidade. Após a volta de apresentação todos se reposicionaram e, apagadas as luzes vermelhas, algumas fritadas de pneus mais nenhum toque entre os carros. Enzo Fittipaldi perdeu duas posições nas primeiras curvas. Na abertura da volta 2 Zane Maloney forçou, errou, rodou e ficou atravessado na pista, provocando a entrada do safety car.

 

 

A relargada veio só no início da volta 5, dada a pouca habilidade dos fiscais de pista. Enzo Fittipaldi manteve a P15. Não durou muito. Bastou duas voltas e Theo Pourchaire errou feio ao tentar superar Victor Martins, encheu o carro de Oliver Bearman e provocou o retorno do safety car pra pista. Enzo Fittipaldi subiu pra P13, mas – na pista – não conseguia superar Roy Nissany e fazer a corrida de recuperação que precisava.

 

Se pra tirar um carro inteiro da pista os fiscais levaram 3 voltas, com dois carros batidos a perspectiva não era nada boa, mas tivemos a relargada na abertura da volta 10 e Enzo Fittipaldi precisava tomar uma ação mais efetiva, mas coninuou na P13 na relargada. O sol já tinha ido embora e Roy Nissany passou Juan Manuel Correa enquanto o brasileiro assistia isso da P13. Com todos a menos de 1s um do outro e abrindo asa nas zonas de DRS, a disputa ficava igual.

 

 

Na abertura da volta 14 Enzo Fittipaldi mostrou mais ação pra cima de Juan Manuel Correa e na abertura da volta 15 ele atacou no final da reta, mas saiu da pista e perdeu a posição para Isack Hadjar, caindo para 14º. Correa perdeu contato com Roy Nissany e segurava um pelotão atrás dele. Na abertura da volta 18 Izack Hadjar e Enzo Fittipaldi finalmente superaram Juan Manuel Correa, mas com 3 segundos de desvantagem para o pelotão dos pontos a 2 voltas do final, não havia mais o que se fazer. P13 para o brasileiro no final da prova.

 

Na tarde do domingo os pilotos voltaram à pista para a corrida principal do final de semana em Jeddah, com 28 voltas e a troca obrigatória de pneus onde a estratégia pode ser fundamental para se escalar ou despencar na classificação. Quando Enzo Fittipaldi foi pra pista a equipe fez um “unsafe release” e o caso seria julgado após a corrida. Os pilotos das primeiras filas optaram por começarem a prova com o composto supermacio.

 

Apagadas as luzes vermelhas, Enzo Fittipaldi novamente perdeu uma posição na largada, mas recuperou a P14 em cima de Roy Nissany. Brad Benavides encostou o carro no setor 3 depois de um toque de Amauri Cordeel e provocou o acionamento do safety car virtual. Após a volta da bandeira verde, Enzo Fittipaldi foi superado por Roy Nissany e voltou pra P15. Em uma disputa alucinante, o brasileiro superou Clement Novalak pra subir pra P14.

 

 

Na abertura da volta 7 os pilotos que estavam de pneus supermacios começaram a ir para os boxes e foram muitos a parar, tanto que Enzo Fittipaldi subiu pra P7. na volta seguinte, com os outros carros fazendo a troca obrigatória, o brasileiro subiu para a P3 (Zane Maloney era o P5, 4 segundos atrás do Brasileiro. Na abertura da volta 9, com mais paradas, Enzo Fittipaldi subiu pra P2 e Zane Mloney pra P4. Enzo Fittipaldi foi para os boxes na abertura da volta 10 e voltou na P16, mas estava 1,5s atrás de Theo Pourchaire.

 

Enzo Fittipaldi foi tirando a diferença e encostando no pelotão à sua frente e na volta 14 ele foi pra cima e superou Theo Pourchaire e Jak Crawford e subiu pra P14, só que estava a 3,6s de Dennis Hauger, mas estava virando rápido. Hauger superou Kush Maini e Enzo Fittipaldi estava a 2s do piloto indiano quando Victor Martins rodou e bateu, provocando o acionamento do virtual safety car. A bandeira verde não demorou, mas Enzo Fittipaldi herdou a P13, sendo o 8º entre os que já trocaram pneus.

 

Na abertura da volta 19 Enzo Fittipaldi subiu pra P11, superando Kush Maini e contando com a parada obrigatória de Zane Maloney, mas perdeu tempo pra ganhar a posição e estava a 5s de Dennis Hauger. O brasileiro conseguiu retomar um bom ritmo e foi tirando diferença para o norueguês, que atacava Oliver Bearman, que tinha pneus comprometidos por uma rodada. A briga estava boa pra Enzo Fittipaldi, que se aproximava dos dois.

 

 

Na volta 22 Richard Verschoor parou e voltou na frente de Enzo Fittipaldi e se aproximava rápido de Oliver Bearman. Faltando 5 volta para o final, os três últimos que faltavam parar foram para os boxes e Enzo Fittipaldi superou Oliver Bearman e com as paradas, Enzo Fittipaldi era o P7, estava 2,8s atrás de Richard Vershoor, mas tinha alguns carros atrás dele com pneus supermacios. Ele tinha 4,5s de vantagem para Arthur Leclerc, mas a distância vinha caindo.

 

A três voltas do final, Arthur Leclerc estava a 3s de Enzo Fittipaldi, mas os pneus supermacios não foram suficientes para chegar no piloto brasileiro que marcou 6 pontos com a P7 na corrida que depois de tirar a diferença inteira para Richard Verschoor, por pouco não tomou a 6ª posição do holandês. Com o resultado ele deixou a Arábia Saudita na P13 no campeonato com 9 pontos, reagindo na disputa contra o companheiro de equipe. A próxima etapa será em duas semanas, onde prla primeira vez a categoria correrá na Austrália.

 

E assim concluímos assim mais um desafio, acompanhando as categorias de base com os brasileiros buscando uma oportunidade de crescer no automobilismo internacional em qualquer dos continentes pelo mundo e vamos continuar tentando manter o compromisso da coluna semanal. 

 

Um abraço a todos,

 

Genilson Santos

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.