A Red Bull confirmou ter o melhor carro do grid da Fórmula 1, ao vencer as duas primeiras etapas da temporada. A dobradinha se inverteu na Arábia Saudita, em relação à primeira corrida (Verstappen-Perez), com o mexicano em primeiro e o holandês em segundo. Max soma 44 pontos contra 43 de Sergio. Obrigado a largar na 15ª posição por causa de um problema de transmissão, Verstappen foi superando um a um os adversários, até se posicionar em segundo lugar. A Red Bull lidera entre os construtores, com 87 pontos somados. Com a Red Bull sobrando lá na frente, as demais equipes lutaram pelas posições do 3º lugar em diante. E quem ganhou a briga foi Fernando Alonso, com seu Aston Martin. O espanhol, aos 41 anos de idade, chegou ao 100º pódio da carreira. Esbanjou competência ao superar os carros da Mercedes e da Ferrari e chegar ao pódio. Alonso parece se encontrar no melhor de sua forma, bastante motivado, na disputa direta com pilotos muito mais jovens. Venceu até a lambança da FIA, que por uns momentos retirou seu 3º lugar, depois das comemorações, devido a uma interpretação errada do regulamento. A Aston Martin conseguiu provar que os organizadores estavam enganados e está agora em segundo entre os construtores, com 38 pontos, empatada com a Mercedes. Mercedes e Ferrari travaram um duelo desde a qualificação. As maiores apostas apontavam como favorita a Ferrari. A marca italiana colocou seus carros em segundo lugar no grid (Charles Leclerc) e quinto (Carlos Sainz), enquanto que os Mercedes largaram em 4º (Russell) e 8º (Hamilton). No final da corrida os dois Mercedes (Russell em 4º e Hamilton em 5º) chegaram à frente dos dois Ferraris (Sainz em 6º e Leclerc em 7º). Parte do pessimismo interno na equipe Mercedes se dissipou com esse resultado. A Ferrari está com 26 pontos, ocupando a quarta colocação. A Alpine também foi muito bem em Jeddah, colocando seus dois carros na zona de pontuação, em 8º e 9º lugares, com Ocon e Gasly. Magnussen (Haas) fechou a lista que pontaram, em 10º lugar. Dois aspectos interessantes dessa última corrida: no Q3 os 10 carros viraram praticamente dentro de 1 segundo de diferença. O pole position Sergio Perez registrou 1m28s265 e o 10º colocado, Pierre Gasly, virou em 1m29s357, uma diferença de 1s092, o que significa concluir que os carros estão mais próximos. Na classificação final da corrida mais um indicativo da proximidade dos carros: 17 terminaram a corrida completando as mesmas 50 voltas do líder. O ainda novato Logan Sargeant tem a menor experiência entre todos no grid. Mas em Jeddah, com o Williams, um dos piores carros, o estadunidense nascido na Flórida mostrou qualidades quando estava na 13ª posição, duelando com os carros da Alpha Tauri, Haas e Alfa Romeo. Se manteve à frente o quanto pode. O garoto parece ter futuro. Triste mesmo foi assistir os dois carros da McLaren se arrastando pela pista e chegando em 15º lugar, com Oscar Piastri e 17º lugar, com Lando Norris. A equipe britânica tem falhas estruturais no projeto original do modelo 2023, o MCL60. O ano de 2022 já não foi bom e neste ano piorou ainda mais. Lamentável pilotos talentosos como Norris e Piastri. Próxima largada: GP da Austrália. Circuito de Melbourne. Dia 2 de abril. Luiz Carlos Lima Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid. |