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Quanto Estão Próximos os Carros da Fórmula 1 PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 24 April 2023 20:45

Mais um final de semana sem Grande Prêmio nos leva a buscar detalhes bastante relevantes, mas nem sempre abordados, relacionados ao desempenho dos carros.

 

Tomando por base o GP da Austrália, o último a ser disputado, verificamos os tempos de largada de todos os carros. 19 registraram tempo, já que Sergio Perez ficou sem marca, por problemas no carro já no Q1. O pole position Max Verstappen (Red Bull) cravou 1m16s732, seguido pelos Mercedes de George Russell, com 1m16s968 e Lewis Hamilton, com 1m17s104. Vieram na sequência Fernando Alonso (Aston Martim), com 1m17s139 e Carlos Sainz (Ferrari), com 1m17s270, completando os 5 primeiros no grid. A diferença entre eles foi de 0s538. Ou seja, Sainz foi 1,7% mais lento que Verstappen. O pole atingiu a média horária de 247,625 km/h e o 5º colocado 245,901 km/h. A proximidade entre os primeiros carros do grid é impressionantemente pequena.

 

Mesmo se compararmos o tempo do pole position com o 10º colocado, Nico Hulkenberg (Haas), que virou 1m17s735, média horária de 244,430 km/h, encontraremos 1s1 de diferença. Praticamente 10 carros dentro de um segundo. Se tomarmos por base o último a registrar tempo, em 19º lugar, Valtteri Bottas (Alfa Romeo), que virou 1m18s714 teremos uma diferença de 1s98 e média horária de 241,390 km/h. Foi 2,6% mais lento que o melhor tempo. Significa afirmar que o 19º colocado atingiu 97,4% do desempenho do líder.

 

Esse é o verdadeiro nível em que se encontra a Fórmula 1 atual, fruto de mais de 73 anos de evolução. Projetistas, pilotos, estrategistas, engenheiros, mecânicos e demais técnicos atuam buscando evoluir de milésimo em milésimo de segundo, na busca frenética de superar os adversários. Não há controle de gastos que limite a criatividade dos profissionais das mais diversas áreas de cada equipe.

 

Na classificação final do GP da Austrália 12 carros cruzaram a linha de chegada na mesma volta do líder. Em uma corrida que durou pouco mais de 2 horas e 32 minutos, a diferença entre eles foi de 6s594. Carlos Sainz (Ferrari), ao tomar 5 segundos de punição, caiu de 3º para 12º lugar. Qualquer pequeno erro poderia levar o piloto a perder várias posições.

 

A concorrência é pesadíssima. A mais tradicional de todas as equipes, a Ferrari, a única que participou de todos os campeonatos de 1950 até hoje, vem atravessando um longo período sem conquistar títulos, tanto entre os construtores (desde 2008) quanto entre pilotos (desde 2007). Se não for campeã neste ano amargará o período mais longo sem ser campeã de sua história. Os italianos promovem uma série de mudanças internas na tentativa de voltar a ser dominante. Tarefa nada fácil de conseguir!

 

Todas as equipes, sem exceção, garimpam ideias novas, na forma de atualizações, na tentativa de levar vantagem sobre a concorrência. É mais ou menos como “achar pelo em ovo” como costumam dizer na linguagem de pista. Mesmo a Red Bull, a atual dominante, não para de trabalhar na evolução de seus carros. A equipe austríaca sabe que se não promover atualizações funcionais perderá a curta vantagem que acumulou. E isso pode acontecer de uma corrida para outra.

 

No GP do Azerbaijão, no próximo dia 30 de abril, a Fórmula 1 voltará depois de 3 semanas. Tempo suficiente para as equipes desenvolverem novas atualizações que mostrarão sua eficiência ou não na volta à pista.

 

Novas e grandes emoções nos aguardam. O Campeonato Mundial promete!

 

Luiz Carlos Lima

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.