Olá amigos leitores, Para os fãs da NTT IndyCar Series, mesmo antes de ter este nome e ainda se chamar CART, passando pela IRL e Champ Car, estamos vendo o surgimento de um domínio em pista como conseguiram fazer Michael Andretti, Alessandro Zanardi e Scott Dixon. Alex Palou venceu sua quarta corrida na temporada e a terceira consecutiva, mostrando-se um piloto completo para a categoria, completamente adaptado tanto aos circuitos ovais como aos traçados urbanos e autódromos mistos permanentes. Os três primeiros no grid, Colton Herta da Andretti Autosport, Graham Rahal de Rahal Letterman Lanigan e outro piloto da Andretti, Kyle Kirkwood, optaram por largar com os pneus de parede lateral vermelha, mais macios, da Firestone, assim como o quinto colocado, Christian Lundgaard, da Rahal. No entanto, o líder do campeonato em, Alex Palou, largando na P4, foi para o grid com os pneus de banda negra, os mais duros, assim como o companheiro de equipe da Ganassi, Scott Dixon, largando na P6 e os titulares da quarta linha Will Power e Scott McLaughlin do Team Penske, os principais titulares com motor Chevrolet. Os suecos da quinta linha, Marcus Ericsson (Ganassi) e Felix Rosenqvist (Arrow McLaren) também optaram por largar com os pneus mais duros. Começava a guerra das estratégias. O início da corrida foi com o os carros lado a lado, buscando espaço, como sempre e especialmente no meio do pelotão em Mid-Ohio, passando pela curva 3 até a segunda marcha à direita na Curva 4. Tudo correu bem até que Marcus Ericsson e Felix Rosenqvist, que haviam superado Will Power em ambos os lados na Curva 4, colidiram na Curva 6, quando o piloto da Ganassi atingiu a McLaren. Felix Rosenqvist conseguiu voltar pra pista, mas o volante (na verdade a suspensão) do carro de Marcus Ericsson estava com problemas e ele se arrastou para os pits. Foi a primeira bandeira amarela. Herta manteve a P1 e liderou o pelotão para o reinício da volta seis à frente de Rahal, Kirkwood, Palou, Lundgaard, Dixon, McLaughlin, David Malukas da Dale Coyne Racing W/HMD, Power e Jack Harvey (RLL). O reinício foi milgrosamente limpo, a única mudança significativa na ordem foi Romain Grosjean ultrapassando Alexander Rossi para 11º no Keyhole, Curva 2. Mais atrás, Pato O'Ward, que largou de 25º após um erro na qualificação, usou seus macios para andar mais rápido e subir para 19°. Na volta 10, ele estava em 17º. Na volta nove, McLaughlin recebeu ordens do controle de corrida para ceder posição, tendo bloqueado Malukas na descida para a curva 2. Na frente, Herta não estava se livrando de Rahal, mas na volta 15 a dupla havia colocado dois segundos de frente para Kirkwood, que estava sendo seguido de perto por Palou, Lundgaard e Dixon. Na volta 17, os Firestones mais duráveis de Palou permitiram que ele fizesse um ataque por fora de Kirkwood na curva 4. Não funcionou, mas foi claramente o ponto da corrida em que os pneus mais duros passaram a ter vantagem sobre os pneus macio. A evidência foi que McLaughlin ultrapassou Malukas novamente para o sétimo lugar, enquanto Pato O'Ward, que havia subido para 14º, mas não conseguiu passar Josef Newgarden, foi logo para os pits para sua primeira parada e colocar pneus duros. Na tentativa seguinte, Alex Palou conseguiu ultrapassar Kyle Kirkwood por fora na curva 4 e o piloto da Andretti rodou ao tentar forçar a defesa. Por sorte não foi atingido por que vinha atrás. Algumas voltas depois, ele foi para os pits colocar pneus duros. Uma volta depois, Newgarden também parou, enquanto Palou perseguia Herta e Rahal, que tinham 2,4s à frente de Lundgaard. Herta foi até o final da volta 27 antes de fazer sua primeira parada, mas Rahal ficou de fora mais uma volta antes de colocar os pneus duros, liberando Palou para abrir a maior diferença possível. Mais atrás, McLaughlin também fez sua primeira parada, enquanto Palou mostrou seu diferencial, dando uma volta (voadora) a mais antes de colocar seus pneus de banda vermelha. Ele saiu facilmente na frente de Herta, que ultrapassou Rahal naquela volta, o piloto da Rahal também foi vítima do ataque de O'Ward, que claramente havia partido para uma estratégia de três paradas. Os grandes vencedores na batalha de permanência na pista foram Dixon e Power, que só entraram nos pits na volta 30 para colocar os pneus macios. Eles saíram dos pits logo à frente de Herta, mas o antigo líder com pneus quentes foi capaz de ultrapassar os dois, nas curvas 2 e 4, respectivamente, Dixon e Power estavam agora em terceiro e quinto, uma vez que O'Ward ultrapassou Power pelo quarto lugar. Então, na volta 35 de 80, Palou, com pneus macios estava mais de 6s à frente de Herta com pneus duros com mais voltas que os macios do líder e com Dixon em pneus macios ainda mais novos em um terceiro muito próximo. O'Ward era o quarto 1,5s atrás e dois segundos à frente de Power. Em sexto ficou Lundgaard, que havia superado o companheiro de equipe Rahal quando o #15 da RLL fez uma parada tardia. McLaughlin, Rossi e Malukas completaram o top 10 neste momento. O'Ward fez sua segunda de três paradas na volta 43 e voltou em 14º, atrás de Newgarden. Enquanto isso, na frente, a vantagem de 8,3s de Palou na volta 40 começou a diminuir quando ele ficou preso atrás de Benjamin Pedersen, da AJ Foyt Racing, que não queria tomar uma volta do líder. Na volta 48, a vantagem do líder caiu para 3,8s, enquanto Herta estava com os espelhos cheios de Dixon, que havia conseguido uma margem de 4,5s para Power. Assim que Palou finalmente ultrapassou Pedersen, ele imediatamente deu algumas voltas rápidas e aumentou sua liderança mais uma vez, deixando Herta muito mais preocupado com o carro de Ganassi atrás dele, o de Dixon. No entanto, o seis vezes campeão e seis vezes vencedor do Mid-Ohio entrou para os pits para fazer sua última parada e colocar pneus duros na volta 53. Palou fez o mesmo na volta seguinte depois de abrir sua liderança para 7,5s sobre Herta. Quando Herta foi fazer sua parada final, errou grosseiramente na entrada dos pits e quebrou o limite de velocidade do pitlane e, com a consequente penalidade de drive-through, levou Michael Andretti a loucura por jogar a corrida fora, caindo para 13º. Rahal foi o último dos primeiros a parar e, infelizmente, sua equipe teve um erro na fixação de uma das rodas e ele saiu dos pits em sétimo, perdendo quase imediatamente a posição para Malukas. A 20 voltas do fim, todos os primeiros colocados estavam com pneus duros e só uma bandeira amarela – ou problema mecânico – mudaria a ordem da corrida. Palou liderava com 6s sobre O'Ward (que ainda tinha que fazer outra parada), por nove sobre Dixon, 15 sobre Power e 16 sobre Lundgaard. O'Ward pegou o pit road pela terceira vez no final da volta 64, colocando pneus duros e voltou em 9°, mas rapidamente alcançou o oitavo lugar, já que seu companheiro de equipe, Alexander Rossi, à frente não conseguiu contornar o lento Benjamin Pedersen, e com pneus novos, o mexicano da McLaren passou por ambos sem dificuldades. Rossi também foi superado por Marcus Armstrong, caindo para décimo, mas foi protegido na retaguarda pelo companheiro de equipe Rosenqvist uma volta atrasado. A cinco voltas do fim, Palou tinha 9s de vantagem sobre Dixon, que tinha uma dúzia de segundos sobre Power, que jogava gato e rato no push-to-pass com Lundgaard, que o perseguia de perto, que por sua vez tentava segurar McLaughlin. Palou controlou a diferença nas últimas voltas, cruzando a linha de chegada 5s à frente de Dixon, que tinha 13s sobre Power, Lundgaard e McLaughlin. Malukas conseguia um tranquilo, mas impressionante sexto lugar à frente de Rahal e O'Ward, enquanto Armstrong foi o nono e Rossi o 10º. Uma batalha dinâmica entre DeFrancesco, Newgarden e Grosjean nas últimas voltas, viu o piloto da Penske fazer uma passagem oportunista brilhante na Curva 11, para reivindicar o décimo segundo lugar, enquanto Grosjean também derrotou seu companheiro de equipe que, no entanto, manteve-se à frente de Rinus VeeKay da Ed Carpenter Racing. Conor Daly, substituindo Simon Pagenaud, venceu seu novo companheiro de equipe Helio Castroneves para terminar em 20º, mas não conseguiu ultrapassar o ocupante de seu antigo assento na ECR, Ryan Hunter-Reay. O campeão de 2021 da Chip Ganassi Racing, Alex Palou, agora parece inatacável na metade do campeonato da IndyCar de 2023, depois de conquistar sua quarta vitória do ano na Honda Indy 200 em Mid-Ohio. O Espanhol tem agora tem 110 pontos de vantagem sobre Dixon, que tem seis pontos sobre Newgarden. No final do ano – ao menos o que se fala até o momento – é que Alex Palou vai trocar a Ganassi pela McLaren tendo um olho na Fórmula 1. Não considero isso um bom negócio. Vamos acelerar! Sam Briggs Fotos: site IndyCar Media Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid. |