Olá amigos leitores, A NTT IndyCar Series fez um final de semana muito especial no circuito misto de Indianápolis em um evento combinado com a NASCAR, mais uma das grandes idéias deste genial Roger Penske. Se o Capitão é um verdadeiro gênio fora das pistas, no mundo dos negócios, no sábado a tarde assistimos um outro ato de genialidade e o protagonista foi Scott Dixon, que conquistou sua 54ª vitória na IndyCar Series em 319 corridas disputadas. O neozelandês venceu uma corrida pelo 19° ano consecutivo. A corrida Assim como foi quando correram no sentido anti horário no tradicional e original traçado do Super Speedway no traçado misto do traçado misto os carros da Rahal Letterman Lanigan tinham o controle da tábua de tempos com Graham Rahal e Christian Lundgaard, ocupando a primeira fila. A maioria dos que largaram nas primeiras posições optaram pelos pneus macios, mas algumas equipes optaram por dividir seus carros em estratégias diferentes. Graham Rahal fez uma largada forte e Christian Lundgaard não, imediatamente atacado por Pato O'Ward. Mas foi Devlin DeFrancesco quem surpreendeu a todos, fazendo a melhor largada e indo pelo lado de fora na reta para conseguir segurar Graham Rahal na curva 1 e ter o lado de dentro na curva 2 para assumir a liderança. Quando saíram da sequência de curvas e entraram na reta oposta, tivemos 3-wide e 4-wide. Isso acabaria em confusão na curva 7 quando uma colisão entre os companheiros de equipe de Ganassi, Marcus Armstrong e Alex Palou, armou uma grande confusão. Scott Dixon havia largado muito bem, mas acabou tocado por Romain Grosjean, que havia perdido várias posições desde a largada. O hexacampeão rodou, assim como Marcus Armstrong, só que este ficou no meio da pista e enquanto a maioria o evitava a batia, Josef Newgarden, que largou em 25º depois de perder seis posições por uma troca de motor, encontrou o carro #11 da Ganassi e acertou a roda dianteira direita, montou na frente direita e parou ali. A bandeira amarela foi acionada e alguns conseguiram não perder uma volta depois de partir o motor novamente, mas não foi o caso de Josef Newgarden, que teve um grande baque na disputa pelo campeonato, tendo que ir aos boxes trocar o bico do carro. Alguns pilotos também foram aos boxes para buscar novas estratégias, entre eles, o prejudicado Scott Dixon. A corrida reiniciou no final da volta sete com DeFrancesco perseguido por Rahal, O'Ward, Lundgaard, Rossi e Felix Rosenqvist, subindo de nono. Rossi ultrapassou Lundgaard para o quarto lugar na Curva 1 e passou a atacar O'Ward, aproveitando seus pneus macios. Atrás de Rosenqvist (que estava nas primárias) estava Scott McLaughlin, Kyle Kirkwood, Palou e Jack Harvey. Na volta seguinte, Rahal ultrapassou DeFrancesco na curva 1 e então Rossi – que previsivelmente ultrapassou O'Ward – rebaixou DeFrancesco. Um pouco mais atrás, Palou ultrapassou Kirkwood na reta final para tomar a P8, enquanto O'Ward e Lundgaard superavam DeFrancesco na volta 11. Na volta seguinte, o jovem canadense também foi vítima de Rosenqvist e McLaughlin, mas o companheiro de equipe Kirkwood passou novamente por Palou depois que o espanhol foi ao não conseguir ultrapassar DeFrancesco. O líder do campeonato ultrapassou DeFrancesco com sucesso na volta seguinte. Lundgaard usou seus pneus macios para passar por O'Ward e ganhar a P3, 2,5s atrás de Rossi, que ainda estava a um segundo de Rahal. Kirkwood parou nos pits em oitavo e Will Power parou em 15º na volta 14, ambos coletando novos macios. Na volta seguinte Rosenqvist fez o mesmo. O'Ward, que estava com pneus duros, ficou mais do que feliz em parar e sair com um set de pneus macios novos. McLaughlin, que havia ganho a posição de O'Ward e Rosenqvist fazendo suas primeiras paradas, parou quando era o P4, na volta 20, enquanto Rossi – que estava 1,2s atrás de Rahal – entrou no pitlane na volta 21 para pegar pneus duros novos. Isso deixou Rahal e Lundgaard em um RLL 1-2, com apenas 3s de diferença, com Palou 3,6s atrás, perseguido por Ericsson e Ryan Hunter-Reay, da Ed Carpenter Racing. Eles, Linus Lundqvist e Sting Ray Robb, eram agora os únicos pilotos que não pararam. Ryan Hunter-Reay parou na volta 23, e então o líder Rahal saiu da zona de perigo colocando novos pneus duros em sua parada. Palou e Ericsson seguiram o exemplo. Rahal acabou por sair na frente de Rossi e, apesar dos pneus quentes, o piloto da McLaren não conseguiu atacar o líder. Na verdade, a mudança mais provável foi para o segundo lugar, já que Lundgaard fez uma volta forte e foi bem atendido pela equipe, na volta 26, de modo que ele saiu logo atrás de Rossi. Na verdade, o piloto da Arrow McLaren, com pneus duros, era um alvo fácil, e Lundgaard, com pneus macios novos, foi pra cima de Rossi na curva 1 para ganhar a P2 ecomeçou a trabalhar em seu déficit de 2,5s para Rahal, com pneus duros já bem usados. Sobre os que haviam parado sob a bandeira amarela no início da corrida, esses foram para os pits fazer suas segundas paradas – Grosjean (volta 29) e Dixon (volta 32) – enquanto víamos a batalha da RLL foi pela liderança. Curiosamente, apesar de uma suposta vantagem de pneus, Lundgaard não estava ganhando terreno sobre seu companheiro de equipe, com uma diferença de 2s entre eles. Na volta 33 das 85 programadas, Rossi estava 4s atrás de Lundgaard, 1,3s à frente de O'Ward, com Palou a uma distância semelhante atrás dele. McLaughlin foi o sexto, 3s à frente de Rosenqvist, enquanto Kirkwood, Ericsson e Power vinham na mesma tocada completando o top 10. Isso durou apenas até o final da volta 36, quando Power fez sua segunda parada e colocou seu terceiro set de pneus macios. Mais perto da frente, O'Ward ultrapassou Rossi para o terceiro lugar, enquanto Lundgaard agora avançava sobre Rahal, a diferença caiu para 1s na volta 38, e então O'Ward e Rossi pararam nos pits pela segunda vez, ambos saindo com pneus macios usados. Palou e McLaughlin pararam na volta 42, e Palou emergiu logo atrás de Rossi, enquanto Ericsson deu três voltas a mais, com sua parada promovendo O'Ward para o quarto lugar, entre Dixon e Grosjean fora de sequência. Na frente, Rahal fez um bom trabalho no trânsito para aumentar sua vantagem sobre Lundgaard para 1,4s antes de finalmente parar no final da volta 48, pouco antes de tentar enfrentar o AJ Foyt Racing Chevrolet de Santino Ferrucci. Ele emergiu em terceiro atrás de Dixon, mas mais significativamente, 5s à frente de O'Ward. A Rahal arruinou a corrida de Lundgaard, fazendo uma parada desastrosa, o vencedor de Toronto parado por 11s devido a uma dificuldade de reabastecimento. Isso não apenas significava que o dinamarquês não tinha esperança de derrotar Rahal no overcut, como também perdeu para O'Ward. O show de Dixon No terço final da corrida na antura da volta 53, depois das paradas regulares de quem vinha nas estratégias originais, Scott Dixon era o líder, com Graham Rahal no segundo lugar, Pato O’Ward em terceiro, Christian Lundgaard em quarto e Alexander Rossi em quinto. Correndo tranqüilo com o desastre na vida de Josef Newgarden, Alex Palou era o P6. Scott Dixon fez sua parada final na volta 59, colocou pneus duros, encheu o tanque até a boca e partiu para uma estratégia da qual ele é mestre: economizar combustível, mesmo virando boas voltas. Graham Rahal de volta à liderança, com uma vantagem bastante confortável sobre Pato O’Ward, mas ambos ainda teriam que fazer uma parada nos boxes. Alexander Rossi veio fez seu terceiro pit-stop na volta 62. O’Ward e Lundgaard vieram no giro seguinte e o líder Graham Rahal foi na a parada volta 64 junto de Alex Palou. Com isso Scott Dixon reassumiu a liderança com 21 voltas para o fim e com vantagem de 6,8s para Graham Rahal, que de pneus macios, embora usados, começou a reduzir a vantagem que Scott Dixon. O neozelandês chegou a estabilizar a diferença por algumas voltas em torno de 3,8s, mas a chegada de retardatários no caminho do líder fizeram esta diferença cair para menos de 2 segundos e nas voltas finais Graham Rahal se aproximou muito, enquanto Scott Dixon lutava com o controle de combustível. Na penúltima volta a diferença cegou a menos de meio segundo, mas a capacidade de Scott Dixon gerenciar seu consumo permitiu que ele se mantivesse longe o suficiente para vencer de forma espetacular. A vitória e o desastroso resultado de Josef Newgarden (P25) colocaram Scott Dixon na vice liderança do campeonato a três provas do fim da temporada, mas com 101 pontos de desvantagem para Alex Palou, que foi discreto na pista com um 7° lugar e ruidoso nos bastidores ao romper o contrato com a McLaren em função de não ter nenhuma garantia de Zak Brown que iria para a Fórmula 1 em 2024. No final do mês, no oval de Gateway, 8 pontos de diferença para Scott Dixon – no caso, conseguindo terminar com 109 pontos de vantagem sobre o segundo colocado vai definir o campeão da temporada. Vamos acelerar! Sam Briggs Fotos: site IndyCar Media Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid. |