O GP da Itália, na tradicional pista de Monza, onde foram disputadas 73 das 74 provas italianas da história, foi emocionante do início ao fim. Desde os treinos livres a diferença de tempo entre os 20 carros oscilou entre 1,5 e 1,9 segundo, o que representa uma impressionante curta distância os separando. Algumas semanas atrás alertámos para a provável alternância de diferentes carros nas melhores posições do grid. Evidentemente, com exceção da Red Bull, que se encontra num patamar pouco acima de todas as outras. Monza é a pista mais veloz da Fórmula 1. Para se ter uma ideia Carlos Sainz, da Ferrari, registrou a pole position a uma média horária de 259,731 km/h, ao virar em 1m20s294. Ficou claro que a marca italiana tem um carro rápido. Max Verstappen (Red Bull) marcou 1m20s307, Charles Leclerc (Ferrari) virou em 1m20s361, George Russell (Mercedes) em 1m20s671, Sergio Perez (Red Bull) em 1m20s688, Alexander Albon (Williams) em 1m20s760, Oscar Piastri (McLaren) em 1m20s785, Lewis Hamilton (Mercedes) em 1m20s820, Lando Norrris (McLaren) em 1m20s979 e Fernando Alonso (Aston Martin) em 1m21s417, completando os dez primeiros no grid de largada. O fato dos tempos estarem próximos valoriza a competitividade. Como têm ocorrido carros das equipes menores vem passando para o Q3 com certa frequência. Em uma corrida é a Williams, em outra é a Alfa Romeo ou a Alpha Tauri. Nessas oportunidades é que um piloto como Alexander Albon expõe seu talento. O neozelandês Liam Lawson mostrou em Monza uma incrível rapidez de adaptação ou largar em 12º e chegar em 11º com o limitado carro da Alpha Tauri. O GP da Itália foi rico em disputas. E as melhores aconteceram nas primeiras posições. Foi interessante assistir Sainz liderando as primeiras voltas da corrida, antes de ser superado por Verstappen, hoje imbatível. O espanhol nada pode fazer contra a investida de Perez, que formou a dobradinha da Red Bull, mas ganhou a briga doméstica com Leclerc, numa briga que exigiu um pedido de calma aos dois, pela direção da equipe. Sainz fez uma de suas melhores corridas na Fórmula 1. Os dois carros da Mercedes, foram 5º e 6º colocados, com Russel à frente de Hamilton. De 7º a 10º chegaram Albon (Williams), Norris (McLaren), Alonso (Aston Martin) e Bottas (Alfa Romeo). 16 carros completaram as 51 voltas da corrida, o que é muito positivo. O estadunidense Sargeant tem cometido alguns erros, mas se pode afirmar que, se for bem apoiado pela equipe, terá futuro, já que rápido ele com certeza é. As equipes continuam em plena evolução. Em Monza a vantagem da Red Bull em relação às equipes vem diminuindo sensivelmente. É uma questão de pouco tempo para que os carros austríacos sejam alcançados. Existem vários acontecimentos na história da categoria que servem como exemplo. Uma equipe pode ser dominante por um tempo, mas em algum momento é superada. Sempre foi assim. Situação do Campeonato Mundial de Pilotos: 1º) Max Verstappen – 364 pontos, 2º) Sergio Perez – 219, 3º) Fernando Alonso – 170, 4º) Lewis Hamilton – 164 e 5º) Carlos Sainz – 117. Situação do Campeonato Mundial de Construtores: 1º) Red Bull – 583 pontos, 2º) Mercedes – 273, 3º) Ferrari – 228, 4º) Aston Martin – 217 e 5º) McLaren – 115. Próximo encontro: GP de Singapura – Dia 17/09/2023. Luiz Carlos Lima Conheça o site do colunista: www.historiaveloz.com.br Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid. |