Algumas semanas atrás alertávamos sobre a diferença de tempo cada vez menor entre os carros de Fórmula 1. Chegamos a registrar distâncias próximas de dois segundos do primeiro ao vigésimo colocado. No final de semana do GP de Singapura aconteceu de tudo o que tanto aprecia o apaixonado por velocidade: outro carro que não o Red Bull vencendo, disputas por praticamente todas as posições, piloto novo se destacando e os três primeiros colocados cruzando a linha de chegada separados por um segundo. Na qualificação todos os 20 carros chegaram no final do Q1 com uma diferença de 1s643 entre eles, sendo que os 14 primeiros vieram separados por 1 segundo. Certamente uma das menores distâncias da história. Dessa vez a equipe Red Bull não conseguiu colocar seus carros nem entre os dez primeiros, com Verstappen reclamando muito do comportamento do carro. Concluído o Q3 os 10 mais rápidos foram: 1º) Carlos Sainz (Ferrari) com 1m30s984, 2º) George Russell (Mercedes) com 1m31s056, 3º) Charles Leclerc (Ferrari) com 1m31s063, 4º) Lando Norris com 1m31s270, 5º) Lewis Hamilton (Mercedes) com 1m31s485, 6º) Kevin Magnussen (Haas) com 1m31s575, 7º) Fernando Alonso (Aston Martin) com 1m31s615, 8º) Esteban Ocon (Alpine) com 1m31s673, 9º) Nico Hulkenberg (Haas) com 1m31s808 e Liam Lawson (Alpha Tauri) com 1m32s284. Carros de sete equipes diferentes nas 10 primeiras posições. O grid ficou bem compacto, com oito carros dentro da faixa de 1m31s. Os carros da equipe Ferrari mostraram evolução. Vinham sendo os mais rápidos em todos os treinos livres. A grande dúvida estava no maior desgaste prematuro dos pneus dos italianos, que deixaram seus pilotos em situação desfavorável nas corridas. E os carros da Red Bull, o que teria acontecido? São introduzidos nos carros, a cada corrida, acertos (regulagens) em várias áreas do chassi, específico para cada circuito, além de atualizações que vêm na forma de ideias que visam sempre melhorar o desempenho do carro. A Red Bull errou em algum ponto nos boxes de Singapura, o que comprometeu a dirigibilidade. A equipe austríaca tem um saldo muito positivo e tudo indica que em Suzuka voltará para a ponta. A corrida de Singapura já pode ser chamada de memorável. Com os Red Bull largando no meio do pelotão, numa pista difícil para ultrapassagens, as primeiras posições ficaram para a briga entre Ferrari, Mercedes e McLaren. Carlos Sainz guiou como um digno campeão. Soube liderar administrando bem o consumo de pneus, controlando os adversários à distância que julgava ser a melhor. Leclerc, Russell e Norris tiveram que guiar tudo o que sabem para lutar pelas mais destacadas posições. Numa corrida em que venceu, a Ferrari foi muito bem na estratégia dos pneus, o que não acreditávamos, mas errou no pit stop de Leclerc, tirando o pódio do monegasco. O pódio foi formado por Carlos Sainz, Lando Norris e Lewis Hamilton, já que Russell, que vinha em segundo, bateu na última volta. Na sequência: Charles Leclerc, Max Verstappen, Pierri Gasly, Oscar Piastri, Sergio Perez, Liam Lawson e Kevin Magnussen. Assim como na qualificação, na corrida carros de sete marcas nas 10 primeiras colocações. Liam Lawson está aproveitando bem a oportunidade, causada pelo punho quebrado de Ricciardo. O neozelandês pontuou bem ao chegar em nono lugar em sua terceira corrida. Fazia muito tempo que não acompanhávamos uma transmissão televisiva mostrando a luta pela liderança o tempo todo. Queremos mais! Como é bom ver um carro diferente ganhando corrida! Se nós estivermos certos em nossa previsão, teremos outras corridas tão boas e surpreendentes quanto Singapura ainda no presente ano. Situação do Campeonato Mundial de Pilotos: 1º) Max Verstappen – 374 pontos, 2º) Sergio Perez – 223, 3º) Lewis Hamilton – 180, 4º) Fernando Alonso – 170 e 5º) Carlos Sainz – 142. Situação do Campeonato Mundial de Construtores: 1º) Red bull – 597 pontos, 2º) Mercedes – 289, 3º) Ferrari – 265, 4º) Aston Martin – 217 e 5º) McLaren – 139. Próximo encontro: GP do Japão, circuito de Suzuka, dia 24/09/2023. Luiz Carlos Lima Conheça o site do colunista: www.historiaveloz.com.br Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid. |