Olá amigos leitores, A Andretti está um passo mais perto de ingressar no grid da F1, já que sua oferta com a marca Cadillac da General Motors foi aprovada pela FIA; mas os proprietários da F1 ainda precisam dar luz verde final antes que qualquer entrada seja concedida, e suas considerações agora devem levar alguns meses. A equipe americana Andretti recebeu luz verde para entrar na Fórmula 1 como a nova 11ª equipe da FIA, mas agora aguarda a aprovação dos proprietários da F1. Após meses de análise por parte da entidade sobre as manifestações de interesse em ingressar na F1 a partir de 2025, o órgão dirigente finalmente confirmou o resultado de seus esforços. A FIA e a Fórmula 1, de propriedade da Liberty Media, que controlam os direitos comerciais do esporte, têm ambas uma palavra a dizer sobre o assunto. Com a FIA aceitando a candidatura de Andretti, sua candidatura é agora encaminhada à Fórmula 1 para consideração. Capacidade técnica para conseguir ter uma equipe de alto nível a Andretti Global, nome que o grupo está adotando há algum tempo, não há como ser questionado. Ela tem dado provas disto nas competições internacionais que participa e este ano sagrou-se campeã mundial da Fórmula E, categoria da FIA com monopostos elétricos. Contudo, a questão não é apenas técnica, mas também comercial. A próxima etapa levará isso em conta – e com grande peso. A Fórmula 1 tem atualmente 10 equipes e está limitada a um máximo de 12 até a temporada de 2025, inclusive, pelo atual “Pacto da Concórdia”, o documento que une as regras e a governança do esporte assinado pela FIA, pela Liberty Media e pelas equipes. A FIA confirmou que quatro possíveis equipes se qualificaram para a segunda fase do processo de inscrição aberto no início deste ano e que a Andretti era “a única candidata a atender aos rigorosos critérios” estabelecidos por ela. Mas isso não é o suficiente. Embora a FIA esteja feliz com a candidatura da Andretti e acredite que ela cumpre todos os critérios estabelecidos, isso não significa que a equipe conseguirá definitivamente uma vaga no grid. A Andretti agora precisa chegar a um acordo comercial satisfatório com a FOM e há muito tempo existe uma resistência em relação à expansão do grid para além de 10 equipes. O CEO da F1, Stefano Domenicali, tem sido consistente ao afirmar que qualquer nova equipe precisaria trazer um claro valor agregado ao campeonato e isso não limita-se apenas a uma capacitação técnica, mas também ao “pagamento de um pedágio”. Inicialmente falado em 25 milhões de dólares, este valor “subiu” para 200 milhões de dólares. O que a Liberty Media talvez não esperasse a resposta positiva (rápida e sem questionamentos) por parte da Andretti Global. Diante desta reação, as equipes argumentaram que o boom de popularidade da F1 nos últimos anos significa que o valor de ser uma equipe de F1 aumentou – mas não divulgaram “quanto” custaria esta entrada. O que acontece agora? Quais são as chances de aprovação final da Andretti? As ambições da Andretti de adicionar a F1 ao seu portfólio de automobilismo vêm crescendo há vários anos. Depois que as negociações em 2021 para comprar a equipe Sauber-Alfa Romeo não se concretizaram, a Andretti voltou suas atenções para uma nova entrada e em janeiro anunciou que estava se unindo à General Motors para se candidatar a uma vaga no grid sob o nome Andretti Cadillac Racing. Michael Andretti disse que sua base seria em Indiana e que a General Motors seria sua parceira de motores. Mas o esforço da Andretti (que entrou no processo com o nome Andretti Formula Racing LLC) para se tornar a 11ª equipe recebeu o que poderia ser descrito como uma reação mista – na melhor das hipóteses – da maioria das equipes de F1 existentes e do próprio esporte. Para as equipes, na teoria, a entrada da Andretti não é um bom negócio. A Liberty Media distribui uma premiação para as equipes ao final da temporada de acordo com a classificação final no Campeonato Mundial de Construtores (Na Fórmula 1, cada equipe constrói seu carro, diferente da IndyCar Series, onde compram carros da Dallara. Além disso, muitas produzem seus motores e câmbios) Se houver mais uma equipe para “ratear” o valor de premiação ao final do ano, todas as equipes vão receber um pouco menos e ninguém gosta de “perder dinheiro”. A argumentação da Andretti é justamente o fato de ter uma equipe genuinamente norte americana, com sede nos Estados Unidos (a Haas tem sua operação feita por europeus e toda estrutura na Europa) com o crescimento da categoria no país – que a partir de 2023 receberá três corridas do campeonato – a Andretti considera que irá valorizar a categoria e aumentar os ganhos gerais. Resta saber se as equipes levarão estes argumentos em consideração. Pelo lado da Liberty Media, o CEO do gupo, Greg Maffei disse considerar que, nas circunstâncias certas, trabalhariam para conseguir uma 11ª equipe que poderia agregar muito valor ao esporte, muito valor para os fãs, por causa de sua posição em tecnologia, marketing e performance. Com as argumentações e contestações, este cenário já deixado claro que qualquer novo participante deve agregar “valor” mais amplo ao campeonato e seria julgado com base nisso, que os chefes da F1 avaliarão agora os méritos comerciais (provavelmente mais do que os técnicos) da candidatura da Andretti, um processo que provavelmente levará vários meses. Em todo caso, alguns dias antes da aprovação da Andretti para a fase final do processo de entrada, a equipe abriu vagas para seus quadros técnicos alguns dias antes da comunicação oficial da FIA. Vamos acelerar! Sam Briggs Fotos: site IndyCar Media Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid. |