Os Campeonatos Mundiais de Pilotos e Construtores da Fórmula 1 têm potencial para se transformarem em uma das temporadas mais disputadas da história. A seguir uma análise dos carros e pilotos que participarão este ano. Pela primeira vez, desde o ano de 1950, os mesmos pilotos que fecharam o Campeonato de um ano abrirão a temporada do ano seguinte. RED BULL – Nunca uma dupla máquina-piloto conquistou tanto. A Red Bull foi campeã com 860 pontos, mais que a soma dos segundo e terceiro colocados. A equipe austríaca ainda teve seus pilotos conquistando os títulos de campeão (Verstappen) e vice-campeão (Perez). Max Verstappen, 26 anos, faturou seu terceiro título mundial em sequência, 185 GPs corridos, 54 vitórias, parte para sua 10ª temporada. É um dos mais destacados pilotos da história e ainda tem mais de 10 anos para ganhar tudo. Sergio Perez, 33 anos, 257 GPs disputados, 6 vitórias, correrá em sua 14ª temporada. O mexicano tem contrato até o final do presente ano, tem mais uns seis ou sete anos para competir. MERCEDES – A grande campeã alemã vem sofrendo nos últimos anos, mas tem potencial para competir ou até superar a Red Bull. Especula-se que a Mercedes viria com um projeto totalmente inovador, o que não acreditamos, pelo risco que representa. Esse tipo de decisão leva ou ao céu ou ao inferno, não existe meio termo. Lewis Hamilton continua no auge de sua forma. Aos 39 anos, sete vezes campeão mundial, 332 largadas na F1, completará sua 18º temporada este ano. Se o W15 nascer bom o britânico voltará a vencer. George Russell, 25 anos, é um dos mais promissores pilotos da nova geração, já venceu uma vez e deve substituir Lewis quando este se aposentar. FERRARI – A equipe italiana vem conseguindo superar os erros de procedimento nos boxes e melhorando seu desempenho a cada corrida. Vai resolvendo a inconstância de seus resultados. Embora tenha sido superada por duas marcas concorrentes, deve melhorar muito. Precisamos nos acostumar com o fato da Ferrari enfrentar, em média, uma crise por década. O sangue latino ferve. Charles Leclerc, 26 anos, o monegasco já venceu cinco GPs, tem potencial para ser campeão, parte para sua 7ª temporada e largou 123 vezes na F1. Maranello confia tanto nele que renovou seu contrato até 2029. Apreciamos esse tipo de aposta. Carlos Sainz, 29 anos, 181 GPs corridos, 2 vitórias, partindo para sua 10ª temporada, é um dos melhores pilotos do grid. O espanhol tem uma incrível noção de limite e plena consciência de onde pode chegar. E pode ir longe. A possibilidade de se transferir para a nova equipe Audi deve ser bem considerada, já que a Ferrari decidiu apoiar Leclerc. MCLAREN – De todas as equipes que alinharam nas últimas corridas de 2023 a que mais evoluiu foi a McLaren. Os britânicos encontraram o caminho certo para uma rápida evolução, melhor que as demais. O tradicional time vem aparando as arestas que faziam do carro o resultado de uma soma de pequenos erros, que vem sendo superados. Lando Norris, 24 anos, é reconhecido como um dos maiores talentos da F1. Ainda não venceu uma corrida, o que certamente acontecerá. Disputou 104 GPs e parte para sua 6ª temporada. O australiano Oscar Piastri, 22 anos, é uma grata surpresa no circo da F1. Disputou apenas 22 GPs e parte para sua 2ª temporada. Precisou de uma única temporada para receber uma avaliação muito positiva. Tem um enorme espaço para crescer. A McLaren está muito bem servida de pilotos. ASTON MARTIN – A equipe inglesa apresentou um desempenho que causou espanto no início da temporada de 2023, com a conquista de cinco terceiros lugares por Alonso nas cinco primeiras provas do ano. Consequência dos grandes investimentos feitos, incluindo uma nova fábrica e a contratação de técnicos notáveis. Fernando Alonso merece ser cuidadosamente estudado. Como o bicampeão mundial consegue atingir um desempenho de excelência aos 42 anos de idade, perto dos 43? São 378 GPs disputados, partindo para sua 21ª temporada, com 32 vitórias na carreira. Uma raridade! Já Lance Stroll é um caso completamente diferente. Depois de 143 GPs corridos, nenhuma vitória e partindo para sua 8ª temporada na F1, o canadense parece ter chegado ao teto de seu desenvolvimento como piloto. E tudo indica que ele tem consciência dessa condição. Poderia dar lugar a outro. ALPINE – A equipe francesa parece marcar passo no meio do grid e nas corridas. Não consegue avançar no mesmo nível dos ponteiros. A Alpine, ou Renault, tem estrutura suficiente para figurar entre os primeiros da F1. Pierre Gasly e Esteban Ocon são pilotos talentosos, que se destacariam com melhor equipamento. WILLIAMS – Em nenhuma equipe um piloto fez tanta diferença como Alexander Albon faz na Williams. O tailandês tem sido assediado por outros times. A equipe inglesa vem evoluindo a passos largos. Logan Sargeant terá neste ano a oportunidade de se superar. Tarefa nada fácil. ALPHA TAURI – A equipe satélite da Red Bull continuará com o mesmo objetivo que a caracteriza: fugir da última colocação do grid. Mudanças vão acontecer este ano. Será que para melhor? Yuki Tsunoda e Daniel Ricciardo têm uma dura missão pela frente. STAKE (EX-ALFA ROMEO) – A futura equipe Audi vai cumprir tabela este ano. O experiente Valtteri Bottas, aos 34 anos, fez o que pode para melhorar o carro, mas milagre não é possível fazer. O finlandês não deve estar nos planos da Audi e está vivendo seu crepúsculo na Fórmula 1. Quanto a Guanyu Zhou, o chinês realizou algumas corridas interessantes. HAAS – O time estadunidense conseguiu ser o pior de todos em 2023. O interessante é que nas qualificações colocava pelo menos um carro no Q3. Velocidade ideal o carro atinge, o problema está no equilíbrio do chassi, que deve resultar em desgaste prematuro dos pneus. Kevin Magnussen e Nico Hulkenberg são pilotos experientes, que respondem à evolução que o carro apresentar. Luiz Carlos Lima Visite o site do nosso colunista Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid. |