E aê Galera... agora é comigo! O final de semana teve a abertura da temporada 2024 do automobilismo na República Sebastianista de Banânia (agradecimentos ao meu camarada, Alexandre Gargamel, colunista aqui no site). Fruto o trabalho de um grupo de abnegados que enfrentou muita oposição no início do seu projeto, os organizadores da corrida conseguiram vencer os céticos – a até mesmo os boicotadores – para fazer a primeira corrida em 2020. Desde então, o evento só cresceu e reuniu 60 carros e mais de 200 pilotos em categorias de protótipos (P1, P2 e P3), GT e Turismo com democráticas subdivisões (12 categorias no total). A transmissão foi feita pelo Portal High Speed, do meu camarada Pedro Malazartes e com um rodízio de narradores se revezando ao longo das 12 horas de corrida, que este ano, infelizmente, coincidiu com as 24 Horas de Daytona, que também teve a transmissão pela internet (em português pela central de pataquadas) e para quem teve como escapar da “equipe de especialistas” Tapuia, em links da transmissão local, em inglês. A festa da velocidade no centro de eventos aleatórios de Interlagos começou bem antes da largada. Com presença de público nas arquibancadas cobertas (que tiveram o acesso liberado) a noite – com algumas pancadas de chuva – teve uma série de momentos emocionantes, com uma “volta no tempo” proporcionada pela exposição de carros que correram nas décadas de 50 e 60, motos históricas e uma réplica do Coopersucar F1, que teve uma oração pela saúde de Wilsinho Fittipaldi, ainda hospitalizado. O Hino Nacional, antes da largada, foi cantado por Moacir Franco. A largada aconteceu poucos minutos após a meia-noite, com direito a show pirotécnico para o fantástico grid de 60 carros. Largando da pole position, o protótipo Sigma não teve problemas para contornar o S da Sadia na liderança e foi abrindo vantagem. Porém, o carro teve problemas no alternador na volta 13 e perdeu a liderança para a Mercedes AMG GT3 de Alexandre Auler, Rodrigo Nappi, Allan Hellmeister e Luis Vaccari. Neste período de liderança do Mercedes, tivemos a primeira bandeira amarela e entrada do Safety Car com a panca entre Protótipo AJR da equipe LT Team e a Mercedes CLA da equipe Pocinha Racing. A liderança mudou de mãos na volta 42. E em seguida com as primeiras paradas nos boxes, na volta 46 a liderança passou para a Mercedes AMG GT4 de Renan Guerra/Nejm Melic/Marcel Marchewicz/Cesar Fonseca, que permaneceram na liderança até a volta 60, quando após as primeiras paradas de boxes de todos levou o Porsche da equipe Stuttgart assumisse a ponta na volta 61. A partir daí o duelo pela vitória foi com o Protótipo Sigma, que virava voltas mais rápidas que o Porsche, mas com paradas mais longas e uma estratégia bem feita, a equipe que tinha Ricarod Maurício, Marcel Visconde e Marçal Muller ia segurando a ponta. Além da primeira bandeira amarela, ainda na segunda hora de corrida, tivemos outras 17, uma delas – a mais complicada, aconteceu quando o protótipo LMP2 de Ney Faustini, patrocinador da corrida, foi fechado por um carro (muito) mais lento, os dois se tocaram na primeira perna do S de verdade e depois o piloto (amador) do carro de passeio travestido de carro de corrida fechou novamente pra cima do protótipo, bateu na lateral deste e capotou na pista. Felizmente, o piloto nada sofreu, mas prejudicou a corrida dos patrocinadores do evento. Pela manhã, com tempo estável e não muito calor o Porsche GT3 ia se mantendo à frente com uma confortável vantagem que variava entre 3 e 6 voltas, mas quando faltavam cerca de duas horas para o fim da prova, o dia virou noite e desabou uma chuva que provocou diversos alagamentos na cidade de São Paulo e quem na corrida, provocou a entrada do Safety Car por um longo tempo, mas que com sua diminuição na parte final da corrida, que terminou por tempo (12 horas), garantiu a bandeira quadriculada para a equipe Stuttgart, que liderou por 282 voltas na frente. Como colunista e admirador dos que tem coragem de enfrentar desafios e até mesmo desdém e boicotes, deixo meus parabéns para Elione Queiroz, que tanto lutou para que a primeira corrida de retorno das Mil Milhas Brasileiras. Thiago Pereira, que trabalha na promoção das Mil Milhas Brasileiras, projetou que para a corrida 2025 poderemos ter 2 grids, com isso teremos mais carros, sendo um com carros mais lentos e outro com carros mais rápidos. Sessão Rivotril. Seguindo meu mestre inspirador, está na hora de receitar as pílulas da semana. - O final de semana teve rodada dupla da Fórmula Black&Decker na Arábia Saudita. Com o Sinestro brincando de piloto nas Mil Milhas Brasileiras, ao invés de termos a alta qualidade de narração e comentários da corrida no México, tivemos Celsinho VTN na narração e o Prosdócimo nos comentários. Um lixo da abertura ao fechamento das transmissões! - A dupla que transmitiu a Fórmula Black&Decker na sextafeira foi substituído pelo Fugitivo do Hospício (nominado Napoleão) e o Mr. Burns, que teve muito trabalho durante os treinos e corridas uma vez que o narrador consegue ser pior que o Celsinho VTN. - Pouco antes da largada – com o Mr. Burns já sem a menor paciência – o narrador falou que os carros saíram para “a volta de apresentação” (que não existe na Fórmula Black&Decker), foi corrigido em seguida pelo Mr. Burns pouco depois que eu mandei um “Meu Jesus Cristo” (A expressão com 3 palavras não era bem essa...), ouvido em todo o estado. - Enquanto isso, no Rio de Janeiro (ou Hell de Janeiro como chama meu camarada, o Capitão), o Caprichoso revela sua verdadeira natureza narrando as peladas do campeonato local. No ano passado, até 2ª divisão ele narrou. Fica aí que é teu lugar. - Vamos mandar energias positivas para nosso Tigrão, que voltou a ficar sob sedação no hospital em São Paulo. - Convidaram o inoxidável Moacir Franco pra cantar o hino nacional na abertura das Mil Milhas Brasileiras. Pra se garantir e não dar uma de Vanusa, o experiente cantor levou o smartphone pra colar a letra e não pagar mico. - Os micos, claro, ficaram pelos atrapalhados comentários do Prosdócimo, que foi atrapalhar a narração do Sinestro, que revezou o microfone com o Filho do Deus do Egito, garantindo a alta qualidade da narração. - No início, fiz um “ping-pong” com a transmissão do portal High Speed, com a narração do Urso do Cabelo Duro, com comentários do Pinóquio e do ex-ministro Delfim Neto antes da largada, mas a transmissão da corrida foi restrita, por contrato, para o portal RaceTV. - Apesar do adiantado da hora, o diretor de imagens da competente Master TV assegurou-se de não mostrar o Chucky, o brinquedo assassino e coçador de bolas, que estava como repórter de campo no grid. - Na hora da chegada, o sistema de som dos organizadores da corrida largou aquela musiquinha que as viúvas do presuntinho tanto adoram e o Sinestro mandou uma bicuda na canela do promotor, criticando na transmissão o uso da “música dos canais globêsticos” (A segunda vogal não era bem essa...). Mandou bem, Sinestro. - Sobre as 24 horas de Daytona. Optei por assistir a corrida com um link do IMSA (pago), mas os meus milhares de seguidores me mantiveram informado sobre o que acontecia na transmissão em português. Apesar da sacaneada com o site do Anão Comunista e do Cepacol, eles conseguiram reunir muita gente boa na transmissão, como o Kojak, o Alexi Lalas, o Taquara Rachada, o Dedé Santana, mas não escaparam do Rubinho Genérico, do dublê de comentarista Pária e do Milanesa. O que deu pena foi ver o pessoal passando o pires, pedindo pix para a audiência, pra financiar o investimento no link (É sério que precisa isso?). - Entre as “pérolas” da transmissão, a melhor foi quando o Kojak mandou o Milanesa calar a boca para o Taquara Rachada comentar a corrida. - Depois que acabou as Mil Milhas Brasileiras, fixei o foco em Daytona, sempre pelo link do IMSA, mas a galera avisou que as quatro horas finais da corrida o Kojak sofreu tendo como “comentaristas” o Milanesa e o dublê Pária. Dinheiro nenhum no mundo paga isso. - Mais uma da galera: um dos carros perdeu uma roda e o milanesa entrou e falou que ele deveria tomar uma bandeira preta e ser obrigado a voltar para os boxes. Nessa eu dei uma daquelas gargalhadas que foi ouvida em toda cidade. Felicidades e velocidade, Paulo Alencar Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid. |