O circo da Fórmula 1 vive sua temporada de especulações mais fervilhante da história. O surpreendente anúncio da transferência de Lewis Hamilton da Mercedes para a Ferrari em 2025, vindo a se somar às decisões inesperadas de alongamento dos contratos de Lando Norris na McLaren e de Charles Leclerc na Ferrari, desencadeou uma colossal avalanche de narrativas pelo paddock e redes sociais mundo afora. Após concluir um Campeonato impecável em 2023, com barba, cabelo e bigode bem aparados, parecia que nada poderia abalar o ambiente da equipe austríaca. Eis que surge uma acusação de um tipo de assédio, que ninguém tem certeza qual é ou a quem foi dirigido, envolvendo o chefão Christian Horner, justamente a maior autoridade do time. Mas as especulações correram soltas, muitas delas totalmente irresponsáveis. Uma reunião na próxima sexta-feira definiria o futuro de Horner à frente da Red Bull. De qualquer forma mandatário teve sua imagem maculada. E se ele for inocente? Especulação sobre os motivos da decisão de Hamilton, especulações sobre qual seria o melhor carro, especulações sobre a culpa de Horner, especulações sobre para onde vai Sainz e especulações das especulações. Aí está: descobrimos o lado ruim do excesso de narrativas tornado público. Todos nós temos o direito, num ambiente democrático, de publicar nossas ideias. Mas aqueles que denigrem a imagem de Horner, por exemplo, sem provas ainda, devem responder por tal crime. De todos os pilotos do grid o mais injustiçado foi Carlos Sainz. O espanhol tem raro talento. Mesmo tendo a consciência de que é ligeiramente mais lento que Charles Leclerc, consegue realizar corridas mais consistentes, errando menos e planejando melhor. Os dois são companheiros de equipe na Ferrari desde 2021, ano em que Sainz fechou o campeonato com 164,5 pontos contra 159 pontos de Leclerc; em 2022 Charles chegou a 308 pontos enquanto Carlos completou 246. Em 2023 o monegasco somou 206 pontos e o espanhol a 200. É a dupla mais equilibrada dos últimos três anos. A equipe que o contratar terá um ótimo piloto a seu serviço, pincipalmente para ser líder. As equipes consideram Sainz como prioridade entre todos com possibilidade de transferência. A fim de nos incluirmos fora do campo das especulações, a realidade nua e crua persistirá até a formação do grid de largada do primeiro GP de 2024, em Sakhir (Bahrain). Hoje, baseado no grid de largada de Abu Dhabi de 2023, existe uma diferença de 1,1 segundo entre o primeiro tempo 1m23s445 (Max Verstappen) e o décimo colocado, com 1m24s548 (Pierre Gasly). Separados por esse pequeno tempo de 1,1 segundo se encontram carros de oito equipes: Red Bull, Ferrari, McLaren, Mercedes, Alpha Tauri, Aston Martin, Haas e Alpine. As informações básicas aqui apresentadas de mostram a situação atual dos carros. Novos projetos e atualizações resultarão quase sempre em evolução, com raríssimas exceções. Não acreditamos em tentativas de projetos com soluções radicais, que resultariam total acerto ou total erro, sem chances de resultado diferente. Dia 1º de março, na prova de qualificação de Sakhir, no Bahrain. Aí sim saberemos como estarão os carros para 2024. Luiz Carlos Lima Visite o site do nosso colunista Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid. |