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Bastidores Efervescentes PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 01 April 2024 21:56

Ao colocar seus dois carros nas duas primeiras posições do GP da Austrália, a Ferrari nos livrou de assistir à mesmice que nos perseguiu durante toda a temporada de 2023, com as seguidas vitórias de Max Verstappen.

 

Carlos Sainz foi o soberano do final de semana. Embora não tenha feito o melhor tempo, o espanhol largou em segundo e, logo na volta inicial, superou o holandês, com o freio traseiro direito estourado, assumindo o controle da corrida daí em diante. Sainz guiou como um campeão em potencial, administrando a distância que o separava de Leclerc, o segundo colocado e companheiro na Ferrari. Os dois pilotos da equipe italiana se equivalem em nível técnico. Leclerc é um pouco mais rápido, mas Sainz consegue estabelecer ritmo de corrida sempre ideal.

 

Frédéric Vasseur, engenheiro francês, chefe de equipe da Ferrari desde o início do ano passado, mostrou toda a sua competência ao resolver os crônicos problemas operacionais e estabelecer um programa de evolução técnica segura e eficiente, sem alterar a direção do desenvolvimento. O ambiente no time também parece ser mais amistoso. Resultado: a Ferrari superou Mercedes e McLaren e está mais próxima da Red Bull. 2024 será o ano de preparação para receber Lewis Hamilton na equipe italiana para 2025.

 

Muitas indefinições quanto a mudança de pilotos nas equipes. Muitos trocarão de cockpits ou estarão se despedindo da Fórmula 1. Todas as mudanças serão definidas a partir da decisão de Carlos Sainz. O espanhol tem a prioridade. A partir do momento que estiver contratado, as outras definições acontecerão rapidamente. Os dois principais lugares estarão na Mercedes e na Red Bull. Gostaríamos de ver Sainz na Mercedes, apoiando Russell no aperfeiçoamento do projeto dos alemães. Seria pior para ele ser companheiro de equipe de Verstappen na Red Bull, o que seria ser rebaixado para segundo piloto.

 

 

Fernando Alonso deseja um carro mais competitivo que o Aston Martin, mas sua idade (42 anos) pode pesar acima de sua competência, pela inevitável curva descendente física e funcional. No caso de Alonso, estamos acompanhando o crepúsculo de um notável piloto, um dos melhores da história.

 

Com suas situações indefinidas se encontram vários pilotos. Sergio Perez depende de uma excelente posição, que o permita continuar na Red Bull. A RB mantém Yuki Tsunoda e Daniel Ricciardo em seu time este ano, mas não tem lugar garantido para 2025. Os resultados do veterano australiano não tem sido bons e Helmut Marko já o colocou na marca do pênalti, enquanto o japonês vem andando bem. Tudo dependerá das próximas corridas. Nico Hulkenberg e Kevin Magnussen, ambos da Haas, tem desempenhos equivalentes. Conquistam alguns pontinhos mesmo com a evidente limitação do carro. Mesmo assim, não se sabe nada da continuidade na equipe. A Sauber, que será Audi em 2025, mantém sob contrato Valtteri Bottas e Guanyu Zhou. Ninguém tem a menor ideia se continuarão na nova equipe. Logan Sargeant depende muito do que fará neste ano para continuar na Williams. A Alpine caiu tanto de produção que pode comprometer o futuro de seus pilotos, os franceses Esteban Ocon e Pierre Gasly.

 

As cartas estão todas na mesa. Esse jogo vai durar a temporada toda. Algumas jogadas serão truncadas até o último momento. Não citamos aqui os movimentos dos novos pilotos e seus agentes. São propostas de todas as formas, prazos e tamanhos.

 

Isso é Fórmula 1. Movimentada dentro e fora da pista.

 

Próximo encontro: GP do Japão, dia 7 de abril.

 

Luiz Carlos Lima

 

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Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.