Olá amigos leitores, A Penske Entertainment e a IndyCar Series estão dando uma lição de como se fazer automobilismo para a Federação Internacional de Automobilismo, para as equipes da Fórmula 1 e para o Grupo Liberty Media de como devemos fazer em um esporte de alcance global e, ao invés de fechar portas opta por abrir portas e aumentar a diversidade na categoria ao receber de braços abertos a Prema Racing para ingressar com uma equipe de dois carros na temporada da NTT IndyCar Series em 2025. Quem (o que) é a Prema Racing? Fundada em 1983 por Angelo Rosin, a PREMA tornou-se um competidor incrivelmente bem-sucedido em diversos seguimentos do automobilismo, estabelecendo-se inicialmente nas categorias de formação no continente europeu e ao longo de sua jornada trilhou uma ascensão ininterrupta, aumentando progressivamente sua presença e conquistando 80 títulos de campeonato ao longo deste caminho. Através da Prema em suas equipes na Fórmula 4 em diversos países, na Fórmula 3 europeia (FRECA), Fórmula 3 e Fórmula 2 levou ao topo da carreira – a Fórmula 1 – nada menos que nove pilotos até a abertura da temporada de 2024, incluindo Charles Leclerc, Oscar Piastri, Esteban Ocon e Pierre Gasly. Hoje, a equipe é a parceira preferida de todos os programas de desenvolvimento de pilotos de Fórmula 1 e tem uma estreita relação com a Ferrari. A partir da Fórmula 3 (nos anos 80 não existia a Fórmula 4), a Prema abrangeu toda a carreira até a F1, o que incluiu o lançamento de seu programa de kart e a seleção para competir na série feminina da F1 Academy. Além do programa em categorias de monopostos, a Prema esteve presente no Campeonato Mundial de Endurance com uma equipe na classe LMP2 e nos Estados Unidos administra o programa IMSA GTP da Lamborghini a partir da base da marca em Michigan. Com o projeto do seguimento de monopostos, a equipe passará por uma expansão, inscrevendo-se em uma das categorias mais competitivas e de crescimento mais rápido do mundo, e levando uma equipe italiana de volta à IndyCar Series com o objetivo de se estabelecer entre os principais jogadores do esporte. Para maximizar seus esforços e compromisso com o novo empreendimento, a equipe Prema Racing IndyCar operará em instalações de última geração localizadas em Indiana. A Chevrolet fornecerá seus novos motores híbridos V6 biturbo de 2,2 litros, adicionando um componente incrivelmente experiente e de alto desempenho ao mix em busca de uma rápida ascensão à forma competitiva e oferecendo novas oportunidades para pilotos e chances de crescimento profissional para engenheiros, mecânicos e membros da equipe. Ainda não foram feitos anúncios sobre pilotos, patrocinadores e parceiros, já que a equipe iniciará em breve os preparativos para a próxima temporada, montando oficina, carros e equipamentos. Para o CEO da Prema, René Rosin, dar este passo na direção da IndyCar Series e poder competir nos Estados Unidos e na Indy500, não é apenas um sonho que se torna realidade, mas é um desafio único. Confiante, acredita que esse novo capítulo também será benéfico para a Prema e seus profissionais, produzindo incríveis oportunidades de aprendizagem e transferência de know-how. Pelo lado da NTT IndyCar Series, Jay Frye celebrou a chegada da Prema como uma grande adição ao grid da categoria e declarou estar ansioso para ver os carros da categoria alinhados no grid. Um desafio a mais para a IndyCar Series Com a chegada da Prema para 2025, a NTT IndyCar Series terá – potencialmente – de 29 carros, somando-se dois carros aos 27 carros que estão na disputa regular da temporada 2024. A categoria vai precisar analisar de vai colocar 29 carros nas pistas (ou mais, caso tenhamos mais inscritos nas equipes existentes), em particular nos circuitos de rua, ou se haverá um processo de eliminação de alguns competidores ao final do treino de qualificação, mas a questão vai mais além do que o espaço no traçado. Com um orçamento operacional médio de US$ 6 a 8 milhões por temporada até 2023, uma entrada na IndyCar custa uma fração do que é necessário para competir na Cup Series da NASCAR, e passa longe do que as equipes internacionais investem para uma entrada na Fórmula 1. A IndyCar se beneficiou de ter um preço comparativamente baixo para competir em sua categoria para pilotos e equipes que abandonaram a esperança de chegar à Fórmula 1. Embora o orçamento médio tenha aumentado para US$ 8 a 10 milhões por carro em 2024, isso não levou a uma queda nas inscrições até agora, nem reprimiu o interesse daqueles que queriam pagar para pilotar ou montar uma nova equipe para grid. Além da Prema, já anunciada para 2025, o programa da Abel Motorsports Indy NXT, que fez uma aparição única na IndyCar em maio passado nas 500 milhas de Indianápolis com um chassi pertencente ao seu piloto RC Enerson, é uma potencial candidata a montar estrutura para disputar uma temporada completa. A equipe fundada pelo magnata da construção de Kentucky, Bill Abel, comprou um Dallara DW12 próprio e o equipamento de box necessário para rodar um carro em todas as corridas. Em 2023 e novamente em maio deste ano, Abel usará o motor V6 biturbo de 2,2 litros da Chevrolet para impulsionar o seu carro para buscar um lugar na Indy500. Além dela, a equipe Pratt & Miller Motorsports, que facilita o esforço IMSA GTD Pro de fábrica da Chevrolet, está buscando sua primeira incursão na IndyCar, mas não comprou um carro, nem possui aluguel de motor em vigor. Em outro prisma, temos a questão do fornecimento de motores. A Chevy tem 12 locações de motores em jogo para o ano e a Honda tem 15, o que apontaria para a Team Chevy como a marca com maior probabilidade de sucesso. apoiando quaisquer novas equipes no próximo ano. Para chegar a 29 ou 30 carros, a Chevy precisaria se aproximar do número de locação da Honda. Embora a Team Chevy tenha se recusado a falar sobre o apoio a uma grade expandida da IndyCar, o vice-presidente americano da Honda Racing Corporation, Kelvin Fu, estava disposto a abordar o assunto. Dois dias de testes abertos em Indianápolis Enquanto meus leitores estiverem lendo esta coluna, as equipes da categoria farão dois dias de treinos abertos no Indianápolis Motor Speedway. Helio Castroneves deve ir para pista e ter o primeiro contato com o carro que usará na Indy500 deste ano, mas também será a chance de alguns novatos terem contato com os carros com o acerto particular que o mítico circuito exige. Vamos acelerar! Sam Briggs Fotos: site IndyCar Media Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid. |