Uma história que vem se repetindo a cada Grande Prêmio: Max Verstappen, a bordo do Red Bull RB20, vence. Mas os apaixonados por velocidade tiveram suas atenções voltadas para os demais carros e pilotos, que proporcionaram um espetáculo de disputas por todas as posições. A primeira prova de Sprint do ano antecedeu o GP da China. Red Bull (1º com Verstappen e 3º com Perez), Mercedes (2º com Hamilton e 8º com Russell), Ferrari (4º com Leclerc e 5º com Sainz) e McLaren (6º com Norris e 7º com Piastri) dominaram as 19 voltas da mini corrida, que até agora não entendemos o motivo de sua criação. 10 carros separados por um segundo, o resultado positivo da qualificação. Entre 19 carros uma diferença de tempo de 2 segundos. Os carros se aproximaram ainda mais. Ficaram nas 10 primeiras posições do grid: 1º) Verstappen com 1m33s660, 2º) Perez com 1m33s982, 3º) Alonso com 1m34s148, 4º) Norris com 1m34s165, 5º) Piastri com 1m34s273, 6º) Leclerc com 1m34s289, 7º) Sainz com 1m34s297, 8º) Russell com 1m34s433, 9º) Hulkenberg com 1m34s604 e 10º) Bottas com 1m34s665. A diferença foi de exatamente 1s005 entre os 10 primeiros. Prenúncio de acirrada competição, que viria a se confirmar. Dessa vez os dois carros da McLaren conseguiram superar os dois da Ferrari, o que ninguém esperava, assim como foi surpreendente o 3º lugar no grid do Aston Martin de Alonso, se intrometendo entre as quatro grandes. O veterano espanhol, contrato já renovado com a equipe britânica, calou os críticos, entre os quais nos incluímos, comprova se encontrar em plena forma. A corrida chinesa, disputada pela última vez em 2019, devido à pandemia, apresentou ao público local o primeiro piloto chinês, Guanyu Zhou, a participar de um GP em seu país. De monótona a prova não teve nada. A administração do consumo dos pneus, mais uma vez, foi o maior desafio enfrentado por pilotos e engenheiros. Lando Norris, com seu McLaren MCL38 conseguiu a façanha de superar Perez e seu Red Bull, e fechar na 2ª colocação. Digna de nota foi a troca de pneus do carro do holandês, no tempo de 1s9. A Red Bull opera próxima à perfeição. Tudo contribui para que cada detalhe funcione no momento certo. Partindo de 3º no grid, Alonso chegou a andar em segundo logo após a largada. Uma equivocada troca de pneus fez com que o espanhol terminasse em 7º. A Ferrari colocou seus carros no 4º (Leclerc) e 5º (Sainz) lugares. A equipe italiana esperava por um resultado melhor. A Mercedes não passa por seus dias mais radiantes. Usando acertos diferentes nos carros de Russell (6º na corrida) e Hamilton (9º na corrida) a equipe de Stuttgart fez o possível a ser alcançado. Lewis, reclamando do comportamento do carro o tempo todo, largou em 18º e ganhou 9 posições. Hulkenberg cumpriu mais uma jornada de superação, ao chegar em 10º com o limitado Haas VF-24. Os 17 carros que completaram a prova chegaram na mesma volta 56 do vencedor. Kevin Magnussen, na volta 26, mais uma vez excedeu o limite quando disputava uma posição com Yuki Tsunoda. A batida foi inevitável e deixou o japonês fora da prova. O dinamarquês foi punido com o acréscimo de 10 segundos em seu tempo. A maior lambança da prova coube a Lance Stroll, mais uma vez, ao bater forte na traseira do carro de Daniel Ricciardo com o safety car na pista. Aconteceu por absoluta falta de concentração do piloto canadense, que já passou por essa situação de “acelera e desacelera” na presença do safety car diversas vezes. Além de atingir Daniel, que por sua vez atingiu a traseira de seu compatriota Piastri, Lance eliminou da prova o primeiro e comprometeu a corrida do segundo, que terminou em 8º, quando merecia posição bem mais destacada. Insistimos: Lance Stroll deveria ter a consciência de tomar uma decisão: deixar a Fórmula 1, antes que se machuque ou cause problemas mais sérios aos outros. Porém, ele dá a impressão de não ser ele o errado. Com a maior proximidade entre os carros serão mais frequentes as inevitáveis raladas e batidas em acirradas disputas. As pancadas fazem parte do show, desde que não causem nenhum ferimento aos participantes do circo. Piloto de Fórmula 1 é competidor nato e briga até para fugir da última posição, com o mesmo ímpeto daquele que luta por um lugar no pódio. Apaixonado por velocidade renove seu ânimo. Vamos assistir a verdadeiros Grandes Prêmios nas próximas oportunidades. O futuro promete! Próximo encontro: GP de Miami, dia 5 de maio. Luiz Carlos Lima Visite o site do nosso colunista Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid. |