O GP do Reino Unido foi repleto de emoções. Silverstone, a pista sede do primeiro GP, em 13 de maio de 1950, merecia um espetáculo à altura de sua grandeza. Tudo começou com a previsão do tempo, ao indicar pancadas de chuva em curtos períodos de tempo (alguns minutos), tanto na qualificação quanto na corrida. Praticamente todas as equipes projetaram atualizações técnicas em seus carros, em geral sutis alterações, fundamentais no processo evolutivo a fim de, no mínimo, acompanhar o desenvolvimento da concorrência. Tem sido dura a rotina do pessoal técnico das equipes. Os carros viravam tempos de volta muito próximos e as surpresas surgiram. Na qualificação a Mercedes registrou os dois melhores tempos. George Russell virou em 1m25s819, 0s171 à frente de Lewis Hamilton. Na sequência vieram em 3º) Lando Norris (McLaren) a 0s211 do líder, 4º) Max Verstappen (Red Bull) a 0s384, 5º) Oscar Piastri (McLaren) a 0s418, 6º) Nico Hulkenberg (Haas) a 0s519, 7º) Carlos Sainz (Ferrari) a 0s690, 8º) Lance Stroll (Aston Martin) a 0s766, 9º) Alexander Albon (Williams) a 0s821 e Fernando Alonso (Aston Martin) a 1s098. Entre o pole, Russel e o quinto colocado Piastri, 0s418 de diferença, ou seja, menos de meio segundo. Charles Leclerc (Ferrari) virou o 11º tempo, em 1m27097. A equipe italiana perdeu um pouco de tempo comparada a Red Bull, Mercedes e McLaren. Mas poderá se recuperar nas próximas etapas. Sergio Perez está realizando uma temporada sofrível. O mexicano tem nas mãos um dos melhores carros do grid, seu companheiro de equipe Verstappen lidera o Campeonato, e não consegue um desempenho pelo menos razoável, digno do carro de que dispõe. Nas seis primeiras corridas do ano, até Miami, suas posições no grid oscilavam entre 2º e 4º lugares e suas posições de chegada entre 2º e 5º lugares. Portanto estava indo muito bem, a ponto de a equipe Red Bull concordar em renovar seu contrato. A partir de Ímola, no entanto, o desempenho do mexicano despencou. Largou em 11º em Ímola e chegou em 8º, em 18º em Mônaco e bateu, em 16º no Canadá e bateu, em 8º na Espanha e chegou em 8º, em 8º na Áustria e chegou em 7º e em 19º em Silverstone e chegou em 17º. Nunca houve uma queda de desempenho tão acelerada como essa de Perez. O resultado dessa incomum situação, pela ausência de pontos do mexicano, a Red Bull vai perdendo terreno para as rivais no Mundial de Construtores. Providências sérias serão tomadas. A corrida de Silverstone em 2024 ficará marcada na história. Novamente a chuva intermitente infernizou a vida de pilotos e estrategistas. A precipitação acontecia por períodos de alguns minutos. As decisões sobre troca ou não de pneus eram tomadas a cada momento. Às vezes tudo dava certo, outras vezes tudo errado. Mercedes, McLaren e Red bull dominaram a corrida desde o início, se revezaram na liderança, até a bandeirada. Lewis Hamilton, com seu Mercedes, venceu depois de mais de um ano sem subir ao degrau mais alto do pódio. Chegaram a seguir: 2º) Max Verstappen (Red Bull), 3º) Lando Norris (McLaren), 4º) Oscar Piastri (McLaren), 5º) Carlos Sainz (Ferrari), 6º) Nico Hulkenberg (Haas), 7º) Lance Stroll (Aston Martin), 8º) Fernando Alonso (Aston Martin), 9º) Alexander Albon (Williams) e 10º) Yuki Tsunoda (RB). Lamentável foi a quebra do carro de George Russell, que poderia ter vencido. Verstappen não perdeu oportunidade de mais uma vez superar as expectativas. Tinha carro para chegar em 4º ou 5º lugares, no máximo. Chegou em 2º por pura competência, dele e da equipe. Com a realização do GP do Reino Unido atingimos a metade do Campeonato. As pontuações: Campeonato Mundial de Pilotos: 1º) Max Verstappen – 255 pontos, 2º) Lando Norris – 171, 3º) Charles Leclerc – 150, 4º) Carlos Sainz – 146 e 5º) Oscar Piastri – 124. Campeonato Mundial de Construtores: 1º) Red Bull – 373 pontos, 2º) Ferrari – 302, 3º) McLaren – 295, 4º) Mercedes – 221 e 5º) Aston Martin – 68. Próximo encontro: GP da Hungria – 21 de julho de 2024 Luiz Carlos Lima Visite o site do nosso colunista Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid. |