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Em meio as olimpíadas, a “silly season” acelera na IndyCar PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Thursday, 01 August 2024 00:06

Olá amigos leitores,

 

A NTT IndyCar Series está em “recesso”, assistindo as olimpíadas (não mesmo!) Mesmo sem corridas ou treinos coletivos, estão todos trabalhando para a reta final do campeonato.

 

Além disso, temos a famosa “silly season” acelerando com o pé no fundo! O que vimos antes da pausa em Toronto? Theo Pourchaire estava dentro e depois saiu... e acabou voltando. Nolan Siegel estava olhando para 2025 para lançar sua carreira completamente, mas agora ele está dentro. Alexander Rossi está dentro, mas ele precisará encontrar um novo lar porque ele deve sair em setembro. David Malukas estava fora, agora ele está dentro, mas apenas temporariamente? E Christian Lundgaard continua dentro, mas ele está indo em direção a um holofote maior. Não baixe a guarda ainda; há muita ação no horizonte. Vamos dar uma olhada em como as coisas estão indo para essa reta final de temporada.

 

Entre os pilotos que estão na categoria e são amplamente conhecidos por não terem contrato para o próximo ano, Rossi da Arrow McLaren lidera o grupo, devido à sua experiência e histórico. Malukas está ganhando terreno, no entanto, após suas performances de destaque pela Meyer Shank Racing em Laguna Seca e Mid-Ohio. A Ed Carpenter Racing tem o outro agente livre conhecido em Rinus VeeKay, que passou pelo processo no ano passado, quase saiu, mas assinou uma extensão de um ano.

 

 

Antes do retorno de Malukas, eu tinha VeeKay logo atrás de Rossi como o principal talento restante no mercado, mas, pelas minhas ligações no paddock esta semana, Malukas passou à frente de VeeKay e, em casos selecionados, à frente de Rossi. Das equipes existentes com vagas precisando de pilotos em 2025, é a Dale Coyne Racing com seus carros #18 e #51, Meyer Shank com o #66 atualmente ocupado por Malukas e Rahal Letterman Lanigan Racing com o #45 que será desocupado por Lundgaard, que deve ir para a Arrow McLaren.

 

Há outras equipes que também podem estar abertas para negócios, e algumas podem surpreender os fãs. A maioria nessa categoria está buscando o “unicórnio mais raro das corridas”: pilotos rápidos e bem financiados. Vamos começar pela relação entre vagas e candidatos. No topo da lista aqui está Theo Pourchaire, cuja breve incursão na Arrow McLaren despertou o interesse de vários donos de equipe. Se há uma desvantagem para o campeão da Fórmula 2 (que tem contrato com a Arrow McLaren, mas não tem carro pra correr e com a volta de Alexander Rossi deve voltar ao “banco de reservas”), é como, em muitos casos, as equipes que adorariam contratá-lo também têm déficits orçamentários para resolver. Como disse um dono de equipe, “Pourchaire, mais dinheiro, seria a situação perfeita”.

 

 

Infelizmente, o francês não é um piloto com uma “mala de dinheiro” nas mãos, e suas opções são limitadas às poucas equipes que estão procurando contratar. Há um punhado de outros nomes entre aqueles que estiveram na série este ano, como Callum Ilott, Toby Sowery e Tristan Vautier, que têm trabalhado duro para fazer mais ou gostariam de receber um chamado para continuar, mas Pourchaire foi o primeiro “outsider” mencionado pelos donos de equipe dentro deste grupo. Também temos Hunter McElrea, que acabou de completar seu primeiro teste e pode correr pela Coyne em breve.

 

Com o anúncio de Carlos Sainz Jr. como piloto na Williams ao lado da Alex Albon para 2025 definiu a falta de um lugar para Logan Sargeant, que não descarta uma volta à terra natal. O empresário do piloto tem feito contatos na categoria, mas uma coisa foi deixada clara: o piloto da Williams está interessado na IndyCar ou em carros esportivos, mas quer ser pago para dirigir. Sargeant tem sido falado de forma positiva por vários proprietários. Mas com tão poucas equipes com orçamento para contratar um piloto, há alguns veteranos da IndyCar que têm mais probabilidade de obter o aceno antes de Sargeant, o que pode limitar suas opções.

 

 

O que pilotos de F2 têm feito em uma taxa crescente nesta década é colocar seus empresários para ligar para os proprietários de equipes da IndyCar. O vencedor da corrida de F2 Zane Maloney, que está na P4 na classificação da F2, é um nome a ser observado, e o vice-líder da temporada, Gabriel Bortoleto, é outro nome que vem sendo falado em relação à busca por uma vaga na IndyCar. Ele é piloto de testes da McLaren na Europa e Zak Brown teria prometido um teste com carros da IndyCar para ele ainda este ano. Seria uma surpresa se eles fossem os únicos dois da F2 que estão caçando vagas na IndyCar.

 

 

Mesmo havendo este interesse crescente de pilotos sem lugar na Fórmula 1 e os novos talentos da Fórmula 2, temos nos Estados Unidos o programa Road to Indy e os pilotos que hoje estão na Indy NXT. Louis Foster e o segundo colocado no campeonato, Jacob Abel, estarão prontos para se formar no final da temporada, e entre os pilotos da categoria. Atrás deles que estão em seu segundo ano (ou mais) na série, Reece Gold, Jamie Chadwick, James Roe e Josh Pierson estão tentando reunir condições para tentar subir para a IndyCar. A incógnita é Caio Collet. O piloto brasileiro tem uma vitória na temporada, alguns pódios e é o P3 no campeonato. Talento não falta, mas o dinheiro... como é o seu primeiro ano, ficar mais uma temporada e tentar o título NXT pode ser uma opção. Aos com mais temporadas, olhar para a IMSA ou outra forma de corrida para continuar suas carreiras precisa estar entre as possibilidades.

 

 

Peguemos agora o grande grupo da NXT, adicione-os aos pilotos de F1/F2 que conhecemos, mais aqueles que não conhecemos a aqueles que já estão na IndyCar ou perto dela e temos um jogo de números de assentos e número de candidatos que deixará a maioria deles de fora quando chegarmos à abertura do campeonato de 2025 em março. O conjunto de opções pode se ampliar além das seis vagas que Coyne, Meyer Shank, PREMA e Rahal Letterman Lanigan podem vir a oferecer. Tem gente em outras equipes que podem se despedir de seus carros ao final da temporada.

 

Na A.J. Foyt, de acordo com o presidente da equipe Larry Foyt, a dupla não assinou além de 2024, o que significa que a mudança é possível. À luz do ritmo recém-descoberto da equipe, ela despertou muito interesse de outros pilotos. Ele disse que está “conversando” com seus pilotos, mas não foi além disso. Essa é a mesma situação na Ed Carpenter Racing, onde sua dupla Rinus VeeKay e Christian Rasmussen, que em Mid-Ohio geraram o melhor desempenho de qualificação e resultado de corrida de sua campanha de estreia, também não têm garantia para 2025. Ed Carpenter – que confirmou seu retorno aos ovais no ano que vem – disse que pretende manter seus pilotos, mas que está analisando suas possibilidades considerando um “mercado de pilotos interessante”.

 

 

Ricardo Juncos, que continua com o sonho de levar a IndyCar Series para correr na Argentina, vem na sua luta diária pela sobrevivência. Apesar de seus lampejos competitivos com Romain Grosjean, a equipe tem lutado para encontrar patrocinadores para apoiar o programa. E com Augustun Canapino uma posição à frente de Sting-Ray Robb na retaguarda do campeonato, a Juncos Hollinger é outra equipe que não tem garantia de ter a mesma aparência quando retornar em 2025. Quem pode estar com o futuro em risco é o brasileiro Pietro Fittipaldi. Apesar da iminente saída de Christian Lundgaard, que pode vir a ser substituído por Juri Vips, mas Bob Rahal desconversa em todas as abordagens, mas evidentemente o fator financeiro vai pesar tanto (ou até mais) que o técnico diante do número de possibilidades entre os interessados na categoria.

 

Eu ainda teria o que falar sobre a Meyer Shank Racing, mas vou desafiar o quatro vezes vencedor da Indy500, Helio Castroneves, meu colega colunista no site Nobres do Grid a falar sobre o futuro dos seus pilotos. Sobre a Prema, eu falo na próxima semana.

 

Vamos acelerar!

Sam Briggs

Fotos: site IndyCar Media

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.