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A Prema vem aí... o que podemos esperar? PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Tuesday, 13 August 2024 00:02

Olá amigos leitores,

 

As olimpíadas terminaram. Vencemos, mas a supremacia de outras edições não se fez mostrar, nem no basquete com nossas estrelas. Precisaremos melhorar para Los Angeles.

 

Página virada e vamos acelerar para a reta final da temporada 2024 da IndyCar Series. No próximo domingo teremos corrida no WWTR em Madison, Illinois e será uma temporada de ovais que decidirá o campeão deste ano.

 

Mas antes de voltarmos a fazer os comentários sobre as corridas, tem mais um assunto que venho pesquisando há meses para escrever e é um assunto que tem gerado muita expectativa para a temporada 2025: a chegada da Prema Racing no grid da categoria norte americana de monopostos.

 

A chegada de uma equipe de sangue europeu na categoria para disputar um campeonato de monopostos nas américas é um fato histórico. Incursões no passado já aconteceram e com vitórias como as da Lotus na Indy500 nos anos 60 e tem a quase ida da Ferrari para o campeonato nos anos 80 onde até um modelo da icônica fábrica italiana foi construído, mas esse carro nunca veio para nossos ovais.

 

 

Mas agora é diferente: a Prema Racing vai disputar a temporada 2025 da IndyCar Series e já encomendou cinco Dallara DW12s junto à fábrica italiana dos carros da categoria. Mas a encomenda não parou por aí: o primeiro pedido de peças de reposição foi na casa de sete dígitos! Um vasto espaço em Indianápolis está passando por uma reforma completa e conversão na nova oficina da equipe. Vários veículos, entre caminhões, tratores e reboques foram encomendados para dar suporte à equipe e servir como sua base móvel durante o calendário de 17 corridas do ano que vem.

 

De todas as maneiras imagináveis, a equipe Prema Racing, comandada por Rene Rosin e Angelina Ertsou, fez grandes investimentos em seu primeiro desafio na IndyCar Series. Para chefiar as operações direto de Indiana, fizeram a contratação de um profissional de muita experiência: Piers Phillips será o CEO na IndyCar para o programa de dois carros da IndyCar Series, deixando claro que o domínio que a equipe tem nas categorias de acesso na Europa será a referência para o que pretende a equipe se colocar no grid já a partir de 2025. Ele tem no currículo passagens pela Schmidt Peterson Motorsports e depois a Rahal Letterman Lanigan Racing – equipes com longas histórias na IndyCar, mas esse será seu “desafio da vida”: começando um projeto do zero!

 

 

Piers Phillips terá recursos, mas não ilimitados. Grande parte do que a Prema espera de seu CEO é a boa gestão de recursos e pessoal para a primeira temporada e as temporadas seguintes. Uma “economia” foi feita com a aquisição de 5 e não 6 carros, considerando que cada inscrição, cada piloto, tem um carro oval e um de circuito, havendo uma enorme quantidade de trabalho e atenção que vai para os carros de speedway, bem como para os carros de circuito.

 

Nessa configuração, cada piloto terá um carro principal e um reserva, havendo um grande pacote de sobressalentes e um carro completo para atender qualquer necessidade adicional. Este quinto chassi ainda poderá ser usado para qualquer tipo de teste: teste de equipamento, teste de amortecedor, teste aerodinâmico, etc., sem comprometer ou interferir nos carros de corrida reais. Olhando para o cronograma e olha para o trecho exaustivo que há no meio da temporada, essa estratégia vai propiciar à equipe uma melhor oportunidade de produzir os melhores carros de corrida.

 

 

Uma preocupação que os dirigentes da equipe tem é o fato de não terem (a princípio) como testar antes de janeiro de 2025. Entre o final da temporada de 2024 até a primeira semana de 2025 o foco da equipe será “arrumar a casa”. Não dá para começar o ano deixando para “ver como é que fica”, pra ver o que fazer. Não! 2025 é hora para por o carro na pista e acelerar. As pessoas que estão chegando para a equipe estão, segundo Phillips, a mentalidade de sucesso da equipe nas categorias onde corre está sendo assimilada pela equipe e colocada em prática dentro do cronograma de instalação estabelecido. Até o momento, tem apenas um “pequeno detalhe” que não está sendo falado (certamente está, mas está sendo muito bem escondido): quem serão os pilotos!

 

Como falei nas duas colunas anteriores sobre a “Silly Season”, a oferta de pilotos para a próxima temporada está gigantesca. Não lembro de tanta gente interessada em correr na IndyCar Series como temos visto nos últimos anos de uma forma geral e neste ano em particular. Some-se a isso a redução de pessoal em equipes como a Ganassi, a temperatura subiu e a “prateleira do supermercado” está repleta de ofertas.

 

 

Olhando internamente nas categorias de acesso da própria Prema, olhando outras equipes que competem contra a equipe e que não estão com grandes perspectivas de conseguir entrar na Fórmula 1 e hoje competindo na Europa, além da disponibilidade dos pilotos vindo da Indy NXT e de equipes da IndyCar Series que vão estar disponíveis nos Estados Unidos, a situação da Prema é bastante confortável. Quem serão os pilotos?

 

Essa é a pergunta e eu apostaria em um nome: Alexander Rossi. Ele ficou apenas um ano na Arrow McLaren após uma longa trajetória na Andretti Global. Conhece bem a categoria, anda bem em todos os tipos de circuitos e pode ser a referência de desenvolvimento e acerto dos carros da equipe. A saída dele está anunciada. O destino ainda não e isso permite que especulemos à vontade em torno de seu nome. Quanto ao segundo nome, a lógica apontaria para um piloto competente, rápido, preferencialmente com alguma milhagem na categoria e com uma bolsa cheia de dólares para ajudar nas contas da equipe. Muita gente acha que o piloto será Logan Sargeant. Eu olho com certa desconfiança sobre isso... Por enquanto, aposto apenas no Rossi.

 

 

Agora chega de especulações e vamos para as expectativas. Afinal, teremos corrida neste final de semana e a disputa pelo título está completamente aberta. Alex Palou não tem a vantagem que tinha no ano passado e vai ter que fazer mais se não quiser ver o título deste ano escorrer entre seus dedos e cair nas mãos de algum piloto da Penske ou mesmo de Scott Dixon, que sempre tem um truque na manga do macacão.

 

Vamos acelerar!

 

Sam Briggs

Fotos: site IndyCar Media

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid. 
Last Updated ( Tuesday, 13 August 2024 12:15 )