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Bortoleto é líder na F2. Câmara é mais líder na FRECA e Collet é pódio em oval PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Sunday, 15 September 2024 19:27

Alô galera que lê os Nobres do Grid... Salve Jorge!

 

Este final de semana tivemos muita ação com brasileiros nas pistas da Europa e dos Estados Unidos. A FIA Fórmula 2 fazia sua antepenúltima etapa do campeonato em Baku, Azerbaijão, com Gabriel Bortoleto em alta e motivado após Monza, além de Enzo Fittipaldi, superando-se com a Van Amersfoort. No Red Bull Ring, Rafael Câmara ia para a antepenúltima etapa da Fórmula Regional com 61 pontos de vantagem na liderança do campeonato e Pedro Clerot buscando ser o melhor dos novatos. Nos Estados Unidos, a Indy NXT ia encerrar o campeonato no oval de Nashville, com Caio Collet melhorando a cada corrida.

 

Ainda tivemos a etapa da FIA Fórmula 4 espanhola, onde Filippo Fiorentino e Gabriel Gomez buscavam marcar seus primeiros pontos, mas que vou ter que deixar para comentar em outra coluna para evitar de fazer um textão (o que não consegui) e irritar as editoras do site.

 

FIA Fórmula 2

A categoria de acesso à Fórmula 1 chegou a sua antepenúltima etapa do campeonato com a disputa em aberto e com Gabriel Bortoleto tendo chances de conquistar o título. A pista com a reta mais longa do campeonato daria aos pilotos um efeito de vácuo tão grande quanto o Monza, mas sem as áreas de escape da pista italiana. Os pneus disponibilizados para a etapa foram os macios e os supermacios, o que pode criar problemas de desgaste excessivo nas corridas.

 

 

Abertos os boxes para os 45 minutos de treino (que o colunista não teve como assistir ao vivo por estar no seu turno de trabalho na CSN). Depois de duas voltas de aquecimento de pneus os pilotos começaram a acelerar e nas primeiras voltas rápidas Enzo Fittipaldi e Gabriel Bortoleto estavam, provisoriamente na P7 e P8, mas os tempos foram caindo e na segunda passagem, a primeira pra valer, Enzo Fittipaldi virou em 2m02,689s. Gabriel Bortoleto fez 2m03,670s.

 

Entramos no 2° terço do treino e os tempos continuaram caindo e Enzo Fittipaldi baixou de 2 minutos, fazendo 1m59,550s. Gabriel Bortoleto estava tendo problemas pra fazer uma volta limpa e mesmo pegando um vácuo ficou apenas com 2m01,078s. Enzo Fittipaldi continuava rápido e virava uma volta em 1m58,244s enquanto Gabriel Bortoleto não conseguiu melhorar sua volta pelas bandeiras amarelas nos setores 1 e 2, que terminaram em uma bandeira vermelha com Josep Maria Marti rodado após o castelo. Apareceram alguns pingos de chuva e isso manteve os carros nos boxes mesmo depois da bandeira verde quando começou a cair um pouco mais de água.

 

 

Entramos no terço final do treino e todo mundo continuava nos boxes até que Paul Aron foi “sentir a pista” ainda com pneus macios, uma vez que não caía água suficiente para exigir os pneus de chuva. Dificilmente os tempos iam melhorar, mas os pilotos começaram a ir pra pista... e Oliver Goethe pregou numa barreira de proteção com 7 minutos para o final do treino e o treino acabou! Enzo Fittipaldi ficou com o tempo mais rápido do treino. Gabriel Bortoleto ficou com a P16, mas numa condição irreal para o potencial do carro e, claro, do piloto. Os pilotos só saíram no final para fazerem o treino de largada.

 

Depois do treino livre da Fórmula 1 os pilotos da FIA Fórmula 2 retornaram à pista para o treino de classificação, agora usando os pneus supermacios. Depois dos bons resultados de Enzo Fittipaldi e Kush Maini (companheiro de Gabriel Bortoleto) no treino livre, os 30 minutos que certamente veríamos os pilotos indo para a pista o quanto antes para buscarem logo uma volta rápida para tentar evitar o risco de potenciais bandeiras vermelhas durante a sessão.

 

Abertos boxes foram todos pra pista rapidamente e, assim como em Monza, o uso do vácuo seria fundamental, especialmente na reta principal de mais de 2 km. Como a volta é muito longa (quase 2 minutos) erros não seriam tolerados e enquanto Enzo Fittipaldi marcou 1m57,608s, Gabriel Bortoleto fez 1m56,932s. Os tempos certamente iriam cair e uma bandeira amarela com Dennis Hauger parado em uma área de escape atrapalhou a volta de muita gente.

 

 

Depois de uma volta para resfriar os pneus os pilotos partiram para uma nova volta rápida e Enzo Fittipaldi melhorou seu tempo para 1m56,815s. Logo em seguida Gabriel Bortoleto também melhorou, indo para 1m56,516s. Os mais rápidos já estavam virando na casa de 1m55s e antes daquela entrada nos boxes para colocarem o segundo jogo de pneus Gabriel Bortoleto era o P7 e Enzo Fittipaldi o P10 provisórios. Isack Hadjar, líder do campeonato, era só o P9. Gabriel Bortoleto abriu uma nova volta, mas não vinha rápido e seguiu para os boxes.

 

Faltavam 10 minutos para o fim do treino quando os pilotos começaram a retornar para a pista. E antes que fossem abertas voltas rápidas tivemos a bandeira vermelha com os dois carros da equipe Campos, Isack Hadjar e Josep Maria Marti, passando direto no final da reta e bateram na barreira de proteção com um evidente problema dos freios. Restavam 4m14s para o final do treino e isso deixava a todos sob imensa pressão, com uma volta para aquecer os pneus e dar 1 volta rápida (se não tivéssemos nenhum outro problema).

 

 

Quando o box foi reaberto, depois que reajustaram a barreira de proteção, os pilotos foram para a pista e Enzo Fittipaldi puxava a fila e não gostou nem um pouco dessa condição, pois não teria vácuo. O brasileiro pagou caro já no setor 1 e completou sua volta sem melhorar de posição. Gabriel Bortoleto marcou 1m55,330s e ficou com a P6, tendo uma boa posição de largada para as duas corridas. Enzo Fittipaldi, prejudicado, ficou com a P16, com 1m56,686s.

 

Depois do treino livre da Fórmula 1 os pilotos da FIA Fórmula 2 retornaram à pista para a corrida Sprint. E para Gabriel Bortoleto as coisas ficaram mais interessantes após a punição de Isack Hadjar, que terá que largar na P20. Durante os treino livre da Fórmula 1 tivemos uma chuva fina que não era o suficiente para molhar a pista, mas conseguia reduzir a aderência e era um risco a mais, especialmente em um circuito de rua. Gabriel Bortoleto largava na P5 com a inversão do grid e Enzo Fittipaldi teria que fazer uma corrida de recuperação largando da P15.

 

 

A largada atrasou em 5 minutos e os pilotos estavam todos largando com pneus macios para as 21 voltas. Após a volta de apresentação os pilotos retornaram às suas posições o grid e, apagadas as luzes vermelhas Gabriel Bortoleto largou na prudência para evitar problemas e caiu para a P8, a mesma coisa fez Enzo Fittipaldi, que caiu para a P17. Na 2ª volta o DRS foi liberado e Gabriel Bortoleto apertou o ritmo para poder abrir asa para cima de Zane Maloney e escapar de Luke Browning. Enzo Fittipaldi vinha de asa aberta pra cima de Isack Hadjar.

 

Na volta seguinte Gabriel Bortoleto se aproximou mais um pouco no setor 1, mas perdeu no setor 2, mas no fechamento da volta 5 ele teve como abrir a asa móvel, mas todos os 10 primeiros, exceto o líder, estavam de asa aberta. Enzo Fittipaldi tinha à sua frente Juan Manuel Correa e não conseguia sair da P17. Enzo Fittipaldi estava num enorme perde-e-ganha com Juan Manuel Correa, Josep Maria Marti e Amaury Cordeel. Na volta 9 o brasileiro chegou a ganhar a P15, mas terminou voltando pra P17.

 

 

Chegamos na metade da corrida e Gabriel Bortoleto não conseguia se aproximar da disputa entre Zane Mloney e Victor Martins, mas quando o francês recuperou a P6 deixou o barbadiano vendido na volta seguinte, mas o brasileiro não conseguiu fazer a ultrapassagem e na volta 12 seu perseguidor passou a ser Kimi Antonelli. Na abertura da volta 13 Gabriel Bortoleto finalmente conseguiu superar Zane Maloney, mas a briga deixou o brasileiro 4s atrás do 6º colocado, mas Gabriel Bortoleto já foi reduzindo essa diferença.

 

 

Enzo Fittipaldi conseguiu superar e despachar Josep Maria Marti enquanto à frente, Kimi Antonelli tomou a posição de Gabriel Bortoleto com ajuda da asa móvel. Na volta 15 Ritomo Miyata bateu forte na proteção e tivemos a entrada do safety car, que agrupou o pelotão. Enzo Fittipaldi herdou a P15, mas com apenas 6 voltas para o final, seria difícil e com isso Enzo Fittipaldi foi para os boxes e colocou pneus supermacios para tentar algo diferente e voltou na P17.

 

O trabalho de recuperação no Azerbaijão não costuma ser rápido e a relargada veio só na abertura da volta 18 e Gabriel Bortoleto relargou de forma espetacular e superou Kimi Antonelli e Kush Maini na primeira curva. Duas curvas depois bateu rodas com Christian Mansell e saiu da P8 pra P5, mas estava a 2s de Victor Martins e precisava segurar Paul Aron. Enzo Fittipaldi também relargou bem e ganhou várias posições subindo para a P13.

 

 

Gabriel Bortoleto não conseguia se aproximar de Victor Martins e precisava manter Paul Aron longe o suficiente para não ser atacado. Ele abriu a última volta com uma vantagem não muito grande sobre o estoniano e precisava se manter distante para evitar perder a P5 nas voltas finais e conseguiu manter a posição para fazer mais 3 pontos. Enzo Fittipaldi fez o que podia, mas não conseguiu ir além da P13, mesmo com os pneus supermacios.

 

Domingo pela manhã tivemos a corrida principal do final e semana, com a troca obrigatória dos pneus e ficou visível que, mesmo com a abertura da asa móvel não estava resolvendo totalmente a questão das ultrapassagens e a estratégia de trocas de pneus, de com qual pneu largar e os potenciais acidentes e entradas de safety car (ou mesmo bandeiras vermelhas). Gabriel Bortoleto largava na P6 etinha tudo pra sair de Baku líder do campeonato enquanto Enzo Fittipaldi teria que voar pra chegar nos pontos.

 

 

Após a volta de apresentação os pilotos voltaram às suas posições no grid e, apagadas as luzes vermelhas, tivemos a largada para as 29 voltas. Gabriel Bortoleto largou com pneus supermacios e tivemos um acidente gravíssimo com Kush Maini ficando parado e sendo acertado por outros carros. Gabriel Bortoleto ficou na sua P5 e Enzo Fittipaldi, largando com os supermacios, conseguiu escapar de bater em Maini e era o P 13. A direção de prova deu bandeira vermelha!

 

Levaram pouco mais de meia hora para os carros serem retirados e a pista limpa para termos a relargada, que foi com os carros em movimento na abertura da volta ... e a corrida ia terminar por tempo e não pelo numero de voltas. Os carros saíram dos boxes com o relógio marcando 34 minutos e foram dadas duas voltas para termos a bandeira verde. Com isso não teríamos a pontuação completa, uma vez que não seriam dadas 75% ou mais das voltas programadas. Menos voltas e menos tempo atrapalhava as chances de Enzo Fittipaldi pontuar.

 

 

Gabriel Bortoleto largou bem e manteve sua posição, assim como Enzo Fittipaldi, que teria que chegar na P8 pra pontuar. Gabriel Bortoleto vinha colado em Zane Maloney e Enzo Fittipaldi era atrapalhado pela briga de Dennis Hauger e Luke Browning, que já perdia contato com o P10. Gabriel Bortoleto não estava acompanhando Zane Maloney e Joshua Durksen estava se aproximando do brasileiro. Quando liberaram o DRS, na volta 4, Bortoleto ficou mais próximo do barbadiano.

 

 

Enzo Fittipaldi não estava conseguindo atacar Luke Browning que não passava Dennis Hauger, e perdeu o direito a abrir asa. Na volta 7 os pilotos tiveram os boxes abertos e os primeiros carros começaram a parar. Na volta 8 os carros da frente começaram a parar. Gabriel Bortoleto foi chamado na volta seguinte. Enzo Fitipaldi ficou na pista. Zane Maloney queimou a linha de saída dos boxes e duas curvas depois o barbadiano errou, levou um toque de Kimi Antonelli e estragou a corrida, entregando a P4 virtual para Gabriel Bortoleto. Enzo Fittipaldi continuava na pista, liderando, com 10 voltas de corrida e 12 minutos para o final.

 

 

Na volta 11 Enzo Fittipaldi foi para os boxes e voltou na P11, superando Christian Mansell e Dennis Hauger, mas com pneus frios foi superado, voltando pra P13. Gabriel Bortoleto estava a 2,6s de Kimi Antonelli e tinha 1,3s de vantagem para Joshua Durksen. Isack Hadjar era o único que não havia parado e torcia por um safety car para entrar nos pontos. A 9 minutos do fim Hadjar parou e Gabriel Bortoleto era o P4, virando mais rápido que Kimi Antonelli. Enzo Fittipaldi era o P12.

 

 

Gabriel Bortoleto continuava se aproximando de Kimi Antonelli e com a projeção de pontos para o número de voltas que deveriam ser completadas, o brasileiro ia assumir a liderança do campeonato e vinha tentando fazer a volta mais rápida, mas era superado na sequência por Gabriele Mini... que bateu na proteção na volta 15 e Gabriel Bortoleto marcou novamente a volta mais rápida forçando o italiano ao erro que provocou o virtual safety car... o que acabou com a corrida! Gabriel Bortoleto marcou 11 pontos e assumiu a liderança do campeonato com 169,5 pontos, 4,5 a mais que Isack Hadjar. Enzo Fittipaldi terminou na P11 e não pontuou, ficando na P13 no campeonato, com 61 pontos. Corrida agora só no oriente médio, daqui há 2 meses e meio.

 

Fórmula Regional Europeia

Os pilotos da Fórmula Regional Europeia não tiveram tempo para respirar e foram para a Áustria disputar a 8ª etapa da temporada com Rafael Câmara tendo ampliado sua vantagem sobre Tuukka Taponen na etapa anterior. Pedro Clerot também conseguiu bons pontos para reduzir sua desvantagem na disputa do título entre os pilotos novatos e o rápido e desafiador circuito da Red Bull era “a roda da vez”.

 

 

Nos treinos livres realizados na quinta-feira, os 29 pilotos que foram para a pista encararam chuva e piso molhado pela manhã. Rafael Câmara conseguiu o 3° melhor tempo com 1m40,407s, 142 milésimos mais lento que Evan Giltaire. Pedro Clerot ficou com a 9ª melhor marca ao fazer 1m40,876s, 611 milésimos atrás do mais rápido na sessão. A previsão do tempo ainda era de chuva para o dia seguinte.

 

 

A previsão meteorológica se confirmou na segunda sessão de treinos livres, na sexta-feira, mas o volume de chuva foi menor e no final a pista já não tinha tanta água o que fez os tempos mais rápidos serem uma questão de oportunidade. Pedro Clerot ficou com o 2° melhor tempo, marcando 1m34,273s, 227 milésimos mais lento que James Wharton. Rafael Câmara veio logo a seguir, fazendo sua melhor passagem em 1m34,403s, a 357 milésimos da P1.

 

Na manhã do sábado tivemos a sessão de treino classificatório para a corrida do sábado. Na hora do treino o céu estava nublado, mas não tínhamos chuva e a pista estava seca, permitindo os pilotos usarem os pneus slicks. Como sempre os pilotos estavam divididos em dois grupos e no grupo A estava Rafael Câmara. Aberto os boxes os pilotos não demoraram a irem para a pista. Nesta pista, o vácuo era fundamental para se conseguir uma boa volta.

 

 

Após aquecerem os pneus nas primeiras voltas, nos 8 minutos finais os pilotos começaram a virar voltas rápidas. Em sua primeira volta rápida Rafael Câmara marcou a P2 provisória (mas a transmissão não colocou os créditos). Na segunda passagem, 1m28,266s e estava dando vácuo para James Wharton. A volta do brasileiro foi deletada por track limits e caiu para a P13 provisóriana volta seguinte ele resfriou os pneus, trocou de lugar com James Wharton que era o P1 provisório e na volta seguinte ele marcou 1m27,167s para ter a P3 faltando 2 minutos para o final do treino. Havia tempo para mais uma volta, mas começou a chover no setor 3. Ainda assim os pilotos tentaram, mas só Roman Bilisnki melhorou, jogando Rafael Câmara para a P4.

 

Em seguida vieram os pilotos do grupo B, onde estava Pedro Clerot. Assim como o primeiro grupo, os pilotos foram fazendo o aquecimento de seus pneus nas primeiras voltas para na segunda metade dos 15 minutos começaram a virar voltas rápidas. Em sua primeira passagem Pedro Clerot conseguiu uma volta que o colocou na P5 provisória. A segunda volta de Pedro Clerot foi bem melhor, em 1m27,402s, colocando-o na P2 provisória a 5 minutos do final do treino.

 

 

Pedro Clerot veio melhorando e fez 1m27,125s, mesmo errando no último setor. Nos dois minutos finais os pilotos baixaram um pouco a temperatura dos pneus para fazerem mais uma tentativa e conseguiu melhorar seu tempo de volta para 1m27,095s. Apesar de não conseguir a P1, ainda assim, manteve uma excelente P2 para largar na segunda fila. Para o campeonato (de Rafael Câmara), Tuukka Taponem foi apenas o 8° colocado no grupo B.

 

Quatro horas depois os pilotos retornaram à pista para a primeira das duas corridas do final de semana. O céu continuava coberto por nuvens pesadas. Chovia leve e fazia um frio de 7°C. Na ida para o grid, Edgar Pierre saiu da pista, ficou na brita e nem largou. Pedro Clerot largava na P4 e Rafael Câmara na P7. Os pilotos – até onde percebi – estavam todos com pneus de chuva. Após a volta de apresentação (onde Ugo Ugochukwu escapou no mesmo lugar de Edgar Pierre) os pilotos retornaram ao grid e, apagadas as luzes vermelhas para os 30 minutos +1 volta, foi dada a largada.

 

 

Pedro Clerot largou mal e perdeu posições. Rafael Câmara largou pior ainda. Pedro Clerot se recuperou e voltou para a P5. A largada de Rafael Câmara foi desastrosa e o brasileiro caiu para 18°, mas as coisas ainda iam piorar para nós. Pedro Clerot escapou na curva 2 e, na curva 5, foi empurrado pra caixa de brita e assim foi sendo superado pelo grid, indo parar na P26. Rafael Câmara era o P17 e, para sua sorte, Tuukka Taponen o P20. O safety car foi acionado pela batida de Zachary David e Ruiqi Liu.

 

 

A relargada veio na abertura da volta 4 e Rafael Câmara logo superou Kanato Le. Pedro Clerot continuava na P26. Tinhamos mais gente saindo da pista e uma batida mais fotra na curva 5 colocou o safety car de volta à pista. Alesandro Maschio bateu na traseira de Doriane Pin (no carro) e Rafael Câmara tinha superado Matteo de Palo antes da interrupção e era o P15. Melhor para Pedro Clerot que herdou muitas posições e era o P2, colado em Tuukka Taponen. Nicola Lacorte arriscou e colocou pneus slick.

 

 

A nova relargada veio na volta na volta 6 e Rafael Câmara foi empurrado por Matteo de Palo pra fora da pista na curva 1, caindo para a P16. Pedro Clerot largou bem e passou Giovani Maschio e Tuukka Taponen, mas Maschio se recuperou. Na volta seguinte Pedro Clerot passou Doriane Pin e era o P19. Rafael Câmara tomou a P15 de Nikhil Bohra na volta 9 e na volta 11 Invan Domingues pra ganhar a P14. Pedro Clerot passou Kanato Le e era o P17, mas tentando atacar Ivan Domingues escapou da pista e caiu para a P23.

 

 

Nos 7 minutos finais da corrida na volta 12 Rafael Câmara passou Enzo Deligni e tomou a P13 enquanto Pedro Clerot tentava uma nova recuperação e já era o P21. Rafael Câmara estava a 1,2s de Theophile Nael na volta 13, mas vinha voando e Pedro Clerot estava a 3,8s de Ivan Domingues. Na volta 16 Rafael Câmara era o P12, mas estava a 1,7s de Nikita Bedrin e estavam na penúltima volta. O brasileiro, líder do campeonato, conseguiu superá-lo, mas não alcançou Matteo De Palo e terminou na P11. Pedro Clerot terminou na P20.

 

Na manhã do domingo tivemos o treino de classificação da segunda corrida do final de semana. Se na quinta-feira e sexta-feira as coisas estavam complicadas com a chuva e a pista molhada, no domingo as coisas estavam piores! Muita chuva, muito frio e os pilotos e carros foram encarar a situação, como sempre divididos em dois grupos e com a perspectiva de termos uma jornada, incluindo a corrida, onde tudo poderia acontecer e isso não era bom para Rafael Câmara.

 

O primeiro dos grupos a ir para a pista foi o grupo B, onde estava Pedro Clerot. Nos 15 minutos de treino eles teriam que tentar colocar os pneus de chuva em uma temperatura minimamente aceitável para tentar virar o mais rápido possível. Nos 8 minutos finais e Pedro Clerot teve sua primeira passagem apenas na P11 provisória, mas na segunda passagem o brasileiro fez o 3° melhor tempo com 1m42,901s.

 

 

Ainda tínhamos mais 4 minutos de treino e os tempos estavam caindo. Pedro Clerot melhorou seu tempo para 1m42,866s, mas não melhorou de posição e caiu para a P7, mas na passagem seguinte o brasileiro fez uma grande volta em 1m42,353s e voltava pra P3. Ele ainda abriu uma volta nos segundos finais e conseguiu marcar 1m41,698s, firmando-se como o 3° mais rápido da sessão. Tuukka Taponen, aparentemente perdido, foi apenas o P8.

 

Em seguida veio o grupo A, onde estava Rafael Câmara e com a situação como estava, chegar bem na zona de pontos seria o suficiente para ampliar a vantagem no campeonato. Enzo Peugeot escapou da pista e provocou uma bandeira vermelha a 11 minutos do final. Depois voltarem à pista, com a chuva mais pesada, e condicionarem os pneus os pilotos partiram para as voltas rápidas nos 7 minutos finais.

 

 

Andando na frente e sem spray na cara, na primeira passagem rápida Rafael Câmara conseguiu a P2 provisória com 1m45,375s. As condições de de pista estavam ficando cada vez piores e os tempos foram subindo a cada passagem, sem a menor condição para os pilotos melhorarem seus tempos de volta. Com isso Rafael Câmara saiu no lucro, fazendo a P2 para largar na P4 na corrida.

 

As condições climáticas estavam sendo um desafio na cabeça dos chefes de equipe. Menos de 5 horas depois os pilotos tinham sol entre nuvens, a pista seca e 10°C de temperatura e todos tiveram que buscar os setup de pista seca. Rafael Câmara estava largando na P4 e Pedro Clerot na P5. Borracha na pista e trilho com menor aderência não havia e uma boa largada seria crucial para os brasileiros.

 

 

Após a volta de apresentação os pilotos voltaram às suas posições no grid e, apagada as luzes vermelhas para os 30 minutos +1 volta de corrida, Rafael Câmara largou bem e manteve a sua P4, mas acabou perdendo 2 posições na sequência, recuperando uma no final da primeira volta. Pedro Clerot não largou bem e acabou perdendo duas posições caindo para a P7 e não conseguindo recuperar na primeira volta.

 

 

Na segunda volta Rafael Câmara errou a freada pra curva 2 e bateu na traseira de Brando Badoer e quebrou sua asa dianteira. Nandha Bhiro (o nome desse cara é impronunciável e indigitável), Valério Rinicella e Tuukka Taponen se enroscaram na curva seguinte e o safety car veio pra pista enquanto Rafael Câmara ia para os Boxes. Alessandro Giusti também parou. Pedro Clerot, pra evitar os destroços, caiu pra P10. Os 3 primeiros do campeonato envolvidos em confusões em menos de 2 voltas.

 

 

A relargada veio na abertura da volta 4, com Pedro Clerot na P10 e Rafael Câmara na P21. Pedro Clerot foi para o ataque sobre Ugo Ugochukwu e ganhou também a a posição de James Wharton subindo pra P8. Rafael Câmara também ganhou 2 posições e foi pra P19. Pedro Clerot estava possuído e foi pra cia de Roman Bilinski. Na volta seguinte o brasileiro ganhou a P7. Gabriel Câmara superou Enzo Peugeot e Marta Garcia e assumiu a P17.

 

 

Na volta seguinte Rafael Câmara passou Ruiqi Liu e Romain Andriolo e foi pra P15. Evan Giltaire tentou se defender do ataque sobre Pedro Clerot, mas o brasileiro jogou duro e Giltaire foi passear na brita, com Clerot ganhando a P5 e Rafael Câmara herdou a P14. Entramos na volta 10 e Pedro Clerot tinha que se defender de James Wharton enquanto Rafael Câmara passava Nicola Lacorte e ganhava a P13. Entramos no terço final da prova enquanto Pedro Clerot defendia a P5 e atacava Matteo De Palo.

 

 

Rafael Câmara herdou a P12 com a escapada de Giovanni Maschio e superou Ugo Ugochukwu pra ganhar a P11 na curva 13. Na volta seguinte Rafael Câmara entrou no top 10 superando Ivan Domingues quando o safety car veio pra pista pelo carro de Enzo Deligni parado em posição perigosa a 4 minutos do final. O resgate foi rápido e na relargada, na volta seguinte, Pedro Clerot foi superado por James Wharton, Rafael Câmara foi para o ataque e superou Nikita Bedrin e na última volta ganhou a P8 de Roman Bilinski pra salvar uma P8 e somar 2 pontos, ampliando para 63 a vantagem sobre Tuukka Taponen (243 a 178). Pedro Clerot saiu da Áustria com 78 pontos e anida era o P8 no campeonato. A próxima etapa será em Barcelona, no final de setembro.

 

Indy NXT

A categoria de acesso à Fórmula Indy chega à sua etapa final em no Nashville Superspeedway, um circuito oval com curvas de 14° de inclinação e um novo desafio para o brasileiro Caio Collet, que teve antes da corrida o anúncio de sua renovação de contrato com a equipe HMD para a temporada 2025 da categoria. Foram duas sessões de treinos livres, seguidos da sessão de classificação, tudo no sábado, e da corrida no domingo.

 

 

Não tivemos imagens da primeira sessão de treinos livres pelo canal do youtube “IndyCar Latinos”, só um compacto da IndyCar, mas Caio Collet andou bem no trânsito e conseguiu ficar com o 4° melhor tempo, marcando sua melhor volta com uma média de velocidade de 183,367 milhas por hora, fazendo a volta em 26,1115s, numa sessão que esteve ameaçada pelo furacão Francine que ainda não está com o os riscos totalmente afastados.

 

Na segunda sessão de treinos livres no oval de 1,33 milhas e piso totalmente feito de concreto. Na segunda sessão o nosso representante não conseguiu repetir a performance e terminou a sessão com a P8, fazendo sua melhor volta das 43 completadas em 26,1622s com uma média de 183,012 milhas por hora. O treino de classificação tinha previsão para 3 horas depois, mas depois que quatro pilotos fizeram suas voltas lançadas começou a chover o treino foi interrompido.

 

 

Os pilotos chegaram a retomar os treinos, mas a chuva voltou a cair após 5 pilotos completarem suas voltas e a direção da categoria determinou o cumprimento do regulamento onde, quando não há qualificação, os pilotos largam em suas posições no campeonato. Com isso, Caio Collet estava largando na P3, na 2ª fila.

 

No domingo, felizmente sem chuva e sem atrasos, os pilotos da Indy NXT foram para o pitlane se preparar para a corrida. Eles se movimentaram no horário previsto e após as voltas de apresentação tivemos a bandeira verde. A corrida começou com Caio Collet ganhando a P2 com os problemas de Jacob Abel para largar, mas foi superado ainda na primeira volta por Christian Brooks e Salvador De Alba, mas Caio Collet reagiu rápido e na volta seguinte retomava a P2.

 

 

Louis Foster liderava e Christian Brooks era o 3° colocado. O brasileiro foi superado na primeira volta por vinha bem nas primeiras voltas, mantendo Christian Brooks a uma boa distância, mas não parecia ter ritmo para se aproximar de Louis Foster. Jacob Abel vinha se recuperando e na volta 12 Yuven Sundaramoorthy ganhou a P3 e veio se aproximando rápido de Caio Collet, que já estava a 2,8s do líder.

 

Com 20 voltas (30 milhas e aproximadamente 1/3 da prova), Caio Collet continuava na P2 e conseguia manter uma vantagem de 1,5s para Yuven Sundaramoorthy, mas o adversário vinha se aproximando enquanto o piloto brasileiro ia ficando mais distante do líder. Na volta 24 a diferença para o 3° colocado já era menor que 1s e tivemos a primeira bandeira amarela na volta 26, mas tivemos bandeira verde em 2 voltas e Caio Collet se defendia como podia de Yuven Sundaramoorthy. James Roe estava a 2s e na volta 33 o brasileiro perdeu a P2.

 

 

Era importante retomar o ritmo e seguir os pilotos da frente, voltando a abrir de James Roe, mas Caio Collet estava sobre pressão. 40 voltas de corrida e Caio Collet conseguiu se livrar da pressão de James Roe e não estava longe de Yuvem Sundaramoorthy. Nas 10 voltas que se seguiram a diferença do brasileiro para o piloto à sua frente esteve em menos de 1s. O problema foi um errinho na volta 49, que o distanciou de Sundaramoorthy e permitiu a chegada de James Roe. Os carros do P2 ao P6 ficaram muito próximos e todos se aproximaram do líder. Caio Collet estava realmente sob pressão.

 

 

Nas 10 voltas finais, após a bandeira amarela, Caio Collet lutava para se manter no pódio e estava muito próximo de Yuven Sundaramoorthy, mas também tinha colado nele James Roe. A bandeira verde era agitada a 7 voltas do final. Caio Collet se segurava como podia e não conseguia acompanhar os líderes, mas vinha fazendo sua melhor corrida em ovais até agora e a 3ª posição na corrida foi a afirmação de que ele estava no caminho correto para se consolidar nos Estados Unidos.

 

Euroformula

A categoria, hoje esvaziada, com o grid variando entre 6 e 8 carros nas etapas desta temporada fez parte do programa das corridas disputadas no Red Bull Ring. A corrida 2 foi disputada sob chuva e com pista muito molhada. Beneficiado pela inversão dos 6 primeiros do grid, Fernando Barrichello largou na pole position e entre as voltas em bandeira verde e as entradas do safety car, o piloto brasileiro andou na P2 por quase metade da prova e na volta 11 tomou a ponta onde  manteve-se e conquistou sua primeira vitória. Nas corridas 1 e 3 ele ficou na P6.

 

 

E assim concluímos assim mais um desafio, acompanhando as categorias de base com os brasileiros buscando uma oportunidade de crescer no automobilismo internacional em qualquer dos continentes pelo mundo e vamos continuar tentando manter o compromisso da coluna semanal. 

 

Um abraço a todos,

 

Genilson Santos

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid. 

 

Last Updated ( Monday, 16 September 2024 09:28 )