
O GP São Paulo, em Interlagos, foi a corrida mais caótica da temporada. Aconteceu de tudo, desde múltiplas batidas, chuva praticamente no final de semana inteiro, Verstappen com as duas mãos na taça, shows de pilotagem de quase todos os pilotos, aquaplanagens, punições e resultado final surpreendente. Tudo começou com a previsão de tempo, cada vez mais detalhada e assertiva, que indicava chuva durante todo o final de semana. As equipes acertaram seus carros para enfrentar piso molhado. A estratégia de cada uma dependeria da intensidade da precipitação em diferentes momentos da prova. Uma situação de tremenda complexidade. Choveu entre forte, médio e moderado de sexta-feira a domingo. Tudo contribuía para complicar a vida dos estrategistas. Decisões às vezes eram tomadas em intervalos de minutos. No sábado, a Sprint, disputada em 24 voltas, foi vencida por Lando Norris, à frente de Oscar Piastri, Charles Leclerc, Max Verstappen, Carlos Sainz, George Russell, Pierre Gasly e Sergio Perez, completando os oito que pontuaram. A McLaren era apontada como favorita à vitória em terras tupiniquins. Quando os carros deveriam ser liberados para a disputa da qualificação teve início uma forte chuva, a de maior intensidade dos três dias de competição. A tomada de tempos foi adiada para domingo de manhã. Verstappen, já se sabia, perderia cinco posições no grid por troca de motor. O resultado da qualificação trouxe algumas surpresas: 1º) Lando Norris (McLaren), 2º) George Russell (Mercedes), 3º) Yuki Tsunoda (RB) , 4º) Esteban Ocon (Alpine), 5º) Liam Lawson (RB), 6º) Charles Leclerc (Ferrari), 7º) Alexander Albon (Williams), 8º) Oscar Piastri (McLaren), 9º) Fernando Alonso (Aston Martin) e 10º) Lance Stroll (Aston Martin). Max Verstappen conseguiu apenas o 12º tempo, mais a perda de cinco posições, o holandês caiu para a 17ª posição de largada. Albon bateu forte e ficou fora da corrida e Stroll rodou e abandonou na primeira volta. Tudo contribuía para o sucesso de Lando Norris em Interlagos. Foi mesmo a corrida mais caótica do ano. O tempo exigia muita cautela dos participantes. Alguns pontos da pista havia mais acúmulo de água, o que provocou alguns casos de aquaplanagem (quando os sulcos dos pneus de chuva são insuficientes para absorver a água acumulada), provocando a perda, por instantes, do controle do carro. A chuva intercalava períodos de fraca, média e forte intensidade. Exigiu extrema concentração dos pilotos. Cada curva e cada reta, dependendo da quantidade de água, exigia uma abordagem diferente. Assistimos a um show de pilotagem, digno da competência de alguns dos melhores pilotos do mundo, que estavam reunidos em Interlagos.
Max Verstappen foi um espetáculo à parte. Largando da 17ª posição dificilmente chegaria na zona dos pontos, em condições normais. Mas o holandês voador é realmente o melhor piloto da atualidade. Foi ganhando uma a uma as posições, se aproveitando dos erros cometidos pelos outros, e contou com um grande golpe de sorte. O argentino Colapinto entrou em aquaplane na reta dos boxes e bateu forte. A bandeira vermelha foi acionada suspendendo a prova. A vitória caiu no colo de Max, que teve a competência de estar na posição certa e no momento certo. A sorte é o complemento, que costuma acompanhar os grandes campeões. Resultado da corrida: 1º) Max Verstappen (Red Bull), 2º) Esteban Ocon (Apine), 3º) Pierre Gasly (Alpine), 4º) George Russell (Mercedes), 5º) Charles Leclerc (Ferrari), 6º) Lando Norris (McLaren), 7º) Yuki Tsunoda (RB), 8º) Oscar Piastri (McLaren), 9º) Liam Lawson (RB) e 10º) Lewis Hamilton (Mercedes). Verstappen é praticamente campeão. Próximo encontro: GP de Las Vegas, dia 23 de novembro. Luiz Carlos Lima Visite o site do nosso colunista Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid. |