Alberto Ascari nasceu em Milão, a 13 de julho de 1918. Em 1925, aos sete anos de idade, perdeu seu pai, Antonio, que tinha 36 anos, considerado um dos melhores pilotos da Europa, durante a disputa do GP da França. Contrariando o desejo da família, Alberto começou a participar de corridas de motocicletas aos 18 anos. Depois de uma pequena experiência com competições automobilísticas antes da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), a partir de 1947 ingressou na equipe Maserati, numa disputa desigual com os superiores Alfa Romeo. Mesmo assim conseguiu algumas vitórias, nos GPs de San Remo e Peron e na Copa Acerbo, em 1948. Contratado pela Ferrari em 1949 já começou vencendo duas provas de Fórmula 2 , os GPs de Bari e Reims. Continuou na equipe italiana quando foi criado o Campeonato Mundial de Pilotos, no ano de 1950. A equipe Alfa Romeo dominou o primeiro Campeonato da Fórmula 1, com Giuseppe Farina, Juan Manuel Fangio e Luigi Fagioli nas primeiras posições. Ascari terminou ainda em quinto lugar com a Ferrari ainda dando os primeiros passos como construtora. 1951 marcou o primeiro ano do duelo Fangio (Alfa Romeo) x Ascari (Ferrari). De oito GPs disputados Fangio venceu dois (Suiça e Espanha) e Ascari venceu dois (Alemanha e Itália). Fangio foi campeão com 31 pontos e Ascari vice com 25.
O público aguardava ansiosamente por árduas batalhas entre os dois em 1952. Mas Fangio sofreu um grave acidente em Monza. Ferido principalmente no peito e no pescoço, ficou imobilizado por cinco meses, se afastando das pistas o ano inteiro. Alberto Ascari teve a competência de não perder a oportunidade de ser campeão. Venceu seis GPs dos oito do calendário. 
1953 foi uma repetição do duelo de 1951, com o campeão invertido. Ascari foi campeão, sempre fiel à Ferrari contra o Maserati de Fangio, que havia trocado de equipe depois da Alfa Romeo deixar as competições. Foram cinco vitórias de Ascari contra uma de Fangio. A grande briga, o “tira-teima”, foi projetado para 1954. Ascari participou de duas corridas com Maserati, uma com Ferrari e uma com Lancia e a temporada se resumiu a quebras em todas. Depois de duas corridas pela Maserati, Fangio foi contratado pela Mercedes e aí se tornou imbatível. Foram seis vitórias das oito disputadas. Como seria 1955? Depois de não pontuar na Argentina, com seu Lancia, Ascari foi protagonista do acidente mais curioso da história da Fórmula 1: depois de bater numa chicane seu carro caiu dentro do mar, durante a disputa do GP de Mônaco. O italiano chegou a afundar com o carro, mas conseguiu rapidamente deixar o cockpit. Foi um susto e tanto, mas o grande piloto sofreu apenas ferimentos leves. Naquela época ainda não era utilizado o cinto de segurança. No dia 26 de maio de 1955, apenas quatro dias depois de Mônaco, convidado por Eugenio Castelotti, Alberto Ascari testou um Ferrari Esporte em Monza. Na terceira volta Ascari perdeu o controle do carro (mistério nunca desvendado) e capotou duas vezes, vindo a falecer alguns minutos depois devido às lesões sofridas. Aos 36 anos de idade, como seu pai. Pergunta: Fangio teria sido pentacampeão mundial se Alberto Ascari não morresse? Luiz Carlos Lima  Visite o site do nosso colunista
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