Caros amigos, o inverno brasileiro está terminando, assim como os campeonatos de automobilismo começam a saudar seus primeiros campeões, aqueles que conquistaram o título com algumas provas de antecedência, como foi o caso do francês Romain Grosjean na GP2 e do Brasileiro Felipe Nasr na Fórmula 3 inglesa. Outros, como a NASCAR e do Brasileiro de Marcas, só devem ser decididos na última prova. Antes de entrar nos assuntos dos campeonatos pelo mundo, temos que voltar à cerimônia de celebração dos 50 anos da CBA para uma justíssima homenagem a um dos mais importantes personagem da história do automobilismo neste país: o ‘Barão’ Wilson Fittipaldi, que recebeu uma placa de agradecimento das mãos do presidente da FIA, Jean Todt, que provavelmente não sabia que o pai dos “Fittipaldis da F1” era alguém com uma história tão rica. Com extrema lucidez, apesar dos 91 anos, o ‘Barão’ não poupou críticas aos políticos cariocas (e consequentemente ao senhor Carlos Arthur Nuzman), responsáveis diretos pela destruição do Autódromo Internacional Nelson Piquet. Com a autoridade que a história lhe concede, exigiu que as autoridades cumpram com o prometido – e assinado – e construam o novo autódromo, que será (caso realmente saia do papel) em Deodoro, deixando a área do atual circuito à mercê da especulação imobiliária. Logicamente foi aplaudidíssimo, mas a realidade é bem distante daquela do Copacabana Palace. O 'Barão' Wilson Fittipaldi recebendo a placa em homenagem a tudo que ele fez pelo nosso automobilismo, linhagem inclusa!
Há pouco mais de um mês, representantes da prefeitura carioca pediram alterações no projeto inicialmente apresentado para Deodoro. Os vetos atrasaram a redação do edital de licitação, que estava previsto para ser publicado neste mês. Agora, com as correções realizadas, o próximo passo é correr para finalizar um novo edital de obras. A expectativa é conseguir divulgar ainda em outubro. A inauguração do circuito está prevista para o quarto trimestre de 2012... se não houver mais manobras da politicagem carioca. O projeto do arquiteto paulista Artur Katchborian, que incluía um oval no complexo foi “para o vinagre”. O novo projeto prevê uma pista em “formato de 8”, com uma passagem de nível, como a de Suzuka. O traçado apresentado procurou – segundo a nota oficial, que não informa quem foi o autor do mesmo – resgatar algumas curvas antigas como a ferradura de Interlagos. Por enquanto, como sempre, está tudo no plano das idéias. Quem vai pagar a conta do projeto deste “autódromo-parque” como está sendo chamado e como vai ser para lidar com os riscos de invasão por uma possível ampliação da favela do muquiço, isso para não falar do sério problema do controle da área por traficantes. Como sempre, o presidente da FAERJ, Djalma Faria Neves (que parece ser a pessoa mais crédula do mundo do esporte a motor) acredita que tudo acontecerá como se prevê e que, no final de 2012 o Rio de Janeiro terá novamente um autódromo de primeiro nível, capaz de receber até a F1. Tomara! O novo projeto do hipotético autódromo do Rio. Encravado entre favelas e traficantes e longe da especulação imobiliária. Quem já está quase pronto é o ampliado circuito mineiro (finalmente um circuito em Minas) dentro do complexo “Mega Space”, localizado na parte norte da região metropolitana de Belo Horizonte, em Santa Luzia. É bom que se diga, apesar de que certos céticos olharão com muito mais senões do que bons olhos, que a idéia de integrar um autódromo com outros pólos de atividades de lazer pode ser uma solução interessante para preservação do espaço da pista, aproveitamento da área de fora economicamente mais efetiva e até evitar-se a especulação imobiliária. Em Santa Cruz do Sul-RS, o autódromo tem seu acesso via parque de exposições, um espaço para feiras agrícolas, shows e outras atividades. O Velopark é um “parque temático de automobilismo” e o projeto do novo autódromo de Goiânia também possui o formato de “espaço multiuso”, com um parque de exposições e uma área para shows. Este pode vir a ser o futuro do automobilismo nacional como estrutura física. Atenção dirigentes e investidores. Depois que a pista entrar em ritmo de operação, com corridas além das provas do regional, iremos até lá fazer o “Raio X” do autódromo. Quase meio século depois das corridas em volta do Mineirão, Minas Gerais caminha para ter um autódromo decente (privado). Aproveitamos para lembrar os interlocutores que adoram falar que “carioca não gosta de automobilismo”, que a etapa carioca do Itaipava GT Brasil levou mais de 15 mil espectadores ao moribundo Jacarepaguá, o melhor público da categoria este ano. A fórmula é simples: fazer algo com qualidade e ter uma boa divulgação. A resposta é sempre positiva. Como parâmetro, a média de público do Flamengo no Brasileirão é de 16 mil pagantes. O Botafogo tem 12 mil, o Vasco da Gama nove e o Fluminense 8,5 mil. Comecemos o nosso passeio pelo mundo da velocidade pela NASCAR, que definiu os 12 pilotos que disputam o “chase” de 2011 em duas etapas na primeira metade do mês, com as provas de Atlanta e Richmond, provas que tiveram situações bem atípicas... primeiro pela quantidade de água que caiu na costa leste e que adiou a prova de Atlanta não apenas para a segunda, mas para a terça-feira. Considerando que a corrida seguinte já seria no sábado, imaginem a correria que não foi... e ainda teve chuva! A vitória de Jeff Gordon e o segundo lugar de Jimmie Johnson fizeram a dobradinha da equipe. Na derradeira prova antes do chase, teve não apenas uma, mas duas inusitadas bandeiras pretas, uma delas por “revide”. Durante esta temporada Kurt Busch e Jimmie Johnson vem se estranhando e nesta prova final, Busch deu um daqueles “totós clássicos” no pentacampeão, fazendo-o rodar. Furioso, algumas voltas depois, Johnson partiu para o troco, mas foi tão atabalhoado que além de ter levado a pior na tentativa, levou uma bandeira preta. Depois de 26 corridas e milhões de voltas em círculo, os americanos (e quem acompanha) conheceram os 12 homens do Chase. Por outro lado, o drama e a aflição do público era pela classificação ou não do “filho da lenda”, Dale Jr. que corria sério risco de ficar fora dos 10 primeiros e, dependendo da colocação de Brad Keselowsky e de Denny Hamlin, que tinham vitórias mas estavam fora do top 10 da classificação, caso um deles passasse Dale Jr. – que continua na ‘seca’ de vitórias – o queridinho da América ficaria fora da disputa pelo título, o que para alívio da massa, não aconteceu. A prova final foi vencida por Kevin Harvick, sua quarta este ano e os 12 postulantes ao título ficaram denso Kyle Busch, o próprio Harvick, Jeff Gordon, Matt Kenseth, Carl Edwards, Jimmie Johnson, Kurt Busch, Ryan Newman, Tony Stewart, Dale Jr, Brad Keselowsky e Denny Hamlin. A primeira prova do “chase” foi em Chicago, onde sempre chove e a chuva não poderia deixar de comparecer, adiando a prova. Depois de toda a espera a corrida com suas bandeiras amarelas de costume revelou-se cruel em seu final, com um longo período sem incidentes e com os carros andando no limite do consumo de combustível para evitar parar nos boxes em bandeira verde. Como sempre, largar na frente não quer dizer muito na NASCAR, o pole Matt Kenseth foi um dos vitimados pelo consumo e terminou em 21º. A vitória foi de Tony Stewart, com Kevin Harvick em segundo e Dale Jr em 3º. Depois das duas primeiras provas, o veterano (quase todos são) Tony Stewart lidera o chase com 100% de aproveitamento. O mês fechou com a prova de Loudon... e outra vitória de Tony Stewart. O piloto que , segundo os americanos era – ou é – melhor que o Schumacher (um comentarista do Speed Channel largou essa depois do alemão conquistar o hepta campeonato da F1 em 2004), conseguiu a segunda vitória no “chase” herdando a primeira colocação de Clint Bowyer, depois que este ficou sem combustível faltando duas voltas para o final da corrida, fruto da estratégia arriscada que este adotou no final da prova. A segunda colocação ficou com Brad Keselowski, enquanto Greg Biffle terminou em terceiro. Jeff Gordon finalizou em quarto, seguido por Brian Vickers. O grupo dos dez melhores ainda teve Matt Kenseth, David Ragan, Carl Edwards, Juan Pablo Montoya e Regan Smith. A corrida teve 19 mudanças de liderança entre 15 pilotos e a bandeira amarela foi acionada apenas três vezes, perdurando por apenas 14 voltas, fazendo com que as paradas fossem, em sua maioria, sob bandeira verde. O “chase” tem Stewart na liderança, com Kevin Harvick em segundo, 7 pontos atrás e Brad Keselowski em terceiro, com 11 pontos de desvantagem. Em outubro serão mais 5 provas, ou seja, todo final de semana vai ter corrida! Haja voltas, haja labirinto para não ficar fonto com os carros andando em círculos nos ovais e haja “uma pausa e já voltamos” nas transmissões. Pietro Fittipaldi posa ao lado do carro e do troféu após conquistar o título de sua série no All American NASCAR Whelen.
Para nos despedirmos – por hora – da terra do tio Sam, enquanto osssos ases oscilam na Camping Truck Series, entre grandes performances e resultados desalentadores, o mais novo herdeiro do “velocitococus” da família Fittipaldi sagrou-se campeão na sua divisão da Whelen Series. Detalhe: olha a porcaria de circuito e asfalto onde ele correu... No DTM, a Audi aniquilou a Mercedes nas duas últimas provas, realizadas em Brands Hatch e Oschersleben. Além do 1-2-3 obtido pela “senhora dos anéis”, algumas coisas “interessantes aconteceram: Nas duas provas, apenas o 5º colocado mudou entre os 6 primeiros de ambas. Ralf Schumacher foi o 5º em Brands Hatch e Christian Vietoris em Oschersleben. Martin Tomczyk e Mattias Ekström apenas “trocaram de lugar”, com cada um vencendo uma prova, seguido do outro. Edoardo Mortara sempre em 3º. Não foi só de água que a Mercedes tomou "um banho" da Audi nas últimas provas. Sa "senhora dos anéis" fez o 1-2-3 em ambas! Com os péssimos resultados das últimas duas provas – onde marcou apenas 2 pontos – Bruno Spengler perdeu a liderança do campeonato para Tomczyk (interessante a queda na performance depois do anúncio da mudança para a BMW em 2012... seria apenas uma coincidência?) e agora começa a ser acossado por Ekström na tabela. Para o sueco, o título é quase impossível, estando 19 pontos atrás de Tomczyc e faltando apenas duas etapas, mas o campeonato por equipes ainda está em aberto. Assim como no mês passado a BMW apresentou seu carro para o DTM em 2012, este mês a Audi e a Mercedes apresentaram seus bólidos para a próxima temporada. A Audi revelou nessa segunda-feira (12), em um evento em Frankfurt, o novo modelo a ser utilizado na temporada 2012 do DTM. Antes conhecido dentro da fábrica de Ingolstadt como R17, a montadora alemã batizou o novo equipamento de Audi A5 DTM. O Audi A5 é a aposta da montadora para se sobressair no DTM em 2012, que deverá ser bem mais difícil que nos anos anteriores. Herr Wolfgang Ulrich, chefe da divisão de automobilismo da montadora, afirmou que as mudanças no carro foram feitas para se enquadrar ao novo regulamento técnico do campeonato. “Com esses componentes padrões, foi possível alcançarmos uma redução de custo superior a 40% sem comprometer a segurança e os atrativos dos carros do DTM”, disse.
A partir de 2012, o regulamento do DTM determina que os modelos das três montadoras – Audi, BMW e Mercedes – tenham 50 peças padrão, como a fibra de carbono do monocoque e a gaiola, com o objetivo de reduzir custos, além de promover a segurança. Detalhe para o tanque de 120 litros, o que permitirá se fazer uma corrida sem reabastecimento... caso se tente fazer isso.
A Mercedes apresentou, no Salão de Frankfurt, o C-Class Coupe, modelo que vai competir no DTM em 2012, apenas um dia depois de a grande rival Audi mostrar o A5. A “estrela de três pontas” levou seus pilotos da F1, Michael Schumacher e Nico Rosberg, para fazer a apresentação, além de Norbert Haug, vice-presidente de competições da montadora, e Dieter Zetsche, o presidente. A Mercedes apesentou o C-Class Coupe com seus pilotos da F1 no palco. Da DTM iria levar quem? os "micados" Schuminho e Couthard? Assim como ocorreu com as adversárias Audi e BMW, o C-Class Coupe foi concebido dentro do novo regulamento técnico do DTM, que passa a valer a partir da próxima temporada e que visa prioritariamente reduzir em 40% os custos das equipes e melhorar o nível de segurança. Segundo Norbert Haug, “Essa é uma nova geração de carros, baseada no nosso modelo C-Coupe. E já sinaliza a introdução de um carro de corrida ainda mais espetacular em 2012. Estou certo de que os espectadores vão gostar de pagar para ver o duelo entre a Audi, a BMW e a Mercedes no ano que vem”. Se o campeonato da DTM se fortalece, a incógnita sobre o futuro do WTCC continua, apesar do novo motor 1.6L turbo ser o padrão estabelecido para 2012, o que vai ser do campeonato se continuar havendo uma marca com tanto domínio como tem sido a Chevrolet nos últimos dois anos? Na etapa de Valencia, na Espanha, acabou acontecendo o que já vinha se desenhando: temos um novo líder no campeonato de pilotos. Yvan Muller ultrapassou Robert Huff depois das duas provas em solo espanhol, mais uma vez marcada por “mistura de tintas” entre os carros da mesma equipe. Se na primeira curva, Huff “aliviou”, pouco depois, quando emparelhou com Muller, Huff foi tocado por Alain Menu numa trapalhada que por pouco não tirou os três carros da equipe da pista. Huff levou a pior e terminou apenas em 5º, com Muller e Menu fazendo a dobradinha. Robert Huff conseguiu perder a vantagem (numérica e psicológica) no campeonato e vai ter que voltar a vencer no oriente. Na prova do grid invertido, apesar da emoção inicial, logo os Chevrolet tomaram as primeiras posições e fecharam o 1-2-3 com Muller-Huff-Menu em sequência. Agora Muller tem 333 pontos contra 317 de Huff, faltando as três etapas do oriente (Japão, China e Macau). Dentro da categoria, poucos acreditam que Huff se recupere psicologicamente do baque sofrido pelo avanço do atual campeão da categoria. No turismo aqui na nossa terra, a Stock Cars conseguiu mais uma “proeza”... afinal, é o regulamento mais remendado dentre todos já publicados. Dá até para entrar no Guiness Book! Mas antes de falar sobre o inusitado fato ocorrido na primeira etapa do playoff, um exemplo de esportividade foi dado pelos pilotos na etapa de Salvador. No início da temporada, de acordo com o regulamento, o piloto Felipe Maluhy foi punido com a perda de 30 pontos, que ele nem tinha, por ter terminado a etapa de São Paulo com menos de 3 litros no tanque. O erro poderia ser abonado se todos os pilotos concordassem na retirada da punição, o que foi feito, mantendo Maluhy no páreo para tentar entrar no playoff... o que não conseguiu (contudo, no site oficial da categoria, o piloto continua com apenas 10 pontos creditados dos 40 que conquistou). E o "acarajé de ouro" foi para Thiago Camilo, pela brilhante vitória na etapa de Salvador. Perfeito na pista e na estratégia do time. E por falar em conquista, quem conquistou a prova na Bahia foi Thiago Camilo, sua terceira este ano e colocando-o como o primeiro dos 10 classificados para a decisão do título (os demais são Max Wilson, Átila Abreu, Cacá Bueno, Ricardo Maurício, Popó Bueno, Marcos Gomes, Luciano Burti, Daniel Serra e Allam Khodair). E não é que logo na primeira prova acontece o “Inusitado da Silva”, vizinho do “Sobrenatural de Almeida”? Com o ato de grande unidade dos pilotos deve ter “incomodado”, eis que trataram de fazer (mais) um “adendo” ao regulamento: Quem terminar a prova com combustível de menos (menos de 3 litros para quem volta ao parque fechado e de 6 litros para quem fica parado na pista na volta de retorno), não marca pontos. A chuva caiu em Santa Cruz do Sul e na hora da corrida a pista estava molhada, mas tudo mostrava que ia secar... como secou. Alguns pilotos trocaram pneus para os slicks quando aconteceu a bandeira amarela que mudou a cara da prova. Alceu Feldman, que largou no fundo do pelotão assumiu a ponta e dela não largou mais, sendo seguido por Marcos Gomes, este no playoff. A festa de Alceu durou poucas horas: Ficou sem os pontos. Será que a VICAR também pegou de volta o troféu e o cheque? Festa, pódio, muita emoção... era a primeira vitória de Alceu na categoria. Contudo, na hora de coletar o restante de álcool dos tanques... Alceu e Marcos Gomes tinham menos que os tais 3 litros! Como “é proibido estragar o que passa na televisão”, os dois ficaram com o 1º e 2º lugares... mas não marcaram os pontos! Mais interessante: o terceiro colocado, Cacá Bueno, continuou terceiro... ficando com os mesmos 16 pontos que cabem à posição. Se alguém conta essa em Portugal, o que será que os “patrícios” vão falar da gente... A próxima prova vai ser em Londrina, dia 2 de outubro... a mesma Londrina da polêmica do ano passado. Esperemos que, desta vez, não tenhamos resultados estranhos, e a ação dos adendos no resultado final.
No outro campeonato da VICAR, o “Brasileiro de Marcas”, foi Thiago Camilo quem deu as cartas, vencendo as duas provas realizadas em Brasília. Apesar do sol, do calor e da secura, com um bom público, maior que o dos jogos de futebol dos times do DF... mas com direito a sua confusão, só que desta vez, uma briga doméstica.
E não foi apenas na Stock que Thiago Camilo dominou: no brasileiro de marcas venceu as duas baterias no calor de Brasília. Na primeira corrida do dia, Thiago Marques e Átila Abreu se estranharam até que Átila acertou a roda do carro de seu companheiro de equipe e acabou por prejudicar o companheiro e a equipe na disputa pela ponta do campeonato, que ficou muito mais distante com os 50 pontos de Camilo e os 30 de Daniel Serra contra seus apenas 7. O filho de Paulo de Tarso estava inconformado. O campeonato ainda terá três rodadas duplas, no Rio, Londrina e Curitiba e mesmo a grande vantagem que o líder conquistou pode ser diluída. Apesar dos protestos dos mais antigos em questionar o nome do campeonato sob a alegação de que os carros não tem suas mecânicas originais como é no WTCC e sim, aproximam-se do regulamento da TC2000 argentina, ainda podemos considerar uma grata resposta termos 4 montadoras envolvidas. Valdeno Brito e Matheus Stumpf continuam na liderança da GT3, mas isso não deve dizer muito, não? O dono pôs o time à venda. Aumentando a cavalaria, a família Negrão foi que melhor se saiu na etapa do Rio de Janeiro da GT3, com uma vitória na primeira prova (no sábado) e o segundo lugar na corrida do domingo, prova vencida pelos favoritos ao título Valdeno Brito e Matheus Stumpf, que tiveram muitos problemas no sábado. No final, os lideres do campeonato ainda saíram no lucro: Stumpf e Brito ampliaram a vantagem para o segundos colocados e agora somam 177 pontos contra os 160 de Xandy e Xandinho Negrão, que ultrapassaram Cláudio Ricci e Rafael Derani, que têm 144 pontos, em terceiro. Se no Rio de Janeiro a contagem regressiva para a destruição do autódromo continua, mas ainda assim o público, que a politicada e certos “desportistas” afirmam “não gostar de corridas”, levou mais público ao autódromo que os jogos do campeonato brasileiro naquele final de semana na cidade. A etapa do Rio de Janeiro e uma visão das arquibancadas. Mais de 15 mil espectadores... mais que nos estádios do estado. Mesmo assim, isso não é garantia de sucesso e/ou retorno. Um seguidor do site nos mandou um email avisando que na “Autosport”, uma das mais conceituadas revistas de automobilismo do mundo trazia, nos classificados, o anúncio de venda da equipe pertencente a Antônio Hermann e dirigida na pista por Washington Bezerra pela “bagatela” de 850 mil euros. O anúncio também trazia o pacote de um Porsche GT3 por outros 150 mil, com telefone e email do proprietário. No mundial da FIA GT, depois do cancelamento da etapa de Curitiba, foram feitas duas provas na China: A de Ordos, que estava programada e uma em Beijing, para manter o total de 10 etapas do campeonato. A Nissan, que parecia ter tudo para conquistar o campeonato, não está desapontando seus torcedores, pena que não é com a equipe Sumô. E o campeonato se encaminha para um desfecho entre as duplas Lucas Luhr/Michael Krumm e Darren Turner/Stefan Mucke. Depois do cancelamento da etapa brasileira, o FIA GT correu duas vezes na China... e a briga pelo campeonato se afunila. Já que falamos em campeonato da FIA, falemos do WRC, que teve com a saída dos carros da Citroen na enlameada etapa australiana um novo alento para os pilotos da Ford, que fizeram a dobradinha com Mikko Hirvonen e Jari-Matti Latvala. Apesar do erro cometido ainda na sexta-feira (primeiro dos três dias), quando perdeu o controle de seu DS3 de número 1 e capotou em Brooklana, Loeb ainda conseguiu quatro pontos preciosos no Mundial. Depois de se recuperar e voltar à prova no sábado, o heptacampeão terminou a etapa em décimo. Mas seu êxito no Power Stage lhe garantiu mais três pontos extras, amenizando o estrago pelo acidente no começo do rally. Quem zerou e ficou “chorando à beira do caminho” foi Sebastien Ogier, que herdou a liderança depois da capotada de Loeb e, caso conseguisse vencer a prova, encostaria no companheiro de equipe na pontuação e “colocaria fogo dentro da equipe”. Contudo, uma saída da trilha e uma batida em uma árvore, algumas especiais depois do acidente de Loeb tirou Ogier da disputa. Com uma "estratégia a lá Ferrari", Mikko Hirvonen aproveitou-se da saída dos dois Citroen para vencer e animar o campeonato. Melhor para o campeonato, que agora tem Loeb em primeiro com 196 pontos, seguido de Hirvonen com 181 e Ogier com 167. Faltando três etapas para o final da temporada, Hirvonen vai precisar de algo mais que sua competência para conseguir tirar o título da Citroen... mas, assim como nas pistas, nos rallies ‘carreras también son Carreras’. Antes de entrarmos no mundo dos monopostos, vamos cumprimentar Felipe Giaffone pela conquista do título sulamericano na Fórmula Truck, conquistado na etapa de Buenos Aires, na Argentina, sob vento e frio, mas com o autódromo Juan & Oscar Galvez completamente lotado. A corrida começou com Paulo Salustiano acertando a traseira do pole-position Valmir Benavides, que acabou tocando em Giaffone, atrapalhando o líder do campeonato, mas quem acabou sendo jogado para fora da pista com a confusão na primeira curva foi o azarado do ano, Roberval Andrade. Com isso, quem se deu bem foi Geraldo Piquet, que saiu do quarto posto direto para a liderança. Como no ano passado, Geraldo Piquet ganhou na Argentina e os resultados deram a Felipe Giaffone o caneco do continente. O único piloto que poderia tirar o título de Felipe Giaffone era Danilo Dirani vinha fazendo uma corrida de recuperação depois de largar em 20º. O paulista avançou ao 12º posto, mas rodou e precisou novamente escalar o pelotão. A emoção aumentou ao passo que o piloto da Ford chegava perto dos ponteiros e Felipe Giaffone se encaminhava aos boxes com um vazamento de óleo no caminhão.
Giaffone aproveitou a neutralização da entrada do “pace truck” aos 20 minutos de prova para reparar o problema e voltar em 15º, com 1 volta de desvantagem para o líder. Dirani, por sua vez, já ocupava a terceira colocação e, caso vencesse, Giaffone teria que chegar pelo menos em 10º lugar. Nas voltas finais, o ex-piloto da Indy herdou mais alguns postos e garantiu o título, já que Dirani não conseguiu superar Geraldo Piquet e Adalberto Jardim, que terminaram na em primeiro e segundo, respectivamente.
As próximas etapas serão pelo campeonato brasileiro, a começar por Guaporé, dia 9 de outubro, restando ainda Curitiba e o encerramento em Brasília. No certame nacional o líder é Geraldo Piquet, com 69 pontos, seguido de Felipe Giaffone com 66 e Wellington Cirino com 64. Felipe Nasr nem precisou vencer em Rockhinham parra garantir o título antecipado da F3 inglesa. Agora é pensar nos desafios futuros. A Fórmula 3 teve etapas tanto aqui no continente como na Europa. Como na Inglaterra o campeonato “já acabou”, com o título do Felipe Nasr na etapa passada,em Rockingham. Mesmo sem subir no alto do pódio, a festa foi do piloto da Carlin, que já busca novos desafios para 2012. O destino do Filho de Samir e sobrinho de Amir deve ser a World Series. Rockingham pode ver mais um brasileiro entrar para o hall dos vencedores na categoria. Pietro Fantin faturou uma das provas. Na etapa seguinte os pilotos foram tomar uns banhos de chuva em Donnington Park, onde o nosso jovem campeão pode visitar o museu co circuito... porque o pódio ele não visitou desta vez. O único brasileiro que passou por lá foi o Pipo Derani, na prova 3. Quem venceu pela primeira vez na categoria foi Pietro Fantin, em Rockhingham. Em Donnington, Pipo Derani foi o melhor brasileiro. Pelas bandas de cá, a Fórmula 3 Sudam “corre por teimosia. Apenas sete carros participaram da etapa argentina, corrida em parceria com a Top Race V6. No grid, quatro brasileiros e três argentinos (Augustin Canapino, Bruno Etman e Jean Catalano). Um melancólico retrato da categoria no continente. Fabiano Machado venceu as duas provas (tanto na Argentina como no Uruguai serão apenas duas provas), mas teve trabalho para superar o estreante Augustin Canapino, que é um dos destaques da Top Race V6 e que tem apenas 21 anos. Ao contrário dos “afilhados de Fernando Croceri”, Canapino correu pela Hitech, no carro que seria de Gabriel Silva, que preferiu ficar no Brasil e disputar a etapa curitibana da F. Future, de olho na vaga da “escolinha da Ferrari”. Ainda teremos 3 etapas até o final do ano e sérias interrogações sobre 2012. Na etapa argentina da F3 Sudam, um minguado grid de 7 carros com três "argentinos de aluguél". Destaque para Canapino. Na GP2, que também terminou o ano cumprindo tabela, tivemos a “decisão do vice”, que acabou ficando com Luca Filipi, que nem correu a temporada toda e mesmo assim, ultrapassou Jules Bianchi que vai fazer o “teste de fogo” contra Sergio Perez usando o modelo de 2009 da Ferrari. Luiz Razia, mais um vez, ficou fora dos pontos e terminou o ano com mais perguntas do que respostas para o futuro. A decisão da Indy aproxima-se de um final épico, com o “especialista dos mistos” x o “especialista dos ovais”. Claro que falamos de Will Power e Dario Franchitti (estranho um escocês, “cria dos mistos europeus” ser o “especialista em ovais”... coisas deste mundo das corridas. Em Baltimore, Will Power fez o que precisava para continuar na luta pelo campeonato: venceu. Tony Kanaan foi o destaque da prova. Nas duas etapas deste mês, em Baltimore e no misto de Montegi, corridas em circuitos mistos, o australiano Power foi “quase perfeito”. Venceu com autoridade em Baltimore, numa corrida de rua com “saltitantes bumps” (é ridículo o pessoal daqui ficar falando mal do circuito do Anhembi... será que eles não assistem as outras corridas?) e uma chicane com zebras para deixar qualquer piloto dos nossos carros de turismo com diarréia. Mas o grande destaque da prova foi mesmo o arretado baiano Tony Kanaan, que numa sensacional corrida de recuperação saiu do final do grid para um brilhante terceiro lugar. Claro que as bandeiras amarelas, especialmente aquela do “engarrafamento do hairpin” ajudou bastante. Franchitti foi apenas o 4º. Ondulada como todos os circuitos de rua americanos, Baltimore ainda teve como desafio aos pilotos zebras à lá "chicane do milhão". Em Montegi, na despedida da etapa japonesa da Indy, uma corrida monótona, sem que ninguém conseguisse realmente “atacar” ninguém foi dura de assistir na madrugada do sábado para o domingo. Franchitti teve problemas. Não encontrou o acerto ideal do carro e ainda “encontrou” um carro da Penske (de Ryan Briscoe) pelo caminho. O prejuízo só não foi maior porque seu companheiro de equipe, Scott Dixon, fez uma corrida primorosa e garantiu a vitória, relegando Will Power à segunda posição. Na corrida de Montegi deu tudo errado para Dario Franchitti. Um apagado décimo lugar e a perda da liderança para Will Power. A diferença a favor de Will Power é de apenas 11 pontos, o que não é quase nada em termos de Indy e agora, com as provas do Kentucky e do Texas (a tal da corrida dos 5 milhões de dólares – que praticamente não teve candidatos) em ovais, o australiano terá que fazer dar tudo certo e – em pelo menos uma prova – dar tudo errado para Dario Franchitti. E como se não bastassem as preocupações dos pilotos dentro da pista, eles tem também que se preocupar com o que acontece fora dela, afinal, Brian Barnhart pode não gostar do que for feito ou dito. Helio Castro Neves foi multado em 30 mil dolares e "colocado em observação" até o final do ano por conta do que escreveu no seu twitter, criticando a punição que recebeu em Montegi (mas ele já não estava "em observação" pelos acidentes no início da temporada? No futebol, dois cartões amarelos é igual a um vermelho...). Will Power bem que tentou, mas não repetiu a vitória. Scott Dixon fez uma corrida sem erros e venceu no adeus nipônico à Indy. É o segundo piloto de Roger Penske nesta situação: Will Power recebeu a mesma multa pelos "gestos carinhosos" dirigidos à torre de controle após a absurda decisão de relargar com a pista úmida em New Hampshire. Contudo, as multas podem ser convertidas em "serviços comunitários", com os pilotos participando de atividades extras de divulgação da categoria. Já na Fórmula 1, deu tudo errado... para os concorrentes da Red Bull! A volta das férias apresentou um touro vermelho renovado e “sobrando” em relação à concorrência, com o carro mais “no chão” do que nunca e Sebastian Vettel completamente concentrado, sem cometer erros e sem seu “assessor pra falar bobagens”, Helmut Marko, calado como deve ser. Depois de uma largada sensacional, Alonso "incendiou os mais de 100 mil 'tifosi'" ao assumir a liderança no GP da Itália. A corrida de Monza foi rápida como sempre. Em pouco mais de uma hora e 20 minutos o “touro alemão” recebeu a bandeirada de chegada depois de ser surpreendido pela sensacional largada de Fernando Alonso e ter, depois da retomada da prova após o “boliche” de Vitantonio Liuzzi, feito uma ultrapassagem sensacional sobre o espanhol, colocando duas rodas na grama e calando a massa vermelha. Uma passada com as rodas na grama e Vitantonio Liuzzi fez um verdadeiro "strike" no miolo do pelotão na chicane. Safety Car! A panca do inicio da prova deu uma arrefecida na disputa inicial e pode ter estragado um começo de prova mais interessante. Afinal, os carros relargaram em fila indiana e com toda aquela reta de Monza e os carros quase sem asa, tentar algo teria que ser coisa para um artista... como o Schumacher! O heptacampeão mostrou porque ele é quem ele é e deixou o surtado Lewis Hamilton (vamos falar deste depois) “falando sozinho” na freada da chicane. Acusado de ter feito um jogo “duro demais” contra o inglês, ficou uma “quase ameaça” de punição para o velho Schummi, mas foi uma defesa de posição em uma prova sensacional e o Hamilton tem que rever aquilo para aprender. Aprender o que fazer e aprender com Jenson Button, que passou por ele e logo em seguida pelo carro da Mercedes... indo “buscar” a Ferrari de Fernando Alonso, conquistando um brilhante segundo lugar. Depois de uma ultrapassagem de coragem e arrojo sobre Alonso, Vettel disparou na ponta e venceu com autoridade em Monza. Em Singapura, mais uma vez foi Button o grande nome da corrida, apesar do domínio de Vettel e de que, mesmo no final da prova, quando o inglês da McLaren aproximou-se perigosamente, ele parecia ter tudo sob controle. Com a vitória, dizer que o campeonato não está decidido, que falta um ponto é apenas uma retórica matemática. O Button vai ganhar as 5 provas seguintes e o Vettel zerar em todas? Haja “Sobrenatural de Almeida”! Agora, quem parece andar possuído como os personagens da série de TV é o Hamilton. O que anda passando pela cabeça deste moço é um mistério. De um dia para o outro ele virou um misto da burrice do Nigel Mansell com a inconsequência do Andrea de Cesaris e a língua Comprida do Jaques Villeneuve! Por mais agressivo que um piloto seja em seu “estilo”, ele não é mais nenhum calouro e sendo assim, há que avaliar melhor suas manobras e as consequências delas. Em Singapura, largada perfeita de Vettel e o alemão disparou na ponta, controlando a corrida até com o safety car na pista. Com o ritmo que ele tinha no início da prova, poderia ser ele e não Button quem iria pressionar Vettel no final da prova, mas a batida desastrosa em Felipe Massa (que parece ter uma sina com a cidade-estado) acabou por acabar com as chances de ambos de um resultado melhor. Mas pior que tudo isso é achar que ainda está com razão. Hamilton, acorda! Quem anda criticando suas atitudes é um de seus maiores fãs: Sir Jackie Stewart, que entendia tudo de pilotagem, arrojo, vitórias e campeonatos. Massa, diga-se a verdade, apesar de estar fazendo um campeonato aquém do seu potencial, teve não apenas em Singapura, mas também em Monza, a corrida totalmente comprometida por batidas que levou por trás. Na Itália, seu algoz foi Mark Webber. Na corrida de Singapura, Alonso demonstrou ter gasto os pneus mais rápido que felipe na primeira parte da prova, o que poderia dar uma perspectiva de um resultado melhor para o brasileiro. Pela segunda vez seguida em duas corridas, Felipe Massa é "acertado por trás". Pela "enésima vez" na temporada, Hamilton exagera! Se por um lado, Sebastian Vettel voltou “a mil por hora” das férias, Mark Webber, seu companheiro, parece ter levado outra queda de bicicleta... as largadas do australiano desde a Bélgica tem sido desastrosas, perdendo pelo menos duas ou três posições. Mesmo recuperando-se – em alguns casos – durante a prova, só não compromete o campeonato de equipes dos “touros” por conta da “gordura” da pontuação de Vettel. O retrato de um campeão: alguém no mundo acredita que Button vencerá todas as provas e Vettel vai "zerar" nas 5 etapas? O mês estava terminando e eu já estava ficando deprimido... passar um mês inteiro sem nem unzinho comentário a respeito do nosso querido e bom velhinho Bernie Ecclestone... sem ele em nossa linhas estava deixando uma sensação de que “faltou alguma coisa”. Não falta mais: A justiça alemã marcou para o dia 24 de outubro o julgamento do banqueiro Gerhard Gribkowsky, responsável pela venda das ações da F1 no Bayerishe Landesbank ao grupo CVC em 2006. Bernie declarou que a FOTA, a associação dos times da categoria é uma coisa inútil, que ao invés de ficar discutindo cortes nos orçamentos, questões de regulamento e outras coisas, deveriam se preocupar em fazer seus carros e desenvolvê-los... que estas questões que dizem respeito à dinheiro, ele cuidaria e repassaria para as equipes... 30 anos atrás, quando ele era o presidente da FOCA, que tinha a mesma finalidade do que hoje tem a FOTA, ele não pensava assim... Heim? Como? Quem? Eu? Bernie Ecclestone continua lançando suas polêmicas, mas agora vai ter que se explicar em tribunal. O bom velhinho, enrolado até o último fio de sua grisalha cabeleira, num esquema “é dando que se recebe”, muito utilizado na política nacional, onde o banqueiro teria levado 44 milhões de dólares e Bernie, recebido de volta um valor equivalente pela venda das ações abaixo do valor de mercado. O chefão da F1 deverá ter que testemunhar no tribunal... a coluna do próximo mês promete! Até a próxima, Colaboraram para esta coluna: Mauricio Paiva, Willy Möller, Paulo Alencar e Fernando Paiva. |