Caros amigos, Diferente do que aconteceu no ano passado, quando este período foi tomado de um marasmo “nunca antes visto na história deste esporte”, para parafrasear o outro, este ano o mês de dezembro foi pra lá de agitado! Logo depois do GP do Brasil de F1 veio a “bomba” da assinatura de contrato entre a Renault e Kimi “on de rocks” Raikkonen, para um período – digamos – de 2 anos. Com isso a disputa pela outra vaga ficou feroz entre o russo Petrov, o brasileiro Senna, o francês Grosjean e mesmo o alemão Sutil, dado como descarte certo da Force Índia. Por um momento as coisas pareciam tender para os lados do brasileiro, com uma aventada ida de Gerard Berger para a equipe técnica da escuderia, mas a não concretização deste fato fez a Genii ficar aberta a ‘outras pedradas’... e as coisas acabaram “em casa”, com a contratação de um francês: Romain Grosjean volta à equipe de onde saiu com o rabo e o capacete entre as pernas pouco tempo atrás e agora vai correr sem ter que encarar o “indigesto cardápio” de fabadas e marmitakos (pratos típicos da região das Astúrias). O retorno do finlandês, com seu currículo de respeito, atrapalhou um bocado a vida dos aspirantes a um lugar na categoria principal do automobilismo, especialmente por ter sido a “categoria oficial de acesso” – a GP2 – palco de uma temporada onde poucos valores se destacaram... e alguns decepcionaram. Depois de dois anos disputando o WRC, Kimi Raikkonen está de volta ao circo da Fórmula 1. Será que a aposta foi a correta? Melhor para que optou pela World Series, categoria patrocinada pela Renault e que vem mudando o foco de muitos dos aspirantes à F1 com relação a que passos seguir para chegarem onde querem. Mesmo que tenha sido graças a radical mudança na equipe B da Red Bull, a categoria emplacou 2 pilotos para o grid de 2012 contra 1 da GP2. Aliás, foram os pilotos da World Series – Daniel Ricciardo e Jean-Eric Vergne – pilotos da “Escolinha da Red Bull” os protagonistas das maiores mudanças para o grid do ano que vem. Depois de três anos tentando, Jaime Auguersuari e Sebartien Buemi não conseguiram atingir o nível de amadurecimento esperado pela sede na Áustria. Tiveram que abrir caminho para uma nova “classe”. Com uma única vaga razoavelmente decente aberta (Williams, porque a Hispânia não dá pra levar a sério), todos se voltaram para a cadeira de rodas do velho Frank com suas ofertas de serviços (e dinheiro). A equipe não parece muito disposta a manter Rubens Barrichello no quadro de funcionários e – apesar do que se tem falado sobre os fundos venezuelanos – Pastor Maldonado, aparentemente confirmado na equipe, todas as atenções – e intenções – voltaram-se para lá. Mudança total na Toro Rosso: Sai Buemi e Alguersuari, Entram Ricciardo e Vergne. Começou o "vestibular" pela vaga de Webber? Pouco antes do natal, o colunista Ricardo Boechat divulgou que Bruno Senna teria assinado com a Williams, respaldado num ‘pool’ de investidores que já vinha dando suporte ao piloto nas suas provas em 2011. Independente de que venha a ser o escolhido, que seja este um brasileiro, uma vez que estamos sob real perigo de ficarmos sem representantes na categoria para 2013. Se formos pensar a nível de continuidade, possivelmente Bruno Senna seja a melhor opção, o que decretaria já para este final de ano o encerramento do ciclo de Rubens Barrichello na categoria. Até o fechamento da coluna, nenhuma fonte confirmou ou desmentiu a contratação. Um dos perigos que talvez corramos caso não tenhamos mais pilotos na categoria seria a perda do GP do Brasil... e isso pode vir a ser real com o “inimigo morando ao lado”. Os hermanos estão com um projeto de construir um autódromo na região de Zarate, cidade próxima a Buenos Aires (cerca de 1 hora e 20 minutos de carro) com todos os requintes de um autódromo dos padrões atuais, com uma pista de 4,7 Km e toda a infraestrutura necessária para não se passar pelos apertos de Interlagos. O projeto é liderado pelo grupo Populous, realizador de grandes projetos como a reforma do autódromo de Silverstone e a construção do autódromo de Dubai. Com um povo apaixonado pelo automobilismo, ter a F1 – e ainda por cima tirando-a do Brasil – seria uma conquista e tanto. O que “joga a nosso favor”, é que o projeto não é assinado pelo Hermann Tilke, o queridinho do bom velhinho! Os argentinos apresentara um projeto para a construção de um autódromo moderno... com tudo que Interlagos não tem. Perigo? Mesmo com a correria para as festas do final do ano, ainda teve gente correndo – na pista – no mês de dezembro aqui pelo Brasil. Em três casos, com decisão de campeonato, em um outro, numa curiosa relação de cumprimento de tabela e algo difícil de entrar na cabeça de quem acompanha(?) o automobilismo. Com os campeonatos decididos, tanto na categoria principal como na light, depois de ter sido “limada” do programa da F1, onde inicialmente estava inserida, a nossa cambaleante Fórmula 3 Sulamericana, depois de ter a etapa do Uruguai cancelada, a fim de “cumprir tabela”, provavelmente por compromissos com seus patrocinadores, precisou voltar à pista para correr mais duas provas. Fabiano Machado, já campeão, venceu uma das duas etapas que a Fórmula 3 Sudam foi disputar em Campo Grande. O local escolhido foi Campo Grande, cujo o bom autódromo sofre com o mau asfalto recebeu 7 carros que fizeram um sábado de velocidade para um público que merecia ver uma categoria mais competitiva e que merecia ter um público maior. Na pista, mais uma vitória do campeão Fabiano Machado e uma de Victor Guerin. Desta feita, recebemos um inglês no grid, mas Stuart Turvey não mostrou muito. Fica a esperança que em 2012 a categoria consiga reunir mais competidores, mais interesse dos patrocinadores, presença do público e mais racionalidade de gestão por parte dos cartolas! Depois do tumultuado final de prova da Fórmula Truck em Curitiba, o risco do campeonato acabar nos tribunais era grande. Geraldo Piquet, que foi punido com uma suspensão de 30 dias entrou com uma liminar e com o papel da justiça “velcrado” no macacão partiu para a pista disposto a tirar vantagem do seu motor de 12 litros, que – teoricamente – levam vantagem na capital federal. Contudo, logo de início as coisas pareciam estar a favor de Felipe Giaffone, que além da vantagem na tabela de pontos, contou com o mal treino do adversário da Mercedes: Enquanto Wellington Cirino marcava a pole, Piquet largaria no fundo do grid, em 18º. Felipe, largando em 5º, precisava apenas administrar a vantagem e obrigar Geraldo Piquet a vencer a prova, levando-se em conta que existe a pontuação intermediária. Felipe Giaffone venceu a última etapa da Fórmula Truck em Brasília, conquistou o campeonato brasileiro e afastou o tapetão. O piloto da ABF Mercedes, a uma certa altura, chegou a alcançar seu adversário, mesmo após tendo largado dos boxes. Ainda assim, o encontro não provocou reações indesejadas, mesmo porque não demorou para o Mercedes-Benz número 3 apresentar um problema mecânico e obrigar Geraldo Piquet a abandonar a disputa. O título estava garantido, mas o campeão queria mais: apertou o ritmo, contou com as quebras de Wellington Cirino e de Roberval Andrade – que teve uma temporada melancólica – assumiu a ponta e controlou Regis Boesio para vencer a prova. Depois da corrida, Felipe fez um pronunciamento: “Eu não cheguei em Brasília pensando que venceria, pois aqui você sempre vem com pé atrás pela pista favorecer os meus concorrentes. Mas felizmente tive um ótimo dia, finalizando o ano da melhor forma, e depois de muita luta consegui vencer. A corrida aqui foi na retaguarda, tentei poupar o caminhão o máximo que pude no começo, e deu certo. Tive uma briga boa com o Roberval e quando vi estava na liderança. Agradeço a equipe que lutou junto comigo o tempo inteiro, e volto para casa super satisfeito com o tricampeonato. Muita gente falou muita besteira desde Curitiba, então, foi uma grande forma de encerrar a temporada”. Regis Boessio ficou com a quarta colocação, 0s505 atrás de Giaffone. Pedro Muffato – que completou 45 anos de competição – foi o terceiro, seguido por Valmir Benavides e Fred Marinelli. O campeonato havia terminado, mas o assunto envolvendo Geraldo Piquet e o ocorrido em Curitiba ainda teria desdobramentos. Após a batida em Curitiba, Geraldo Piquet correu com uma liminar em Brasília. Contudo, o julgamento do STJD foi duro... demais? O Superior Tribunal de Justiça Desportiva da CBA puniu Geraldo Piquet com uma suspensão de seis corridas, além de multa de R$ 10 mil reais por conta do acidente com Felipe Giaffone na penúltima etapa do campeonato, em Curitiba. Em um primeiro momento, Piquet foi suspenso por 30 dias pela Comissão Disciplinar, órgão ligado ao tribunal, em uma sessão ocorrida em 18 de novembro, feita com base na análise dos relatórios dos comissários desportivos e técnicos. Geraldo entrou com um recurso para poder disputar a etapa de Brasília enquanto a questão não era julgada. Entre uma prova e outra, Nelson Piquet – o pai do piloto – deu uma bombástica entrevista no canal BandSports, dizendo que havia uma recomendação de punição para Geraldo de 12 corridas. Além disso, fez duras acusações ao presidente do CTDN, Nestor Valduga, a quem chamou abertamente de ladrão! A punição dada a Geraldo Piquet, mesmo se considerarmos ele culpado de – intencionalmente – ter jogado o caminhão contra o de Felipe Giaffone vai ser uma punição sem precedentes em toda a história do automobilismo brasileiro e mesmo se formos pesquisar na F1, o mais perto que encontramos foi a desclassificação de Michael Schumacher em 1997, quando ele perdeu todos os pontos conquistados naquela temporada, mas começou normalmente a temporada seguinte. Na GT3, o título estava completamente em aberto, mas a vantagem que foi durante a maior parte do campeonato de Valdeno Brito e Mateus Stumpf agora estava nas mãos da família Negrão, fruto de uma regularidade nas últimas etapas e do abandono duplo do Ford GT40 na penúltima etapa. Valdeno Brito e Mateus Stumpf conquistaram o bicampeonato na última rodada dupla, em Interlagos. Desta vez, tudo deu certo. Se no Rio Grande do Sul deu “tudo errado” para Valdeno e Mateus, em Interlagos deu tudo certo: a dupla conquistou ainda no sábado o bicampeonato no GT Brasil, na classe GT3, em Interlagos. O 4º lugar na penúltima corrida da temporada foi o suficiente. Se nas etapas anteriores Brito e Stumpf sofreram com os problemas, desta vez eles contaram com os problemas dos principais rivais Xandy e Xandinho Negrão: um pneu furado tirou o veterano piloto da prova quando este liderava. Pior que isso, eles sequer pontuaram. A vitória na corrida ficou mais uma vez com Paulo Bonifácio e Sérgio Jimenez, ao volante do Mercedes SLS, sendo o terceiro consecutivo da dupla na temporada. Na prova do domingo, com o título conquistado, a dupla da equipe de Washington Bezerra “correu para a galera”, mas a prova esteve longe de ser uma corrida sem emoção. O pole da prova do domingo, Cleber Faria, manteve a ponta na largada, mas o pessoal da GT4 resolveu embolar o meio campo e provocaram a entrada do safety-car, que deixou a pista na quarta volta. A disputa foi agitadíssima durante toda a primeira parte da prova, com as paradas, a tática de Wagner Ebrahim mostrou-se perfeita e ele voltou na ponta, mas agora estariam na pista os pilotos mais rápidos e foi mais uma vez que Sergio Jimenez deu outro show de pilotagem com o Mercedes SLS. A última etapa da GT3 proporcionou um grande "pega" entre Wagner Ebrahim e Sergio Jimenez. Um final digno de uma grande categoria. Valdeno Brito estava na disputa com Wagner Ebrahim e Sergio Jimenez, mas logo foi superado pelo piloto da estrela das três pontas, que partiu para uma disputa curva a curva contra o piloto do Audi R8. Enquanto isso, mais uma vez, um furo de pneu deixava o Lamborghini da família negrão fora das primeiras posições na prova. No final, a vantagem de Ebrahim foi de ínfimos 34 milésimos! O campeonato do ano que vem promete... pelo menos a nível de carros. A nível de pilotos, a coisa pode ser muito ruim. Existe um movimento por parte da emissora que parece se achar dona do esporte nacional, automobilismo incluso, que pretende boicotar os pilotos que disputem competições por categorias que não sejam transmitidas por ela ou pela sua associada da TV por assinatura. Estes pilotos estariam sujeitos a perda dos prêmios e boicote de imagens por parte da emissora. Esta medida atinge diretamenta a categoria, que é a única – além da Fórmula Truck – que é transmitida pela concorrente! A terceira festa teve um “extra”. O campeonato brasileiro de marcas consagrou Thiago Camilo como seu primeiro campeão... mas não sem uma daquelas confusões que só os nossos diletantes dirigentes são capazes de protagonizar. No final do brasileiro de marcas, uma disputa acirrada entre Daniel Serra e Thiago Camilo marcou o final da 1ª temporada da categoria. Entre a penúltima e a última etapa do campeonato (que valia uma pontuação dobrada) foi permitida uma alteração técnica no mapeamento dos motores que claramente beneficiou os Honda Civic deixou furiosos todos os que corriam com outras marcas, em especial a Chevrolet. Paulo de Tarso, pai do piloto Thiago Marques e decano das pistas estava indignado: “Querem melhorar o regulamento? Ótimo. Regulamentos tem que ser melhorados, mas mudar durante a temporada ou, pior, mudar antes da última etapa onde há uma pontuação dobrada é inaceitável”. Na pista, Daniel Serra (correndo com o Honda Civic), voou nos treinos e na primeira corrida, vencendo com tranqüilidade e reduzindo a diferença entre ele e o ainda líder da competição – Thiago Camilo – para 17 pontos. Thiago, visivelmente contrariado, passava a fazer contas e tentar usar a vantagem da largada com grid invertido na segunda bateria para impedir uma nova vitória de Daniel Serra, que largaria em 8º. Após o incidente entre eles, a festa no pódio de Thiago Camilo Serrinha fez questão de cumprimentar o campeão. Foi coisa de corrida! Na segunda prova, depois da primeira volta ficou claro que seria uma corrida de gato e rato. Daniel Serra não demorou a alcançar Thiago Camilo, que fez tudo que podia para segurar o adversário atrás de si... até a fatídica freada na curva do pinheirinho! Thiago escorregou, deu uma brecha. Serrinha mergulhou... Thiago fechou a porta, mas Serrinha já estava lá... os dois se tocaram! Roda com roda, o Honda levou a pior. Quebrou a manga de eixo e o carro da Serra Motorsports seguiu lento para a grama. Muitos pensaram que Thiago seria punido, mas os comissários consideraram um toque de corrida. Analisando as imagens, foi mesmo. Poderia não ter acontecido nada, poderia ter sido Thiago a levar a pior. Como resultado, Thiago caiu para 6º lugar, mas o abandono de seu principal adversário já garantia seu campeonato. Independente disso, a prova continuava e Fabio Carbone, que largou na segunda posição logo conseguiu superar o pole Dennis Navarro e seguir para a vitória, apesar da ameaça do “estreante” Ricardo Maurício, que fazia sua primeira participação na categoria. No final, depois do pódio, Thiago Camilo e Daniel Serra se encontraram. Conversaram educadamente e para todos que perguntaram, Serrinha afastou qualquer polêmica dizendo que foi um “episódio de corrida” e que Thiago era um legítimo campeão. A categoria merecia um público melhor. Um "truque fotográfico" pode ter dado uma idéia, mas a realidade era outra... A parte negativa do evento foi o pequeno público presente no Autódromo Internacional de Curitiba. Apesar de ter passado na televisão algumas chamadas da prova e do ingresso estar baratíssimo (15 reais a inteira e 7,50 a meia entrada), as arquibancadas em frente aos boxes tinha mais concreto que cabeças. Pior que isso foi a atitude da organização da prova (VICAR) que não permitiu que torcedores ficassem na arquibancada do final da reta, levando seguranças até lá para retirar cerca de 40 pessoas, que foram obrigadas a ocupar as arquibancadas em frente aos boxes para “fazer número”. A CBA prometeu o que cumpriu: Realizou no final do Campeonato Brasileiro de Marcas o “Festival de Marcas e Pilotos 1600”, um “brasileiro” dos representantes regionais que disputam seus campeonatos na categoria 1600cc, que contou com representantes de cinco estados (Rio Grande do Sul, Paraná, Rio de Janeiro, Distrito Federal e Goiás). Haviam ainda pilotos catarinenses, que correm o campeonato paranaense. A CBA promoveu o primeiro Festival de Marcas e Pilotos 1600cc. Uma festa para o pessoal dos regionais... faltaram os paulistas. Inexplicavelmente os pilotos paulistas não compareceram. Chegamos a ouvir o presidente da Federação de Automobilismo de São Paulo – FASP – mas o Professor Rubens Carpinelli não soube explicar o porque dos pilotos paulistas não terem comparecido, comprometendo-se inclusive a procurar saber as razões). O festival só teria a ganhar com a presença destes. O vitorioso acabou sendo o paranaense Marcel Sedano, que certamente levou uma certa vantagem por “correr em casa”, mas os pilotos dos outros estados estavam empolgados em poder participar de um evento nacional e mesmo não tendo o nível de envolvimento que normalmente nossos leitores estão acostumados a ver. Eles são todos “voluntariosos voluntários”, como nós, mas que ao invés de “pilotar um computador”, pilotam seus carros – na maioria deles mesmo – em seus estados e que almejavam o prêmio acenado: uma oportunidade de participar do Brasileiro de Marcas em 2012... vamos ver se a ajuda vai sair mesmo. Na sequência: Antônio Gama(RS); Marcel Sedano(PR); Rodrigo Crunivel(DF); Luis Pielak(SC); Rangel Bernardo(GO); João Scalabrin(RJ). Os calendários pelo mundo começaram a ser anunciados, muitos com algumas datas em aberto, outros com datas que ainda podem ser incluídas. Achamos melhor esperar antes de comentar as possibilidades e oportunidades que teremos para 2012, mas duas já chamaram nossa atenção: O WTCC vai dividir os boxes com a Copa Petrobras de Marcas ao invés da Stock e o Brasil está no roteiro do Mundial de Endurance da FIA... pelo menos por enquanto. Quem vai dar a “acelerada inicial” vai ser, como sempre, o “DE CÁ”, o antigo Dakar que agora é corrido do lado de cá do oceano atlântico já tem algum tempo. O “DE CÁ” começa dia 1º de janeiro de 2012, em Mar del Plata, e vai até o dia 15, quando pela primeira vez chegará a Lima, capital peruana. Os números do rally, com pouco mais de 8.300 km de extensão, impressionam. Os dados foram divulgados pela organizadora da competição, a empresa francesa ASO (Amaury Sport Organisation). Serão 742 participantes diretos e indiretos na competição, incluindo pilotos, navegadores e mecânicos. A organização da prova prevê o uso de pelo menos 210 veículos durante a competição: 40 carros, 11 helicópteros, 12 aviões, 55 caminhões e cinco ônibus, entre outros. 260 jornalistas estão credenciados para a cobertura do “DE CÁ”, e mais de 1.800 pessoas, incluindo produtores e técnicos, também auxiliarão na transmissão da prova. 13 brasileiros irão enfrentar os perigos do “DE CÁ”, em Caminhão, Carros e Motos. Nenhum piloto de brasileiro quadricículo se inscreveu. O nobre príncipe vai partir para a defesa do título do "DE CÁ" em 2012 com um Hummer da equipe de Robby Gordon. Nasser Al-Attiyah, atual campeão do “DE CÁ” entre os carros, vai defender seu título a partir de 1º de janeiro de 2012. O piloto foi inscrito na principal prova cross-country do planeta com um Hummer H3 da equipe do norte-americano Robby Gordon, que também disputará a competição. O príncipe do Qatar terá ao seu lado o experiente navegador Lucas Cruz, que foi campeão com Carlos Sainz em 2010. Yalla! O nobre do Oriente Médio também foi um dos protagonistas das mudanças no WRC ao assumir o terceiro carro da Citroen, que um dia já foi de Sebastien Ogier, que foi “saído” da equipe francesa para assumir como número 1 da Volkswagen, posição que Al-Attiyah recusou por conta da decisão da marca alemã de não manter a equipe oficial para o “DE CÁ”. Paulo Nobre é - por enquanto - o único brasileiro confirmado no WRC para 2012. O público vai ver o porquinho sorrindo pelo mundo. E o troca-troca de cores no WRC não parou por aí: Peter Solberg, contratado pela equipe Ford para o lugar de Mikko Hirvonen, que foi para a Citroen. O exCitroen Daniel Sordo será o único piloto oficial da Mini na temporada 2012. Kris Meeke não vai disputar todas as provas, e logo na abertura já vai ser substituído por Pierre Campana. Além disso, vamos ter um time brasileiro – a princípio – disputando o campeonato inteiro, mesmo sem ser piloto oficial da Mini. Paulo Nobre e Edu Paula correrão com um carro preparado pela equipe Motorsport Itália. Aproveitamos para desejar a todos os nossos leitores um feliz 2012, com muita emoção nas pistas, com menos confusão fora delas e com mais público nas arquibancadas das corridas nacionais. Até a próxima e um feliz e veloz 2012, Contribuíram para esta coluna: Mauricio Paiva, Paulo Alencar, Flavio Pinheiro e Fernando Paiva. |