Vivendo o décimo quinto ano de uma parceria mais que vitoriosa, a Audi, uma das maiores montadoras de automóveis do mundo, vem caminhando a passos largos para confirmar mais um campeonato mundial. Com a volta do Campeonato Mundial de Endurance, com a chancela da Federação Internacional de Automobilismo, um verdadeiro resgate do antigo Campeonato Mundial de Protótipos e que incorpora em seu calendário as míticas 24 Horas de Le Mans, um nome vem atravessando décadas e que desde o final de 1998 tem feito o diferencial contra seus adversários: Reinhold Joest. Acima, as fotos que fizemos da sala onde estava a telemetria da Audi. Depois da foto, a divisória do lado direito do A. Lotterer. Fazendo seu ‘debut’ com um pódio nas 24 Horas de Le Mans em 1999, a partir de então foram 12 vitórias conquistadas, um impressionante índice de 80% de eficácia na prova de longa duração mais tradicional e importante do mundo. Ano após ano, a parceria Audi-Joest vem evoluindo e mostrando-se ser um pólo de desenvolvimento tecnológico para a empresa e seus projetos comerciais. No momento, a tecnologia de ponta está no carro com tração integral e motor híbrido (Elétrico e Diesel). Audi entrou na temporada 2012 com dois conceitos diferentes de veículos. O Audi R18 Ultra faz pleno uso do potencial de um carro esportivo convencional, alimentado com um motor turbo Diesel V6, enquanto o R18 e-tron Quattro, que fez história como o primeiro carro com motor híbrido a vencer em Le Mans, dando início a uma nova era. A estrutura dianteira dianteira do carro híbrido em nenhum momento foi mostrado. O segredo é a alma do negócio para a Audi. Ambos os conceitos possuem seus pontos fortes em particular e é evidente que, em algumas ocasiões, uma tecnologia supera a outra. Enquanto o R18 quattro e-tron fez história ao conseguir a primeira vitória de um veículo híbrido para as 24 Horas de Le Mans e, posteriormente, vencer a corrida de 6 horas de Silverstone, o R18 Ultra conseguiu uma vitória em Spa na sua estréia. Na etapa de Interlagos, o R18 Ultra conquistou uma melhor posição no grid de largada e marcou a volta mais rápida da corrida com Lucas di Grassi, mostrando todo o seu potencial ainda com condições de ser desenvolvido. Contudo, na etapa do Bahrein, a equipe irá alinhar dois carros com motores híbridos. O motor também era algo que nunca foi conseguido se tirar uma foto. Apenas partes. Qual será a especificação deste óleo? A alta tecnologia envolvida na equipe, que veio para o Brasil com um “exército” de mais de 60 pessoas, fazia com que o grupo do time vestido de vermelho e branco tivesse – como de costume – o excessivo cuidado de não permitir para a concorrência, fotógrafos e curiosos em geral conseguissem tirar fotos detalhadas dos carros da equipe, em especial do E-Tron Quatto. Em momento algum foi possível ver os motores de ambos os carros descobertos. No caso do carro com motor híbrido, a parte frontal do carro número 1 jamais esteve à mostra, nem mesmo quando a carenagem frontal era montada, a cobertura prateada só era retirada quando a estrutura de fibra já encobria toda a visão de quem estava fora dos boxes. Treino ganha jogo e a Audi treina muito. na quarta-feira as equipes treinaram muitas trocas de pneus e pilotos, além de abastecimentos. A sala da telemetria também era um dos pontos a ser protegidos. Na quinta-feira, quando passamos pelo paddock durante o primeiro treino livre, foi possível fazer algumas fotos (parciais) do quartel general da eletrônica da equipe alemã. Por razões óbvias, empobrecemos a qualidade das fotos para impedir qualquer leitura conclusiva dos dados demonstrados. Era o mínimo que poderíamos fazer em deferência à toda a atenção que a equipe deu ao nosso site. Contudo, depois das fotos eles levantaram uma divisória, encobrindo completamente a visão da sala. Não é só de tecnologia que vive uma equipe do Campeonato Mundial de Endurance. Para não se perder tempo nas paradas com trocas de pilotos, reabastecimento e troca de pneus, a equipe treina bastante em suas sedes e treina também no autódromo. Foi isso que se viu na quarta e quinta-feira. O Cockpit dos carros do Mundial de Endurance, fechados, devem lembrar a de um caça. Eles não devem em nada a um Fórmula 1. Se os carros de Fórmula 1 impressionam com a quantidade de botões no volante e recursos à disposição dos pilotos, os carros da Audi no Mundial de Endurance não ficam atrás. Certamente o brasileiro Lucas Di Grassi precisou de treino e tempo para se adaptar e aprender bem o funcionamento do seu R18 Ultra... e o fez muito bem! Cravou o 2º melhor tempo, à frente do E-Tron Quattro, e na corrida, marcou a volta mais rápida. Agradecimentos: Eva-Marie Veith, Marc Piedade e Sigrun Jütter. |