E começa o maior e mais popular campeonato automobilístico dos EUA e, por que não, do mundo! O palco não poderia ser outro, o mítico autódromo de Daytona. Ao longo do mês de Fevereiro a Sprint Cup, divisão principal da NASCAR, realizou os tradicionais eventos Unlimited (antigo Shootout) e Duels, que não contam pontos para o campeonato, porém aquecem os motores e matam a saudade do público fiel. No último fim de semana de Fevereiro, aí sim a NASCAR colocou pra ferver, com a Daytona 500. Na sexta-feira a noite, quem abriu os trabalhos fora a Truck Series, na qual a pole de Brenna Newberry na prova de 250 milhas. O novato não teve a mesma sorte na prova, terminando apenas na 33ª. Miguel Paludo, mais um ano na Turner (agora Turner Scott), esteve por quase toda prova entre os Top10, finalizando em uma boa 7ª posição. Na avaliação do próprio, a corrida foi boa, principalmente por estar em fase de preparação desta picape, que era a reserva do campeão de 2012 James Buescher. Sábado foi dia de Nelsinho estreando como piloto titular na Nationwide com a Turner Scott. Prova bastante disputada, com recorde de pilotos que assumiram a liderança, ultrapassagens a todo instante e Piquet oscilando pelo pelotão intermediário, lutando pelo Top10. Com pilotos querendo a vitória a todo custo, nada mais comum que o Big One neste SuperSpeedway. Brad Keselowski e Regan Smith se engalfinharam chegando na linha de chegada, sobrando pra quem vinha atrás toda a confusão. Na sexta-feira, Miguel Paludo foi o Brasil na pista com a pickup #32 Tony Stewart cruzou a quadriculada praticamente na linha e venceu a disputa, na qual poucos terminaram sem o carro avariado. Alguns finalizaram a prova de lado, capotando ou sem saber onde estavam. Ponto negativo por conta do violento choque de Kyle Larson contra a grade de proteção, provocando ferimentos em 28 espectadores, 2 em estado grave. Em 2013 Nelsinho Piquet disputará a temporada da Nationwide. Na 1ª prova, um 11º lugar. Cena marcante também a do carro do mesmo piloto, praticamente sobrando a equipe o monocoque, já que o motor, e uma roda, estavam presos na grade de Daytona, e diversos pedaços espalhados pela pista. Sabendo do infortúnio dos espectadores, Tony não viu motivos para comemorar sua vitória. Kyle Larson voou e despedaçou-se contra a tela de proteção. Nnenhum piloto se machucou, mas 28 espectadores se feriram. OBS: Os pilotos envolvidos no Big One não tiverem gravidade quanto a lesões, porém os carros precisarão de muito trabalho dos mecânicos! A grade foi recuperada para a corrida da Sprint Car, no domingo a tarde. Domingo, largada da Sprint Cup. Danica Patrick largando na ponta com Jeff Gordon ao seu lado O circo estava armado. Danica Patrick reluziu como ouro no marketing da NASCAR, tendo as honras de ser a pole position, fazendo história na categoria. Conforme visto outrora na Indy, a marca Danica vale a pena ser investida, por isso mesmo a transmissão da Nascar preparou várias câmeras para focar apenas na pilota do carro #10, da Stewart-Haas. Logo na largada, Jeff Gordon fez questão de cortar o barato da TV e roubou a cena. Danica viria a liderar algumas apenas 6 voltas mais tarde. Travis Pastrana indo para a pista nos treinos para a Daytona 500. Carros com novas pinturas... algumas de gosto bem duvidoso. Carros novos, pinturas novas (ah sim, na Nationwide Travis Pastrana chamara atenção de todos com o #60 bem decorado e colorido, além de fazer uma boa prova, mostrando que entende bem mais do que X-Games), empolgação de pilotos e público ... grande expectativa para os duelos, porém apenas as formações de filas paralelas promoviam a subida de pilotos, gradual, mas nem tão constante. Sobrou momento mais elétrico para o final, no qual Jimmie Johnson levou o seu #48 a vitória, fechando a investida de Dale Jr., que veio escalando o pelotão na milha final. Uma batida no pelotão de trás não impediu da NASCAR manter a bandeira verde, enquanto a briga comia solta na frente. Danica não venceu, finalizando em 8ª, porém aprendeu muito e admitiu isto. Bandeirada para a primeira das 36 etapas da NASCAR 2013. Jimmie Johnson larga na frente do maior campeonato do calendário. Expectativa dos pilotos conseguirem fazer o famoso jogo de duplas, apesar dos carros com aerodinâmica diferentes; Paludo ter consistência e lutar por vitórias; Piquet se adaptar ao seu Chevrolet e os ovais da Nationwide; Danica continuar sua evolução, se envolver em menos incidentes e quem sabe, uma vitória. Abraços do Rio de Janeiro (o estado sem autódromo), Fabiano Esteves |